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Avaliação comparativa do padrão de locomoção em atividades da vida diária de diabéticos neuropatas por meio de eletromiografia de superfície e cinemática / Comparative evaluation of the locomotor pattern of activities of daily living in diabetic neuropathic subjects through surface EMG and kinematics

Onodera, Andrea Naomi 04 May 2010 (has links)
A neuropatia diabética é umas das principais complicações crônicas da Diabetes Mellitus que causa prejuízo nos sistemas somatossensorial e motor resultando em alterações biomecânicas nos padrões de locomoção. Atividades de locomoção da vida diária que provocam maior desafio mecânico e de estabilidade podem ser consideradas como um fator de risco para formação de ulcerações em diabéticos neuropatas. Assim, para o real entendimento da interferência da neuropatia diabética na realidade do paciente diabético, torna-se essencial avaliar a biomecânica de membro inferior durante a execução de tarefas motoras da vida real do paciente. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da neuropatia diabética nas características discretas e das séries temporais do padrão de ativação muscular, por meio da EMG de superfície, e da cinemática sagital de membro inferior, por meio de eletrogoniômetros, de diabéticos neuropatas (GD) e não diabéticos (GC) (n=46, GC=23, GD=23). Na análise discreta foram analisadas variáveis discretas dos envoltórios lineares dos músculos VL, GM e TA e da variação angular sagital de quadril, joelho e tornozelo. Estas variáveis foram comparadas entre grupos, em cada tarefa motora, por testes t independentes (=0,05). A análise das séries temporais eletromiográficas e de variação angular sagital foi realizada por meio da correlação cruzada de cada série entre os grupos. Também se avaliou a força da relação de fase entre a atividade muscular de VL, TA e GM com a variação angular de joelho e tornozelo, em cada grupo. Os coeficientes de correlação dessas relações foram comparados entre grupos por testes t independentes (=0,05). Os resultados demonstraram que durante o subir, os diabéticos apresentaram menor extensão de tornozelo ao final do apoio e, ao se projetarem para frente na primeira metade do apoio, fletiram menos o tornozelo. Em decorrência disto, houve um prejuízo no posicionamento ideal de tornozelo, indispensável para a ação inicial eficiente de VL. A desvantagem mecânica de VL observada no GD no início do apoio no degrau desencadeou uma ativação aumentada deste músculo ao final da fase de apoio na perna contralateral. No descer, o GD apresentou menor extensão de tornozelo no início do apoio, mas não apresentou alterações na EMG. Nos resultados da análise das séries temporais das EMG houve alta similaridade entre os grupos tanto no subir quanto no descer. A correlação entre a atividade muscular e a variação angular em todas as relações avaliadas foram significativamente mais fracas para o GD no subir para o VL joelho e GM tornozelo (relações fracas em ambos os grupos), exceto para a relação TA e tornozelo, em que o GD obteve relação moderada, enquanto o GC obteve relação fraca. No descer, as correlações foram similares entre os grupos (moderada para VL - joelho e GM - tornozelo, e fraca para TA - tornozelo). Aparentemente, o subir parece exacerbar mais os déficits motores da neuropatia diabética tanto na análise discreta quanto nas séries temporais. Apesar da similaridade temporal das séries no descer escada, qualitativamente houve diferenças na forma, sugerindo uma estratégia de recrutamento motor alterada. Em resumo, diabéticos neuropatas apresentam o padrão cinemático de tornozelo e muscular de vasto lateral e tibial anterior alterados durante estas atividades cotidianas, assim como uma alterada coordenação da ativação muscular de joelho e tornozelo com o correspondente movimento articular. Estes fatos, associados aos maiores impactos verticais do subir e descer escada podem aumentar o risco de ulceração no dia-a-dia de diabéticos neuropatas / The diabetic neuropathy is one of the main chronic complications of Diabetes Mellitus which causes damage to somatosensory and motor control systems resulting in biomechanical alterations in locomotion patterns. Locomotion activities with greater mechanical and balance demands might be considered a risk factor for ulcer formation in diabetic neuropathic patients. Therefore, to have a better understanding of the diabetic neuropatic interference in the daily life of these individuals, it is essential to evaluate the biomechanics of lower limbs during real life activities. The aim of this study was to investigate the influence of the diabetic neuropathy in the discrete characteristics and in time series of muscle activation patterns, using superficial EMG, and sagittal kinematics, using electrogoniometers, of lower limbs during stair management in diabetics (n=23) and non-diabetic individuals (n=23). The discrete analyses were done by discrete variables of VL, GM and TA linear envelopes and the sagittal angular variation of hip, knee and ankle. These variables were compared between groups in each motor task, by t test for independent samples ( = 0.05). The analyses of electromyographic and sagittal angular variation time series were performed by cross-correlation of each serie between groups. Moreover, the strength of the phase relationship between muscle activity of VL, TA and GM with the angular variation of knee and ankle was assessed in each group. The correlation coefficients of these relationships were compared between groups by independent t tests ( = 0.05). The main findings showed that during the stair ascent, diabetics had lower ankle extension at the end of stance phase, and while projecting their body forward during the first half of stance, their ankle flexion angle was also smaller. Because of that, there was a worse ankle positioning in the beginning of the stance, necessary for an efficient action of VL. The mechanical disadvantage of VL observed in diabetic neuropathic patients at the beginning of the stance phase may have triggered an increased activation in the same muscle at the end of stance in the contralateral leg. In the stair descent, diabetics had lower ankle extension at the beginning of stance, but did not show significant alterations in EMG. In the time series analysis, the EMG signals of all muscles presented higher similarities in timing across time series between groups for stair ascent and descent. The correlation obtained between groups for the muscle activity and angular variation amongst all evaluated relationships were statistically lower in the diabetic group for stair ascent (for VL-knee and GM-ankle (both groups presented weak relation), except for the relation between TA and ankle joint variation, which was moderate for the diabetic individuals and weak for controls. In the stair descent, the correlations were similar between groups (moderate relation for VL- knee and GM - ankle, and a weak relation for TA - ankle). Apparently, the stair ascent explicited motor deficits caused by diabetic neuropathy in the discrete analysis and also in the time series analysis. Although the similarities in the time series in the stair descent, qualitative shape differences were observed, suggesting a impaired pattern of motor recruitment in neuropathic patients. In summary, diabetic neuropathic individuals presented an altered ankle kinematic and VL and TA muscles activities patterns during these real life activities, and also altered coordination between muscle activity of knee and ankle and adjacent joint motion. These facts, combined to higher vertical impacts of stair ascent and descent might raise the plantar ulceration risks in the daily activities of diabetic neuropathic individuals
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Reabilitação psicossocial de pessoas com transtorno mental no contexto da reforma psiquiátrica brasileira: representações das famílias / The families representation of the psychosocial rehabilitation of those with mental disorder in the context of the brazilian psychiatric reform

Randemark, Norma Faustino Rocha 14 April 2009 (has links)
Esse estudo elegeu como objeto de investigação a reabilitação psicossocial das pessoas com transtorno mental no contexto da reforma psiquiátrica brasileira. Para aproximação dessa realidade, analisamos as representações dos familiares produzidas a partir da experiência cotidiana nos serviços substitutivos de saúde mental e no domicilio junto ao parente com transtorno mental, explicitando os conflitos e contradições existentes e suas implicações na prática de cuidado da saúde e reabilitação psicossocial. Os sujeitos foram os familiares cuidadores de pessoas com transtorno mental severo e persistente, partícipes do grupo terapêutico de família dos Centros de Reabilitação Psicossocial (CAPS), na cidade de São Paulo (SP) - Brasil. Os achados foram coletados mediante entrevista semi-estruturada, observação e diário de campo e submetidos à Análise do Discurso com esteio no materialismo histórico-dialético mediante a qual foram extraídas as categorias temáticas. Constatamos que as concepções dos familiares acerca do transtorno mental, ainda, fortemente associadas aos signos estigmatizantes, determinam o modo como as famílias organizam o seu cotidiano, influenciando as atividades as relações interpessoais no âmbito familiar e social, os sentimentos, atitudes com relação ao sujeito acometido pelo transtorno, expectativas e perspectivas futuras no que refere à melhoria na qualidade de vida e inclusão social do sujeito acometido pelo transtorno mental e sua família. A maior parte dessas concepções é carregada de adjetivações negativas e adquirem conotação positiva, apenas, quando está presente a possibilidade de ganho secundário e a cura do transtorno mental é representada pela expectativa de retorno a normalidade e adaptação social / The focus of this study is the psychosocial rehabilitation of persons with mental disorders in the context of the Brazilian psychiatric reform. In order to gain insight into this reality, the study sought to perceive the familys representations which were produced from their daily experiences, dealing with substitutive services in mental health, and from the family member with the mental disorder, in the home, making explicit the existing conflicts and contradictions along with their implications in the practical care of psychosocial rehabilitation and health. The subjects were the care givers, being relatives, of those with severe, persistent mental disorder, who participated in the family therapeutic group of the Centers of Psycho-social Rehabilitation (CPR), in the city of Sao Paulo, SP, Brazil. The findings were collected through semi-structured interviews and diary field observation. The findings underwent discourse analysis with support in historical-dialectic materialism through which the thematic categories were extracted. We found that the families conceptions concerning mental disorder, still strongly associated with stigmatic signs, determined the manner in which they organized their daily life. These conceptions influenced the activities, the interpersonal relationships in the social, family context. They influenced the feelings and attitudes regarding the subject who carries the illness, as well as future expectations and perspectives regarding the improvement of the quality of life and the social inclusion of the individual suffering from the mental disorder, as well as of the family. The majority of these conceptions are latent with negative adjectives and acquire positive connotations only when there is a possibility of some secondary gain and when the cure of the mental disorder is represented by the return to normality and social adaptation
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Independência funcional do idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica / Functional independence of the elderly with chronic obstrutive pulmonary disease

Ferreira, Viviane Cristine 02 December 2010 (has links)
As transformações demográficas e epidemiológicas do século anterior trouxeram significativas modificações sociodemográficas e de saúde, em todo o mundo, com o aumento de idosos na população. Ao processo de envelhecimento pode estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), um problema de saúde pública, parcialmente reversível, progressivo e incapacitante. Assim, os objetivos do estudo foram caracterizar os idosos com diagnóstico de DPOC nos estádios I a IV, atendidos no Ambulatório de Pneumologia Geral do HCFMRP/USP, segundo as variáveis sociodemográficas, história de tabagismo e condição de saúde; identificar o grau de independência funcional; identificar a presença de sintomas de depressão; analisar a correlação entre o grau de independência funcional, idade, número de morbidades, tempo e grau de DPOC e a associação entre a presença de sintomas de depressão, as variáveis sociodemográficas, o grau de DPOC e as comorbidades. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e correlacional. A coleta dos dados ocorreu no período de março a maio de 2010. Utilizou-se um instrumento para caracterização da amostra, a Medida da Independência Funcional (MIF) e a Escala de rastreamento de sintomas depressivos (CES-D). Foram estudados 84 idosos, média de idade 70,4 anos (s=7,3); 61,9% homens; 51,2% casados; 36,9% viúvos; 36,9% sabiam ler e escrever informalmente/analfabetos; 82,8% eram aposentados; 73,2% recebiam um salário mínimo; 54,8% moravam com a família; 75% deixaram de fumar, 20,2% ainda fumavam e 4,8% nunca fumaram; a carga tabágica foi superior para os homens, sendo a diferença significativa (p<000,1); 100% tinham DPOC, 51,2% pressão alta, 39,3% problemas para dormir e 33,3 problemas cardíacos; a média de morbidades foi de 3,4(s=2,4); 41,7% referiram internação nos últimos 12 meses; 34,5% por exacerbação da DPOC e 34,3% por pneumonia. Houve predomínio da DPOC nos estádios III (40,5%) e II (35,7%), verificou-se prevalência de homens (79,5%) no estádio III e de mulheres (56,7%) no II; os homens apresentaram níveis de DPOC mais elevados que as mulheres, sendo a diferença estatisticamente significativa (p=0,05); tempo médio de DPOC foi 8,3 anos (s=6,4). O escore médio da MIF total foi 117,0 pontos; 96,4% com nível de Independência completa/modificada; a correlação de Pearson entre número de morbidade e MIF (total e motora) foi inversa e significativa (p=0,02). A CES-D classificou 71,4% com sintomas de depressão. Houve diferenças significativas entre presença de sintomas de depressão e as variáveis, sexo (p=0,01), estado conjugal (p=0,02) e problemas para dormir (p=0,01). O estudo revelou que a maioria dos idosos apresentava independência completa/modificada e presença de sintomas de depressão. Apesar de não ter encontrado diferenças significativas na correlação entre os escores da MIF e as variáveis, idade, tempo e grau de DPOC, bem como entre a associação de sintomas depressivos com idade, grau de DPOC e comorbidades, os resultados são relevantes para discussões entre os profissionais da área da saúde, uma vez que a identificação correta de fatores que podem influenciar no tratamento, reabilitação e qualidade de vida do idoso com DPOC torna efetiva as praticas assistenciais voltadas para as necessidades dos mesmos. / The demographic and epidemiological transformations of the previous century brought significant sociodemographic and health changes, globally, with an increase of the elderly population. The aging process can be associated to non transmissible chronic diseases, among them the chronic obstructive pulmonary disease (COPD), which is a partially reversible, progressive and debilitating public health problem. Thus, this descriptive, cross-sectional and correlational study aimed to characterize the elderly with diagnosis of COPD at stages I to IV, who receive care at the Outpatient Clinic of General Pneumology of the Hospital das Clínicas of the University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School (HCFMRP/USP), according to sociodemographic variables, history of smoking and health conditions; to identify the degree of functional independence; to identify the presence of symptoms of depression; to analyze the correlation among the degree of functional independence, age, number of morbidities, time and stage of COPD and the association between the presence of symptoms of depression, the sociodemographic variables, the stage of COPD and the comorbidities. Data collection was carried out between March and May 2010. An instrument was used for the characterization of the sample, as well as the Measure of Functional Independence (MFI) and the Center for Epidemiologic Studies Depression Scale (CES-D). In total, 84 elderly adults were studied, with average age of 70.4 years (sd=7,3); 61.9% men; 51.2% married; 36.9% widower; 36.9% could read and write and were informally illiterate; 82.8% were retired; 73.2% received one minimum wage monthly; 54.8% lived with the family; 75% quit smoking, 20.2% still smoked and 4.8% never smoked; the tobacco load was higher for men, with significant difference (p<0.001); 100% had COPD, 51.2% had high blood pressure, 39.3% problems to sleep and 33.3 heart problems; the average of reported morbidities was 3.4 (sd=2.4); 41.7% reported being hospitalized in the last 12 months; 34.5% for aggravation of COPD and 34.3% pneumonia. There was predominance of COPD at stages III (40.5%) and stage II (35.7%), with prevalence of men (79.5%) at stage III and women (56.7%) at stage II; men presented higher levels of COPD than women, with statistically significant difference (p=0.05); average time of COPD was 8.3 years (sd=6.4). The average score of total MIF was 117.0 points; 96.4% with level of complete/altered independence; Person correlation between number of morbidity and MIF (total and motor) was inverse and significant (p=0.02). CES-D classified 71.4% of the participants with symptoms of depression. There were significant differences between the presence of symptoms of depression and the variables gender (p=0.01), marital status (p=0.02) and problems to sleep (p=0.01). The study revealed that most elderly adults presented complete/altered independence and presence of symptoms of depression. Although there were no significant differences between the correlation of the scores of MIF and the variables age, time and stage of COPD, as well as the association of depressive symptoms with age, stage of COPD and comorbidities, results are relevant for discussions among health professionals, once the correct identification of factors that can influence on the treatment, rehabilitation and quality of life of the elderly with COPD make care practices targeting the needs of the elderly more effective.
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Condições de saúde e cuidado domiciliar de indivíduos com lesão de medula espinhal / Health conditions and home care of individuals with spinal cord injury.

Rabeh, Soraia Assad Nasbine 17 October 2007 (has links)
O estudo observacional e transversal teve por objetivos caracterizar indivíduos adultos que sofreram lesão de medula espinhal (LME) entre janeiro de 2003 a julho 2006, em hospitais credenciados pelo SUS no município de Ribeirão Preto (RP), avaliar a sua independência funcional utilizando a escala medida de independência funcional (MIF), considerando o nível de lesão, identificar a prevalência de úlcera de pressão (UP) e problemas de funcionamento intestinal, assim como as condições de cuidado domiciliar e o acesso e utilização de serviços de saúde. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, o estudo foi desenvolvido em duas fases. Na primeira foi feito levantamento de prontuários em 2 hospitais e, na segunda, entrevistas com sujeitos e cuidadores nos domicílios, utilizando instrumentos préviamente testados. Os resultados evidenciaram que 28 indivíduos residentes em RP sofreram LME no período e que 19 (67,9%) tiveram UP. Desses, 6 foram a óbito antes da segunda fase do estudo. Dentre os 22 sobreviventes, 91% eram do sexo masculino e 14 (63,6%) tinham entre 20 a 39 anos. Acidente de trânsito foi a etiologia principal (50%) da LME, seguida de queda (27,3%). Onze (50%) tiveram lesão cervical, dez (45,5%) lesão torácica e um lesão lombar. Quinze (68,2%) não tinham ocupação remunerada após a LME e 12 (54,5%) tinham a esposa como cuidador principal. Indivíduos com lesão cervical apresentaram escores menores na MIF total e motora, entretanto, a MIF cognitiva atingiu o valor máximo independente do nível da lesão. Dos 22 sujeitos, nenhum apresentou grau de dependência completa, 11 (50%) apresentavam dependência mínima, 6 (27,3%) dependência máxima e 5 (22,7%) independência moderada ou completa. Os 7 sujeitos com UP tinham maior dependência funcional. Quinze (68,2%) tinham constipação intestinal. O tempo total de cuidado variou de 4 a 15 horas diárias, com média de 9,63, (d.p. 3,4) para sujeitos com lesão cervical; 7,8 (d.p. 2,8) para lesão torácica e 4 para lombar. Houve aumento dos escores da MIF com o aumento do tempo pós-lesão, independente da participação em programa de reabilitação. O trauma causou maior impacto no domínio motor com diminuição da independência funcional nas diferentes atividades para os sujeitos com lesão cervical, entretanto, esses apresentaram escores mais elevados na função controle intestinal do que os indivíduos com lesão torácica. Os resultados apontam aspectos essenciais para a proposição de programa de reabilitação para essa população no contexto estudado. / The purposes of this cross-sectional observational study are: to characterize adult individuals that suffered Spinal Cord Injury (SCI) between January 2003 and July 2006 in hospitals of the Single Health System (SHS) in the city of Ribeirão Preto, and evaluate their functional independence using the Functional Independence Measurement (FIM) scale taking injury level into consideration; and to identify the prevalence of individuals with pressure ulcers (PU) and bowel function problems, as well as home care conditions and the accessibility and use of health care services. After being approved by the Research Ethics Committee, the study was performed in two phases: in the first, patient records from two hospitals were surveyed; in the second, patients and home-care providers were interviewed using previously tested instruments. Results showed that 28 individuals suffered SCI in the referred period, of which 19 (67.9%) developed PU. Six patients died before the second phase of the study. Among the 22 survivors, 91% were men and 14 (63.6%) were between 20 and 39 years old. The main SCI etiology was traffic accidents (50%), followed by falls (27.3%). Eleven (50%) individuals had cervical injury, ten (45.5%) thoracic injury, and one lombar injury. Fifteen (68.2%) were unemployed after SCI and 12 (54.5%) had their wife as their main care provider. Individuals with cervical injury presented lower total and motor FIM scores. However, cognitive FIM scores were the highest, regardless of the injury level. None of the 22 patients presented a degree of complete dependency; 11 (50.0%) presented minimum dependency, six (27.3%) maximum dependency, and five (22.7%) moderate or complete independency. The seven participants with PU were more functionally dependent. Fifteen (68.2%) had constipation. Total care time ranged from 4 to 15 daily hours, with an average of 9.63 (SD 3.4) for individuals with cervical injury; 7.8 (SD 2.8) for thoracic injury; and 4 for lombar injury. FIM scores increased with post-injury time, regardless of participating in rehabilitation. The trauma caused more impact in the motor domain, with reduced functional independence in various activities for individuals with cervical injuries. However, the latter presented higher scores in bowel control function compared to individuals with thoracic injury. Results highlight the essential aspects of their experiences to propose a rehabilitation program for this population in the studied context.
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Avaliação comparativa do padrão de locomoção em atividades da vida diária de diabéticos neuropatas por meio de eletromiografia de superfície e cinemática / Comparative evaluation of the locomotor pattern of activities of daily living in diabetic neuropathic subjects through surface EMG and kinematics

Andrea Naomi Onodera 04 May 2010 (has links)
A neuropatia diabética é umas das principais complicações crônicas da Diabetes Mellitus que causa prejuízo nos sistemas somatossensorial e motor resultando em alterações biomecânicas nos padrões de locomoção. Atividades de locomoção da vida diária que provocam maior desafio mecânico e de estabilidade podem ser consideradas como um fator de risco para formação de ulcerações em diabéticos neuropatas. Assim, para o real entendimento da interferência da neuropatia diabética na realidade do paciente diabético, torna-se essencial avaliar a biomecânica de membro inferior durante a execução de tarefas motoras da vida real do paciente. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da neuropatia diabética nas características discretas e das séries temporais do padrão de ativação muscular, por meio da EMG de superfície, e da cinemática sagital de membro inferior, por meio de eletrogoniômetros, de diabéticos neuropatas (GD) e não diabéticos (GC) (n=46, GC=23, GD=23). Na análise discreta foram analisadas variáveis discretas dos envoltórios lineares dos músculos VL, GM e TA e da variação angular sagital de quadril, joelho e tornozelo. Estas variáveis foram comparadas entre grupos, em cada tarefa motora, por testes t independentes (=0,05). A análise das séries temporais eletromiográficas e de variação angular sagital foi realizada por meio da correlação cruzada de cada série entre os grupos. Também se avaliou a força da relação de fase entre a atividade muscular de VL, TA e GM com a variação angular de joelho e tornozelo, em cada grupo. Os coeficientes de correlação dessas relações foram comparados entre grupos por testes t independentes (=0,05). Os resultados demonstraram que durante o subir, os diabéticos apresentaram menor extensão de tornozelo ao final do apoio e, ao se projetarem para frente na primeira metade do apoio, fletiram menos o tornozelo. Em decorrência disto, houve um prejuízo no posicionamento ideal de tornozelo, indispensável para a ação inicial eficiente de VL. A desvantagem mecânica de VL observada no GD no início do apoio no degrau desencadeou uma ativação aumentada deste músculo ao final da fase de apoio na perna contralateral. No descer, o GD apresentou menor extensão de tornozelo no início do apoio, mas não apresentou alterações na EMG. Nos resultados da análise das séries temporais das EMG houve alta similaridade entre os grupos tanto no subir quanto no descer. A correlação entre a atividade muscular e a variação angular em todas as relações avaliadas foram significativamente mais fracas para o GD no subir para o VL joelho e GM tornozelo (relações fracas em ambos os grupos), exceto para a relação TA e tornozelo, em que o GD obteve relação moderada, enquanto o GC obteve relação fraca. No descer, as correlações foram similares entre os grupos (moderada para VL - joelho e GM - tornozelo, e fraca para TA - tornozelo). Aparentemente, o subir parece exacerbar mais os déficits motores da neuropatia diabética tanto na análise discreta quanto nas séries temporais. Apesar da similaridade temporal das séries no descer escada, qualitativamente houve diferenças na forma, sugerindo uma estratégia de recrutamento motor alterada. Em resumo, diabéticos neuropatas apresentam o padrão cinemático de tornozelo e muscular de vasto lateral e tibial anterior alterados durante estas atividades cotidianas, assim como uma alterada coordenação da ativação muscular de joelho e tornozelo com o correspondente movimento articular. Estes fatos, associados aos maiores impactos verticais do subir e descer escada podem aumentar o risco de ulceração no dia-a-dia de diabéticos neuropatas / The diabetic neuropathy is one of the main chronic complications of Diabetes Mellitus which causes damage to somatosensory and motor control systems resulting in biomechanical alterations in locomotion patterns. Locomotion activities with greater mechanical and balance demands might be considered a risk factor for ulcer formation in diabetic neuropathic patients. Therefore, to have a better understanding of the diabetic neuropatic interference in the daily life of these individuals, it is essential to evaluate the biomechanics of lower limbs during real life activities. The aim of this study was to investigate the influence of the diabetic neuropathy in the discrete characteristics and in time series of muscle activation patterns, using superficial EMG, and sagittal kinematics, using electrogoniometers, of lower limbs during stair management in diabetics (n=23) and non-diabetic individuals (n=23). The discrete analyses were done by discrete variables of VL, GM and TA linear envelopes and the sagittal angular variation of hip, knee and ankle. These variables were compared between groups in each motor task, by t test for independent samples ( = 0.05). The analyses of electromyographic and sagittal angular variation time series were performed by cross-correlation of each serie between groups. Moreover, the strength of the phase relationship between muscle activity of VL, TA and GM with the angular variation of knee and ankle was assessed in each group. The correlation coefficients of these relationships were compared between groups by independent t tests ( = 0.05). The main findings showed that during the stair ascent, diabetics had lower ankle extension at the end of stance phase, and while projecting their body forward during the first half of stance, their ankle flexion angle was also smaller. Because of that, there was a worse ankle positioning in the beginning of the stance, necessary for an efficient action of VL. The mechanical disadvantage of VL observed in diabetic neuropathic patients at the beginning of the stance phase may have triggered an increased activation in the same muscle at the end of stance in the contralateral leg. In the stair descent, diabetics had lower ankle extension at the beginning of stance, but did not show significant alterations in EMG. In the time series analysis, the EMG signals of all muscles presented higher similarities in timing across time series between groups for stair ascent and descent. The correlation obtained between groups for the muscle activity and angular variation amongst all evaluated relationships were statistically lower in the diabetic group for stair ascent (for VL-knee and GM-ankle (both groups presented weak relation), except for the relation between TA and ankle joint variation, which was moderate for the diabetic individuals and weak for controls. In the stair descent, the correlations were similar between groups (moderate relation for VL- knee and GM - ankle, and a weak relation for TA - ankle). Apparently, the stair ascent explicited motor deficits caused by diabetic neuropathy in the discrete analysis and also in the time series analysis. Although the similarities in the time series in the stair descent, qualitative shape differences were observed, suggesting a impaired pattern of motor recruitment in neuropathic patients. In summary, diabetic neuropathic individuals presented an altered ankle kinematic and VL and TA muscles activities patterns during these real life activities, and also altered coordination between muscle activity of knee and ankle and adjacent joint motion. These facts, combined to higher vertical impacts of stair ascent and descent might raise the plantar ulceration risks in the daily activities of diabetic neuropathic individuals
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Previsão de ações em atividades diárias para assistir pessoas com declínio cognitivo através de um modelo ontológico probabilístico / Prediction of actions in daily activities to assist people with cognitive decline through a probabilistic ontological model

Lunardi, Gabriel Machado January 2017 (has links)
A população idosa mundial está crescendo e, com ela, o número de diagnósticos de doenças relacionadas à velhice como, por exemplo, declínios cognitivos também. Essas doenças costumam afetar a autonomia do idoso no seu lar, especialmente no que se refere à realização de atividades diárias. Com isso em vista, é preciso empregar cuidadores e serviços de saúde que acabam por implicar em altos custos. Nesse sentido, surge a necessidade de conceber sistemas robustos, automatizados, utilizáveis e de baixo custo para a assistência pessoal. A concepção desses sistemas faz menção à área de Ambientes de Vivência Assistida. Portanto, esta dissertação propõe uma abordagem que beneficia os sistemas para Ambientes de Vivência Assistida com a capacidade de prever ações humanas para a facilitação de atividades diárias, particularmente quando declínios cognitivos relacionados à elas ocorrerem. Nesse sentido, foi concebido um meta-modelo semântico para a geração de modelos conceituais de contexto e de comportamento, compostos pelas ações humanas. A partir disso, a previsão de ações (informação de suporte) é realizada por um mecanismo de predição e inferência composto por um modelo semântico probabilístico. A abordagem é demonstrada através de um estudo de caso cujo cenário representa uma situação de declínio cognitivo, enfrentada por um usuário, que impede a condução de uma atividade diária. Então, o mecanismo de predição e inferência, utilizando o modelo semântico probabilístico, prevê qual a ação mais adequada que facilite a conclusão da atividade. Essa previsão é avaliada para aferir o quão bem um usuário seria auxiliado, isto é, se a operação prevista foi por ele realizada. Para isso, foi utilizado um dataset relacionado ao cenário do estudo de caso e medidas de desempenho como a precisão, a revocação e a medida-F. Os resultados dessa avaliação se mostraram promissores sendo, em média, 69,5% para a precisão, 100% para a revocação e 81% para a medida-F. As principais contribuições deste trabalho dizem respeito ao meta-modelo semântico a partir do qual pesquisas na área deste trabalho podem utilizar para gerar modelos de comportamento, e ao modelo semântico probabilístico que realiza predição através de raciocínio incerto sobre os modelos de comportamento, propiciando decisões mais precisas para auxiliar usuários com declínio cognitivo. / The world’s elderly population is growing and, with it, the number of diagnoses of diseases related to old age, such as cognitive declines as well. These diseases usually affect the autonomy of the elderly in their home, especially when it comes to performing daily activities. With this in mind, it is necessary to employ caregivers and health services that end up implying high costs. In this sense, the need arises to design robust, automated, usable and low-cost systems for personal assistance. The design of these systems makes reference to the area of Ambient Assisted Living. Therefore, this dissertation proposes an approach that benefits the Ambient Assisted Living systems with the ability to predict human actions for the facilitation of daily activities, particularly when cognitive declines related to them occur. In this sense, a semantic meta-model was conceived for the generation of conceptual models of context and behavior, composed by human actions. From this, the prediction of actions (information of support) is realized by a mechanism of prediction and inference composed by a probabilistic semantic model. The approach is demonstrated through a case study whose scenario represents a situation of cognitive decline, faced by a user, that prevents the conduct of a daily activity. Then, the prediction and inference mechanism, using the probabilistic semantic model, predicts the most appropriate action that facilitates the conclusion of the activity. This forecast is evaluated to gauge how well a user would be assisted, that is, if the intended operation was performed by him. For this, a dataset related to the case study scenario and performance measures such as precision, recall, and F-measure were used. The results of this evaluation are promising, averaging 69.5% for precision, 100% for recall and 81% for F-measure. The main contributions of this work are related to the semantic meta-model from which research in the area of this work can be used to generate behavioral models, and to the probabilistic semantic model that performs prediction through uncertain reasoning over behavior models, providing better decisions to help users with cognitive decline.
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Impacto da doença articular referida na funcionalidade de idosos / The impact of referred joint disease to functionality in elderly

Leite, Francine 15 March 2013 (has links)
Introdução: As doenças articulares, frequentes entre idosos, estão relacionadas ao comprometimento funcional. Objetivo: Avaliar o impacto da doença articular referida no comprometimento funcional em idosos residentes na área urbana do município de São Paulo no período entre 2000 e 2006. Métodos: Este trabalho é parte do Estudo Saúde, Bem-Estar Envelhecimento (SABE). Foram estudados 336 idosos residentes na zona urbana do município de São de Paulo, entrevistados em 2000 e em 2006, representando 162.913 idosos do município. A variável dependente do estudo foi o desenvolvimento de comprometimento funcional e a variável independente foi a doença articular referida entre 2000 e 2006, adicionalmente com as covariáveis sociodemográficas e de saúde. A relação entre as variáveis foi analisada pelo teste de Rao Scot, seguida pelo modelo de regressão logística multinomial e os cálculos do risco atribuível. Considerou-se nível de significância de 5 por cento e intervalos de confiança de 95 por cento . Resultados: No período de 6 anos, observou-se uma incidência de 47,8 por cento de dificuldade de mobilidade e 7,3 por cento de desempenhar atividades de vida diária (AVDs). A doença articular não foi associada ao comprometimento funcional. O sexo feminino foi associado à dificuldade de mobilidade e a idade avançada (70 anos ou mais) e a baixa escolaridade (até 3 anos de estudo) foram associados à dificuldade de desempenho das AVDs. Na população, 9,2 por cento do comprometimento funcional foi atribuído à doença articular. Ainda, entre os idosos que relataram a doença articular, 30,1 por cento do comprometimento funcional foi atribuído a ela. Conclusões: Apesar do impacto da doença articular no comprometimento funcional da população ser representativo, a doença articular não foi associada à incidência de comprometimento funcional nesse estudo / Introduction: The joint disease, common among the elderly, are related to functional impairment. Objective: To evaluate the impact of referred joint disease to functional impairment among elderly living in the urban area of São Paulo between 2000 and 2006. Methods: This study is part of Health Well Being Aging Study (SABE study). We studied 336 elderly residents in the urban area of São Paulo, who were interviewed in 2000 and 2006, representing 162,913 seniors. The dependent variable was functional impairment and the independent variable was joint disease development between 2000 and 2006, in addition to the sociodemographic and health covariates. The association between variables was analyzed using Rao Scot test, followed by multinomial logistic regression model and attributable risk calculations. It was considered a significance level of 5 per cent and confidence interval of 95 per cent . Results: During the 6-year-period, the incidence of mobility impairment was 47.8 per cent and incidence of activities of daily living (ADLs) disability was 7.3 per cent . The joint disease was not associated with functional impairment. Being female was associated with difficulty in mobility difficulties and advanced age (up to 70 years old) and lower education (up to 3 years) were associated with difficulty in performing ADLs. Among population, 9.2 per cent of functional impairment was attributed to joint disease. Still, among the elderly who reported joint disease, 30.1 per cent of functional impairment was attributed to it. Conclusions: despite the expressive impact of joint disease on functional impairment, it was not associated with incidence of disability in this study.
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Independência funcional do idoso com doença pulmonar obstrutiva crônica / Functional independence of the elderly with chronic obstrutive pulmonary disease

Viviane Cristine Ferreira 02 December 2010 (has links)
As transformações demográficas e epidemiológicas do século anterior trouxeram significativas modificações sociodemográficas e de saúde, em todo o mundo, com o aumento de idosos na população. Ao processo de envelhecimento pode estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), um problema de saúde pública, parcialmente reversível, progressivo e incapacitante. Assim, os objetivos do estudo foram caracterizar os idosos com diagnóstico de DPOC nos estádios I a IV, atendidos no Ambulatório de Pneumologia Geral do HCFMRP/USP, segundo as variáveis sociodemográficas, história de tabagismo e condição de saúde; identificar o grau de independência funcional; identificar a presença de sintomas de depressão; analisar a correlação entre o grau de independência funcional, idade, número de morbidades, tempo e grau de DPOC e a associação entre a presença de sintomas de depressão, as variáveis sociodemográficas, o grau de DPOC e as comorbidades. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e correlacional. A coleta dos dados ocorreu no período de março a maio de 2010. Utilizou-se um instrumento para caracterização da amostra, a Medida da Independência Funcional (MIF) e a Escala de rastreamento de sintomas depressivos (CES-D). Foram estudados 84 idosos, média de idade 70,4 anos (s=7,3); 61,9% homens; 51,2% casados; 36,9% viúvos; 36,9% sabiam ler e escrever informalmente/analfabetos; 82,8% eram aposentados; 73,2% recebiam um salário mínimo; 54,8% moravam com a família; 75% deixaram de fumar, 20,2% ainda fumavam e 4,8% nunca fumaram; a carga tabágica foi superior para os homens, sendo a diferença significativa (p<000,1); 100% tinham DPOC, 51,2% pressão alta, 39,3% problemas para dormir e 33,3 problemas cardíacos; a média de morbidades foi de 3,4(s=2,4); 41,7% referiram internação nos últimos 12 meses; 34,5% por exacerbação da DPOC e 34,3% por pneumonia. Houve predomínio da DPOC nos estádios III (40,5%) e II (35,7%), verificou-se prevalência de homens (79,5%) no estádio III e de mulheres (56,7%) no II; os homens apresentaram níveis de DPOC mais elevados que as mulheres, sendo a diferença estatisticamente significativa (p=0,05); tempo médio de DPOC foi 8,3 anos (s=6,4). O escore médio da MIF total foi 117,0 pontos; 96,4% com nível de Independência completa/modificada; a correlação de Pearson entre número de morbidade e MIF (total e motora) foi inversa e significativa (p=0,02). A CES-D classificou 71,4% com sintomas de depressão. Houve diferenças significativas entre presença de sintomas de depressão e as variáveis, sexo (p=0,01), estado conjugal (p=0,02) e problemas para dormir (p=0,01). O estudo revelou que a maioria dos idosos apresentava independência completa/modificada e presença de sintomas de depressão. Apesar de não ter encontrado diferenças significativas na correlação entre os escores da MIF e as variáveis, idade, tempo e grau de DPOC, bem como entre a associação de sintomas depressivos com idade, grau de DPOC e comorbidades, os resultados são relevantes para discussões entre os profissionais da área da saúde, uma vez que a identificação correta de fatores que podem influenciar no tratamento, reabilitação e qualidade de vida do idoso com DPOC torna efetiva as praticas assistenciais voltadas para as necessidades dos mesmos. / The demographic and epidemiological transformations of the previous century brought significant sociodemographic and health changes, globally, with an increase of the elderly population. The aging process can be associated to non transmissible chronic diseases, among them the chronic obstructive pulmonary disease (COPD), which is a partially reversible, progressive and debilitating public health problem. Thus, this descriptive, cross-sectional and correlational study aimed to characterize the elderly with diagnosis of COPD at stages I to IV, who receive care at the Outpatient Clinic of General Pneumology of the Hospital das Clínicas of the University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School (HCFMRP/USP), according to sociodemographic variables, history of smoking and health conditions; to identify the degree of functional independence; to identify the presence of symptoms of depression; to analyze the correlation among the degree of functional independence, age, number of morbidities, time and stage of COPD and the association between the presence of symptoms of depression, the sociodemographic variables, the stage of COPD and the comorbidities. Data collection was carried out between March and May 2010. An instrument was used for the characterization of the sample, as well as the Measure of Functional Independence (MFI) and the Center for Epidemiologic Studies Depression Scale (CES-D). In total, 84 elderly adults were studied, with average age of 70.4 years (sd=7,3); 61.9% men; 51.2% married; 36.9% widower; 36.9% could read and write and were informally illiterate; 82.8% were retired; 73.2% received one minimum wage monthly; 54.8% lived with the family; 75% quit smoking, 20.2% still smoked and 4.8% never smoked; the tobacco load was higher for men, with significant difference (p<0.001); 100% had COPD, 51.2% had high blood pressure, 39.3% problems to sleep and 33.3 heart problems; the average of reported morbidities was 3.4 (sd=2.4); 41.7% reported being hospitalized in the last 12 months; 34.5% for aggravation of COPD and 34.3% pneumonia. There was predominance of COPD at stages III (40.5%) and stage II (35.7%), with prevalence of men (79.5%) at stage III and women (56.7%) at stage II; men presented higher levels of COPD than women, with statistically significant difference (p=0.05); average time of COPD was 8.3 years (sd=6.4). The average score of total MIF was 117.0 points; 96.4% with level of complete/altered independence; Person correlation between number of morbidity and MIF (total and motor) was inverse and significant (p=0.02). CES-D classified 71.4% of the participants with symptoms of depression. There were significant differences between the presence of symptoms of depression and the variables gender (p=0.01), marital status (p=0.02) and problems to sleep (p=0.01). The study revealed that most elderly adults presented complete/altered independence and presence of symptoms of depression. Although there were no significant differences between the correlation of the scores of MIF and the variables age, time and stage of COPD, as well as the association of depressive symptoms with age, stage of COPD and comorbidities, results are relevant for discussions among health professionals, once the correct identification of factors that can influence on the treatment, rehabilitation and quality of life of the elderly with COPD make care practices targeting the needs of the elderly more effective.
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CondiÃÃes de funcionalidade de pessoas com lesÃo medular fundamentadas no Ãndice de barthel: proposta de intervenÃÃo de enfermagem / Conditions of functionality of persons with spinal cord injury based on the barthel index: motion for intervention of nursing

Roberta de AraÃjo e Silva 24 February 2011 (has links)
Este estudo busca avaliar as condiÃÃes de funcionalidade para o desenvolvimento das Atividades da Vida DiÃria das pessoas com lesÃo medular, com base no Ãndice de Barthel. Para a consecuÃÃo dos objetivos, optei por realizar um estudo transversal-quantitativo realizado no Ãmbito hospitalar e domiciliar. A amostra foi constituÃda por 74 pessoas com lesÃo medular traumÃtica, sendo 47 hospitalizadas e 27 domiciliares, as quais foram atendidas ou acompanhadas em um hospital pÃblico municipal, referÃncia em emergÃncia e trauma em Fortaleza-CearÃ-Brasil. A coleta de dados ocorreu durante os meses de marÃo a junho de 2010, mediante a utilizaÃÃo de um formulÃrio estruturado composto por variÃveis independentes referentes aos dados sociodemogrÃficos e clÃnicos sobre a lesÃo medular e por variÃveis dependentes que corresponde à escala do Ãndice de Barthel, a qual avalia dez atividades da vida diÃria. Os aspectos Ãticos relativos à pesquisa em seres humanos foram respeitados durante todo o processo. Para anÃlise estatÃstica dos dados foi utilizado o programa Predictive Analytics SoftWare (PASW) versÃo 18.0. atravÃs do Mann â Whitney Test e Kruskal â Wallis Test para comparar as diferentes pontuaÃÃes do Ãndice de Barthel entre as caracterÃsticas envolvidas. Os achados foram discutidos com base na literatura pertinente, sendo evidenciado que as pessoas mais acometidas pela lesÃo medular foram, na maioria, homens jovens, com idade entre 18 e 40 anos, com baixa escolaridade, sem ocupaÃÃo e residentes em Fortaleza. A lesÃo mais evidente foi a paraplegia completa, com tempo de lesÃo atà seis meses, decorrentes de perfuraÃÃo por arma de fogo, aspectos estes comums aos grupo hospitalar e domiciliar. Quanto a funcionalidade para o desenvolvimento das AVDs, apÃs a aplicaÃÃo do Ãndice de Barthel, de uma forma geral, manifestou-se de forma distinta em relaÃÃo aos grupos. Os hospitalizados demonstraram maior dependÃncia, enquanto, que os domiciliares demosnstraram maior independÃncia. Ao analizar cada categoria ficou evidente que as atividades: higiene pessoal, intestinos, deslocaÃÃo, mobilidade, uso de toilet, vestir e banho, apresentaram resultados divergentes, os hospitalizados mostraram maior dependÃncia, em quanto que os domiciliares, uma maior independÃncia. Apenas nas atividades alimentaÃÃo, bexiga e escada, à que foi obitido resultados convergentes, tanto para os hospitalizados quanto para os domiciliares, os quais demonstraram independÃncia para alimentar-se, incontinÃncia urinÃria e incapacidade para subir/descer escadas sem ajuda. ApÃs levantados destes achados foi proposto um modelo de intervenÃÃo fundamentado no processo de enfermagem, o qual compreendeu 23 diagnÃsticos de enfermagem da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), 32 intervenÃÃes de enfermagem da Nursing Interventions Classification (NIC) e 23 resultados de enfermagem da Nursing Outcomes Classification (NOC). Para concluir, cabe ressaltar que o Ãndice de Barthel mostrou ser uma escala de fÃcil aplicaÃÃo, eficaz na obtenÃÃo dos resultados e com sensibilidade em detectar Ãs alteraÃÃes clÃnicas dos pacientes. Por fim, este estudo, alÃm de atingir os objetivos propostos, contribuiu para o crescimento e autonomia do conhecimento e da prÃtica de enfermagem neurolÃgica brasileira, em especial à cearense, ao propor um modelo de intervenÃÃo de enfermagem com vista à promoÃÃo da saÃde e melhoria da qualidade de vida das pessoas com lesÃo medular. / This research seeks to evaluate functionality conditions for the development of Activities of Daily Living with people suffer of spinal cord injuries based on Barthel Index. For this purpose I opted to do a qualitative research in home and hospital environments. The sample was made up of 74 people with traumatic spinal cord injuries â 47 were in hospital and 27 at home â who were nursed in public municipal hospitals which were a reference in trauma and emergency in the city of Fortaleza-CearÃ-Brazil. The collecting of the data occurred from March through June of 2010 using a form made up of independent variables referring to clinical and sociodemographic and dependent variables data which corresponds to the Barthel index scale that evaluates ten activities of daily living. The ethical aspects related to the research carried out in human beings were respected during the whole process. For statistical data analysis, we used the program âPredictive Analytics Softwareâ (PASW), version 18.0. The findings were discussed based on the pertinent literature, becoming evidenced that the people who were most affected by spinal cord injury were mostly young men, between 18 and 40 years old, with low school attendance and without occupation and Fortaleza residents. The most evident was complete paraplegia with a six-month span due to gunfire perforation which are common aspects to the hospital and home groups. As for the functionality for AVDs development, after the Barthel index application, in a general way, manifested distinctively in relation to the groups. Those who were hospitalized demonstrated greater dependence whilst those at home demonstrated greater independence. By analyzing each category it got clear that the activities: personal hygiene, intestines, transferring, mobility, toilet using, dressing and bathing, presented diverging outcomes. Those who were hospitalized showed greater dependence whilst those who were at home displayed greater independence. Only in eating activities the results were converging both to the hospitalized and home patients. The latter ones demonstrated independence to feed, urinary incontinence and were incapable of going up / going down the stairs without help. After these findings, we proposed an intervention model grounded on the nursing process which was made up of 23 nursing diagnoses from the âNorth American Nursing Diagnosis Associationâ (NANDA), 32 nursing interventions from the âNursing Interventions Classificationâ (NIC) and 23 nursing outcomes from the Nursing Outcomes Classification (NOC). To sum up, it is appropriate to state that the Barthel Index came to be an easy application scale, efficient in obtaining the outcomes and sensitive in detecting the patientâs clinical alterations. And last, but not least, this research, besides of achieving the proposed goals, contributed to the enhancing of knowledge and its autonomy and the Brazilian neurological nursing practice, especially that from CearÃ, by proposing a nursing intervention model aiming to promote health and life quality betterment of the people who suffer of spinal cord injury.
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Is episodic future thinking important for instrumental activities of daily living in neurological patients?

Brunette, Amanda M. 01 August 2018 (has links)
Episodic future thinking is defined as the ability to mentally project oneself into the future into a specific time and place. Episodic future thinking has been explored extensively in neuroscience. However, it has not been determined whether the measurement of episodic future thinking might be valuable in a clinical neuropsychological setting. The current study examined the relationship between episodic future thinking and instrumental activities of daily living (IADLs), which is a domain of adaptive functioning frequently assessed by neuropsychologists to examine independent living potential including the ability to handle finances, prepare food, complete household duties, and manage medications. A secondary aim was to examine whether episodic future thinking is related to IADLs over and above standard measures of cognition. 61 older adults with heterogeneous neurological conditions and 41 healthy older adults completed a future thinking task (the adapted Autobiographical Interview), two measures of IADLs (an informant report measure called the Everyday Cognition Scale and a performance-based measure called the Independent Living Scales), and standard measures of memory and executive functioning. Episodic future thinking was significantly associated with performance-based IADLs when accounting for age, education, gender, and depression (r=.26, p=.010). Episodic future thinking significantly predicted performance-based IADLs over and above executive functioning (R2=.025, p=.030). Episodic future thinking was not predictive of performance-based IADLs over and above memory (p=.157). Episodic future thinking was not significantly associated with informant reported IADLs when accounting for age, education, gender, and depression (p=.284). This study suggests that episodic future thinking is significantly associated with IADLs, beyond what can be accounted for by executive functioning. Episodic future thinking may provide information about IADLs to clinical neuropsychologists so they can improve their recommendations for independent living.

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