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Uma educação para altertranscender-ser: a empatia como fundamento pedagógico para o ensino religiosoEvanor Daniel de Castro 02 August 2011 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Por meio dos conceitos de preocupação, responsabilidade e cuidado de si em Donald Woods Winnicott conceituou-se uma alteridade empática no ambiente pedagógico do Ensino Religioso. Colocou-se a práxis dessa alteridade como propícia para estabelecer um ambiente suficientemente bom entre os educandos e os profissionais do componente curricular do Ensino Religioso. Tal alteridade propicia um ambiente de segurança, aconchego e confiança que, por conseguinte, forja um ambiente adequado para o exercício da criatividade e da autonomia dos sujeitos. Baseado nos estudos psicanalíticos de Winnicott e de Ana-Maria Rizzuto, sinaliza-se que essa práxis reforça situações de cuidado vivenciadas na tenra infância, bem como enaltecem ou esmaecem as imagens do Transcendente que, em última análise, são reflexos das experiências de cuidado junto aos provedores paternos. Por fim propõe-se uma prática que faça jus ao que o profissional do Ensino Religioso representa na sala de aula nos conteúdos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Religioso. Tal postura de coerência epistemológica garantiria a imaginação, a criatividade e a autonomia dos educandos, o encontro de seus limites e com os limites do outro. E à medida que o docente cria um ambiente favorável ao aprendizado por meio da preocupação, da acolhida e da empatia, o profissional do Ensino Religioso promove um resgate de momentos de descuidado existente na história do educando, permitindo que sua agressividade seja acolhida e canalizada por meio da criatividade. É destruindo o não-eu que o eu sou se manifesta. Na destruição deve haver a sobrevivência do cuidador para poder ser reconhecido como alguém oferecedor de amor. Havendo isso o sujeito passa a estar habilitado para sentir culpa diante da destruição e, por conseguinte, retribuir a quem tanto o quer bem. Essa experiência às vezes precisa ser vivida em sala de aula por quem tem histórico de carência afetiva. A ―sobrevivência‖ do docente permite o outro aprender a cuidar de si, do outro e estabelecer os seus limites. Permite ir ao encontro do seu limite e o do outro. Quando isso acontece o outro passa a ser ponte para transcendência. Preocupar-se com o outro permite uma sociedade mais solidária e justa. Tal capacidade empática tem como consequência a transcendência a partir do outro. Por isso altertranscendência. A altertranscendência engloba o cuidado e o reconhecimento do outro, a solidariedade e a acolhida da finitude humana como pressupostos para a fraternidade. Portanto, temas existentes nas diversas culturas religiosas podem ser trabalhados em sala de aula como vislumbre de uma nova realidade social. Como lugar para imaginar e ser diferente. Em suma, a altertranscendência permite a autonomia dos sujeitos por meio do outro, por meio da capacidade de se responsabilizar. / As the concerning concepts responsability and self care, according to Donald Woods Winnicott was concepted an empathic alterity at the religious pedagogical environment . The praxis of this alterity was set as propicious to establish a good enough environment among students and the professional of the religious curricular teaching component. This alterity creates a safe, cosy and confident environment that establish a proper environment for creativity and autonomy of individuals. Based on psicanalitic studies of Winnicott and Ana-Maria Rizzuto, there are signals that this praxis reinforces situations of caring lived in early childhood, as , praise or faint the images of the transcendent, that are reflexes of caring experiences with paternal providers.Finally, it proposes a practice that make sense to what the professional of the religious teaching represents at the classroom, in the contents proposed by the national curricular plans to the religious teaching. This coherent epistemological position would assure the imagination, criativity and independence of the students. It would be the encounter of their limitations and the others limitations.As the docent creates a favorable environment for learning through concerning, reception and empathy, the religious teaching professional promotes a rescue of the non-care moments that occurs in the history of students which allows their agressivity would be received and canalized through creativity. It is destroying the no- me that the I am shows up. In the destruction must have the survival of the carer, so that he will be recognized as someone who offers love.Through this attitude the person is able to feel guilty before destruction, so that he is able to retribute love for those who love him.This experience must be lived in the classroom for those who have a history of affective needing.The ―survival‖ of the docent allows others to learn how to take care of themselves and how to establish their own limits. It allows people to encounter their limits and the limits of others. When it finally happens the others become a bridge for transcendence.The act of concerning for the others allows stimulates a more solidary and fair society.This empatic capacity brings the transcendence that comes from the other.Hence, altertranscendence means caring and recognition to the other, the solidarity and the approaching of humans finitude as a presupposition for fraternity. Therefore themes in different religious culture that may be analized in the classroom as a vision of a new social reality, as a spot to imagine and be different. To summarize, the altertranscendence brings the individual autonomy through the other, through the capacity of being responsible.
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