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Ãtica radical e psicoterapia centrada na pessoa: a abertura à alteridade radical na relaÃÃo terapÃutica a partir de discursos de psicoterapeutas sobre o inusitado em sua prÃtica clÃnica / Radical Ethics and Person-Centered Psychotherapy: openness to radical alterity in the therapeutic relationship from discourses of person-centered psychotherapists about the unusual in their clinical practice

Carmen Silvia Nunes de Miranda 01 June 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este estudo se constitui numa pesquisa de natureza qualitativa, de carÃter descritivo e exploratÃrio. Intenta contribuir para uma discussÃo Ãtica no campo da prÃtica clÃnica, tendo como referÃncias a Ãtica radical de Emannuel LÃvinas e a Psicoterapia Centrada na Pessoa. O objetivo geral à compreender as possibilidades de abertura à alteridade radical na relaÃÃo terapÃutica a partir de discursos de psicoterapeutas centrados na pessoa sobre sua prÃtica clÃnica. Para tanto, realizamos entrevistas semiestruturadas com cinco psicoterapeutas acerca de experiÃncias com o inusitado em sua prÃtica clÃnica. A interpretaÃÃo dos discursos teve inspiraÃÃo na hermenÃutica derridiana, focalizando como proposta a ideia de desconstruÃÃo, por permitir a emergÃncia da diferenÃa advinda do prÃprio discurso. Na desconstruÃÃo dos discursos, pudemos nos aproximar de possÃveis espaÃos de abertura à alteridade na relaÃÃo terapÃutica, discorrendo sobre a vulnerabilidade e responsabilidade do terapeuta frente ao inusitado. Numa postura de acolhimento, o terapeuta deveria permitir-se a utilizaÃÃo da sensibilidade e da intuiÃÃo nos atendimentos, estando com o cliente em seu sofrimento a partir das atitudes facilitadoras como possibilitadoras de uma compreensÃo do cliente como enigma. / This study constitutes of a qualitative research with a descriptive and exploratory character. It intends to contribute to a discussion of ethics in clinical practice, with reference to the radical ethics of Emmanuel Levinas and the Person-Centered Psychotherapy. The overall goal is to understand the possibilities of opening to radical alterity in the therapeutic relationship from discourses of person-centered psychotherapists about their clinical practice. Thus, we performed semi-structured interviews with five psychotherapists about the unexpected experiences in their clinical practice. The interpretation of the discourses was inspired in Derrida's hermeneutics, focusing on how the idea of deconstruction was proposed, allowing the arising of the difference in speech itself. In the deconstruction of the discourses we get closer to potential areas of openness to otherness in the therapeutic relationship, talking about the therapist vulnerability and responsibility against the unexpected. In a welcoming position the therapist would have to allow the use of his sensitivity and the intuition in their attendance, being with the client in its suffering, from the facilitative attitudes as enablers of a understanding of the client as an enigma.
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A crianÃa como Outro: uma leitura Ãtica da Ludoterapia Centrada na CrianÃa / The Child as Other: An Ethical Review of Child Centered Play Therapy.

Rosa Angela Cortez de Brito Almeida 01 June 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A Ludoterapia Centrada na CrianÃa, aqui entendida nÃo somente na proposta original de Axline, mas tambÃm a partir da Ãtica de VanFleet, Sywulak e Sniscak, tem como postulado a noÃÃo de que o brincar à um diÃlogo lÃdico que propicia a expressÃo dos sentimentos e a expansÃo das possibilidades na histÃria de vida da crianÃa. A terapia ajudaria a crianÃa a identificar, reconhecer e expressar melhor seus sentimentos. Cabe ao terapeuta, portanto, apresentar habilidades que possibilitem um espaÃo de seguranÃa para a expressividade da crianÃa. Essa habilidade do terapeuta à compreendida por Amatuzzi como uma predisponibilidade Ãtica. Para que a Ãtica da LCC seja pensada em seu viÃs filosÃfico, toma-se como base para este trabalho a Ãtica da alteridade radical de LÃvinas, que propÃs a responsabilidade como estrutura da subjetividade. A condiÃÃo Ãtica dar-se-ia na abertura e disponibilidade ao Outro, à sua diferenÃa. O Outro levinasiano nÃo conceituÃvel, antecedente e transcendente ao ser, estabelece uma relaÃÃo de assimetria com o Mesmo. Partindo dessas perspectivas, apresenta-se a questÃo norteadora desta pesquisa: qual o lugar destinado ao radicalmente Outro na Ludoterapia Centrada na CrianÃa? Para responder tal questionamento, o seguinte objetivo geral foi traÃado: analisar o lugar destinado ao Outro na Ludoterapia Centrada na CrianÃa. Os objetivos especÃficos sÃo: a investigaÃÃo entre alteridade e subjetividade, a partir da Ãtica levinasiana, na Ludoterapia Centrada na CrianÃa; a realizaÃÃo da releitura da Ludoterapia Centrada na CrianÃa, a partir do radicalmente Outro. A metodologia utilizada à a hermenÃutica filosÃfica de Gadamer, que propÃe a fusÃo de horizontes entre autor e intÃrprete para a criaÃÃo de um novo horizonte de compreensÃo. A partir das aproximaÃÃes entre a Abordagem Centrada na Pessoa e a Ãtica da alteridade radical, realizadas por Vieira e Freire e Schmid, apresenta-se como resultados a existÃncia de espaÃo para o Outro levinasiano na Ludoterapia Centrada na CrianÃa, desde que o terapeuta seja abertura e disponibilidade ao trauma que representa a chegada da crianÃa em sua diferenÃa absoluta. Verifica-se, tambÃm, que a crianÃa que chega para o atendimento se apresenta como Rosto, que remete ao Infinito e à transcendÃncia do Outro. A crianÃa, portanto, seria entendida como o Outro levinasiano, a quem o terapeuta à intimado a responder. Para que a abertura do terapeuta seja possibilitada, este deve vivenciar processos permanentes de inadaptaÃÃo no face a face com a crianÃa. Presta-se agradecimentos pelo apoio da CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior (CAPES) no desenvolvimento deste trabalho. / The Child-Centered Play Therapy, understood not only in the Axlineâs original proposal, but also from the VanFleet, Sywulak and Sniscakâs perspective, has as its premise the notion that the play is a ludic dialogue that promotes the expression of feelings and the expansion of possibilities in the childâs life. The therapy would help the child to identify, recognize and express his/her feelings. The therapist should, therefore, have the skills to enable a safe space for the childâs expression. This ability is understood by Amatuzzi as an ethical previous disponibility. For a philosophical perspective of the ethics of the Child-Centered Play Therapy, it is taken as basis the LÃvinasâ ethics of radical alterity, who proposed the responsibility as subjectivityâs structure. The ethical condition would be developed by the openness and availability to the Other, towards the Otherâs difference. The non-conceptuable levinasian Other, human beingâs antecedent and transcendent, establishes an asymmetric relationship with the Same. From these perspectives, it presents the guiding question of this research: what is the place for the radically Other in Child-Centered Play Therapy? To answer this question, the following general objective was traced: analyze the place reserved to the Other in the Child-Centered Play Therapy. The specific objectives are: inquiry the relation between otherness and subjetivity, based on levinasian ethics, in the Child-Centered Play Therapy; to develop a new reading of Child-Centered Play Therapy, based on radically Other. The chosen methodology was the Gadamerâs philosophical hermeneutics, which proposes the fusion of horizons between the author and the interpreter in order to create a new horizon of comprehension. From the similarities between the Person Centered Therapy and the Ethic of radical alterity, developed by Vieira & Freire and Schmid, it is presented as result that there is a place to the levinasian Other in the Child-Centered Play Therapy, as long as the therapist is openness and disponibility to the trauma that represents the arrival of the child in his/her absolute difference. It is also verified that the child who comes to the attendance, therefore, would be understood as the levinasian Other, whom the therapist is called upon to respond. To enable the therapist openness, he/she (the therapist) should experience permanent processes of inadequacy in the face to face relationship with the child. Grateful for the support of the CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior (CAPES) in the development of this research.

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