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Análise da ultra-estrutura do tecido paratireóideo humano em solução para preservação de tecidos / Analysis of the ultrastructure of human parathyroid in solution for preservation of tissueCarlos Eduardo Santa Ritta Barreira 30 April 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A criopreservação de tecido paratireóideo é empregada no tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo secundário nos pacientes com doença renal crônica. Entre a captação do tecido e a criopreservação, realizada em laboratório especializado, o tecido é preservado em solução para cultura de células a 4°C (solução para transporte). Não há dados que demonstrem por quanto tempo o tecido paratireóideo humano pode permanecer viável nesta solução, antes de ser criopreservado. Este estudo objetiva avaliar o período de tempo que o tecido da glândula paratireóide hiperplásica de humanos pode permanecer na solução para transporte, sem apresentar danos ultra-estruturais. MÉTODOS: Estudo prospectivo que incluiu 11 pacientes submetidos a paratireoidectomia total com autoimplante heterotópico e criopreservação de fragmentos de tecido paratireóideo. Parte do tecido destinado para exame anatomopatológico foi selecionado para preservação em solução para transporte. Foram definidos 5 períodos relacionados ao tempo de permanência dos fragmentos de paratireóide na solução para transporte. No tempo 1, o material foi fixado a fresco, sem contato com a solução para transporte, este tempo serviu para controle. No tempo 2, os fragmentos de tecido permaneceram imersos na solução para transporte por 2 horas, no tempo 3, este período foi de 6 horas, e os tempos 4 e 5, corresponderam a preservação dos fragmento de paratireóide na solução para transporte por 12 e 24 horas respectivamente. Ao final de cada período os fragmentos foram removidos da solução de transporte e fixados com glutaraldeído a 2%, seguido por preparo do material para cortes ultrafinos. A análise por microscopia eletrônica avaliou a adesão celular e a integridade das membranas plasmáticas, dos núcleos e das mitocôndrias, além da presença de edema celular e de vacúolos. RESULTADOS: Dos 11 casos estudados, 10 apresentaram achados ultraestruturais compatíveis com a normalidade nos fragmentos de tecido que permaneceram na solução para transporte por até 12 horas. Em apenas um destes casos, houve preservação das características morfológicas do tecido por 24 horas, na solução para transporte. Em um caso os achados caracterizaram sinais de dano celular irreversível em todos os períodos, inclusive no tempo inicial, em que o tecido foi fixado a fresco, sem contato com a solução para transporte. As alterações das mitocôndrias representaram os danos ultra-estruturais mais constantes nos casos estudados. CONCLUSÃO: A análise da ultra-estrutura do tecido da glândula paratireoide hiperplásica de humanos permite concluir que ocorre manutenção adequada da integridade estrutural do tecido que permanece na solução com meio de cultura de células a 4°C.até cerca de 12 horas após sua retirada do organismo, na maioria dos casos. / BACKGROUND: The cryopreservation of parathyroid tissue is employed in the surgical treatment of secondary hyperparathyroidism in patients with chronic kidney disease. During the period between surgical resection and cryopreservation of tissue, which requires a specialized laboratory, the tissue is stored in a cell culture solution, at 4 °C (solution for transport from the operating room to the laboratory). There is no data showing for how long the human parathyroid tissue can remain viable in this solution, before being cryopreserved. The present study evaluates the time that the tissue of human hyperplastic parathyroid gland could remain in solution for transportation, without showing ultrastructural damages. METHODS: This prospective study included 11 patients, who underwent total parathyroidectomy with heterotopic autotransplantation and cryopreservation of parathyroid tissue fragments. Part of the tissue intended for pathological examination was selected for storage at solution for transportation. Five periods were defined, related to the storage time of parathyroid fragments at solution for transportation. At time 1, the material was fixed at the time of surgical resection, without contact with the solution for transport, this time was used as control. At time 2, the fragments of tissue remained stored at the solution for transportation for 2 hours, at time 3, this period was 6 hours, and Times 4 and 5, corresponded to the parathyroid fragments stored in the transport solution for 12 and 24 hours, respectively. At the end of each period the fragments were removed from the transport solution and fixed with 2% glutaraldehyde, followed by preparation of material for ultrathin sections. The analysis by electron microscopy was used to evaluate cell adhesion and integrity of plasma membranes, nuclei and mitochondria, and the presence of edema and cell vacuoles. RESULTS: Of the 11 cases studied, 10 showed ultrastructural findings consistent with the normal tissue fragments that remained in the solution to transport up to 12 hours. In only one of these cases, there was preservation of the morphological characteristics of the tissue for 24 hours, at the solution for transportation. In one case, there were findings of marked signs of irreversible cell damage in all periods, including the initial time in which the tissue was fixed at the time of surgical resection, without contact with the solution for transportation. Changes of mitochondria represented the ultrastructural damage more constant in the cases studied. CONCLUSION: The analysis of the ultrastructure of human hyperplastic parathyroid gland tissue shows that, in most cases, ultrastructural integrity is properly maintained in fragments stored up to 12 hours in a solution of cell culture, at 4° C.
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Consumo de óleo de peixe na resposta inflamatória em ratos submetidos a esplenectomia total isolada ou combinada com autoimplante esplênico e à indução de sepse abdominal / Consumption of fish oil in inflamatory response in animals submitted to total splenectomy alone or combined with spleen autotransplantation and the induction of sepsisLuciane Pires da Costa 17 July 2012 (has links)
Em órgãos potencialmente importantes na resposta imune, como o baço, alternativas como o autoimplante de segmentos esplênicos, quando a esplenectomia total torna-se necessária, e a utilização de nutrientes com funcionalidade imunomoduladora vêm sendo estudadas, objetivando minimizar o efeito pró-inflamatório persistente da sepse abdominal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do consumo de óleo de peixe na modulação da resposta inflamatória em animais submetidos a esplenectomia total isolada ou combinada com autoimplante esplênico e à indução de sepse abdominal, verificando a possível otimização na resposta pró-inflamatória e a regeneração funcional do autoimplante. Utilizamos 64 ratos machos da linhagem Wistar, com peso variando entre 140-200 g, aleatoriamente distribuídos em oito grupos: quatro grupos-controle (100% óleo de soja) e quatro grupos-intervenção (35% de óleo de peixe), cada um com oito animais. Os dos grupos-controle (animais alimentados com ração purificada, segundo AIN-93, com conteúdo lipídico constituído por 100% óleo de soja) foram: I sem intervenção cirúrgica e, 16 semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal; II esplenectomia total isolada e, 16 semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal; III esplenectomia total combinada com autoimplante esplênico e, 16 semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal; e IV esplenectomia total combinada com autoimplante esplênico e, oito semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal. Os dos grupos-intervenção (V a VIII) foram submetidos a procedimentos similares aos executados nos grupos I a IV, respectivamente, sendo a única modificação fundamentada na substituição de 35% do conteúdo lipídico da alimentação dos animais por óleo de peixe. Todos os animais foram submetidos a sepse induzida por ligadura e perfuração cecal (CLP). Coletamos amostras sanguíneas de todos os animais antes da indução da sepse (período 1) e 2 e 4 horas (períodos 2 e 3) após a indução da sepse abdominal. Verificou-se, a cada três dias, massa corporal (MC) e ingestão alimentar (IA). Analisamos as citocinas INF-γ, IL-6 e IL-10 por meio da tecnologia Luminex. Utilizamos o teste T de Student para análise estatística, considerando significativo com p≤0,05. Os dos grupos V, VI e VIII apresentaram maior consumo alimentar que seus controles. Os do grupo V apresentaram menores concentrações de IFN-γ em todos os períodos e maior IL-10 nos períodos 2 e 3. Os do grupo VI apresentaram menores concentrações de todas as citocinas: IFN-γ nos períodos 2 e 3; IL-6 nos períodos 1 e 2; e maior IL-10 nos períodos 1 e 2. Os do grupo VIII apresentaram menor IFN-γ no período 3, IL-6 no período 2, e maior IL-10 no período 1. Não observou-se diferenças nos do grupo VII em nenhuma das citocinas estudadas. Este estudo demonstrou que a utilização do óleo de peixe em pequena dose, consumido cronicamente, como parte do teor lipídico total da dieta e não de forma suplementar, é capaz de manter a massa corporal adequada e reduzir a resposta inflamatória à sepse abdominal induzida por CLP, aumentando a IL-10 plasmática em ratos que não sofreram intervenção cirúrgica, e parece favorecer a regeneração funcional precoce do autoimplante esplênico. / In organs potentially important in the immune response, like the spleen, alternatives such as autotransplantation of splenic segments, when the total splenectomy becomes necessary, and the use of nutrients with immunomodulatory function have been studied, trying to minimize the effect of pro-inflammatory persistent abdominal sepsis. The aim of this study was to evaluate the effect of consumption of fish oil in modulating the inflammatory response in animals submitted to total splenectomy alone or combined with spleen autotransplantation and the induction of sepsis, verifying the possible optimization in the proinflammatory response and the functional regeneration of the autotransplant. We used 64 male Wistar rats, weighing between 140-200 g, were randomly distributed into eight groups: four control-groups (100% soybean oil) and four intervention-groups (35% fish oil), each one with ten animals. The rats in control groups (animals fed with purified according to the AIN-93 with lipid content consisting of 100% soybean oil) : I without surgical intervention, and 16 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis II total spleenectomy alone, and 16 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis; III total splenectomy combined with spleen autotransplantation, and 16 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis; and IV total splenectomy combined with spleen autotransplantation, and 8 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis. The rats in intervention groups (V to VIII) were subjected to similar procedures performed in groups I to IV, respectively, being the only modification based on the substitution of 35% of the lipid content of animal feed for fish oil. All animals were subjected to sepsis induced by cecal ligation and puncture (CLP). We collected blood samples from all animals before the induction of sepsis (period 1) and 2 and 4 hours (periods 2 and 3) after the induction of abdominal sepsis. We checked every 3 days corporal mass (MC) and alimentary ingestion (AI). We analyzed the cytokines IFN-γ, IL-6 and IL-10 by Luminex technology. We used the T-test of Student for statistical analysis, considering significant with a p ≤ 0.05. The animals in groups V, VI, and VIII showed higher food intake than their controls. The animals in group V showed lower IFN-γ in all, IL-6 in periods 1 and 2; and higher IL-10 in periods 2 e 3. The animals in group VI showed lower concentration of all cytokines: IFN-γ in periods 2 and 3; IL-6 in periods 1 and 2 and higher IL-10 in periods 1 e 2. The animals in group VIII showed lower IFN-γ in period 3, IL-6 in period 2, and higher IL-10 in period 1. No differences were observed with the concentration of cytokines in those of group VII. This study demonstrated that the use of fish oil in small doses, chronically consumed as part of total dietary fat and not as a supplement, is able to maintain the adequate corporal mass and to reduce the inflammatory response to abdominal sepsis induced by CLP, increasing IL-10 concentration in health rats and seems to promote early functional regeneration of the spleen autotransplants.
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Consumo de óleo de peixe na resposta inflamatória em ratos submetidos a esplenectomia total isolada ou combinada com autoimplante esplênico e à indução de sepse abdominal / Consumption of fish oil in inflamatory response in animals submitted to total splenectomy alone or combined with spleen autotransplantation and the induction of sepsisLuciane Pires da Costa 17 July 2012 (has links)
Em órgãos potencialmente importantes na resposta imune, como o baço, alternativas como o autoimplante de segmentos esplênicos, quando a esplenectomia total torna-se necessária, e a utilização de nutrientes com funcionalidade imunomoduladora vêm sendo estudadas, objetivando minimizar o efeito pró-inflamatório persistente da sepse abdominal. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do consumo de óleo de peixe na modulação da resposta inflamatória em animais submetidos a esplenectomia total isolada ou combinada com autoimplante esplênico e à indução de sepse abdominal, verificando a possível otimização na resposta pró-inflamatória e a regeneração funcional do autoimplante. Utilizamos 64 ratos machos da linhagem Wistar, com peso variando entre 140-200 g, aleatoriamente distribuídos em oito grupos: quatro grupos-controle (100% óleo de soja) e quatro grupos-intervenção (35% de óleo de peixe), cada um com oito animais. Os dos grupos-controle (animais alimentados com ração purificada, segundo AIN-93, com conteúdo lipídico constituído por 100% óleo de soja) foram: I sem intervenção cirúrgica e, 16 semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal; II esplenectomia total isolada e, 16 semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal; III esplenectomia total combinada com autoimplante esplênico e, 16 semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal; e IV esplenectomia total combinada com autoimplante esplênico e, oito semanas após, submetidos à indução de sepse abdominal. Os dos grupos-intervenção (V a VIII) foram submetidos a procedimentos similares aos executados nos grupos I a IV, respectivamente, sendo a única modificação fundamentada na substituição de 35% do conteúdo lipídico da alimentação dos animais por óleo de peixe. Todos os animais foram submetidos a sepse induzida por ligadura e perfuração cecal (CLP). Coletamos amostras sanguíneas de todos os animais antes da indução da sepse (período 1) e 2 e 4 horas (períodos 2 e 3) após a indução da sepse abdominal. Verificou-se, a cada três dias, massa corporal (MC) e ingestão alimentar (IA). Analisamos as citocinas INF-γ, IL-6 e IL-10 por meio da tecnologia Luminex. Utilizamos o teste T de Student para análise estatística, considerando significativo com p≤0,05. Os dos grupos V, VI e VIII apresentaram maior consumo alimentar que seus controles. Os do grupo V apresentaram menores concentrações de IFN-γ em todos os períodos e maior IL-10 nos períodos 2 e 3. Os do grupo VI apresentaram menores concentrações de todas as citocinas: IFN-γ nos períodos 2 e 3; IL-6 nos períodos 1 e 2; e maior IL-10 nos períodos 1 e 2. Os do grupo VIII apresentaram menor IFN-γ no período 3, IL-6 no período 2, e maior IL-10 no período 1. Não observou-se diferenças nos do grupo VII em nenhuma das citocinas estudadas. Este estudo demonstrou que a utilização do óleo de peixe em pequena dose, consumido cronicamente, como parte do teor lipídico total da dieta e não de forma suplementar, é capaz de manter a massa corporal adequada e reduzir a resposta inflamatória à sepse abdominal induzida por CLP, aumentando a IL-10 plasmática em ratos que não sofreram intervenção cirúrgica, e parece favorecer a regeneração funcional precoce do autoimplante esplênico. / In organs potentially important in the immune response, like the spleen, alternatives such as autotransplantation of splenic segments, when the total splenectomy becomes necessary, and the use of nutrients with immunomodulatory function have been studied, trying to minimize the effect of pro-inflammatory persistent abdominal sepsis. The aim of this study was to evaluate the effect of consumption of fish oil in modulating the inflammatory response in animals submitted to total splenectomy alone or combined with spleen autotransplantation and the induction of sepsis, verifying the possible optimization in the proinflammatory response and the functional regeneration of the autotransplant. We used 64 male Wistar rats, weighing between 140-200 g, were randomly distributed into eight groups: four control-groups (100% soybean oil) and four intervention-groups (35% fish oil), each one with ten animals. The rats in control groups (animals fed with purified according to the AIN-93 with lipid content consisting of 100% soybean oil) : I without surgical intervention, and 16 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis II total spleenectomy alone, and 16 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis; III total splenectomy combined with spleen autotransplantation, and 16 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis; and IV total splenectomy combined with spleen autotransplantation, and 8 weeks after, submitted to the induction of abdominal sepsis. The rats in intervention groups (V to VIII) were subjected to similar procedures performed in groups I to IV, respectively, being the only modification based on the substitution of 35% of the lipid content of animal feed for fish oil. All animals were subjected to sepsis induced by cecal ligation and puncture (CLP). We collected blood samples from all animals before the induction of sepsis (period 1) and 2 and 4 hours (periods 2 and 3) after the induction of abdominal sepsis. We checked every 3 days corporal mass (MC) and alimentary ingestion (AI). We analyzed the cytokines IFN-γ, IL-6 and IL-10 by Luminex technology. We used the T-test of Student for statistical analysis, considering significant with a p ≤ 0.05. The animals in groups V, VI, and VIII showed higher food intake than their controls. The animals in group V showed lower IFN-γ in all, IL-6 in periods 1 and 2; and higher IL-10 in periods 2 e 3. The animals in group VI showed lower concentration of all cytokines: IFN-γ in periods 2 and 3; IL-6 in periods 1 and 2 and higher IL-10 in periods 1 e 2. The animals in group VIII showed lower IFN-γ in period 3, IL-6 in period 2, and higher IL-10 in period 1. No differences were observed with the concentration of cytokines in those of group VII. This study demonstrated that the use of fish oil in small doses, chronically consumed as part of total dietary fat and not as a supplement, is able to maintain the adequate corporal mass and to reduce the inflammatory response to abdominal sepsis induced by CLP, increasing IL-10 concentration in health rats and seems to promote early functional regeneration of the spleen autotransplants.
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