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Angola em guerras : Jonas Savimbi e as linguagens da nação / Angola in wars : Jonas Savimbi and the languages of the nationOliveira, Ariel Rolim, 1986- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Omar Ribeiro Thomaz / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-22T05:15:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O líder político Jonas Savimbi ocupou uma posição privilegiada de observação dos entrecruzamentos das linguagens segundo as quais se lutou a guerra em Angola. O nexo entre as esferas global e local do conflito, incluindo aí seus diferentes códigos de reportagem, pode ser apreendido a partir da análise das lideranças - entendidas aqui, não como indivíduos, mas como catalisadores de "comunidades imaginadas". Atento ao plano das estratégias dos agentes que, mesmo se relacionando a referências discursivas inconciliáveis e irredutíveis umas às outras, na prática, conformaram uma rede de inimizades produtiva - e aí surge uma dimensão completamente desvinculada dos modelos e discursos. A questão que coloco aqui é em que medida a noção de "inimigo" como categoria de alteridade no plano das relações práticas, entrevista nos discursos de Savimbi, pode nos ajudar a compreender o cenário de disparidades e a multiplicidade de formas de conflito que o caso angolano comporta. Volto-me aos códigos mobilizados por cada um dos contendores na significação da luta como condição para que, fugindo dos preceitos dos modelos a que cada um se reporta nesse processo, possamos ver a guerra como uma arena de interações onde os atores se comunicam ou, ao menos, se reconhecem (no duplo sentido do termo) para melhor lutar. Sigo a hipótese de que a guerra tenha sido uma rede prática de trocas violentas (jamais simétricas) não só de projéteis, mas também de nomes e códigos entre os contendores que iriam moldar de forma decisiva o imaginário nacional angolano - um país cujas fronteiras mais ou menos arbitrárias haviam sido herança direta do colonialismo português. Nesse sentido, cada umas das partes em disputa necessitavam criar um discurso nacional unificador - concorrente ao rival. Os beligerantes mantinham uma esfera de aliança tácita, mas não expressa, em torno da construção e manutenção da plausibilidade nacional / Abstract: The political leader Jonas Savimbi has occupied a privileged observing position of the language crossings according to which the war in Angola was fought. The nexus between global and local dimensions of this conflict (the different codes of report there included), can be apprehended from the analysis of the leaders - understood, here, not as individuals, but as catalyzers of "imagined communities". I focus on the plan of the agents' strategies that, even if in relation to irreconcilable references of discourse to one another, in practice, comprehend a productive net of enmity. Therefore a dimension completely detached from models rises. The question I pose here is: in which measure the notion of "enemy" as a category of alterity on the plan of practical relations - glimpsed in the speeches of Savimbi - can help us to understand the set of disparities and multiplicity of ways of conflict that the Angolan case bears? I turn myself to the codes mobilized by each of the contenders to ascribe meaning to the fight as a condition - escaping the tenets of the models to which each one reports in this process - for us to see the war as an arena of interaction where de actors communicate or, at least, acknowledge (in the double meaning of the term) themselves to better fight. I follow the hypothesis that the war has been a practical net of violent (and never symmetrical) exchange not only of bullets, but also of names and codes between contenders who would engrave the imagery of Angola in a decisive way - a country which its more or less arbitrary borders had been a direct heritage from the Portuguese colonialism. In this sense, each part in the dispute needed to create a rival national unifying discourse. The belligerents kept a level of tacit alliance, though not expressed, around the construction e maintenance of national plausibility / Mestrado / Antropologia Social / Mestre em Antropologia Social
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Habitação social para além da sobrevivência: caso dos bairros Zango I e II em Luanda, Angola (2002- 2012)Nzovo, Tiago Bassika 13 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The research problem presented in this dissertation rises from the promise made by the government of Angola which is to build, in the period of 2008 to 2012, one million habitation units at national level. This is a national project, announced during the parliamentary elections of 2008, a scene of destruction 26 years of civil war from 1976 to 2002. Such project has, among other objectives, to transform Angola into a prosperous country, where hunger and poverty has to be eradicated, by having an efficient administration and a strong, democratic and modern State, giving the Angolan people the highest standards of living and social welfare. The objective of this study was to describe the implementation of the Project Habitação um Desafio para Todos in the suburbs Zango I and II, located in Luanda, capital of Angola, from the perspective of individuals who were benefited by it. The methodology used in this research was based on a qualitative research which is supported by semistructured interviews, whose target audience were twenty-three people, including fourteen residents of the suburbs Zango I and II, and three residents of the old housing project in the Colonial District Congolese/Luanda. Five people of this project were also interviewed, including the general director of the NGO Action for Rural Development and Environment ANDRA. In addition, participative observations were made, as well as official documents were used from programs and projects of the Angolan government, including sources of national and international civil organizations. Among the main results, it is highlighted that the government decreased the target of one million homes to 350,091. The suburbs Zango I, II and III have recently ten thousand social habitation units and about 160,000 residents from the peripheral suburbs of the city, but there is still a lack of portable water and hospital, mainly. It was also observed that the part of the displaced population in the city centre is still accommodated in temporary shelters made of zinc sheets, in poor conditions, while they wait for the possession of their habitation units. Among the conclusions, it was observed that the way of planning and decisions extremely centralized in the top of the central government have contributed to the disorganization in the process of monitoring the quality of the work, as well as in the goal accomplishments, taking into account that if such scenery remains, the suburbs Zango I and II will be in the eminence of growing slums / O problema de pesquisa desta dissertação parte da promessa feita pelo governo de Angola em construir, no período dos anos 2008 a 2012, um milhão de habitações em nível nacional. Trata-se de um projeto de âmbito nacional, lançado no período da realização das eleições legislativas de 2008, em um cenário de destruição de 26 anos de guerra civil, de 1976 a 2002. Tal projeto visa, dentre outros objetivos, à transformação de Angola num país próspero, em que seja erradicada a fome e a miséria, com uma administração eficiente e um Estado forte, democrático e moderno, proporcionando ao povo angolano os mais altos padrões de vida e de bem estar social. O objetivo deste estudo foi descrever a implantação do projeto Habitação um desafio para todos , nos bairros Zango I e II, localizados na província de Luanda, capital da República de Angola, a partir da perspectiva dos sujeitos beneficiados pelo mesmo. A metodologia utilizada foi baseada na pesquisa qualitativa, com o apoio entrevistas semiestruturadas, cujo público alvo foi 23 atores, dos quais, quatorze moradores dos bairros Zango I e II, três moradores do antigo projeto habitacional colonial no bairro Congolenses/Luanda. Foram também entrevistados cinco responsáveis ligados ao projeto habitação um desafio para todos, e o Diretor Geral da ONG-Ação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente ADRA. Por outro lado, ocorreram observações participativas, além de terem sido utilizados documentos oficiais de programas e projetos do governo angolano, bem como fontes de informação de organizações civis nacionais e internacionais. Entre os principais resultados, destaca-se que o governo diminuiu a meta de um milhão de habitações para 350.091. Os bairros Zangos I, II E III contam, atualmente, com dez mil habitações sociais e cerca de 160.000 moradores provenientes dos bairros periféricos da cidade, mas ainda há carência de água potável e hospitais principalmente. Verificou-se, também, que parte da população desalojada do centro da cidade ainda se encontra alojada em abrigos provisórios feitos de tendas e chapas de zinco, em condições carentes, enquanto aguardam pela posse da habitação. Entre as principais conclusões, constatou-se que, o planejamento e decisões extremamente centralizadas no topo do governo central têm contribuído nas falhas e desorganização no processo de fiscalização da qualidade das obras e no cumprimento das metas, acreditando que se tal cenário permanecer, Zangos estarão na eminência de favelização
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