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Elementos-traço (mercúrio total, selênio e cobre) em penas de pinguins do gênero Pygoscelis da Ilha Rei George, Antártica / Trace elements (total mercury, selenium and cooper) in feathers of penguins Pygoscelis of King George Island, AntarcticaNatalia Beloto 28 May 2013 (has links)
Este estudo teve como objetivo avaliar a magnitude da exposição de pinguins do gênero Pygoscelis da Antártica ao mercúrio total (HgT), selênio (Se) e cobre (Cu) e verificar a variabilidade destes elementos-traço de acordo com suas características biológicas, para tal foram utilizadas penas do peito de Pygoscelis papua (n=30), P. antarctica (n=21) e P. adeliae (n=48) que corresponderam àquelas coletadas em animais da Ilha Rei George, Antártica. Encontrou-se níveis aparentemente inferiores de HgT e Se em P. papua tendo também sido a espécie que mais se distinguiu das outras duas. Além disto, houve correlação entre os níveis de HgT e Se para as espécies P. antarctica e P. adeliae indicando que é possível que ocorra nos pinguins um processo de destoxificação do mercúrio orgânico por meio do selênio, porém isto não pôde foi confirmado. Ressalta-se que o atual estudo é o primeiro a relatar níveis de HgT em penas do peito da espécie P. antarctica, sendo esta informação relevante para o entendimento e conservação desta espécie de pinguim da Antártica. De modo geral o cobre (8346/32545 ng/g p.s. mín/máx) foi o elemento que apareceu em concentrações maiores se comparado ao selênio (618,7/7923,5 ng/g p.s. mín/máx) e mercúrio total (114,6/1180,2 ng/g p.s. mín/máx). Estas elevadas concentrações de cobre nas penas possivelmente se deve a incorporação via alimentação composta essencialmente de krill, que é um crustáceo de altas concentrações deste elemento essencial. Genericamente foi possível observar que todas as informações reportadas no atual trabalho, tais como as correlações entre os elementos-traço (HgT e Se) e características biológicas, mostram que as três espécies de pinguins analisadas seguem padrões distintos de distribuição de elementos-traço possivelmente porque apresentam dieta diferenciada, além disto, é provável que as características individuais influenciem nestes padrões, e por isto devem ser avaliadas para um melhor entendimento da distribuição dos elementos-traço nestes animais. Observa-se que as concentrações do elemento-traço não essencial HgT aparentemente não constituiu uma ameaça aos pinguins porque foi inferior ao nível considerado prejudicial a aves, enquanto o selênio é um elemento que deve ser constantemente monitorado pois exibiu concentrações próximas àquelas considerada danosa para aves quando incorporadas via dieta. Verificou-se que a presença dos elementos-traço não constitui uma ameaça a saúde dos Pygoscelis da Ilha Rei George, apesar disso, faz-se necessária a realização de um programa de monitoramento constante nesta região, que é uma área ainda considerada como não impactada pela ação antrópica. / This study assessed the magnitude of Antarctic penguins, genus Pygoscelis, exposure to trace elements as total mercury (THg), selenium (Se) and copper (Cu) to check some variations of these elements according to biological characteristics of the animals. To conduct this, breast feathers of Pygoscelis papua (n = 30), P. antarctica (n = 21) and P. adeliae (n = 48) were taken and analysed from seabirds collected from King George Island, Antarctica. Apparently was found lower levels of THg and Se in P. papua than in others penguins species, and this one specie also corresponded to the greater different trace element level found in Pygoscelis penguins. It was found correlation between THg and Se levels for P. antarctica and P. adeliae indicating that it is possible that the penguins can have detoxification process of the organic mercury by selenium, but this could not be confirmed. It is noteworthy that present study is the first to report THg levels in breast feathers of the species P. antarctica, being this information relevant for the understanding and conservation of this species of penguin in Antarctica. Overall, copper (8346/32545 ng / g d.w. min / max) was the element that appeared in higher concentrations compared to selenium (618.7 / 7923.5 ng / g d.w. min / max) and total mercury (114 , 6/1180, 2 ng / g d.w. min / max). These high concentrations of copper in feathers is possibly caused by incorporation through food items of the penguins, that consists mainly of krill. This crustacean also have high concentrations of this essential element. It was observed that all the information reported in this study, such as correlations between trace elements (THg and Se) and biological characteristics, show that the three penguin species follow different patterns of distribution of trace elements, and it is perhaps because they have diet differentiated. Moreover, it seems that the individual characteristics also influence these patterns, and therefore should be evaluated for a better understanding of the distribution of trace elements in these animals. It was observed that the concentrations of non-essential trace element THg apparently not constitute a threat to penguins because it was below the level considered harmful, while selenium is an element that must be constantly monitored because exhibited concentrations close to those considered potentially harmful to birds when incorporated via diet. It was found that the presence of trace elements does not constitute a threat to the health of Pygoscelis from King George Island. Nevertheless, a constant monitoring program is necessary for the region, which is still considered a preserved environment.
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Caracterização estrutural e funcional de hemoglobinas de skua, Catharacta maccormicki.Landini, Gustavo Fraga 05 June 2002 (has links)
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Previous issue date: 2002-06-05 / Universidade Federal de Minas Gerais / Hemoglobin samples of Catharacta maccormiki (Skua), an Antarctic bird, collected in winter and in summer were studied. Starch gel eletrophoretic pattern hemoglobin oxygen affinities on blood and stripped hemoglobin; influence of organic phosphates that may change affinity and level of those intra-erythrocytic phosphates were analyzed. No differences were found in Hb-O2 affinities for samples collected in winter and in summer, which leads to believe that migration (Winter) is not a factor for the oxygen affinities in blood. Bohr effect for both situations was practically the same (Φ= -2,1), indicating normal Bohr effect. The 5 samples show a electrophoretic pattern of two components, so, no evidence of intra-specific variation was found. For the stripped hemoglobin the P50 values were inferior to the ones obtained for whole blood, showing a higher affinity for the hemoglobin to oxygen in the absence of possible modulators. The Bohr effect in the alkaline side (pH 7 8) was normal (Φ = -1,9), and in the acid side it was reverse, characteristic of birds hemoglobin. The influence of organic phosphates that could affect oxygen affinity was also tested. 2,3-diphosphoglycerate (2,3DPG) and inositol hexaphosphate (IHP) were added to the stripped hemoglobin in order to test them as modulators. Negative hemoglobin oxygen affinity modulation was observed after addition of both phosphates. IHP is more effective than 2,3DPG. For animal collected during winter only the GTP was present in its erythrocytes, while the summer ones ATP was found instead of GTP. No differences was found in the concentration of inositol penta and hexaphosphsphate in samples collected in the two seasons. No 2,3DPG were found in any sample. / Foram estudadas amostras de hemoglobinas de Catharacta maccormicki, ou skua, uma espécie de ave antártica, coletadas no inverno e no verão. Foram analisados: o padrão eletroforético das Hb em gel de amido; as afinidades hemoglobina-oxigênio em sangue total e na forma stripped; a influência de fosfatos orgânicos capazes de alterar essa afinidade e os níveis destes fosfatos intraeritrocitários. Não foram encontradas, em sangue, diferenças na afinidade Hb-O2 para amostras coletadas no inverno e no verão, o que nos leva a crer, a princípio, que a migração (inverno) não seja um fator determinante para modificações funcionais a este nível. A amplitude de efeito Bohr para as duas situações foi praticamente a mesma, φ= -2,1 , indicando efeito Bohr normal para ambas. Em eletroforese, os 5 exemplares coletados, mostraram dois componentes, não havendo, portanto indicações de variação intra-específica. Em hemoglobina stripped os valores de P50 são inferiores aos obtidos para equilíbrio em sangue total, evidenciando uma maior afinidade da hemoglobina ao oxigênio na ausência de possíveis moduladores. O efeito Bohr do lado alcalino (pH 7 8) foi normal, amplitude φ =-1,9 e do lado ácido (pH 6 7), reverso, característica de hemoglobinas de aves. Também testamos a influência dos fosfatos orgânicos que podem alterar esta afinidade. Os moduladores testados foram o 2,3-difosfo glicerato (2,3 DPG) e o inositol hexafosfato (IHP) que foram adicionados à hemoglobina stripped. Observamos modulação negativa da hemoglobina com a adição destes, sendo o do IHP mais efetivo que o 2,3DPG. Em animais coletados no inverno, encontramos apenas a presença de GTP em seus eritrócitos. Porém, animais do verão, GTP foi ausente e ATP presente. Observamos não existir diferenças entre a concentração dos tipos de inositóis encontrados para as duas situações, sendo que encontramos, tanto em amostra de inverno quanto em de verão, a presença de IP5 e IP6 conjuntamente, e em quantidades relativamente semelhantes. 2,3DPG intraeritrocitário não foi encontrado em qualquer amostra.
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Elementos-traço (mercúrio total, selênio e cobre) em penas de pinguins do gênero Pygoscelis da Ilha Rei George, Antártica / Trace elements (total mercury, selenium and cooper) in feathers of penguins Pygoscelis of King George Island, AntarcticaNatalia Beloto 28 May 2013 (has links)
Este estudo teve como objetivo avaliar a magnitude da exposição de pinguins do gênero Pygoscelis da Antártica ao mercúrio total (HgT), selênio (Se) e cobre (Cu) e verificar a variabilidade destes elementos-traço de acordo com suas características biológicas, para tal foram utilizadas penas do peito de Pygoscelis papua (n=30), P. antarctica (n=21) e P. adeliae (n=48) que corresponderam àquelas coletadas em animais da Ilha Rei George, Antártica. Encontrou-se níveis aparentemente inferiores de HgT e Se em P. papua tendo também sido a espécie que mais se distinguiu das outras duas. Além disto, houve correlação entre os níveis de HgT e Se para as espécies P. antarctica e P. adeliae indicando que é possível que ocorra nos pinguins um processo de destoxificação do mercúrio orgânico por meio do selênio, porém isto não pôde foi confirmado. Ressalta-se que o atual estudo é o primeiro a relatar níveis de HgT em penas do peito da espécie P. antarctica, sendo esta informação relevante para o entendimento e conservação desta espécie de pinguim da Antártica. De modo geral o cobre (8346/32545 ng/g p.s. mín/máx) foi o elemento que apareceu em concentrações maiores se comparado ao selênio (618,7/7923,5 ng/g p.s. mín/máx) e mercúrio total (114,6/1180,2 ng/g p.s. mín/máx). Estas elevadas concentrações de cobre nas penas possivelmente se deve a incorporação via alimentação composta essencialmente de krill, que é um crustáceo de altas concentrações deste elemento essencial. Genericamente foi possível observar que todas as informações reportadas no atual trabalho, tais como as correlações entre os elementos-traço (HgT e Se) e características biológicas, mostram que as três espécies de pinguins analisadas seguem padrões distintos de distribuição de elementos-traço possivelmente porque apresentam dieta diferenciada, além disto, é provável que as características individuais influenciem nestes padrões, e por isto devem ser avaliadas para um melhor entendimento da distribuição dos elementos-traço nestes animais. Observa-se que as concentrações do elemento-traço não essencial HgT aparentemente não constituiu uma ameaça aos pinguins porque foi inferior ao nível considerado prejudicial a aves, enquanto o selênio é um elemento que deve ser constantemente monitorado pois exibiu concentrações próximas àquelas considerada danosa para aves quando incorporadas via dieta. Verificou-se que a presença dos elementos-traço não constitui uma ameaça a saúde dos Pygoscelis da Ilha Rei George, apesar disso, faz-se necessária a realização de um programa de monitoramento constante nesta região, que é uma área ainda considerada como não impactada pela ação antrópica. / This study assessed the magnitude of Antarctic penguins, genus Pygoscelis, exposure to trace elements as total mercury (THg), selenium (Se) and copper (Cu) to check some variations of these elements according to biological characteristics of the animals. To conduct this, breast feathers of Pygoscelis papua (n = 30), P. antarctica (n = 21) and P. adeliae (n = 48) were taken and analysed from seabirds collected from King George Island, Antarctica. Apparently was found lower levels of THg and Se in P. papua than in others penguins species, and this one specie also corresponded to the greater different trace element level found in Pygoscelis penguins. It was found correlation between THg and Se levels for P. antarctica and P. adeliae indicating that it is possible that the penguins can have detoxification process of the organic mercury by selenium, but this could not be confirmed. It is noteworthy that present study is the first to report THg levels in breast feathers of the species P. antarctica, being this information relevant for the understanding and conservation of this species of penguin in Antarctica. Overall, copper (8346/32545 ng / g d.w. min / max) was the element that appeared in higher concentrations compared to selenium (618.7 / 7923.5 ng / g d.w. min / max) and total mercury (114 , 6/1180, 2 ng / g d.w. min / max). These high concentrations of copper in feathers is possibly caused by incorporation through food items of the penguins, that consists mainly of krill. This crustacean also have high concentrations of this essential element. It was observed that all the information reported in this study, such as correlations between trace elements (THg and Se) and biological characteristics, show that the three penguin species follow different patterns of distribution of trace elements, and it is perhaps because they have diet differentiated. Moreover, it seems that the individual characteristics also influence these patterns, and therefore should be evaluated for a better understanding of the distribution of trace elements in these animals. It was observed that the concentrations of non-essential trace element THg apparently not constitute a threat to penguins because it was below the level considered harmful, while selenium is an element that must be constantly monitored because exhibited concentrations close to those considered potentially harmful to birds when incorporated via diet. It was found that the presence of trace elements does not constitute a threat to the health of Pygoscelis from King George Island. Nevertheless, a constant monitoring program is necessary for the region, which is still considered a preserved environment.
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