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Ironie et poésie. Théorie et pratique de l'écriture oblique dans l'oeuvre de Francis Ponge / Irony and Poetry. Theory and Practice of Oblique Writing in Francis Ponge’s Work

Jendari, Aziz 10 December 2011 (has links)
Cette étude porte sur le rôle important dévolu à l’écriture oblique dans l’œuvre de Francis Ponge, à travers les notions d’ironie et d’humour. En s'appuyant à la fois sur les nombreuses déclarations de l’auteur concernant l'importance de ces notions dans son œuvre et sur les recherches les plus actuelles qui tentent de cerner ces catégories complexes et embarrassantes, on définit l'ironie non comme simple figure d'inversion mais comme fait rhétorique englobant une multitude de pratiques discursives. Plus précisément, on l'envisage comme un phénomène polyphonique et intertextuel dont la spécificité réside d'une part dans sa dimension critique et, d'autre part, dans son ambiguïté énonciative. L’humour est quant à lui envisagé comme jeu contestataire inscrit dans l’ordre de la langue. Dès lors, ironie et humour peuvent être considérés comme deux formes, différentes et complémentaires, de métadiscours critique qui couvrent tout le champ de la poétique pongienne : rhétorique, esthétique et éthique. La première partie s’attache à dégager les conditions et la constitution d’une posture ironique à partir des textes antérieurs à la poétique du parti pris, souvent négligés par la critique mais qui se révèlent essentiels en ce qu’ils problématisent les enjeux et les intuitions de la poétique pongienne. La deuxième partie est consacrée aux stratégies discursives à l’œuvre dans les textes, envisagées aussi bien en termes de figures et procédés que comme dispositifs textuels d’ensemble, lesquels ouvrent la voie vers une esthétique de l'ironie. Enfin, la troisième partie est consacrée au projet politique et moral qui sous-tend l’œuvre de Ponge et tente de cerner l’ironie et l’humour comme manifestations de la position éthique de l’auteur. / This study deals with the important role played by oblique writing in Francis Ponge’s work through the notions of irony and humour. Relying both on the author’s numerous statements on the importance of such notions in his work and on the latest research attempting to define these complex, embarrassing categories, irony is not defined as a mere figure of inversion but as a rhetorical fact encompassing a multitude of discursive practices. It is more precisely regarded as a polyphonic, inter-textual phenomenon whose specificity lies, on the one hand, in its critical dimension, and on the other hand, in its enunciative ambiguity. As for humour, it is considered as a contesting game inscribed in the language order. Consequently, irony and humour can be regarded as two different, complementary forms of critical meta-speech covering the whole field of Pongian poetics, whether it is rhetorical, aesthetic or ethical. The first part endeavours to unearth the conditions and constitution of an ironical posture from texts prior to the poetics of bias, often neglected by critics but which turn out to be essential inasmuch as they give an insight into the problematic of Pongian poetics’ stakes and intuitions. The second part is dedicated to the discursive strategies implemented in the texts. Such strategies are considered as much in terms of figures or instruments as overall textual devices, which open up the way to an aesthetics of irony. Finally the third part deals with the political and moral project underlying Ponge’s work and attempts to define irony and humour as demonstrations of the author’s ethical position.
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O Curinga no teatro Fórum: formação teatral e política pelo bufão / The Joker in the Forum theater: theatrical and political formation by the buffoon

Oliveira, Sarah Reimann 25 August 2017 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2017-12-11T18:41:00Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Sarah Reimann Oliveira - 2017.pdf: 2575101 bytes, checksum: 9fed0686913bd5eff6709606fa365591 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-12-12T11:16:51Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Sarah Reimann Oliveira - 2017.pdf: 2575101 bytes, checksum: 9fed0686913bd5eff6709606fa365591 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-12T11:16:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Sarah Reimann Oliveira - 2017.pdf: 2575101 bytes, checksum: 9fed0686913bd5eff6709606fa365591 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-08-25 / The Forum Theater is one of the most widespread Theater of the Oppressed’s modalities. It was systematized in the 1970s and it approaches social and psychological opressions on the scene so that they are discussed and restaged by the public. The mediator between the forum-scene and the public is the joker. This work proposes an investigation between the Forum Theater joker’s language and the buffoon. The buffoon is a clown with origins in the medieval times that uses comicality mainly through grotesque body gestures and ironic speech. This research has as primordial objective to investigate political and theatrical buffoon’s characteristics being in Forum Theater’s joker in order to provoque the critical eye. To that end, it was accomplished a historical rescue of the Forum Theater, of the joker and of the buffoon by means of books and videos that bring concepts and practices about them; it was written about the Victor Turner’s social drama bearing in mind one of the research’s development axes: the study of the Cultural Performances and their relations with the Theater of the Oppressed; and it was effected an analysis of videos, found on the internet, about Forum Theater’s plays presented in the brazilian’s state capitals. The selected videos’ analysis was done parting from two categories, they are: Forum theater and jokering; and buffoon aspects. The analyis’ categories were guided through three questions: In what way the Forum Theater has been presenting regarding the criticality matters? Is there criticality in the spect-actors’ fruition through the jokering? Can the buffoons’ aspects contribute to the Forum Theater’s joker formation? The mainly consideration obtained in this investigation shows that part of the studied Forum Theater plays are politically emptied and don’t seek the spect-actor’s critical eye. Therefore is fundamental that the joker builds his/her acting game by the improvisational quality that is one of the atributes of the buffoon’s activities, in this way is going to be possible having criticality in the spect-actors’ fruition. / O Teatro Fórum é uma das modalidades mais difundidas do Teatro do Oprimido. Ele foi sistematizado nos anos de 1970 e aborda em cena opressões sociais e psicológicas para que sejam discutidas e reencenadas pelo público. O mediador entre a cena-fórum e o público é o curinga. Este trabalho propõe uma investigação entre a linguagem do curinga do Teatro Fórum e do bufão. O bufão é um palhaço com origem nos tempos medievais que faz uso da comicidade, principalmente, através de gestos corporais grotescos e falas irônicas. A presente pesquisa tem como objetivo primordial investigar características do bufão presentes no curinga do Teatro Fórum de modo que o olhar crítico do público seja provocado. Para isso, foi realizado um resgate histórico do Teatro Fórum, do curinga e do bufão por meio de livros e vídeos que trazem conceitos e práticas sobre eles; foi escrito sobre o drama social de Victor Turner, tendo em vista um dos eixos de desenvolvimento da pesquisa que é o estudo das Performances Culturais e suas relações com o Teatro do Oprimido; e se realizou uma análise de vídeos, encontrados na internet, de peças de Teatro Fórum apresentadas em capitais brasileiras. A análise dos vídeos selecionados foi feita a partir de duas categorias, são elas: Teatro Fórum e curingagem, e aspectos bufonescos. As categorias para a análise foram guiadas por três perguntas: De que forma o Teatro Fórum vem se apresentando no que tange as questões da criticidade? Há criticidade na fruição dos espect-atores através da curingagem? Os aspectos bufonescos podem contribuir para a formação do curinga do Teatro Fórum? A principal consideração obtida nesta investigação mostra que parte das peças de Teatro Fórum estudadas estão esvaziadas politicamente e não buscam o olhar crítico dos espect-atores. Portanto, é fundamental que o curinga construa o jogo de sua atuação pela qualidade improvisacional, que é um dos atributos das atividades do bufão, dessa forma poderá haver criticidade na fruição dos espect-atores.
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Um nobre bufão no reino da grande imprensa : a construção do personagem Barão de Itararé na paródia jornalística do semanário A Manha (1926-1935)

Jacobus, Rodrigo Maciel January 2010 (has links)
A presente dissertação problematiza a construção do personagem Barão de Itararé, criado pelo jornalista Apparício Torelly (1895-1971), ou simplesmente Apporelly, em meio à paródia à grande imprensa que caracterizou o seu semanário humorístico A Manha (1926-1959). O período selecionado para proceder este estudo compreende a gênese do personagem, entre o surgimento do A Manha em maio de 1926 no Rio de Janeiro e a prisão do jornalista pela repressão do governo Getúlio Vargas em dezembro de 1935, quando encerra-se um ciclo da publicação. O Barão de Itararé popularizou-se como uma espécie de projeção de Apporelly nas páginas do periódico e, por intermédio deste personagem, o jornalista desenvolveu uma contundente sátira às elites brasileiras. O objeto de estudo aglutina estas três perspectivas, o homem, o seu jornal e o personagem que o representa, por indissociáveis que são, em torno dos quais se desenvolve a análise. Trata-se de uma pesquisa histórico-documental com caráter exploratório e descritivo, que procura situar este objeto no seu tempo e espaço, considerando-se não apenas o período do recorte proposto, mas também os antecedentes intrínsecos às relações sócio-culturais da sociedade de então. No mesmo sentido, busca-se identificar o papel da imprensa neste período, bem como o jornalismo praticado pela mesma e os traços do humor paródico intrínseco à obra de Apparício Torelly. Compreende-se, nestes aspectos, a base teórica para identificar a relação entre o objeto e a grande imprensa da época. Estes pressupostos reunidos são confrontados junto à análise do corpus, formado por 20 matérias selecionadas ao longo da trajetória do personagem no intervalo estipulado, calcando-se na teoria do personagem e na narratologia enquanto ferramental polarizador dos âmbitos teórico e metodológico propostos. A pesquisa apontou que, ao longo destes dez anos, A Manha realmente fundou-se em uma categórica paródia à grande imprensa da época, apropriando-se dos mais variados aspectos desta para conformar as bases da sua sátira. Igualmente, o personagem inserido neste âmbito é construído como uma representação dos setores sociais hegemônicos de então, cuja participação nos principais momentos históricos e aproximação com a imprensa da época, revelavam as relações de poder intrínsecas à participação destes agentes sociais nos eventos que orientavam os rumos do país. Neste sentido, este personagem inicia sua carreira como proprietário de um grande jornal, o nosso querido diretor, transformando-se no militar que comanda a Revolução de 1930, o marechal-almirante, para, então, tornar-se herói de uma batalha que não ocorreu, o Barão de Itararé, estendendo sua paródia satírica às mais diversas representações das oligarquias nacionais. A sátira do Barão, por sua vez, será ainda mais amplificada com as condecorações subseqüentes, que o elevariam a Duque, Grão-Duque e Imperador. Trata-se de um percurso linear, no qual as características progressivamente vão somando-se umas às outras, em uma construção hiperbólica do mesmo personagem. De modo complementar, inferiu-se que este personagem metaforicamente representava uma fantasia que o homem Apporelly vestia nas páginas d’A Manha, através do qual se transfigurava em uma espécie de bufão-mor da cena política brasileira. / This thesis searches the character Baron of Itararé’s construction by journalist Apparício Torelly (1895-1971), or simply Apporelly, amid the parody to the great press that characterized his humorous weekly publication A Manha (1926-1959). The period selected for this thesis to developing understand the character's genesis, among the appearance of A Manha in May of 1926 in Rio de Janeiro and the journalist's prison by Getúlio Vargas government's repression in December of 1935, when he closes up a cycle of the publication. The Baron of Itararé became popular as a type of projection of Apporelly in the pages of the newspaper and, through this character, the journalist developed a fierce satire to the Brazilian elites. The study object, then, agglutinates these three perspectives, the man, his newspaper and the character that represents him, impossible to dissociate, around which grows the analysis. It is treated of a historical-documental research with exploratory and descriptive character, which tries to place this object in its time and space, not just considering the period of the proposed cutting, but also the intrinsic antecedents to the partner-cultural relationships of the society of this epoch. In the same sense, it tries to identify the paper of the press in this period, as well as the journalism practiced and the lines of the parodic humor intrinsic to Apparício Torelly's work. It is understood, in these aspects, the theoretical base to identify the relationship between the object and the great press of the time. These gathered presuppositions are confronted to the analysis of the corpus close to, formed by 20 matters selected along the character's path in the stipulated interval, being stepped on in the character's theory and in the narratology while polarizer tools in theoretical and methodological extents proposed. The research showed that, along these ten years, A Manha was really founded in a categorical parody to the great press of the time, appropriating most varied aspects of this to conform the bases of its satire. Equally, the character inserted in this extent is built as a representation of the hegemonic social sections of this period, whose participation in the main historical moments and approach with the press of the time, revealed the intrinsic relationships of power to these social agents' participation in the events that guided the ways of the country. In this sense, this character begins his career as owner of a great newspaper, our dear director, becoming the military that commands the Revolution of 1930, the marshal-admiral, for, then, to turn hero of a battle that didn't happen, the Baron of Itararé, extending his satirical parody to the most several representations of the national oligarchies. The Baron's satire, for its time, will still be more amplified with the subsequent decorations, which would elevate him to Duke, Grain-duke and Emperor. It is a lineal course, in which the characteristics progressively are going being added each other, in a hyperbolic construction of the same character. As a complement, it was inferred that this character metaphorically represented a fantasy that the man Apporelly dressed in the pages of A Manha, through which he was transfigured in a type of biggest buffoon of the Brazilian political scene.
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Um nobre bufão no reino da grande imprensa : a construção do personagem Barão de Itararé na paródia jornalística do semanário A Manha (1926-1935)

Jacobus, Rodrigo Maciel January 2010 (has links)
A presente dissertação problematiza a construção do personagem Barão de Itararé, criado pelo jornalista Apparício Torelly (1895-1971), ou simplesmente Apporelly, em meio à paródia à grande imprensa que caracterizou o seu semanário humorístico A Manha (1926-1959). O período selecionado para proceder este estudo compreende a gênese do personagem, entre o surgimento do A Manha em maio de 1926 no Rio de Janeiro e a prisão do jornalista pela repressão do governo Getúlio Vargas em dezembro de 1935, quando encerra-se um ciclo da publicação. O Barão de Itararé popularizou-se como uma espécie de projeção de Apporelly nas páginas do periódico e, por intermédio deste personagem, o jornalista desenvolveu uma contundente sátira às elites brasileiras. O objeto de estudo aglutina estas três perspectivas, o homem, o seu jornal e o personagem que o representa, por indissociáveis que são, em torno dos quais se desenvolve a análise. Trata-se de uma pesquisa histórico-documental com caráter exploratório e descritivo, que procura situar este objeto no seu tempo e espaço, considerando-se não apenas o período do recorte proposto, mas também os antecedentes intrínsecos às relações sócio-culturais da sociedade de então. No mesmo sentido, busca-se identificar o papel da imprensa neste período, bem como o jornalismo praticado pela mesma e os traços do humor paródico intrínseco à obra de Apparício Torelly. Compreende-se, nestes aspectos, a base teórica para identificar a relação entre o objeto e a grande imprensa da época. Estes pressupostos reunidos são confrontados junto à análise do corpus, formado por 20 matérias selecionadas ao longo da trajetória do personagem no intervalo estipulado, calcando-se na teoria do personagem e na narratologia enquanto ferramental polarizador dos âmbitos teórico e metodológico propostos. A pesquisa apontou que, ao longo destes dez anos, A Manha realmente fundou-se em uma categórica paródia à grande imprensa da época, apropriando-se dos mais variados aspectos desta para conformar as bases da sua sátira. Igualmente, o personagem inserido neste âmbito é construído como uma representação dos setores sociais hegemônicos de então, cuja participação nos principais momentos históricos e aproximação com a imprensa da época, revelavam as relações de poder intrínsecas à participação destes agentes sociais nos eventos que orientavam os rumos do país. Neste sentido, este personagem inicia sua carreira como proprietário de um grande jornal, o nosso querido diretor, transformando-se no militar que comanda a Revolução de 1930, o marechal-almirante, para, então, tornar-se herói de uma batalha que não ocorreu, o Barão de Itararé, estendendo sua paródia satírica às mais diversas representações das oligarquias nacionais. A sátira do Barão, por sua vez, será ainda mais amplificada com as condecorações subseqüentes, que o elevariam a Duque, Grão-Duque e Imperador. Trata-se de um percurso linear, no qual as características progressivamente vão somando-se umas às outras, em uma construção hiperbólica do mesmo personagem. De modo complementar, inferiu-se que este personagem metaforicamente representava uma fantasia que o homem Apporelly vestia nas páginas d’A Manha, através do qual se transfigurava em uma espécie de bufão-mor da cena política brasileira. / This thesis searches the character Baron of Itararé’s construction by journalist Apparício Torelly (1895-1971), or simply Apporelly, amid the parody to the great press that characterized his humorous weekly publication A Manha (1926-1959). The period selected for this thesis to developing understand the character's genesis, among the appearance of A Manha in May of 1926 in Rio de Janeiro and the journalist's prison by Getúlio Vargas government's repression in December of 1935, when he closes up a cycle of the publication. The Baron of Itararé became popular as a type of projection of Apporelly in the pages of the newspaper and, through this character, the journalist developed a fierce satire to the Brazilian elites. The study object, then, agglutinates these three perspectives, the man, his newspaper and the character that represents him, impossible to dissociate, around which grows the analysis. It is treated of a historical-documental research with exploratory and descriptive character, which tries to place this object in its time and space, not just considering the period of the proposed cutting, but also the intrinsic antecedents to the partner-cultural relationships of the society of this epoch. In the same sense, it tries to identify the paper of the press in this period, as well as the journalism practiced and the lines of the parodic humor intrinsic to Apparício Torelly's work. It is understood, in these aspects, the theoretical base to identify the relationship between the object and the great press of the time. These gathered presuppositions are confronted to the analysis of the corpus close to, formed by 20 matters selected along the character's path in the stipulated interval, being stepped on in the character's theory and in the narratology while polarizer tools in theoretical and methodological extents proposed. The research showed that, along these ten years, A Manha was really founded in a categorical parody to the great press of the time, appropriating most varied aspects of this to conform the bases of its satire. Equally, the character inserted in this extent is built as a representation of the hegemonic social sections of this period, whose participation in the main historical moments and approach with the press of the time, revealed the intrinsic relationships of power to these social agents' participation in the events that guided the ways of the country. In this sense, this character begins his career as owner of a great newspaper, our dear director, becoming the military that commands the Revolution of 1930, the marshal-admiral, for, then, to turn hero of a battle that didn't happen, the Baron of Itararé, extending his satirical parody to the most several representations of the national oligarchies. The Baron's satire, for its time, will still be more amplified with the subsequent decorations, which would elevate him to Duke, Grain-duke and Emperor. It is a lineal course, in which the characteristics progressively are going being added each other, in a hyperbolic construction of the same character. As a complement, it was inferred that this character metaphorically represented a fantasy that the man Apporelly dressed in the pages of A Manha, through which he was transfigured in a type of biggest buffoon of the Brazilian political scene.
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Um nobre bufão no reino da grande imprensa : a construção do personagem Barão de Itararé na paródia jornalística do semanário A Manha (1926-1935)

Jacobus, Rodrigo Maciel January 2010 (has links)
A presente dissertação problematiza a construção do personagem Barão de Itararé, criado pelo jornalista Apparício Torelly (1895-1971), ou simplesmente Apporelly, em meio à paródia à grande imprensa que caracterizou o seu semanário humorístico A Manha (1926-1959). O período selecionado para proceder este estudo compreende a gênese do personagem, entre o surgimento do A Manha em maio de 1926 no Rio de Janeiro e a prisão do jornalista pela repressão do governo Getúlio Vargas em dezembro de 1935, quando encerra-se um ciclo da publicação. O Barão de Itararé popularizou-se como uma espécie de projeção de Apporelly nas páginas do periódico e, por intermédio deste personagem, o jornalista desenvolveu uma contundente sátira às elites brasileiras. O objeto de estudo aglutina estas três perspectivas, o homem, o seu jornal e o personagem que o representa, por indissociáveis que são, em torno dos quais se desenvolve a análise. Trata-se de uma pesquisa histórico-documental com caráter exploratório e descritivo, que procura situar este objeto no seu tempo e espaço, considerando-se não apenas o período do recorte proposto, mas também os antecedentes intrínsecos às relações sócio-culturais da sociedade de então. No mesmo sentido, busca-se identificar o papel da imprensa neste período, bem como o jornalismo praticado pela mesma e os traços do humor paródico intrínseco à obra de Apparício Torelly. Compreende-se, nestes aspectos, a base teórica para identificar a relação entre o objeto e a grande imprensa da época. Estes pressupostos reunidos são confrontados junto à análise do corpus, formado por 20 matérias selecionadas ao longo da trajetória do personagem no intervalo estipulado, calcando-se na teoria do personagem e na narratologia enquanto ferramental polarizador dos âmbitos teórico e metodológico propostos. A pesquisa apontou que, ao longo destes dez anos, A Manha realmente fundou-se em uma categórica paródia à grande imprensa da época, apropriando-se dos mais variados aspectos desta para conformar as bases da sua sátira. Igualmente, o personagem inserido neste âmbito é construído como uma representação dos setores sociais hegemônicos de então, cuja participação nos principais momentos históricos e aproximação com a imprensa da época, revelavam as relações de poder intrínsecas à participação destes agentes sociais nos eventos que orientavam os rumos do país. Neste sentido, este personagem inicia sua carreira como proprietário de um grande jornal, o nosso querido diretor, transformando-se no militar que comanda a Revolução de 1930, o marechal-almirante, para, então, tornar-se herói de uma batalha que não ocorreu, o Barão de Itararé, estendendo sua paródia satírica às mais diversas representações das oligarquias nacionais. A sátira do Barão, por sua vez, será ainda mais amplificada com as condecorações subseqüentes, que o elevariam a Duque, Grão-Duque e Imperador. Trata-se de um percurso linear, no qual as características progressivamente vão somando-se umas às outras, em uma construção hiperbólica do mesmo personagem. De modo complementar, inferiu-se que este personagem metaforicamente representava uma fantasia que o homem Apporelly vestia nas páginas d’A Manha, através do qual se transfigurava em uma espécie de bufão-mor da cena política brasileira. / This thesis searches the character Baron of Itararé’s construction by journalist Apparício Torelly (1895-1971), or simply Apporelly, amid the parody to the great press that characterized his humorous weekly publication A Manha (1926-1959). The period selected for this thesis to developing understand the character's genesis, among the appearance of A Manha in May of 1926 in Rio de Janeiro and the journalist's prison by Getúlio Vargas government's repression in December of 1935, when he closes up a cycle of the publication. The Baron of Itararé became popular as a type of projection of Apporelly in the pages of the newspaper and, through this character, the journalist developed a fierce satire to the Brazilian elites. The study object, then, agglutinates these three perspectives, the man, his newspaper and the character that represents him, impossible to dissociate, around which grows the analysis. It is treated of a historical-documental research with exploratory and descriptive character, which tries to place this object in its time and space, not just considering the period of the proposed cutting, but also the intrinsic antecedents to the partner-cultural relationships of the society of this epoch. In the same sense, it tries to identify the paper of the press in this period, as well as the journalism practiced and the lines of the parodic humor intrinsic to Apparício Torelly's work. It is understood, in these aspects, the theoretical base to identify the relationship between the object and the great press of the time. These gathered presuppositions are confronted to the analysis of the corpus close to, formed by 20 matters selected along the character's path in the stipulated interval, being stepped on in the character's theory and in the narratology while polarizer tools in theoretical and methodological extents proposed. The research showed that, along these ten years, A Manha was really founded in a categorical parody to the great press of the time, appropriating most varied aspects of this to conform the bases of its satire. Equally, the character inserted in this extent is built as a representation of the hegemonic social sections of this period, whose participation in the main historical moments and approach with the press of the time, revealed the intrinsic relationships of power to these social agents' participation in the events that guided the ways of the country. In this sense, this character begins his career as owner of a great newspaper, our dear director, becoming the military that commands the Revolution of 1930, the marshal-admiral, for, then, to turn hero of a battle that didn't happen, the Baron of Itararé, extending his satirical parody to the most several representations of the national oligarchies. The Baron's satire, for its time, will still be more amplified with the subsequent decorations, which would elevate him to Duke, Grain-duke and Emperor. It is a lineal course, in which the characteristics progressively are going being added each other, in a hyperbolic construction of the same character. As a complement, it was inferred that this character metaphorically represented a fantasy that the man Apporelly dressed in the pages of A Manha, through which he was transfigured in a type of biggest buffoon of the Brazilian political scene.

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