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A influência da afetividade sobre a associação entre adversidades na infância e patologia da personalidade na vida adulta / The influence of affectivity on the association between childhood adversities and personality pathology during adulthood

Santana Junior, Geilson Lima 06 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: As adversidades na infância são experiências comuns e associadas a uma série de desfechos negativos ao longo da vida. Maus tratos e disfunção familiar também estão implicados em transtornos de personalidade na idade adulta, mas ainda não foram esclarecidos os mecanismos e processos subjacentes. OBJETIVOS: O objetivo principal é investigar a associação entre adversidades na infância e patologia da personalidade na população adulta residente na Região Metropolitana de São Paulo. Será testada a hipótese de que essa relação seja mediada por traços de afetividade positiva e negativa. Também será avaliada a prevalência das adversidades na infância, a sua distribuição e agregação, assim como a epidemiologia dos transtornos da personalidade, ainda amplamente desconhecida no Brasil devido à falta de estudos com amostras representativas da nossa população. MÉTODOS: Os dados foram provenientes do São Paulo Megacity, estudo com uma amostra representativa dos adultos residentes na Grande São Paulo (n=2.942). Foram utilizadas regressão multivariada, análise multinível e modelagem de equações estruturais. RESULTADOS: Mais da metade (53,6%) dos adultos da Grande São Paulo relatou alguma adversidade na infância, sendo as mais comuns a morte parental, o abuso físico e a violência familiar. Em geral, essas experiências não ocorreram de maneira isolada, especialmente as consideradas mais graves, como o abuso sexual. Também foi elevada a prevalência de patologia da personalidade: 6,8% dos adultos apresentaram algum transtorno, sendo mais comum o Cluster C (4,6%), seguido pelos Clusters A (4,3%) e B (2,7%). Esses quadros estavam independentemente associados a prejuízos funcionais, especialmente nos domínios cognitivo e de interação social. Entretanto, com exceção do Cluster C, não houve associação com uso de serviços de saúde após o ajuste para outros diagnósticos psiquiátricos. Todos os transtornos da personalidade estavam associados a adversidades na infância, e a maior ocorrência foi encontrada no Cluster B (71,8%). Os eventos mais relacionados foram abuso físico, psicopatologia parental, criminalidade parental e violência familiar. Essas relações respeitaram um gradiente dose-resposta: quanto maior o número de exposições, maior a probabilidade de transtorno da personalidade. Essas associações foram parcialmente mediadas pelo aumento do afeto negativo, mas não pela diminuição do afeto positivo. CONCLUSÕES: As adversidades na infância são experiências frequentes, que tendem a se agregar em redes complexas, indicando a existência de contextos abusivos. Os expostos têm uma probabilidade aumentada de patologia da personalidade, quadros com significativas repercussões funcionais. Os resultados ressaltam a necessidade de se investigar uma história de eventos adversos na infância e abordar as suas consequências afetivas em pacientes com transtornos da personalidade. Esse estudo também pode trazer alguma contribuição à Saúde Pública. Possivelmente, o esclarecimento dessas cadeias de eventos pode ajudar no delineamento de potenciais alvos para intervenção. Estratégias preventivas, como o treinamento de habilidades parentais, podem ser direcionadas às famílias sob maior risco, e as crianças e adolescentes que já foram expostos podem ser elegíveis para programas voltados à regulação emocional. Investigações futuras devem avaliar se essas estratégias podem reduzir a ocorrência e o ônus associado aos transtornos da personalidade / INTRODUCTION: Childhood adversities are common experiences associated with a series of negative outcomes throughout the life cycle. Child abuse and family dysfunction are also related to personality disorders in adulthood, but the underlying mechanisms and processes are yet to be clarified. OBJECTIVES: The main objective is to investigate the relationship between childhood adversities and personality pathology on the adult population residing in the Sao Paulo Metropolitan Area. The study will also test the hypothesis that this association is mediated by positive and negative affectivity traits. Furthermore, it will estimate the prevalence of childhood adversities, its distribution and aggregation, as well as the epidemiology of personality disorders, still largely unknown in Brazil due to the lack of studies with representative samples of our population. METHODS: Data come from Sao Paulo Megacity, a survey with a representative sample of adults residing in Greater Sao Paulo (n=2,942). Analyses used multivariate regression, multilevel analysis and structural equation modeling. RESULTS: More than half (53.6%) of the adults in Greater Sao Paulo reported any childhood adversity, and the most common were parental death, physical abuse and family violence. In general, these experiences did not occur in isolation, especially those considered more serious, such as sexual abuse. The prevalence of personality pathology was also high: 6.8% of the adults had any personality disorder. Cluster C was the most frequent condition (4.6%), followed by Clusters A (4.3%) and B (2.7%). These disorders were independently associated with functional impairment, especially in cognitive and social interaction domains. However, with the exception of Cluster C, there was no association with health services use after control for other psychiatric diagnoses. All personality disorders were related to childhood adversities, and the most frequent occurrence was detected in Cluster B (71.8%). The mostly associated events were physical abuse, parental psychopathology, parental criminality and family violence. Associations followed a dose-response gradient: the greater the number of exposures, the greater the probability of a personality disorder. These relationships were partially mediated by an increase in negative affect, but not by a decrease in positive affect. CONCLUSIONS: Childhood adversities are frequent and tend to aggregate in complex networks, indicating the existence of contexts of abuse. The exposed have an increased probability of personality pathology, a group of conditions with significant functional repercussions. These results highlight the need of investigating a history of childhood adverse events and targeting its affective consequences in patients with personality disorders. This study may also have some contribution to public health efforts. Perhaps the clarification of these chains of events allows delineating potential targets for intervention. Prevention strategies, such as parenting skills training, may be directed to at-risk families, and already exposed children and adolescents may be eligible to programs aiming emotional regulation. Future studies should evaluate if these strategies can reduce the occurrence and the burden associated with personality disorders
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Cognitive emotion regulation, affect and posttraumatic stress symptoms : psychometric properties of the CERQ and a double mediation study

Sch?fer, Julia Luiza 08 March 2017 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-06-30T17:24:36Z No. of bitstreams: 1 DIS_JULIA_LUIZA_SCHAFER_PARCIAL.pdf: 1950516 bytes, checksum: d087e3b380f5026a78af786f693a37b3 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-30T17:24:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DIS_JULIA_LUIZA_SCHAFER_PARCIAL.pdf: 1950516 bytes, checksum: d087e3b380f5026a78af786f693a37b3 (MD5) Previous issue date: 2017-03-08 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Introdu??o: A literatura sugere que respostas emocionais est?o associadas ao desenvolvimento e manuten??o de sintomas do Transtorno de Estresse P?s-Traum?tico (TEPT). A capacidade de influenciar a experi?ncia e express?o emocional, conhecida como regula??o emocional (RE), pode ser cr?tica ao lidar com n?veis significativos de estresse. Especificamente, a RE atrav?s de cogni??es, ou pensamentos (ou seja, Regula??o Emocional Cognitiva, REC), ajuda os indiv?duos a manter o controle sobre sua experi?ncia emocional durante, ou depois de serem expostos a eventos estressores, ou traum?ticos. O Question?rio de Regula??o Emocional Cognitiva (CERQ), foi desenvolvido para medir nove diferentes estrat?gias de REC que se referem ? maneira consciente e atencional de lidar com eventos de vida amea?adores, ou negativos. Objetivos: Os objetivos gerais desta disserta??o foram desenvolver e investigar as evid?ncias de validade da vers?o brasileira do CERQ (Estudo 1) e investigar a rela??o entre a exposi??o a traumas, estrat?gias cognitivas de RE, afeto e Sintomas de Estresse P?s-Traum?tico (SEPT) atrav?s de um modelo de media??o dupla (Estudo 2). M?todo: Uma amostra de 445 estudantes universit?rios completou um Question?rio S?cio-Demogr?fico, a Life of Events Checklist (LEC-5), a vers?o brasileira do CERQ, a Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) e a Posttraumatic Symptoms Checklist (PCL-5) em uma plataforma de pesquisa on-line. Para o Estudo 1, o processo de adapta??o da vers?o brasileira do CERQ incluiu tradu??o, retro-tradu??o, avalia??o de ju?zes e teste em 30 participantes da popula??o-alvo. As evid?ncias de validade de construto foram avaliadas atrav?s de an?lise fatorial confirmat?ria, da consist?ncia interna atrav?s dos alfas de Cronbach e de correla??es com as vari?veis afetivas mensuradas pelo PANAS. Para o Estudo 2 foram realizadas an?lises preliminares de correla??o e de regress?o linear m?ltipla para investigar associa??es entre tipo de trauma, estrat?gias cognitivas de regula??o emocional, afeto e severidade de SEPT. Em seguida, um modelo com rumina??o e afeto negativo como mediadores do efeito da exposi??o ao trauma les?o moral causada por outros sobre os SEPT foi testado usando o macro PROCESS para o SPSS. Resultados: As an?lises de validade mostraram que a estrutura original do CERQ possui boa validade fatorial na amostra e alta confiabilidade, com ? de Cronbach variando entre .71 e .88. An?lises preliminares de associa??o entre tipo de trauma, estrat?gias de regula??o emocional cognitiva, afeto e SEPT mostraram que o tipo de trauma de les?o moral causada por outros, rumina??o e afeto negativo s?o preditores significativos da gravidade de SEPT. Ao testar o modelo de media??o dupla, os resultados sugerem que a rumina??o ? um mediador forte e independente entre o tipo de trauma de les?o moral causada por outros e SEPT, enquanto afeto negativo ? um mediador apenas quando a rumina??o est? presente no modelo. Discuss?o: Nossos resultados indicam que a vers?o brasileira do CERQ ? uma ferramenta v?lida e confi?vel para avaliar as estrat?gias cognitivas de regula??o emocional e que os indiv?duos expostos ao tipo de trauma de les?o moral causada pelos outros utilizam rumina??o como uma estrat?gia de regula??o emocional cognitiva com mais frequ?ncia. O uso aumentado dessa estrat?gia amplifica os n?veis de afeto negativo que acaba levando a n?veis mais elevados de SEPT. Em geral, esses resultados podem influenciar pesquisas e auxiliar no desenvolvimento e melhoria de interven??es cognitivas para indiv?duos expostos a eventos traum?ticos. / Background: Literature suggests that emotional responses are associated to the development and maintenance of Posttraumatic Stress Disorder (PTSD) symptoms. The ability to influence emotional experience and expression, known as emotion regulation (ER), can be critical when dealing with significant levels of stress. Specifically, ER through cognitions, or thoughts (i.e. Cognitive Emotion Regulation; CER), helps individuals to maintain control over their emotional experience during, or after being exposed to stressful, or traumatic events. The Cognitive Emotion Regulation Questionnaire (CERQ) was developed to measure nine different CER strategies that refer to the conscious and attentional way people deal with threatening, or negative life events. Objectives: Therefore, the general purposes of this thesis were to develop and evaluate validity evidences of the Brazilian version of the CERQ (Study 1) and to investigate the relationship between trauma exposure, cognitive emotion regulation strategies, affect and Posttraumatic Stress Symptoms (PTSS) testing for a double mediation model (Study2). Method: A sample of 445 university students completed a Socio-Demographic Questionnaire, the Life of Events Checklist (LEC-5), the Brazilian version of the CERQ, the Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) and the Posttraumatic Symptoms Checklist (PCL-5) on an on-line research platform. For Study 1, adaptation process of the Brazilian version of the CERQ included translation, backtranslation, expert committee?s evaluation, and testing on 30 participants from the target population. Validity evidence was assessed through confirmatory factor analysis, internal consistency through the Cronbach?s alpha analysis, and correlations with the affective variables measured by the PANAS. For Study 2, preliminary correlation and multiple linear regression analyses were conducted to investigate associations among trauma type exposure, cognitive emotion regulation strategies, affect and PTSS severity. Next, a model positing rumination and negative affect as double mediators of the effect of trauma type of moral injury by others on PTSS was tested using the PROCESS macro for SPSS. Results: Validity analyses showed that the original structure of the CERQ has good factorial validity in the sample and high reliabilities, with Cronbach?s ? ranging between .71 and .88. Preliminary analyses of the association among trauma type, cognitive emotion regulation strategies, affect and PTSS showed that trauma type of moral injury, rumination and negative affect were significant predictors of PTSS severity. When testing for the double mediation model, results suggested that rumination is a strong and independent mediator between trauma type moral injury by others and PTSS, while negative affect is a mediator only when rumination is also included. Discussion: Our results indicate that the Brazilian version of the CERQ is a valid and reliable tool for assessing cognitive emotion regulation strategies, and that individuals who are exposed to trauma type of moral injury by others engage more frequently in rumination as a cognitive emotion regulation strategy, which in turn amplifies levels of negative effect that ends up leading to higher levels of PTSS. Overall, these results can influence further researches and aid the development and improvement of cognitive treatment interventions for individuals exposed to traumatic events.
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A influência da afetividade sobre a associação entre adversidades na infância e patologia da personalidade na vida adulta / The influence of affectivity on the association between childhood adversities and personality pathology during adulthood

Geilson Lima Santana Junior 06 December 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: As adversidades na infância são experiências comuns e associadas a uma série de desfechos negativos ao longo da vida. Maus tratos e disfunção familiar também estão implicados em transtornos de personalidade na idade adulta, mas ainda não foram esclarecidos os mecanismos e processos subjacentes. OBJETIVOS: O objetivo principal é investigar a associação entre adversidades na infância e patologia da personalidade na população adulta residente na Região Metropolitana de São Paulo. Será testada a hipótese de que essa relação seja mediada por traços de afetividade positiva e negativa. Também será avaliada a prevalência das adversidades na infância, a sua distribuição e agregação, assim como a epidemiologia dos transtornos da personalidade, ainda amplamente desconhecida no Brasil devido à falta de estudos com amostras representativas da nossa população. MÉTODOS: Os dados foram provenientes do São Paulo Megacity, estudo com uma amostra representativa dos adultos residentes na Grande São Paulo (n=2.942). Foram utilizadas regressão multivariada, análise multinível e modelagem de equações estruturais. RESULTADOS: Mais da metade (53,6%) dos adultos da Grande São Paulo relatou alguma adversidade na infância, sendo as mais comuns a morte parental, o abuso físico e a violência familiar. Em geral, essas experiências não ocorreram de maneira isolada, especialmente as consideradas mais graves, como o abuso sexual. Também foi elevada a prevalência de patologia da personalidade: 6,8% dos adultos apresentaram algum transtorno, sendo mais comum o Cluster C (4,6%), seguido pelos Clusters A (4,3%) e B (2,7%). Esses quadros estavam independentemente associados a prejuízos funcionais, especialmente nos domínios cognitivo e de interação social. Entretanto, com exceção do Cluster C, não houve associação com uso de serviços de saúde após o ajuste para outros diagnósticos psiquiátricos. Todos os transtornos da personalidade estavam associados a adversidades na infância, e a maior ocorrência foi encontrada no Cluster B (71,8%). Os eventos mais relacionados foram abuso físico, psicopatologia parental, criminalidade parental e violência familiar. Essas relações respeitaram um gradiente dose-resposta: quanto maior o número de exposições, maior a probabilidade de transtorno da personalidade. Essas associações foram parcialmente mediadas pelo aumento do afeto negativo, mas não pela diminuição do afeto positivo. CONCLUSÕES: As adversidades na infância são experiências frequentes, que tendem a se agregar em redes complexas, indicando a existência de contextos abusivos. Os expostos têm uma probabilidade aumentada de patologia da personalidade, quadros com significativas repercussões funcionais. Os resultados ressaltam a necessidade de se investigar uma história de eventos adversos na infância e abordar as suas consequências afetivas em pacientes com transtornos da personalidade. Esse estudo também pode trazer alguma contribuição à Saúde Pública. Possivelmente, o esclarecimento dessas cadeias de eventos pode ajudar no delineamento de potenciais alvos para intervenção. Estratégias preventivas, como o treinamento de habilidades parentais, podem ser direcionadas às famílias sob maior risco, e as crianças e adolescentes que já foram expostos podem ser elegíveis para programas voltados à regulação emocional. Investigações futuras devem avaliar se essas estratégias podem reduzir a ocorrência e o ônus associado aos transtornos da personalidade / INTRODUCTION: Childhood adversities are common experiences associated with a series of negative outcomes throughout the life cycle. Child abuse and family dysfunction are also related to personality disorders in adulthood, but the underlying mechanisms and processes are yet to be clarified. OBJECTIVES: The main objective is to investigate the relationship between childhood adversities and personality pathology on the adult population residing in the Sao Paulo Metropolitan Area. The study will also test the hypothesis that this association is mediated by positive and negative affectivity traits. Furthermore, it will estimate the prevalence of childhood adversities, its distribution and aggregation, as well as the epidemiology of personality disorders, still largely unknown in Brazil due to the lack of studies with representative samples of our population. METHODS: Data come from Sao Paulo Megacity, a survey with a representative sample of adults residing in Greater Sao Paulo (n=2,942). Analyses used multivariate regression, multilevel analysis and structural equation modeling. RESULTS: More than half (53.6%) of the adults in Greater Sao Paulo reported any childhood adversity, and the most common were parental death, physical abuse and family violence. In general, these experiences did not occur in isolation, especially those considered more serious, such as sexual abuse. The prevalence of personality pathology was also high: 6.8% of the adults had any personality disorder. Cluster C was the most frequent condition (4.6%), followed by Clusters A (4.3%) and B (2.7%). These disorders were independently associated with functional impairment, especially in cognitive and social interaction domains. However, with the exception of Cluster C, there was no association with health services use after control for other psychiatric diagnoses. All personality disorders were related to childhood adversities, and the most frequent occurrence was detected in Cluster B (71.8%). The mostly associated events were physical abuse, parental psychopathology, parental criminality and family violence. Associations followed a dose-response gradient: the greater the number of exposures, the greater the probability of a personality disorder. These relationships were partially mediated by an increase in negative affect, but not by a decrease in positive affect. CONCLUSIONS: Childhood adversities are frequent and tend to aggregate in complex networks, indicating the existence of contexts of abuse. The exposed have an increased probability of personality pathology, a group of conditions with significant functional repercussions. These results highlight the need of investigating a history of childhood adverse events and targeting its affective consequences in patients with personality disorders. This study may also have some contribution to public health efforts. Perhaps the clarification of these chains of events allows delineating potential targets for intervention. Prevention strategies, such as parenting skills training, may be directed to at-risk families, and already exposed children and adolescents may be eligible to programs aiming emotional regulation. Future studies should evaluate if these strategies can reduce the occurrence and the burden associated with personality disorders

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