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Parentesco e aliança entre os Kalapalo do Alto XinguGuerreiro Júnior, Antonio Roberto 04 March 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-03-04 / Financiadora de Estudos e Projetos / The main aim of this paper is to describe and analyze the marriage alliance system of
the Kalapalo, a karib-speaking group from Alto Xingu (MT), by means of a critical review of
the available hypothesis on the xinguan kinship and the presentation of newer ethnographical
data on alliance in relation to the presently available ones in the anthropological literature
about the region. Such data allow to identify the types of existing unions and its respective
statistical trends, subsidizing the test of the current hypotheses on the forms of transmission
and production of affinity in upper-xinguan systems in the ethnographical context of the
kalapalo system. Still, one becomes able to question about the real reach and also the limits of
the hypothesis on the alliance structure of the peoples of the region to be of the
(patri)multibilateral type, therefore the data disclose the existence of an ideal and a strong
trend among the Kalapalo for the matrilateral marriage. Considering that the matrilateral
exchange is not a common fact in indigenous Amazonia, where variations of the patrilateral
marriage prevail, this characteristic of the kalapalo system leads us to question the
multibilateral model considered for the upper-xinguan systems, and becomes a basic problem
to investigate how these different structures combine in one same system. For that, a
diachronical analysis of some alliance nets will be made, considering the conditions of
production and redoubling of unions as well as the coexistence of two exchange structures
(one patri and another matrilateral), what will lead to a definition of the kalapalo system as
"complex" and to the association of the matrilateral marriages with the institution of
chieftaincy. / O objetivo principal desta dissertação de mestrado é descrever e analisar o sistema de
aliança matrimonial dos Kalapalo, um grupo de língua karib do Alto Xingu (MT), por meio
de uma revisão crítica das hipóteses disponíveis sobre o parentesco xinguano e da
apresentação de novos dados etnográficos sobre aliança em relação aos presentemente
disponíveis na literatura antropológica da região. Tais dados permitem identificar os tipos de
uniões existentes e suas respectivas tendências estatísticas, subsidiando o teste das atuais
hipóteses sobre as formas de transmissão e produção da afinidade nos sistemas alto-xinguanos
no contexto etnográfico do sistema kalapalo. Ainda, torna-se possível discutir tanto o real
alcance quanto os limites da hipótese sobre a estrutura de aliança dos povos da região ser do
tipo (patri)multibilateral, pois os dados revelam a existência de um ideal e uma forte tendência
dos Kalapalo para o casamento matrilateral. Considerando que a troca matrilateral é um fato
pouco comum na Amazônia indígena, onde prevalecem variações do casamento patrilateral,
esta característica do sistema kalapalo leva à problematização do modelo multibilateral
proposto para os sistemas alto-xinguanos, e torna-se um problema fundamental investigar
como estas diferentes estruturas se combinam em um mesmo sistema. Para tanto, será feita
uma análise diacrônica de algumas redes de aliança, tendo em vista as condições de produção
e redobramento de uniões e a coexistência de duas estruturas de troca (uma patri e outra
matrilateral), o que levará a uma definição do sistema kalapalo como complexo e à
associação dos casamentos matrilaterais com a instituição da chefia.
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As ticas de matema dos índios Kalapalo: uma interpretação de estudos etnográficosRodrigues, Rodrigo Alexandro [UNESP] 21 June 2005 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2005-06-21Bitstream added on 2014-06-13T19:52:40Z : No. of bitstreams: 1
rodrigues_ra_me_rcla.pdf: 1510800 bytes, checksum: 2881eaa1fefff59899ff0804f0e48f25 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / No presente trabalho, tendo por auxílio fundamental a Etnomatemática, foi possível reaver um capítulo do conhecimento matemático de uma das tribos indígenas do Brasil, ou seja, dos Kalapalo do Alto Xingu. Os livros de história, as grandes enciclopédias e os mais variados trabalhos etnográficos do Brasil são possuidores de uma vasta quantidade de informações a respeito dos povos indígenas que, aqui habitam desde muito antes do início da colonização do território nacional brasileiro. A história dos índios brasileiros pós-invasão nos revela uma progressiva diminuição quantitativa, facilmente visualizada na atual situação destes grupos nacionais que passaram a ser marginalizados. Com o desrespeito da cultura destes povos, também são desrespeitados muitos dos seus conhecimentos, estruturas e sistematizações, além dos seus pensamentos matemáticos, que são detectados normalmente nos seus afazeres diários. A partir de um levantamento bibliográfico, foi alcançada uma interpretação para o seu sistema de numeração, sendo possível listar uma parte dos seus primeiros números. Este feito se deu com um profundo estudo das histórias e dos mitos dos Kalapalo, evidenciando desta forma, que índios brasileiros podem e contam muito além do que um, dois ou muitos. / In the current work, having as a fundamental help the Etnomathematics, it was possible to review a chapter of the mathematical knowledge from one of the Brazilian indigenous tribes, in other words, the Kalapalo from the Upper Xingu. History books, great encyclopedias and the most varied etnographic works from Brazil possess a vast amount of information concerning the indigenous people that have been living here since before the beginning of the colonization of the Brazilian territory. The post-invasion history of the Brazilian indians have shown a progressive quantitative decrease that can be easily visualized in the current situation of these national groups which have become marginalized. With the disrespect to these people's culture, plenty of their knowledge, structures and systematization are also being disrespected, besides their mathematical thoughts which are normally detected in their daily lives. From a bibliographic study an interpretation to their numeration system was reached and then, it was possible to make a list of their first numbers. This could be done due to a deep study of the stories and myths of the Kalapalo. This way, it was enlightened that the Brazilian indians can count and really go far beyond counting: one, two or a lot.
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Ikindene hekugu : uma etnografia da luta e dos lutadores no Alto XinguCosta, Carlos Eduardo 04 July 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-07-04 / Universidade Federal de Minas Gerais / This research aims to explore the anthropological debate on sportive practices through the description and analysis of dispute modes in different contexts. In the literature of sportive practices anthropology, football has frequently been used as a framework for research into indigenous societies; expanding on these theoretical models developed for football allows for greater understanding into the rituals within the society to which they belong, and to highlight the relationship between football and other practices. The ethnographic study proposes the Upper Xingu from researches conducted with the Kalapalo peoples of Tanguro village, hence the emphasis on wrestling in Alto Xingu (kal. ikindene). Anthropological themes highlighted on the peoples of the region, such as the construction of the body, chieftaincy, complex inter-ethnic rituals and mythology are directly linked to the wrestling. The objectives also include a more positive assessment for what was termed as "sportive practices" within indigenous societies, ethnographically in the Upper Xingu. This is not only to realize the "sportive" nature of these activities, but above all to understand the symbolic space for each mode, whether in the village, or in rituals disputes that renegotiate the dynamics of alliances and rivalries in this regional complex. / Essa pesquisa pretende ampliar o debate antropológico sobre práticas esportivas através da descrição e análise de modalidades disputadas em diferentes contextos. Na literatura de antropologia das práticas esportivas o que se tem de mais consolidado são trabalhos que tomam o futebol como referência, mesmo quando de pesquisas em sociedades indígenas. Nesse caminho, a expansão dos modelos teóricos elaborados para o futebol possibilita entender seus significados no interior da sociedade em que está inserido, além de trazer à tona relações entre o futebol e outras práticas. O recorte etnográfico proposto é o Alto Xingu, em pesquisas realizadas entre os Kalapalo da aldeia Tanguro, donde o destaque para a luta alto-xinguana (kal. ikindene). Temas antropológicos destacados sobre os povos da região, como a fabricação do corpo, chefia, complexo ritual interétnico e mitologia, estão diretamente atrelados à luta. Os objetivos compreendem ainda uma visão mais positiva para aquilo que foi denominado como "esportividade ameríndia", etnograficamente no Alto Xingu. Não se trata apenas de perceber o caráter "esportificado" de algumas atividades, mas acima de tudo compreender o espaço simbólico destinado a cada modalidade, seja no plano da aldeia, seja nas disputas rituais que atualizam a dinâmica de alianças e rivalidades nesse complexo regional.
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Xamanismo Kalapalo e assistencia medica no alto xingu = estudo etnografico das praticas curativas / Xamanismo Kalapalo and medical care in the upper xingu : ethnographic study of healing practicesFranco Neto, João Veridiano 15 August 2018 (has links)
Orientador: Vanessa Rosemary Lea / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-15T10:32:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Esta dissertação é resultado de doze meses intercalados de pesquisa de campo realizada entre os índios Kalapalo do Alto Xingu, Terra Indígena do Xingu, Mato Grosso. Busca empreender uma descrição e análise do modo pelo qual ocorre uma interação entre o xamanismo dos Kalapalo e o saber biomédico tal como esta se dá no âmbito das práticas da política nacional de atenção à saúde dos povos alto-xinguanos. O xamanismo kalapalo não difere do xamanismo praticado no Alto Xingu como um todo: consiste, basicamente, em um sistema terapêutico que aborda o fenômeno da doença como um acontecimento em que uma determinada pessoa tem a sua 'alma-sombra' (akua) capturada por um 'espírito' (itseke). O conceito de itseke se relaciona com as formas 'animais' definidas no interior da cosmologia kalapalo, e seus modos de existência são mais bem compreendidos sob a luz do conceito de ponto de vista, articulado com a lógica predatória e com o regime alimentar alto-xinguano. O xamã é acionado para que, por meio do transe induzido pela fumaça do tabaco, entre em comunicação com o itseke causador da doença e possa trazer de volta a akua do doente. A possibilidade de cura é então concebida nos termos do resgate da 'almasombra', realizado pelo xamã. As relações construídas a partir da situação de contato entre os alto-xinguanos e a sociedade envolvente engendraram a elaboração de duas categorias cruciais: doenças-de-índio e doenças-de-branco, onde as primeiras figuram como enfermidades causadas por itseke e as segundas aparecem na forma das doenças infectocontagiosas, como gripe, sarampo, caxumba, catapora, etc. A problemática que delineia nosso trabalho se fundamenta no caráter ambíguo que é assumido pela oposição entre doenças-de-índio e doenças-de-branco: da perspectiva dos Kalapalo essa dicotomia não define uma separação de natureza entre as duas categorias, servindo apenas como modo de comunicação instrumental com as equipes de assistência médica. Por outro lado, as equipes de assistência médica estabelecem um corte entre doenças-de-índio e doenças-de-branco de maneira que as primeiras configurariam uma manifestação singular da cultura indígena. Essa singularidade é pensada a partir da ideia de uma psicossomatização dos aspectos culturais, entendendo-se 'cultura' enquanto conjunto de crenças. Assim, a separação entre doenças-de-índio e doenças-de-branco, do modo como é concebida pelas equipes de assistência médica, atribui uma causa psicológica para as primeiras e uma causa fisiológica para as segundas. Essa redução das doenças-de-índio ao âmbito da crença é explorada como a configuração de uma estrutura hierárquica na qual a cosmologia indígena é englobada pela cosmologia ocidental. Tal englobamento encontra sustentação a partir do relativismo cultural, que supõe a coexistência de uma diversidade de culturas com a existência de uma única natureza. Os dados de nossa pesquisa etnográfica apontam para um arranjo distinto quando o foco de análise toma em consideração o modo como os índios kalapalo recorrem ao tratamento médico ocidental: a terapêutica xamanística não é descartada pelos índios mesmo quando o que está em jogo é aquilo que a assistência médica entende por doençasde- branco, o que sugere uma origem comum entre doenças-de-índio e doenças-de-branco: os itsekeko ('espíritos') ou os kugihé-ótomo (feiticeiros) / Abstract: This dissertation is the result of an interpolated twelve-month fieldwork among the Kalapalo of Upper Xingu (Xingu Indigenous Land, Mato Grosso, Brazil). It seeks to undertake a description and analysis about the way in which an interaction takes place between the Kalapalo shamanism and biomedical knowledge the way it happens within the practices of the national health care policies to the Indian people of Upper Xingu. Kalapalo shamanism is not different from Upper Xingu shamanism as a whole. Upper Xinguano shamanism is basically a therapeutic system that addresses the phenomenon of illness as an event in which a person has his/her 'soul-shadow' (akua) captured by a 'spirit' (itseke). The itseke concept is related to the 'animal' forms as defined within the Kalapalo cosmology, and their ways of existence are better understood when it is associated with the concept of point of view, along with the predatory logic and the Upper Xinguano diet. The shaman is called in order to, through the trance led by tobacco smoke, communicate with the itseke that is the illness cause, so that he might bring the 'soul-shadow' back into the ill. The possibility of cure is so understood in terms of the 'soul-shadow' rescue, performed by the shaman. The relations created from the contact situation between the Upper Xinguano and the surrounding society engendered the development of two-key categories, named Indian Illnesses and White Illnesses. The first category indicates illnesses caused by itsekeko and the second appears as infectious illnesses such as influenza, measles, mumps, chicken pox, etc. The issue that outlines our work is based on the ambiguous character that is taken upon the opposition between Indian Illnesses and White Illnesses. From the Kalapalo perspective this dichotomy does not determine a separation of nature between the two categories, but it defines an instrumental mode of communication with the health care teams. On the other hand, the medical teams conceive a division between Indian Illnesses and White Illnesses and consider the first one as a particular manifestation of indigenous culture. This uniqueness is perceived from the idea of a psychosomatization of cultural aspects, it is understood that 'culture' is a set of beliefs. Thus, the dichotomy between the Indian Illnesses and White Illnesses, from the way it is conceived by the health care teams, impute a psichological cause for the first and physiological cause for the second. This reduction of Indian Illnesses regarding Indian beliefs is explored as a hierarchical structure configuration, in which, the Indigenous cosmology is embodied by the Western cosmology. Such embodiment finds its basis in cultural relativism, which pressuposes the coexistence of a cultural diversity along with the existence of a universal nature. Data from our ethnographic research suggests a different arrangement when the focus of analysis shows the way by which the Kalapalo indians search for the Western medical treatment. The shamanistic therapy is not ruled out by the indians, even when what the health care understands as White Illnesses is what is at stake. This suggests that there is a common origin of Indian Illnesses and White Illnesses: itsekeko ('spirits') or kugihé-ótomo (sorcerers) / Mestrado / Etnologia Indigena / Mestre em Antropologia Social
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