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Da transferência negativa à destrutividade: percursos da clínica psicanalítica / From negative transference to destructiveness: paths of psychoanalytical treatmentPriscila Frehse Pereira Robert 17 April 2015 (has links)
A presente tese consiste em percurso pelas concepções de manejo das transferências negativas nas produções de Freud, Ferenczi e Winnicott, explicitando os diferentes sentidos e enquadres da resistência e da destrutividade na teoria da clínica de cada um desses autores, e também ensaiando pontos de contato entre eles. Como fio condutor, ou como visada ética, a valorização de uma dimensão de positividade da destruição na clínica psicanalítica na medida em que, promotora de diferenças e limites, está implicada nos caminhos das transferências em análise. Ao longo do percurso, o estudo de figuras de submissão na clínica masoquismo em Freud, identificação ao agressor em Ferenczi e falso self em Winnicott nos permite mapear outras vias para o manejo da agressividade, especialmente em situações nas quais a resistência e ódio não aparecem no trabalho analítico ou, se aparecem, não são sentidos como próprios. Em comum entre Freud, Ferenczi e Winnicott, a crítica ao excesso interpretativo e às análises que ocorrem em nível estritamente intelectual. Em Freud, além da interpretação, princípio de abstinência, associação livre/atenção flutuante e luta para superação das resistências, forjados ao longo da primeira tópica, demonstramos que as noções de elaboração, construção, bem como a menção à lenta demolição do superego hostil, permitem o esboço de outras possibilidades de manejo que se desdobram nas teorias de Ferenczi e Winnicott. Em Ferenczi, abordamos o percurso clínico que culmina na elasticidade da técnica analítica e em sua discussão sobre a implicação e limites do analista no manejo do ódio traumático e clivado que reincide na clínica. Em Winnicott, o holding, a regressão à dependência, o brincar, o uso das falhas do analista e a destruição/sobrevivência do analista permitem abordar as diferentes facetas de sua teoria da agressividade no desenvolvimento emocional e diferentes posições do analista no manejo da transferência. Como recurso para explicitar os limites e possibilidades de manejo, a construção do texto é perpassada por extratos de casos clínicos. Em Freud, os casos Dora, Homem dos Ratos, Homem dos Lobos, Jovem Homossexual e AB são abordados; em Ferenczi, algumas considerações sobre a análise de Elisabeth Severn e S.I. são evocados; em Winnicott, são analisados os casos B. e Margaret Little. Por fim, nosso percurso permite afirmar que a possibilidade da destrutividade exercer sua função diferencial depende da disponibilidade do analista de se oferecer como suporte (o que inclui também oposição, resistência e limite) e de se permitir ser destruído e sobreviver à destruição ao longo do trabalho analítico / The present thesis consists of path through the management of negative transfers in Freud\'s, Ferenczi\'s and Winnicott\'s productions by making explicit different framing and meaning of resistance and destructiveness in treatment\'s theory of each of these authors, but also essaying points of contact among them. As a guidewire, or as ethic bias, the valorization of a dimension of positiveness of the destruction in psychoanalytic treatment insofar as, promoter of differences and limits, it is implied in the ways of the transfers in analysis. Along the course, the study of figures of submission in treatment masochism in Freud, identification with the aggressor in Ferenczi and false self in Winnicott allows one to map other ways for the management of aggressiveness, especially in situations in which resistance and hate do not appear in analytic work or, if they do, they are not felt as their own. Common to Freud, Ferenczi and Winnicott, the criticism to the interpretative excess and to analysis that occur in the strictly intellectual level. In Freud, besides interpretation, principle of abstinence, free association / floating attention and fight to overcome the resistances, forged along the first topic, we demonstrate that the notions of working through, construction, as well as the mention to the slow demolition of the hostile super-ego, permit outline other possibilities of management that unfold in Ferenczi\'s and Winnicott\'s theories. In Ferenczi, we approach the clinical course that culminates in the elasticity of the analytical technique and in its discussion about the implications and limits of the analyst in cleaved and traumatic hate management that relapses in treatment. In Winnicott, the holding, the regression to dependence, the play, the use of the analyst\'s fails and destruction/survival permit to approach the different facets of his theory of aggressiveness in emotional development and different positions of the analyst in transfer management. As a resource to make explicit the limits and possibilities of management, the construction of the text is permeated by extracts of clinical cases. In Freud, Dora, Rat Man, Wolf Man, Young Female Homosexual, and AB cases are addressed; in Ferenczi, some considerations about the analysis of Elisabeth Severn and S.I. are evoked; in Winnicott, B. and Margaret Little cases are analyzed. In conclusion, our course permits to affirm that the possibility of destructiveness to exert its differential function depends on the availability of the analyst to offer as a holding himself (which includes also opposition, resistance and limit) and to permit himself to be destroyed and himself to be destroyed and to survive to the destruction along the analytical work
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Da transferência negativa à destrutividade: percursos da clínica psicanalítica / From negative transference to destructiveness: paths of psychoanalytical treatmentRobert, Priscila Frehse Pereira 17 April 2015 (has links)
A presente tese consiste em percurso pelas concepções de manejo das transferências negativas nas produções de Freud, Ferenczi e Winnicott, explicitando os diferentes sentidos e enquadres da resistência e da destrutividade na teoria da clínica de cada um desses autores, e também ensaiando pontos de contato entre eles. Como fio condutor, ou como visada ética, a valorização de uma dimensão de positividade da destruição na clínica psicanalítica na medida em que, promotora de diferenças e limites, está implicada nos caminhos das transferências em análise. Ao longo do percurso, o estudo de figuras de submissão na clínica masoquismo em Freud, identificação ao agressor em Ferenczi e falso self em Winnicott nos permite mapear outras vias para o manejo da agressividade, especialmente em situações nas quais a resistência e ódio não aparecem no trabalho analítico ou, se aparecem, não são sentidos como próprios. Em comum entre Freud, Ferenczi e Winnicott, a crítica ao excesso interpretativo e às análises que ocorrem em nível estritamente intelectual. Em Freud, além da interpretação, princípio de abstinência, associação livre/atenção flutuante e luta para superação das resistências, forjados ao longo da primeira tópica, demonstramos que as noções de elaboração, construção, bem como a menção à lenta demolição do superego hostil, permitem o esboço de outras possibilidades de manejo que se desdobram nas teorias de Ferenczi e Winnicott. Em Ferenczi, abordamos o percurso clínico que culmina na elasticidade da técnica analítica e em sua discussão sobre a implicação e limites do analista no manejo do ódio traumático e clivado que reincide na clínica. Em Winnicott, o holding, a regressão à dependência, o brincar, o uso das falhas do analista e a destruição/sobrevivência do analista permitem abordar as diferentes facetas de sua teoria da agressividade no desenvolvimento emocional e diferentes posições do analista no manejo da transferência. Como recurso para explicitar os limites e possibilidades de manejo, a construção do texto é perpassada por extratos de casos clínicos. Em Freud, os casos Dora, Homem dos Ratos, Homem dos Lobos, Jovem Homossexual e AB são abordados; em Ferenczi, algumas considerações sobre a análise de Elisabeth Severn e S.I. são evocados; em Winnicott, são analisados os casos B. e Margaret Little. Por fim, nosso percurso permite afirmar que a possibilidade da destrutividade exercer sua função diferencial depende da disponibilidade do analista de se oferecer como suporte (o que inclui também oposição, resistência e limite) e de se permitir ser destruído e sobreviver à destruição ao longo do trabalho analítico / The present thesis consists of path through the management of negative transfers in Freud\'s, Ferenczi\'s and Winnicott\'s productions by making explicit different framing and meaning of resistance and destructiveness in treatment\'s theory of each of these authors, but also essaying points of contact among them. As a guidewire, or as ethic bias, the valorization of a dimension of positiveness of the destruction in psychoanalytic treatment insofar as, promoter of differences and limits, it is implied in the ways of the transfers in analysis. Along the course, the study of figures of submission in treatment masochism in Freud, identification with the aggressor in Ferenczi and false self in Winnicott allows one to map other ways for the management of aggressiveness, especially in situations in which resistance and hate do not appear in analytic work or, if they do, they are not felt as their own. Common to Freud, Ferenczi and Winnicott, the criticism to the interpretative excess and to analysis that occur in the strictly intellectual level. In Freud, besides interpretation, principle of abstinence, free association / floating attention and fight to overcome the resistances, forged along the first topic, we demonstrate that the notions of working through, construction, as well as the mention to the slow demolition of the hostile super-ego, permit outline other possibilities of management that unfold in Ferenczi\'s and Winnicott\'s theories. In Ferenczi, we approach the clinical course that culminates in the elasticity of the analytical technique and in its discussion about the implications and limits of the analyst in cleaved and traumatic hate management that relapses in treatment. In Winnicott, the holding, the regression to dependence, the play, the use of the analyst\'s fails and destruction/survival permit to approach the different facets of his theory of aggressiveness in emotional development and different positions of the analyst in transfer management. As a resource to make explicit the limits and possibilities of management, the construction of the text is permeated by extracts of clinical cases. In Freud, Dora, Rat Man, Wolf Man, Young Female Homosexual, and AB cases are addressed; in Ferenczi, some considerations about the analysis of Elisabeth Severn and S.I. are evoked; in Winnicott, B. and Margaret Little cases are analyzed. In conclusion, our course permits to affirm that the possibility of destructiveness to exert its differential function depends on the availability of the analyst to offer as a holding himself (which includes also opposition, resistance and limit) and to permit himself to be destroyed and himself to be destroyed and to survive to the destruction along the analytical work
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Da crítica de Herbert Marcuse à razão tecnológica e seus fins destrutivos : uma leitura de "O homem unidimensional"Reis, Paulo Luiz dos January 2017 (has links)
Orientador: Profª. Drª. Marília Mello Pisani / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2017. / A pesquisa trata da crítica que Herbert Marcuse empreende à razão tecnológica com foco no aspecto da destrutividade, pondo em evidência a questão da dialética que acompanha a análise de Marcuse. Esta destrutividade envolve aqui bem mais que a questão das guerras, do arsenal de armas inclusive atômicas e da face violenta de nossa civilização. Sim, pois abrange, ainda, a dominação das massas, as novas formas de controle social, a alienação e reificação das pessoas, a vida sob o poder do todo opressivo, o qual é essa própria racionalidade hegemônica que permeia o tecido social. Assim, a destrutividade decorrente dessa racionalidade concerne, também, à atomização dos indivíduos, à crise de identidade, à existência mimetizada sob a positividade do pensamento unidimensional que não opera com a crítica e não opera dialeticamente. Daí nasce o conformismo da sociedade mesmo diante de um aparato tecnológico que propicia fartura e conforto, mas, paralelo a isso, gera uma concentração de capital sem precedentes, em escala jamais vista. A razão tecnológica chegou a uma fase estarrecedora de radicalização da destrutividade, que é, conforme a hipótese que este estudo lança, o nível extremo do capitaloceno e da necropolítica, a potencialização do Warfare State, o Estado beligerante. A razão tecnológica e seu caráter de destrutividade se estruturam por um nexo que vincula capital, trabalho, sociedade, ideologia, capitaloceno e necropolítica, como demonstraremos. O estudo discutirá como se formou a razão tecnológica a partir do industrialismo e do capitalismo moderno, como ela se agigantou em escala global e se consolidou vinculada à dimensão político-econômica, e como se radicalizou para atingir hoje um nível extremo, uma última fronteira, uma era para a qual Marcuse tanto alertou. / The research deals with the criticism that Herbert Marcuse makes to technological reason with a focus on the aspect of destructiveness, highlighting the question of the dialectic that accompanies the analysis of Marcuse. This destructiveness involves much more here than the question of wars, the arsenal of weapons including atomic, and the violent face of our civilization. Yes, because it also includes domination of the masses, new forms of social control, alienation and reification of people, the life under the power of the oppressive whole, which is that hegemonic rationality that permeates the social fabric. Thus, the destructiveness resulting from this rationality concerns, also, the atomization of individuals, the crisis of identity, existence mimicked under the positivity of one-unidimensional thinking that does not operate with criticism, does not operate dialectically. Is born hence the conformity of society even in the face of a technological apparatus that provides abundance and comfort, but, parallel to this, generates an unprecedented concentration of capital on a scale never seen before. The technological reason has arrived at a staggering stage of radicalization of the destructiveness, which is, according to the hypothesis that this study throws, the extreme level of the the capitalocene and the necropolitics, the potentialization of the Warfare State, the belligerent State. The technological reason and its destructiveness character is structured by a nexus that links capital, labor, society, ideology, capitalocene and and necropolitics, as we will demonstrate. The study will discuss how technological reason was formed from industrialism and modern capitalism, how it has grown on a global scale and consolidated itself linked to the political-economic dimension, and how it radicalized itself to reach an extreme level today, a last frontier, an age to which Marcuse warned so much.
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A agressividade na psicanálise winnicottianaGarcia, Roseana Moraes 14 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-14 / It is the purpose of this work to present in an ordered way, the human
nature aggression and destructiveness from the winnicottian psychoanalytic
perspective. Starting from very clear Winnicott criticism on the theme as it was
treated by Freud and Klein, a counterpoint to both authors is introduced to
express the difference between traditional and winnicottian psychoanalytic
propositions, which, in accordance to Khun model, establishes a paradigmatic
change. Taking Winnicott personal maturation theory as a reference, the
maturation of aggression is studied from its very start point where it is nothing
but motility and spontaneity, until it is completely integrated into the individual
whole, stressing that, for Winnicott, aggression is always linked to its roots from
the separation moment of the me/not-me and that it is valuable, whenever
integrated, either for individual psych health and for social psych health. The
paper goes on to describe how the pathologies related to aggression are
generated longwise maturation as well as the importance of this awareness for
psychoanalytic clinical purposes. At last, it is shown how Winnicott used his
agression theory to study non-clinic phenomena, enlarging it to social ones like
democracy, dictatorship and wars / O objetivo deste trabalho é apresentar de maneira organizada o conceito
de agressividade e de destrutividade na natureza humana, da perspectiva da
psicanálise winnicottiana. Inicialmente, partindo-se de críticas explícitas
relativas ao tema, feitas por Winnicott tanto à psicanálise freudiana quanto à
kleiniana, é apresentado um contraponto com esses dois autores expondo-se
as diferenças entre a psicanálise tradicional e a psicanálise winnicottiana, o que
caracteriza uma mudança paradigmática na psicanálise, segundo os moldes
kuhnianos. Tomando-se como referencial a teoria do amadurecimento pessoal
elaborada por Winnicott estuda-se o amadurecimento da agressividade desde
as suas raízes, nas quais ela nada mais é do que motilidade e espontaneidade
até a sua integração na personalidade total do indivíduo, ressaltando que a
agressividade está sempre ligada, desde as suas raízes à separação do eu
não-eu e que tem valor, quando integrada, tanto para a saúde psíquica
individual quanto para a saúde psíquica social. Em seguida, descrevem-se
como as diversas patologias relativas à agressividade são geradas ao longo do
amadurecimento e a importância desse conhecimento para a clínica
psicanalítica. Finalmente, mostra-se como Winnicott usou a sua teoria da
agressividade para estudar fenômenos não clínicos, expandindo-a para
fenômenos sociais, como a democracia, as ditaduras e as guerras
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