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O uso do agente hemostático a base de quitosana no controle hemorrágico pós-exodontias realizadas em portadores de trombocitopenias / The use of chitosan as a local haemostatic agent after dental extraction in patients with thrombocytopeniaIsis Raquel Ghelardi 26 March 2014 (has links)
Introdução: Trombocitopenia é a redução dos níveis plaquetários ocasionada por diversas condições, como hepatopatias e a Trombocitopenia Imune (TI), por exemplo. A redução de plaquetas na hepatopatia pode ocorrer devido à deficiência medular por hipovitaminose, aumento do consumo celular e hiperesplenismo e/ou devido à coagulação intravascular disseminada. Na Trombocitopenia Imune, a redução plaquetária ocorre tanto por maior destruição destas células quanto por diminuição medular de sua produção. Portadores de trombocitopenia podem apresentar achados orais como petéquias e/ou equimoses e sangramento gengival, espontâneo ou provocado. Procedimentos cirúrgico-odontológicos nestes pacientes devem ser realizados com cautela, após avaliação do seu quadro clínico e, preferencialmente, por profissional especializado. Muita controvérsia ainda existe em relação à abordagem cirúrgico-odontológica destes pacientes tanto em relação aos níveis plaquetários, quanto em relação à reposição plaquetária prévia, não havendo ainda, um protocolo internacionalmente estabelecido. Diversos métodos hemostáticos locais auxiliam durante este tipo de abordagem, sendo o agente a base de quitosana um dos métodos que têm se mostrado efetivo em diversos estudos e apresenta-se, ainda, menos oneroso que o selante de fibrina, por exemplo, um dos métodos mais utilizados. Objetivo: Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi observar e descrever o desempenho clínico do agente a base de quitosana em pacientes com contagem plaquetária <= a 30.000/mm3 (Grupo Quitosana) submetidos a exodontias unitárias, utilizando como padrão de comparação o grupo de pacientes trombocitopênicos com contagem plaquetária entre 31.000 e 50.000/mm3 (Grupo Controle), submetidos a exodontias unitárias, sem o uso do curativo hemostático a base de quitosana e ainda, descrever o atendimento odontológico a pacientes com contagem plaquetária inferior a 50.000/mm3 . Casuística e métodos: Pacientes trombocitopênicos com contagem abaixo de 50.000/mm3 foram submetidos a exodontias unitárias, estando divididos em Grupo Quitosana(GQ):pacientes com plaquetas abaixo de 30.000/mm3, que receberam o agente a base de quitosana após a extração e, Grupo Controle(GC): pacientes com plaquetas entre 31.000/mm3 e 50.000/mm3 e que não receberam o agente a base de quitosana. O sangramento foi observado 7 dias após a exodontia através do Índice de Sangramento Alveolar Pós- Exodontia (ISAPE) e para análise estatística foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences) 20.0; nível de significância de 5% (p=0,05), e realizado o teste de Mann-Whitney, análise de Correlação de Spearman e, teste do Chi-Quadrado e Fator de risco com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados: Foram realizadas 41 exodontias unitárias entre 03/2011 e 09/2012. A média de idade dos pacientes estudados foi de 46,58 ±10,87anos, com mediana de 48,50 (variando de 20 a 64). Dentre eles, 51,20% (n=21) eram do gênero feminino e 48,79% (n=20) do masculino. 21 procedimentos foram incluídos no GQ e, 20 procedimentos, no GC. O GQ apresentou contagem plaquetária entre 5.000 e 30.000/mm3 e ISAPE médio de 0,10; sendo que 2 (9,52%) pacientes tiveram ISAPE acima de zero. Já o GC apresentou plaquetas entre 31.000 e 50.000/mm3, ISAPE médio de 0,40 e 6 (30%) pacientes com ISAPE acima de zero. Não houve significância estatística em relação ao ISAPE. Discussão: Até o presente momento não foram encontrados outros trabalhos nos moldes da presente pesquisa nas bases de dados pesquisadas (Lilacs, Medline, Bireme). Inúmeros trabalhos buscam estabelecer a contagem plaquetária mínima necessária para um paciente ser submetido à cirurgia odontológica e ainda, quando será indicada reposição plaquetária prévia. Em ambos os aspectos a literatura se mostra controvérsia, havendo autores que indicam reposição plaquetária prévia a pacientes com plaquetas em torno de 100.000/mm3, e autores que relatam que cirurgias orais simples, como as exodontias unitárias, podem ser realizadas de forma segura sem reposição plaquetária em pacientes com plaquetas em torno de 30.000/mm3. Não existe atualmente um protocolo de atendimento estabelecido internacionalmente. O ISAPE não apresentou significância estatística entre os grupos estudados, aspecto possivelmente influenciado pela heterogeneidade dos grupos e/ou ainda, pelo número reduzido da amostra. Porém, a porcentagem dos pacientes que apresentaram ISAPE maior que 0 mostra efetividade do agente hemostático em 90,48% do GQ, concordando com Belman et al.(2006), Brown et al.(2007) e Wedmore et al.(2006) que mostram 80,0%, 79,0% e 97,0%, respectivamente. Conclusão: Não houve diferença estatística entre os grupos em relação ao desempenho clínico hemostático do curativo a base de quitosana. Foi possível descrever o protocolo de atendimento a pacientes trombocitopênicos efetivo e resolutivo, já utilizado rotineiramente na Divisão de Odontologia HC-FMUSP / Introduction: Thrombocytopenia is an abnormally low amount of platelets caused by many conditions as liver disorders and immune thrombocytopenia for example. The reduction of platele count in liver disorders may be caused by bone marrow deficiency due to hypovitaminosis, hypersplenism and disseminated intravascular coagulation while in immune thrombocytopenia may be caused by greater desctruction of these cells or its diminished production by the bone marrow. Patients with thrombocytopenia may present oral manifestations as petechiae and/or ecchymosis and provoked/spontaneous gingival bleeding. In these patients, surgical dental procedures should be performed with caution and only after a detailed medical assessment, preferably performed by a specialist. The dental management of patients with thrombocytopenia is still controversial regarding the amount of platelets and the need of platelet infusion prior to these procedures. To this date, no clinical guidelines has been developed regarding the dental management of patients with thrombocytopenia. Many hemostatic agents has been used to control post surgical bleeding. Many studies had shown thay chitosan is effective and cheaper than fibrin sealant, one of the most popular hemostatic agents. Objetive: This study was design to assess the effect of chitosan as a local haemostatic agent in patients with platelet count <= 30.000/mm3 compared to patients with thrombocytopenia and platelet count of 31.000/mm3 to 50.000/mm3 submitted to single dental extraction and to describe the protocol for dental treatment of patients with platelet count lower than 50.000/mm3 in a tertiary health science center. Methods: Patients with thrombocytopenia with platelet count lower than 50.000/mm3 were assessed. Patients with platelet count lower than 30.000/mm3 (study group) and patients with platelet count of 31.000/mm3 to 50.000/mm3 (control group) were submitted to single dental extraction. Chitosan was used only in the study group and no other type of hemostatic agent was used in the control group. Bleeding was measured according to the post dental extraction index (ISAPE) seven days after dental extraction. The results were statistically analyzed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) 20.0 program. For statistical analysis, the Mann-Whitney test, Chi-square test, Spearman\'s rank correlation coeficient and confidence interval for relative risk (95%) were used. P< 0.05 was considered statistically significant. Results: Forty-one single dental extractions were performed between March/2011 and September/2012. The mean age of patients was 46,58 ±10,87 years of age. Median was 48,50 ranging from 20 to 64 years of age. Fifty-one percent (n=21) were females and 48,79% (n=20) males. Twenty-one extarctions were performe in the Chitosan group and 20 in the control group. Chitosan group presented platelet count of 5.000 to 30.000/mm3 and mean ISAPE médio of 0,10; where two patients (9.52%) had ISAPE greater than zero Control group presented with platelet count of 31.000 to 50.000/mm3, mean ISAPE of 0,40 and six patients (30%) with ISAPE greater than zero. No statistical significance was related to the ISAPE between groups. Discussion: The dental management of patients with thrombocytopenia is still controversial regarding the amount of platelets and the need of platelet infusion prior to these procedures. To this date, no clinical guidelines has been developed regarding the dental management of patients with thrombocytopenia. Many studies have tried to establish the minimal platelet count and the need of platelet infusion prior to oral surgery. Unfortunately, the scientific literature is controversial. Some authors recommend platelet infusion prior to oral surgery in patients with platelel count of 100.000/mm3 while others report that single extractions can be performed safely in patients with platelet count 30.000/mm3. In our study, the ISAPE was not stastistically diferent between groups, what may be explained by the heterogenicity of patients in both groups and by the small sample. However, the greater amount of patients (90%) who presented ISAPE greater 0 showed the effectiveness of chitosan as a hemostatic agent in agreement with previous authors as Belman et al.(2006), Brown et al.(2007) e Wedmore et al.(2006) that presented 80,0%, 79,0% e 97,0%, respectively. Conclusion: No difference was found regarding the effectiveness of chitosan as hemostatic agent between groups. A clinical guideline was developed on dental management of patients with thrombocytopenia and since then it has been used daily at the Department of Dentistry HC-FMUSP
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Avaliação da efetividade de um protocolo de cuidados odontológicos no alívio da dor, sintomas bucais e melhora da qualidade de vida em pacientes com câncer de cabeça e pescoço em cuidados paliativos: ensaio clínico não-controlado / Assessment of the effectiveness of a dental care protocol in relieving pain and oral symptoms and improving the quality of life of head and neck cancer patients in palliative care: non-controlled clinical trialSumatra Melo da Costa Pereira Jales 27 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Doentes com câncer de cabeça e pescoço têm sérias restrições funcionais e grande comprometimento das funções bucais. Esses problemas tornam-se complexos quando o câncer é incurável, exigindo exclusivamente cuidados paliativos. Nesta condição, os sintomas habituais agravam-se necessitando de atenção e cuidados especiais. Foi realizado um ensaio clínico não-controlado, incluindo doentes com câncer avançado de cabeça e pescoço exclusivamente em cuidados paliativos, com o objetivo de caracterizar a sua condição clínica orofacial; avaliar a funcionalidade, a qualidade de vida relacionada à saúde e a efetividade de um protocolo de cuidados odontológicos (preventivos, curativos e paliativos) no controle da dor e das queixas orofaciais, na qualidade de vida, prognóstico e sobrevida desses doentes. MÉTODOS: Avaliação Odontológica através da Ficha Clínica da Equipe de Dor Orofacial/ATM - HCFMUSP, Prontuário médico, Escala Visual Analógica (EVA), Índice gengival, Avaliação quanto à presença de cálculo dentário, Avaliação da mobilidade dentária, Escala de Numérica de Dor (END), Classificação do odor das feridas, Avaliação do edema lingual, Índice CPO-D, Questionário de Qualidade de Vida da Universidade de Washington (UW-QOL), Escala de Desempenho Funcional de Karnofsky (KPS) e o Palliative Prognostic Index (PPI). RESULTADOS: Foram incluídos 40 doentes, entre setembro de 2006 e abril de 2009, com média de idade de 60,4±10,8 anos, sendo 90% do gênero masculino; quanto ao tumor, 100,0% eram carcinomas; 65,0% localizavam-se na orofaringe; 52,5% apresentavam metástases; quanto à condição clínica, 72,5% tinham doenças cardiovasculares; 45,0% eram traqueostomizados; 22,5% utilizavam sonda nasogástrica; a média do escore do KPS pré-tratamento odontológico foi de 69,5±14,5. As queixas principais mais relatadas foram: dor em 67,5% e disfagia em 22,5%, com uma mediana de 3,0 queixas por doente. Os sinais mais encontrados foram as lesões bucais em 70,0%, lesões extrabucais em 52,5% e a babação em 45,5%; odor nas feridas tumorais foi observado em 25,0%; edema lingual em 32,5%; infecções oportunistas em 30,0%; O sintoma mais relatado à questão direta foi a dor em 82,5%, com tempo mediano de duração de 8,0 meses. A média da EVA foi de 5,4 ± 3,4; 54,5% apresentavam dor em outras regiões corpóreas; 70,0% faziam uso do terceiro degrau da escada analgésica da OMS, com uma mediana de 2,0 medicações analgésicas por doente; o CPO-D médio foi de 26,1±8,7; mobilidade dentária foi observada em 10,2%; o escore médio da qualidade de vida pré-tratamento odontológico foi de 50,2±14,5. O gênero feminino apresentou melhor qualidade de vida relacionada à atividade (p=0,031), deglutição (p=0,043) e ao escore total (p=0,020). Os doentes com localização tumoral em orofaringe comparativamente a cavidade bucal apresentaram pior qualidade de vida relacionada ao ombro (p=0,028). Os doentes com tempo de diagnóstico inferior a 12 meses apresentaram melhor qualidade de vida relacionada à aparência (p=0,031), saliva (p=0,004) e ao escore total (p=0,031). Os doentes com tempo de dor inferior a 12 meses apresentaram melhor qualidade de vida relacionada ao escore total (p=0,030). Os doentes que ingeriam os alimentos por boca possuíam uma melhor qualidade de vida relacionada à aparência (p=0,023), deglutição (p=0,031) e ao escore total (p=0,010). Os doentes que apresentavam babação possuíam uma pior qualidade de vida relacionada à aparência (p=0,027), recreação (p=0,048) e ao escore total (p=0,034). Os doentes que se locomoviam normalmente possuíam uma melhor qualidade de vida relacionada à atividade (p=0,004) e ao escore total (p=0,001). Todos os doentes receberam tratamentos preventivos e paliativos. Tratamento curativo foi realizado em 30,0% dos doentes. Após o tratamento odontológico houve melhora subjetiva de 100,0% das lesões bucais nãotumorais e da candidíase bucal dos doentes; redução do número de queixas principais (p<0,001) bem como dos locais destas queixas (p<0,001); redução do número total de medicações (p=0,052) e do número de medicações analgésicas (p=0,032); redução da intensidade de dor (EVA) (p=0,015); redução da capacidade funcional (KPS) (p=0,008); não se observou alteração em relação ao PPI (p=0,890); em relação a avaliação da qualidade de vida através do UW-QOL observou-se melhora para a aparência (p=0,049) e tendência de piora para o ombro (p=0,058). Na análise de regressão logística multivariada, o KPS pré-tratamento odontológico foi preditor independente de piora da qualidade de vida (OR=0,928; IC95%=0,864-0,996; p=0,039). No período do estudo, 70,0% (n=28) dos doentes foram a óbito. Apresentaram tempo mediano de sobrevida de 4,0 meses (IC95%=2,5-5,5), em 17 meses a probabilidade de sobrevida foi de 6,0%. Foram fatores preditores independentes de óbito: o domínio mastigação do UW-QOL pós-tratamento odontológico (p=0,034), a questão geral A do UW-QOL pós-tratamento odontológico (p<0,001) e o escore total da qualidade de vida (p=0,015). CONCLUSÕES: Após o tratamento odontológico houve redução da intensidade da dor, do número de medicação sistêmica utilizada para o controle da dor e do número de queixas; a melhora da mastigação teve impacto positivo na sobrevida, sendo que os doentes que melhoraram a qualidade de vida tiveram sobrevida superior em duas vezes. Além disso, o gênero masculino foi mais acometido; a orofaringe foi a localização mais frequente; a dor e a disfagia foram as queixas mais relatadas; lesões bucais ou extrabucais estavam presentes em todos os doentes que apresentavam higiene bucal precária e infecções odontogênicas ou oportunistas; a qualidade de vida foi superior no gênero feminino; pior nos doentes com tempo de diagnóstico e de dor superior a 12 meses; pior nos doentes que apresentavam babação; pior nos que não se alimentavam por via oral e pior nos que não deambulavam; A funcionalidade pré-tratamento odontológico foi preditora independente de qualidade de vida. / INTRODUCTION: Patients with head and neck cancer have severe functional restrictions. Oral function is critically compromised. These problems become complex when the cancer is untreatable and the patient receives only palliative care. In this circumstance, the usual symptoms worsen and require special attention and care. A non-controlled clinical trial was done with advanced head and neck cancer patients receiving only palliative care. The objectives were to characterize their clinical orofacial condition; assess their functionality; assess their health-related quality of life; and assess the effectiveness of a dental care protocol (preventive, curative and palliative) in controlling pain and orofacial and quality of life complaints, and its effectiveness on prognosis and survival. METHODS: Dental assessment followed the clinical protocol used by the Orofacial/TMJ Pain Team - HCFMUSP. Data were also collected from the patients\' medical records. Further assessment included administration of the Visual Analogue Scale (VAS), Gingival Index, Numeric Pain Scale (NPS), University of Washington quality of life questionnaire (UW-QOL), Karnofsky Performance Scale (KPS) and Palliative Prognostic Index (PPI); assessment of dental calculus, tooth mobility, tongue swelling, decaying, missing and filled teeth (DMFT); and lesion odor classification. RESULTS: A total of 40 patients were included between September 2006 and April 2009, with a mean age of 60.4±10.8 years. Of these, 90% were males. All patients had carcinomas, 65.0% were in the oropharynx and 52.5% had metastasized. Most (72.5%) of the patients also had cardiovascular diseases, 45.0% had undergone a tracheotomy and 22.5% used a nasogastric probe. The mean KPS score before dental treatment was 69.5±14.5. The main complaints were: pain (67.5%) and dysphagia (22.5%), with a median of three complaints per patient. The most common signs were oral lesions (70.0%), extraoral lesions (52.5%), drooling (45.5%), malodorous lesions (25.0%), tongue swelling (32.5%) and opportunistic infections (30.0%). The most common complaint when prompted was pain (82.5%). The median duration of pain was 8.0 months. The mean VAS score was 5.4 ± 3.4; 54.5% presented pain in other body areas; 70.0% required strong opioids to control pain (Step 3 WHO Analgesic Ladder), with a median of two painkillers per patient; the mean DMFT score was 26.1±8.7; tooth mobility was seen in 10.2% of the patients; the mean quality-of-life score before dental treatment was 50.2±14.5. Females presented better activity-related quality of life (p=0.031), deglutition (p=0.043) and total score (p=0.020). Patients with oropharynx tumors had worse shoulder-related quality of life than patients with oral tumors (p=0.028). Patients diagnosed in the previous 12 months presented better appearancerelated quality of life (p=0.031), saliva (p=0.004) and total score (p=0.031). Patients who had been experiencing pain for less than 12 months presented higher total QOL score (p=0.030). Patients who could still eat presented better appearance-related quality of life (p=0.023), deglutition (p=0.031) and total score (p=0.010). Patients who drooled presented worse appearancerelated quality of life (p=0.027), recreation (p=0.048) and total score (p=0.034). Patients who could walk normally presented better activity-related quality of life (p=0.004) and total score (p=0.001). All patients received preventive and palliative treatments. Curative treatment was provided for 30.0% of the patients. Dental treatment subjectively improved 100.0% of nontumorous oral lesions and oral candidiasis; reduced the number of main complaints (p<0.001) and the location associated with these complaints (p<0.001); reduced the total number of medications (p=0.052) and pain killers (p=0.032) needed by the patient; reduced the number of complaints (p<0.001) and pain intensity (VAS) (p=0.015); and improved functional capacity (KPS) (p=0.008). PPI did not change (p=0.890). According to the UW-QOL, appearance improved (p=0.049) and the shoulder tended to get worse (p=0.058). According to multivariate logistic regression, KPS before dental treatment independently predicted worse quality of life (OR=0.928; CI95%=0.864-0.996; p=0.039). During the study, 70.0% (n=28) of the patients died. Mean survival was 4.0 months (CI95%=2.5-5.5). In 17 months, the odds of survival were 6.0%. Factors that independently predicted death were the UW-QOL mastication domain after dental treatment (p=0.034), UWQOL general question A after dental treatment (p<0.001) and total QOL score (p=0.015). CONCLUSIONS: After dental treatment there was a reduction in pain intensity, number of systemic medications used for controlling pain and number of complaints. Improved mastication had a positive impact on survival. Patients whose QOL improved survived for twice as long; males prevailed; the oropharynx was the most common location; pain and dysphagia were the most common complaints; oral and extraoral lesions were present in all patients with poor oral hygiene and odontogenic or opportunistic infections; females had better quality of life; patients who had been diagnosed and felt pain for more than 12 months had worse QOL; patients who drooled or could not eat or walk also had worse QOL. Functionality before dental treatment was an independent predictor of QOL.
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Saúde bucal no Brasil: correção e complementação do desenho amostral da pesquisa SB Brasil 2003 e sua aplicação no estudo sobre uso dos serviços odontológicos / Oral health in Brazil: correction and completion of the survey sample design SB Brazil in 2003 and its application in the study on use of dental servicesQueiroz, Rejane Christine de Sousa January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Dados nacionais sobre perfil de doenças e utilização de serviços odontológicos são raros no Brasil. O levantamento epidemiológico SB Brasil (Saúde bucal da população brasileira), realizada entre 2002 e 2003 foi a mais abrangente pesquisa sobre as condições de saúde bucal realizada até hoje, contemplando tanto aspectos relativos às doenças bucais quanto ao uso dos serviços odontológicos. O objetivo desta tese de doutorado foi identificar fatores associados às desigualdades na utilização dos serviços odontológicos no Brasil nas faixas etárias entre 15 a 19,35 a 44 e 65 a 74 anos, à partir do banco de dados do SB Brasil 2003. No entanto, para a realização deste objetivo, foi necessário incorporar ao banco de dados deste inquérito, as informações estruturais do desenho de sua amostra, uma vez que o processo de amostragem probabilística não foi concluído. Esta tese está dividida em três artigos: O primeiro que identifica e detalha os problemas encontrados no banco de dados do inquérito SB Brasil 2003, destacando a importância do cálculo dos pesos amostrais como fundamentais para a produção de dados não enviesados em uma amostra complexa e propõe formas de correção. O segundo que descreve as atividades de recuperação das informações necessárias ao cálculo dos pesos amostrais, o método utilizado para o cálculo dos referidos pesos e a técnica de calibração dos pesos. E, um terceiro artigo que investiga os fatores associados às desigualdades na utilização dos serviços odontológicos nasfaixas etárias de 15 a 19, 35 a 44 e 65 a 74 anos, por meio de análise multivariada. Os pesos amostrais e as demais variáveis estruturais do desenho da amostra da pesquisa SB Brasil 2003 foram determinados considerando as informações disponíveis sobre a seleçãodas unidades nos municípios incluídos, e uma nova versão do banco de dados foi produzida. Análises sobre o uso dos serviços odontológicos no Brasil foram então conduzidas, com modelos explicativos da sua variação apontando desigualdades entre adultos e idosos,sobretudo. Adicionalmente, diferenças encontradas nas análises realizadas com o banco de dados original e o banco corrigido ratificam a importância do uso dos pesos amostrais para a obtenção de estimativas confiáveis, provendo informação com maior qualidade dos dados nacionais sobre a saúde bucal da população brasileira. / National data about oral health problems and use of oral health services are rare in Brazil. The epidemiological survey SB Brazil (Oral Health Conditions of the brasilian population) was held between 2002 and 2003. This survey was the most comprehensive research on oral health conditions conduced until today, contemplating aspects about oral illnesses and dental services. The aim of this thesis was to identify factors associates to the inequalities in the use of the oral health services in Brazil in three age’s groups (adolescents, adults and elderly) from the data base of research SB Brazil 2003. However, for the
accomplishment of this objective, it was necessary to incorporate the data base of this research, the structural information of the drawing of its sample, a time that the process of probabilistic sampling was not concluded. This thesis is divided in three articles: The first one that it identifies and it details the problems found in the data base of SB Brazil 2003 research, detaching the importance of the calculation of the weights sampling as basic for the production of data without bias in a complex
sample and to consider correction forms. The second one describes the activities of recovery of
the necessary information to calculate the sampling weights, the method used for the calculation of the weights and the technique of calibration of the weights. And, one third article that investigates the factors associates to the inaqualities in the use of the dental services in the age’s groups (15-19, 35-44 and 65-74 years old) by means of a multivaried analysis. The sample weights and others structural variables of the drawing of its sample were determined considering the available information on the selection of units in the municipalities included, and a new version of data base was produced. After, analysis on the use of dental services in Brazil were then conducted, with explanatory models of its variation pointing inequalities between adults and the elderly, especially. In addition, differences found in tests carried out with the original database and the bank fixed confirm the importance of using the sample weights to obtain reliable estimates, providing information with higher quality of national data on oral health of the population.
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