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Um olhar da bioética sobre o cuidado com a própria saúde no contexto da Saúde Pública e do exercício do biopoder na atualidade / Look of bioethics on the care of their own health in the context of Public Health and the exercise of biopower in the newsGaudenzi, Paula January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / No momento atual, marcado tanto pelas incertezas em relação ao futuro de cada um e de todos quanto pela busca de segurança, vê-se surgir uma noção de risco vinculada a um ideal de saúde que, ao responsabilizar cada indivíduo pelos comportamentos, considerados suscetíveis de garantir ou prejudicar sua saúde pessoal, pode ser visto como uma potente tecnologia de biopoder sobre a vida tanto individual como coletiva. Pode-se dizer, então, que o discurso dominante sobre a saúde e os comportamentos que estariam colocando-a em risco tem, hoje, um enfoque que pode ser considerado reducionista da difícil dialética entre o individual e o coletivo, que acaba por afirmar tão somente a responsabilidade de cada indivíduo pela gestão dos riscos aos quais se expõe, sem considerar as determinações às quais ele está submetido quando interage com a coletividade e o mundo. Neste contexto, o trabalho parte do pressuposto de que presenciamos, com relação à saúde pública, a uma transição paradigmática em ética referente aos cuidados com a saúde, pois estes estão deixando de ser considerados um direito da cidadania para se tornarem um dever de todos e cada um, supostamente em prol do bem-estar de todos. Nosso trabalho analisa, a partir das ferramentas da Bioética da Proteção, o movimento atual de responsabilização individual pelo cuidado com a própria saúde, o qual foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica e documental, que tiveram por finalidade identificar a conflituosidade que perpassa o campo das práticas em saúde e as abordagens teóricas e práticas adotadas nos campos da saúde e da bioética para enfrentá-las. Em particular, a pesquisa documental visou identificar a forma como são expostas a noção de direito em saúde, sobretudo, nos documentos produzidos a partir do Relatório Lalonde do Canadá, de 1974, que representou o marco inicial para o debate contemporâneo sobre Promoção da Saúde, campo, este, que identificamos como o de maior relevância para a discussão sobre os direitos e deveres em saúde a serem pensados numa dialética entre a dimensão individual e coletiva do bem-estar pessoal e social. Os objetivos específicos desta pesquisa foram: (a) apresentar os principais argumentos que vêm sendo adotados para justificar tal responsabilização e aqueles contrários a ela; (b) apresentar o conceito de biopoder de Michel Foucault e a reinterpretarão do mesmo conceito a partir de dois autores contemporâneos: Giorgio Agamben e Paul Rabinow; e (c) apresentar as principais implicações éticas decorrentes da grande ênfase da noção de risco na atualidade, a consequente responsabilização pelo cuidado com a própria saúde e as implicações que surgem a partir das interpretações das
atualizações do biopoder pelos dois autores. / In the present age of uncertainty with regard to the future of anyone seeking security, a notion of risk has arisen that is linked to an ideal of health, which, in so far as it holds each individual responsible for behavior beneficial for or detrimental to personal health, can be seen as a form of biopower technology that holds sway over both the individual and the collective. It can thus be said that the dominant discourse regarding health and behavior that puts it at risk currently focuses on a reduction of the difficult dialectic between the individual and the collection, which holds that the individual alone is responsible for managing the risks to which he or she is exposed, heedless of the
determining factors to which one is submitted when interacting with the collective and the outside world. This study thus starts out from the presupposition that the field of public health is going through a “paradigm shift” in the ethics of health care. The latter is no longer seen as a civil right but as a duty of each and every citizen, supposedly for the sake of the well-being of all. This study uses the Bioethics of Protection to investigate the current trend towards holding the individual responsible for his or her health. The investigation was carried out using bibliographical and documentary
research, with a view to identifying the onflicts that pervade health care practice and the theories and practices adopted in the fields of health and bioethics as a means to address them. In particular, the documentary research aimed to identify the way in which these theories and practices are exposed to the notion of rights in health, especially, in documents produced for the 1974 Lalonde Report, which constituted the
first step towards the contemporary debate on Health Promotion, a field that we have
identified as being highly relevant for the discussion of rights and duties in health seen
in terms of a dialectic between the individual and the collective, between collective and
personal well-being. The specific aims of this study are: (a) to present the main 7 arguments that have been put forward to justify individuals being held responsible for health and those that have been used to oppose this; (b) to outline Michel Foucault’s concept of biopower and explore the way this is re-interpreted in the work of two
contemporary scholars, Giorgio Agamben and Paul Rabinow; and (c) to lay out the main ethical implications deriving from the overarching emphasis on the notion of risk in contemporary society in so far as these impact on caring for one’s own health, along with the implications arising from the interpretations of the forms in which biopower is currently manifesting itself as put forward by the aforementioned authors.
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O trabalho na atenção primária à saúde e a lógica do capitalismo tardio: a precarização como questão bioéticaRodrigues, Ciane dos Santos January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017 / Universidade Federal do Rio de Janeiro / Esse estudo tem como tema central a investigação dos problemas decorrentes da precarização do trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS), entendidos como questões bioéticas. Contextualizamos tal discussão a partir dos conceitos trazidos por Michel Foucault e Gilles Deleuze sobre sociedades de soberania, disciplinares e sociedades de controle, além de trabalhar os conceitos de poder e biopolítica. Fundamentamos o debate sobre as
transformações do mundo do trabalho a partir de autores como Ricardo Antunes, Richard Sennet e Antonio Negri, tendo como objetivo geral analisar os principais problemas da precarização do trabalho na APS, na perspectiva da Bioética, traçamos o caminho de construção do estudo através de uma revisão de literatura com estratégia de busca definida e linhas de fuga que possibilitaram atravessar diferentes campos de saberes, no intuito de perceber os pontos de encontro entre a Bioética e a Precarização do Trabalho. Dividimos o texto em três capítulos: (3) “A contemporaneidade do mundo do trabalho”, (4) “A precarização do trabalho e a bioética na atenção primária em saúde” e (5) “Bioética da proteção: um antídoto na precarização do trabalho?”. Identificamos que há uma ínfima abordagem das questões da precarização do trabalho como conflitos bioéticos nas bases de dados científicas e assim fizemos um aprofundamento na combinação destes dois
campos e concluímos com a proposição da Bioética da Proteção como possível antídoto em
termos do enfrentamento dos desafios colocados ao trabalhador em sua rotina diária no contexto
de uma sociedade situada na lógica do capitalismo tardio / This study analyses the problems related to the precariouness of labour in the Health Primary
Care (APS), seen as bioethics issues. Our discussions are based on the concepts of Michel
Foucault and Gilles Deleuze on sovereignty societies, disciplinaries societies, control societiesanda poqer and biopolitics. Our debate on the transformations of labour is based on Ricardo Antunes, Richard Sennet and Antonio Negri, where the goalis analyse the main problmes of labour precariousness in APS. Under the perspective of Bioethics, we construct our study through a review of the bibliography with a defined search strategy that allowed approaching different fields of knowledge where we see the cnections between Bioethics and Labour Precariousness. The text is divided in threee chapters : 1- The labour world in contemporaneity; 2 Thecprecariousness of labor and the bioethics in the atenção primária à saúde; 3- Proteccion bioethics: an antidote in the precariousness of labour?. As we identify in cientific database a small number of studies understandig labour precariousness as bioethics conflicts, we combine these two fields deeply e conclude with the proporsition of Bioethcis of Protection as a possible antidote for facing the challenges of the daily routine of workers in a society under the late capitalism logic
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Estratégia saúde da família na perspectiva de Foucault e Deleuze: sobre controles, capturas biopolíticas e a bioética como antídotoOliveira, Irene Lopes Vieira Alves da Cunha January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017 / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hospital Universitário Clementino Fraga Filho / Nesse trabalho pretendeu-se investigar os problemas bioéticos na Estratégia Saúde da Família (ESF), identificados na literatura, a partir dos conceitos foucaultianos de biopolítica e de biopoder e das conversações deleuzianas acerca das sociedades de controle e de suas capturas, e discutir as possibilidades da Bioética da Proteção, formulada por Fermin Roland Schramm e Miguel Kottow, na abordagem desses problemas. Esta trajetória produziu um deslocamento no objetivo inicial do trabalho, uma ‘linha de fuga’, pois, para além de abordar os principais problemas bioéticos da ESF, colocou-se em análise a ESF em si. O trabalho foi divido em três capítulos, sendo o primeiro intitulado ‘A estratégia saúde da família e as sociedades de controle’; o segundo ‘Problemas bioéticos na estratégia saúde da família: capturas entre biopolítica e biopoder’; e o capítulo final ‘A bioética da proteção como forma de resistência’. Foi possível concluir que a ESF tem sido – também – utilizada como um dispositivo de controle das pessoas/comunidades, pois, em nome da gestão da saúde, a estratégia acaba por intervir além da demanda dos indivíduos, das famílias e das coletividades, invadindo sua privacidade, vigiando seu comportamento, controlando suas escolhas, tentando normalizar sua conduta. Propõe-se, que a Bioética da Proteção, que resgata o papel do estado em assumir suas responsabilidades sanitárias com as populações, colocando em questão as condições desiguais que roubam dos indivíduos o seu direito à saúde e consequentemente a possibilidade de realização de seus legítimos projetos de vida, se constitui como um possível antídoto às biopolíticas de saúde que massificam e uniformizam suas ações, expropriando a autonomia e a singularidade dos indivíduos / This work aimed to investigate the bioethical problems in the Family Health Strategy (FHS), identified in the literature, based on the Foucaultian concepts of biopolitics and biopower and the Deleuzian conversations about control societies and their captures, and to discuss possibilities of the Bioethics of Protection, formulated by Fermin Roland Schramm and Miguel Kottow, in the approach of these problems. This path produced a displacement of the initial objective of the work, an 'escape line', since, in addition to addressing the main bioethical problems of the FHT, the FHT itself was analyzed. The work was divided into three chapters, the first being titled 'The family health strategy and control societies'; The second 'Bioethical problems in family health strategy: captures between biopolitics and biopower'; And the final chapter 'The bioethics of protection as a form of resistance'. It was possible to conclude that the FHS has also been used as a device to control people / communities, because, in the name of health management, the strategy ends up intervening beyond the demands of individuals, families and communities, invading their privacy, monitoring their behavior, controlling their choices, trying to normalize their conduct. It is proposed that the Bioethics of Protection, which rescues the role of the state in assuming its sanitary responsibilities with the populations, calling into question the unequal conditions that rob individuals of their right to health and consequently the possibility of carrying out their legitimate projects of life, constitutes a possible antidote to health biopolitics that massify and standardize their actions, expropriating the autonomy and individuality of individuals
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