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Escola Sem Partido : indícios de uma educação autoritária /Tommaselli, Guilherme Costa Garcia. January 2018 (has links)
Orientador: Divino José da Silva / Banca: Ari Fernando Maia / Banca: Marcos Vinicius Francisco / Banca: Rodrigo Barbosa Lopes / Banca: Mara Salgado / Resumo: O projeto Escola Sem Partido é fenômeno social que tem preocupado os pesquisadores da área da Educação, pois visa a atingir a educação brasileira, através de uma reforma moralizante. O projeto existe desde 2004, quando foi formulado pelo advogado cristão Miguel Nagib, porém, ficou engavetado até 2013. Junho de 2013 foi o momento oportuno para que o Escola Sem Partido encontrasse a possibilidade de sair do papel, de uma proposta parada há dez anos, e se efetivar no plano político. Essa oportunidade não se deve apenas ao junho de 2013, mas, também, a uma mudança de foco do movimento que, nos seus primeiros dez anos, estava centrado em combater a doutrinação ideológica nas escolas, a qual violaria a liberdade de crença e consciência prevista na Constituição de 1988. A mudança ocorreu, quando o movimento ESP fundiu o seu tema inicial, a doutrinação ideológica "marxista", com o combate à "ideologia de gênero". Ao fazer esse movimento de fusão, o ESP deslocou-se do campo político para o campo moral, e esse deslocamento lhe proporcionou maior capilaridade social, deixando de ser apenas um projeto e, em casos mais drásticos, se tornando temporariamente uma realidade, como no estado de Alagoas, onde foi implantado como lei estadual, conhecida como "Escola Livre". Diante do avanço da proposta, no cenário nacional, este trabalho analisará de que maneira o projeto Escola Sem Partido (ESP) se articula a esse movimento social e político mais amplo, de raiz autoritária e com notável potenci... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The project No School Party is a social phenomenon that has worried the researchers of the area of education, because it aims to reach Brazilian education through a moralizing reform. The project has existed since 2004 when it was created by the Christian lawyer Miguel Nagib and was shelved until 2013. June 2013 was the opportune moment for the No School Party to find a way and get out of the paper, and become effective on the political plans. This possibility is due not only to June 2013, but also to a shift in focus from the movement that in its first ten years was focused on combating ideological indoctrination in schools, which would violate the freedom of belief and conscience envisaged in the constitution of 1988. The change occurred when the movement fused its initial theme, ideological "Marxist" indoctrination with the fight against "gender ideology." In making this merger movement, the NSP shifted from the political field to the moral field, and this displacement gave it greater social capillarity, ceasing to be just a project, and in more drastic cases becoming temporarily a reality, as in state of Alagoas where it was implanted as state law, known as "Free School". Faced with the advancement of the proposal in the national scenario, we will analyze how the "School Without Party" project articulates with this broader social and political movement, with an authoritarian root and with a notable fascist potential that has grown in the country since 2013. We start with ... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Da crítica de Herbert Marcuse à razão tecnológica e seus fins destrutivos : uma leitura de "O homem unidimensional"Reis, Paulo Luiz dos January 2017 (has links)
Orientador: Profª. Drª. Marília Mello Pisani / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2017. / A pesquisa trata da crítica que Herbert Marcuse empreende à razão tecnológica com foco no aspecto da destrutividade, pondo em evidência a questão da dialética que acompanha a análise de Marcuse. Esta destrutividade envolve aqui bem mais que a questão das guerras, do arsenal de armas inclusive atômicas e da face violenta de nossa civilização. Sim, pois abrange, ainda, a dominação das massas, as novas formas de controle social, a alienação e reificação das pessoas, a vida sob o poder do todo opressivo, o qual é essa própria racionalidade hegemônica que permeia o tecido social. Assim, a destrutividade decorrente dessa racionalidade concerne, também, à atomização dos indivíduos, à crise de identidade, à existência mimetizada sob a positividade do pensamento unidimensional que não opera com a crítica e não opera dialeticamente. Daí nasce o conformismo da sociedade mesmo diante de um aparato tecnológico que propicia fartura e conforto, mas, paralelo a isso, gera uma concentração de capital sem precedentes, em escala jamais vista. A razão tecnológica chegou a uma fase estarrecedora de radicalização da destrutividade, que é, conforme a hipótese que este estudo lança, o nível extremo do capitaloceno e da necropolítica, a potencialização do Warfare State, o Estado beligerante. A razão tecnológica e seu caráter de destrutividade se estruturam por um nexo que vincula capital, trabalho, sociedade, ideologia, capitaloceno e necropolítica, como demonstraremos. O estudo discutirá como se formou a razão tecnológica a partir do industrialismo e do capitalismo moderno, como ela se agigantou em escala global e se consolidou vinculada à dimensão político-econômica, e como se radicalizou para atingir hoje um nível extremo, uma última fronteira, uma era para a qual Marcuse tanto alertou. / The research deals with the criticism that Herbert Marcuse makes to technological reason with a focus on the aspect of destructiveness, highlighting the question of the dialectic that accompanies the analysis of Marcuse. This destructiveness involves much more here than the question of wars, the arsenal of weapons including atomic, and the violent face of our civilization. Yes, because it also includes domination of the masses, new forms of social control, alienation and reification of people, the life under the power of the oppressive whole, which is that hegemonic rationality that permeates the social fabric. Thus, the destructiveness resulting from this rationality concerns, also, the atomization of individuals, the crisis of identity, existence mimicked under the positivity of one-unidimensional thinking that does not operate with criticism, does not operate dialectically. Is born hence the conformity of society even in the face of a technological apparatus that provides abundance and comfort, but, parallel to this, generates an unprecedented concentration of capital on a scale never seen before. The technological reason has arrived at a staggering stage of radicalization of the destructiveness, which is, according to the hypothesis that this study throws, the extreme level of the the capitalocene and the necropolitics, the potentialization of the Warfare State, the belligerent State. The technological reason and its destructiveness character is structured by a nexus that links capital, labor, society, ideology, capitalocene and and necropolitics, as we will demonstrate. The study will discuss how technological reason was formed from industrialism and modern capitalism, how it has grown on a global scale and consolidated itself linked to the political-economic dimension, and how it radicalized itself to reach an extreme level today, a last frontier, an age to which Marcuse warned so much.
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