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Early life stress by maternal separation increases tumor onset and progression in a chemically induced oral cancer model /Figueira, Jéssica Araújo. January 2018 (has links)
Orientador: Daniel Galera Bernabé / Coorientador: Sandra Helena de Oliveira Penha / Coorientador: Roelf Justino Cruz Rizzolo / Banca: Flávia Lombardi Lopes / Banca: Glauco Issamu Miyahara / Resumo: A ocorrência de eventos estressores nas fases iniciais de vida (estresse precoce de vida - EPV) pode afetar negativamente funções fisiológicas e psicológicas na fase adulta. Apesar de investigações pré-clínicas terem mostrado que o estresse crônico pode afetar a progressão do câncer, não há estudos que investigaram os efeitos do EPV na progressão do câncer bucal. No presente estudo, utilizamos um modelo animal de carcinogênese bucal induzida pelo carcinógeno 4-Nitroquinolona-1-Óxido (4NQO) para avaliar o impacto do EPV induzido por separação materna (SM) sobre a incidência e progressão do carcinoma espinocelular (CEC) de boca. As ninhadas submetidas ao protocolo de SM foram separadas de suas mães durante 3 horas por dia, do dia pós-natal 1 ao 21. Após os animais atingirem a idade adulta (90 dias), os grupos SM e controle foram tratados com 4NQO durante 120 dias. Análise histopatológica foi realizada para avaliar a incidência de CEC de boca e grau de malignidade do tumor entre os animais estressados e não estressados. Também foram avaliados o volume e espessura tumoral e o peso do baço e das glândulas adrenais. Os níveis níveis plasmáticos de norepinefrina foram analisados por ELISA e a expressão de RNAm para os genes relacionados à progressão do CEC de boca (IL-6, TNF-alpha, VEGF, p53 e CDKN2A) foram analisados por PCR em tempo real. A SM no período pós-natal aumentou em aproximadamente 60% a ocorrência de CEC de boca na idade adulta. Os ratos submetidos à SM desenvolveram tu... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Early life stress (ELS) may negatively affect the behavior and physiological functions in adulthood. Despite pre-clinical investigation have shown that chronic stress may affect cancer progression, there are no studies which have investigated ELS effects on oral cancer progression. In the present study, we used an oral carcinogenesis animal model induced by carcinogen 4-Nitroquinoline-1-oxide (4NQO) to assess the impact of ELS induced by maternal separation (MS) on the oral squamous cell carcinoma (OSCC) occurrence and progression. The litters underwent MS protocol were separated from their dam for 3 hours daily, during postnatal day 1-21. After animals reach adulthood (90 days), MS and control groups were treated with 4NQO during 120 days. Histopathological analysis was performed to evaluate the OSCC incidence and malignant degree between stressed and non-stressed rats. The volume and tumor thickness and the spleen and adrenal glands weight were also evaluated. Plasma norepinephrine levels were analyzed by ELISA and mRNA expression for OSCC progression-related genes (IL-6, TNF-alpha, VEGF, p53 and CDKN2A) were analyzed by real-time PCR. MS in neonatal period increased in almost 60% chemically induced OSCC occurrence in adulthood. Rats exposed to MS developed thicker (p=0.02) and larger tumors (p=0.03) compared to non-stressed rats. OSCCs from ELS rats showed worst pattern of invasion (p=0.004) and more perineural invasion (p=0.04) ELS also significantly reduced spleen (p=0.003) and adrenal glands (p=0.03) weight in cancer rats. ELS induced overexpression of IL-6 (p=0.04) and attenuated p53 expression (p=0.04) in OSCCs. Our results provides the first evidences that ELS may increase oral cancer onset and progression, and suggest that this effect can be associated with altered expression of IL-6 and p53 / Mestre
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Estudo de fase I/II de Erlotinib (OZI-774) combinado com radioterapia e cisplatina em pacientes com carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço, localmente avançado / Phase I/II study of erlotinib combined with cisplatin and radiotherapy in patients with locally advanced squamous cell carcinoma of the head and neckDaniel Herchenhorn 19 October 2009 (has links)
Propósito: Erlotinib, um inibidor oral da Tirosina Quinase posicionada junto ao domínio intracelular do EGFR, é uma droga ativa contra Carcinoma de Células Escamosas de Cabeça e Pescoço (CECCP) avançado e possivelmente possui sinergismo com a quimioterapia e radioterapia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dose adequada, a segurança e eficácia do Erlotinib associado à combinação padrão de quimioterapia e radioterapia no CECCP localmente avançado. Pacientes e Métodos: Pacientes com CECCP localmente avançado são o fundamento deste ensaio clínico de FaseI/II, cujo tratamento consistiu da combinação de Cisplatina 100mg/m² intra-venoso (iv), administrada nos dias 8, 29 e 50 do tratamento; e radioterapia na dose de 70.2Gy administrada em 39 frações a partir do Dia 8. Durante a fase I do estudo a dose de Erlotinib foi escalonada (50 mg, 100mg e 150mg por via oral, tomado uma vez ao dia) em consecutivas coortes de três pacientes. Toxicidade dose limitante (TDL) foi avaliada pelos critérios do CTCAE e do RTOG e foi definida como qualquer evento grau 4 que requeresse interrupção da radioterapia. A fase II do estudo foi iniciada 8 semanas após o último registro de paciente na fase I. Resultados: Nove pacientes foram recrutados na fase I e 28 na fase II; todos foram avaliados para análise de segurança e eficácia. Nenhuma TDL ocorreu durante o escalonamento na fase I e foi recomendada para fase II a dose de 150mg ao dia de erlotinib. As toxicidades não hematológicas observadas mais freqüentes foram náusea e vômitos, disfagia, estomatite, xerostomia, dermatite no campo de radiação, rash acneiforme, e diarréia. Dos 31 pacientes que usaram Erlotinib na dose de 150mg/dia, 23 (74%, 95% CI 56,8% - 86,3%) obtiveram resposta completa, 3 apresentaram doença residual que foi resgatada imediatamente com cirurgia e ficaram sem evidência de doença, 4 permaneceram com doença residual inoperável, e 1 morreu de sepse durante o tratamento. Com seguimento médio de 37 meses, a sobrevida livre de progressão em 3 anos (SLP) e sobrevida global (SG) foram de 61 e 72%, respectivamente. Embora sem significância estatística, análise de subgrupo estratificando pacientes pela presença do rash acneiforme demonstrou uma tendência a maior SG naqueles com rash (SG em 3 anos 50 versus 79%, p=0.061). Conclusão: A combinação de erlotinib/ cisplatina/ radioterapia parece ser segura e tem atividade encorajadora em CECCP localmente avançado. Esses dados serão confirmados em estudos randomizados já iniciados / Purpose: Erlotinib, an oral tyrosine-kinase inhibitor, is active against squamous cell carcinoma of the head and neck (HNSCC) and possibly has a synergistic interaction with chemotherapy and radiotherapy. We investigated the safety and efficacy of erlotinib added to cisplatin and radiotherapy in locally advanced HNSCC. Patients and Methods: Phase I/II trial of cisplatin 100 mg/m2 on days 8, 29 and 50; and radiotherapy 70 Gy starting on day 8. During the phase I, erlotinib dose was escalated (50 mg, 100 mg and 150 mg) in consecutive cohorts of three patients, starting on day 1 and continued during radiotherapy. Dose-limiting toxicity (DLT) was defined as any grade 4 event requiring radiotherapy interruptions. Phase II initiated 8 weeks after the last phase I enrollment. Results: Nine patients were accrued in the phase I and 28 in the phase II; all were evaluable for efficacy and safety. No DLT occurred in the phase I and the recommended phase II dose was 150mg. The most frequent non-hematological toxicities were nausea/vomiting, dysphagia, stomatitis, xerostomia and in-field dermatitis, acneiform rash, and diarrhea. Of the 31 patients in the erlotinib 150 mg daily dose, 23 (74%, 95% CI 56.8% 86.3%) had a complete response, 3 were disease-free after salvage surgery, 4 had an inoperable residual disease, and 1 died of sepsis during treatment. With a median 37 months follow-up, the 3-year progression-free and overall survival were 61 and 72% respectively. Conclusion: This combination appears safe, has encouraging activity and deserves further studies in locally advanced HNSCC
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Estudo de fase I/II de Erlotinib (OZI-774) combinado com radioterapia e cisplatina em pacientes com carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço, localmente avançado / Phase I/II study of erlotinib combined with cisplatin and radiotherapy in patients with locally advanced squamous cell carcinoma of the head and neckHerchenhorn, Daniel 19 October 2009 (has links)
Propósito: Erlotinib, um inibidor oral da Tirosina Quinase posicionada junto ao domínio intracelular do EGFR, é uma droga ativa contra Carcinoma de Células Escamosas de Cabeça e Pescoço (CECCP) avançado e possivelmente possui sinergismo com a quimioterapia e radioterapia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a dose adequada, a segurança e eficácia do Erlotinib associado à combinação padrão de quimioterapia e radioterapia no CECCP localmente avançado. Pacientes e Métodos: Pacientes com CECCP localmente avançado são o fundamento deste ensaio clínico de FaseI/II, cujo tratamento consistiu da combinação de Cisplatina 100mg/m² intra-venoso (iv), administrada nos dias 8, 29 e 50 do tratamento; e radioterapia na dose de 70.2Gy administrada em 39 frações a partir do Dia 8. Durante a fase I do estudo a dose de Erlotinib foi escalonada (50 mg, 100mg e 150mg por via oral, tomado uma vez ao dia) em consecutivas coortes de três pacientes. Toxicidade dose limitante (TDL) foi avaliada pelos critérios do CTCAE e do RTOG e foi definida como qualquer evento grau 4 que requeresse interrupção da radioterapia. A fase II do estudo foi iniciada 8 semanas após o último registro de paciente na fase I. Resultados: Nove pacientes foram recrutados na fase I e 28 na fase II; todos foram avaliados para análise de segurança e eficácia. Nenhuma TDL ocorreu durante o escalonamento na fase I e foi recomendada para fase II a dose de 150mg ao dia de erlotinib. As toxicidades não hematológicas observadas mais freqüentes foram náusea e vômitos, disfagia, estomatite, xerostomia, dermatite no campo de radiação, rash acneiforme, e diarréia. Dos 31 pacientes que usaram Erlotinib na dose de 150mg/dia, 23 (74%, 95% CI 56,8% - 86,3%) obtiveram resposta completa, 3 apresentaram doença residual que foi resgatada imediatamente com cirurgia e ficaram sem evidência de doença, 4 permaneceram com doença residual inoperável, e 1 morreu de sepse durante o tratamento. Com seguimento médio de 37 meses, a sobrevida livre de progressão em 3 anos (SLP) e sobrevida global (SG) foram de 61 e 72%, respectivamente. Embora sem significância estatística, análise de subgrupo estratificando pacientes pela presença do rash acneiforme demonstrou uma tendência a maior SG naqueles com rash (SG em 3 anos 50 versus 79%, p=0.061). Conclusão: A combinação de erlotinib/ cisplatina/ radioterapia parece ser segura e tem atividade encorajadora em CECCP localmente avançado. Esses dados serão confirmados em estudos randomizados já iniciados / Purpose: Erlotinib, an oral tyrosine-kinase inhibitor, is active against squamous cell carcinoma of the head and neck (HNSCC) and possibly has a synergistic interaction with chemotherapy and radiotherapy. We investigated the safety and efficacy of erlotinib added to cisplatin and radiotherapy in locally advanced HNSCC. Patients and Methods: Phase I/II trial of cisplatin 100 mg/m2 on days 8, 29 and 50; and radiotherapy 70 Gy starting on day 8. During the phase I, erlotinib dose was escalated (50 mg, 100 mg and 150 mg) in consecutive cohorts of three patients, starting on day 1 and continued during radiotherapy. Dose-limiting toxicity (DLT) was defined as any grade 4 event requiring radiotherapy interruptions. Phase II initiated 8 weeks after the last phase I enrollment. Results: Nine patients were accrued in the phase I and 28 in the phase II; all were evaluable for efficacy and safety. No DLT occurred in the phase I and the recommended phase II dose was 150mg. The most frequent non-hematological toxicities were nausea/vomiting, dysphagia, stomatitis, xerostomia and in-field dermatitis, acneiform rash, and diarrhea. Of the 31 patients in the erlotinib 150 mg daily dose, 23 (74%, 95% CI 56.8% 86.3%) had a complete response, 3 were disease-free after salvage surgery, 4 had an inoperable residual disease, and 1 died of sepsis during treatment. With a median 37 months follow-up, the 3-year progression-free and overall survival were 61 and 72% respectively. Conclusion: This combination appears safe, has encouraging activity and deserves further studies in locally advanced HNSCC
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Expressão dos receptores Toll-like em carcinoma espinocelular de orofaringe / Expression of Toll-like receptor in oropharynx squamous cell carcinomaTobouti, Priscila Lie 22 February 2016 (has links)
Nos últimos anos, notou-se aumento da incidência de carcinoma espinocelular de orofaringe (CECOF) associado ao HPV. Sabe-se que CECOF associado ao HPV apresenta melhor prognóstico do que CECOF não infectado por HPV. Inúmeros estudos em carcinoma cervical demonstram alterações de TLRs, isto provavelmente devido às associações das oncoproteínas E6 e E7 com estes receptores. Em humanos, existem 10 TLRs identificados, os quais colaboram na resposta imune contra bactérias, fungos e vírus, bem como colaboram na promoção ou regressão do tumor. Esta influência do TLR na carcinogênese tem sido alvo de inúmeros estudos devido à ligação entre inflamação e o câncer. O presente trabalho teve como objetivo verificar diferenças na expressão e função de receptores Toll-like em carcinoma espinocelular de orofaringe (CECOF). Para tal, foram utilizados trinta e sete espécimes diagnosticados como CECOF e a expressão imuno-histoquímica das proteínas p16 e TLR4 analisadas. Duas linhagens de CECOF HPV16 + e duas CECOF HPV-. foram utilizadas para análise da expressão de TLR1-10, IL-6 e IL-8, por qPCR. A detecção dos principais TLRs (TLR1, TLR2, TLR6 e TLR4) foi feita por citometria de fluxo. Para ativação da via de sinalização de TLR2, e posterior análise da expressão de IL6 e IL8, as células foram estimuladas com peptidoglicano. Para verificar a expressão e função de TLR4, as células foram estimuladas com LPS e LPS UP para posterior análise de IL-6 e IL-8, por ELISA. Os resultados demonstraram diferenças na expressão gênica de TLR1 e TLR6 entre as linhagens HPV- e o grupo HPV+ e diferenças na expressão proteica de TLR9. TLR2 apresentou aumento da expressão proteica em todas as linhagens e demonstra desencadeamento da resposta imune, com secreção de IL6 e IL8 nas linhagens HPV- (SCC72 e SCC89) e em uma das linhagens HPV+ (SCC2). Interessantemente, TLR4 não apresentou diferenças significativas na expressão gênica e proteica. Entretanto, as linhagens HPV+ não demonstraram resposta pró-inflamatória mesmo quando estimuladas com LPS e LPS ultra puro, agonista específico de TLR4. Assim, este trabalho contribui para estabelecer o perfil da expressão dos receptores Toll-like em linhagens celulares de CECOF HPV- e HPV+, e aponta para alterações ocorridas na via de sinalização mediada por TLR4. Além disso, nossos resultados abrem portas para futuros estudos na avaliação de alterações causadas no sistema imune inato pelo HPV, em carcinomas espinocelulares de orofaringe. / The incidence of HPV- associated oropharynx squamous cell carcinoma (OPSCC) has increased in recent years. HPV- associated OPSCC has a better prognosis than OPSCC not infected with HPV. In cervical carcinoma, HPV oncoproteins E6 and E7 influence the expression of Toll-like receptors (TLR). To date, 10 TLRs have been identified in humans and many are important for the detection of bacteria, fungi and viruses, as well as regression and tumor promotion. This influence of TLR in carcinogenesis has been the subject of numerous studies, due to the connection between inflammation and cancer. This study aimed to determine differences in the expression and function of Toll-like receptor in OPSCC. Thirty-seven tumours were selected and immunohistochemistry for p16 and TLR4 was performed. Two HPV16-associated OPSCC and two OPSCC not associated to HPVcell lines were used. qPCR was performed to analyze the expression of TLR1-10, IL-6 and IL-8. The detection of the main TLRs (TLR1, TLR2, TLR6 and TLR4) was performed by flow cytometry. For activation of the TLR2-signaling pathway and subsequent analysis of IL6 and IL8 expression, cells were stimulated with peptidoglycan. To verify the expression and function TLR4 cells were stimulated with LPS and LPS UP and subsequent analysis of IL-6 and IL-8 by ELISA. The results showed differences in the expression of TLR1 and TLR6 between the HPV- group and the HPV+ group and differences in protein expression of TLR9. TLR2 has increased protein expression in all cell lines and demonstrates the trigger of the immune response, with the secretion of IL6 and IL8 in HPV- cell lines (SCC72 and SCC89) and one HPV+ cell line (SCC2). Interestingly, TLR4 showed no significant differences in gene and protein expression. However, HPV+ cell lines showed no pro-inflammatory response even when stimulated with LPS and LPS UP, a specific agonist of TLR4. This work helps to establish the profile of the expression of Toll-like receptors in OPSCC (SCC72 and SCC89) and HPV- associated OPSCC (SCC2 and SCC90), in vitro, and points to changes in the signaling pathway mediated by TLR4. In addition, our results open new avenues for future studies to assess changes in the innate immune system caused by HPV in oropharynx carcinomas.
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Efeitos de quimioprevenção dos ligantes do PPAR- e dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 no processo de carcinogênese da via aerodigestiva superior induzida pelo uso de 4-nitroquinolina-1-óxido em camundongos Swiss / Chemopreventive effects of PPAR-? ligands and polyunsaturated fatty acids omega-3 on the carcinogenesis process of the upper aerodigestive tract induced by 4-nitroquinoline-1-oxide in Swiss miceGama, Ricardo Ribeiro 27 August 2010 (has links)
Introdução: O carcinoma de células escamosas da via aerodigestiva superior (VADS) geralmente é unifocal e advém da progressão das lesões pré-neoplásicas. O risco de segundos tumores primários é de 3 a 7% ao ano para pacientes tratados previamente de câncer da VADS, sendo importante avançar em estratégias de quimioprevenção. Nos estudos clínicos realizados, as drogas promissoras mostraramse ineficazes quando aplicadas em doses baixas para minimizar a toxicidade. Neste trabalho, ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 (óleo de peixe) e pioglitazone, um agonista PPAR-?, foram utilizados com intenção quimiopreventiva, em modelo animal de carcinogênese da VADS, induzida com o uso de 4- nitroquinolina-1-óxido (4-NQO). Métodos: Camundongos Swiss foram submetidos à indução tumoral com 4-NQO nas doses: 25, 50 ou 100 g/ml diluído em água por 8 semanas. Quimioprevenção foi testada com óleo de peixe nas concentrações de 10% ou 5%. Também foi realizada, em outros grupos, quimioprevenção com pioglitazone nas concentrações de 300 ppm ou 100 ppm. A quimioprevenção foi realizada na iniciação e pós-iniciação tumorais (por 32 semanas) ou apenas na pós- iniciação (por 24 semanas). Resultados: As incidências de neoplasias oral e esofágica foram, respectivamente, similares entre os grupos 4-NQO 100 77,7% e 55,5% e 4-NQO 50 72,9% e 37,8%. O grupo 4-NQO 25, ao ser observado 24 semanas a mais, obteve 78,2% de neoplasia oral e 34,7% de esofágica. A mortalidade por câncer nas 24 semanas após o término do 4-NQO foi de 55,6% no grupo 4-NQO 100, de 11,6% no 4-NQO 50 e de 13,6% no 4-NQO 25; sendo significante na comparação entre os grupos 100 com 50 (p<0,01) e 100 com 25 (p<0,01). Assim, foi observado que 4- NQO 100 g/ml gerou uma mortalidade mais acelerada neste grupo. A maioria dos animais desenvolvia lesões invasoras em mais de um órgão ou a associação destas com pré-neoplásicas. A incidência de neoplasia oral foi similar na comparação entre o grupo 4-NQO 100 (77,7%) com óleo de peixe 10% (80%) p=1,00 e com o grupo pioglitazone 300 ppm (61,1%) p=0,27. Entre os grupos 4-NQO 50 com óleo de peixe 5% (controle - 72,9%, com óleo de peixe na pós- iniciação - 84,2% e com óleo de peixe na iniciação e pós- iniciação - 64,7%) p=0,34 e entre os grupos 4-NQO 50 com pioglitazone 100 ppm (controle - 72,9%, com pioglitazone na pós-iniciação - 76,1% e com pioglitazone na iniciação e pós-iniciação - 62,5%) p=0,63, a incidência de neoplasia oral foi semelhante na comparação entre os grupos. A presença de neoplasia esofágica não diferiu entre o grupo 4-NQO 100 (55,5%) com óleo de peixe 10% (50%) p=0,73 e com o grupo pioglitazone 300 ppm (50%) p=0,73; e foi também similar entre os grupos 4-NQO 50 com pioglitazone 100 ppm (controle - 37,8%, com pioglitazone na pós- iniciação - 57,1% e com pioglitazone na iniciação e pós- iniciação - 31,2%) - p=0,22; porém diferiu nos grupos 4-NQO 50 com óleo de peixe 5% (controle37,8%, com óleo de peixe na pós-iniciação68,4% e com óleo de peixe na iniciação e pós- iniciação29,4%), sendo estatisticamente significante - p=0,02. Interessante foi a observação de que o grupo que realizou quimioprevenção com pioglitazone desenvolveu câncer gástrico na mesma proporção dos demais grupos, porém apresentou uma doença mais agressiva, com disseminação metastática, fato não observado nos outros grupos. Considerando-se a sobrevida, não foi observada diferença estatística significante nas 24 semanas comparando-se os grupos 4-NQO 100 e entre os grupos 4-NQO 50 com ou sem quimioprevenção com óleo de peixe ou com pioglitazone. Conclusão: A indução tumoral com 4-NQO, independente da dose, foi obtida com sucesso em camundongos Swiss. Neste estudo, não foram observados efeitos de quimioprevenção do óleo de peixe e do pioglitazone nas diferentes fases da carcinogênese estudadas. O óleo de peixe na pós-iniciação pode ter potencializado a ação carcinogênica do 4-NQO no esôfago, assim como a associação do 4-NQO com o pioglitazone possa ter criado um novo modelo de carcinogênese gástrica, não vista nos grupos que não receberam esta associação. / Introduction: The squamous cell carcinoma of the upper aerodigestive tract (UADT) is generally unifocal and arises from the progression of premalignant lesions. Between 3% to 7% of patients with head and neck carcinoma will develop subsequent primary tumors of the UADT annually; therefore, the importance of advancing in new chemopreventive strategies is unquestionable. In clinical studies, promising drugs were ineffective when used at low doses to minimize toxicity. In the present study, the potential chemopreventive effects of polyunsaturated fatty acids omega-3 (fish oil) and of a PPAR-? ligand (pioglitazone) were tested in an animal model of UADT carcinogenesis induced by 4-nitroquinoline-1-oxide (4-NQO) in Swiss mice. Methods : The animals underwent tumor induction with 25, 50 or 100 g/ml of 4-NQO diluted in water for eight weeks. Chemoprevention was tested with 10% or 5% fish oil and with 300 ppm or 100 ppm pioglitazone in other groups. Chemoprevention was conducted on tumor initiation and postinitiation for 32 weeks or only on postinitiation for 24 weeks. Results : The incidence rates of oral and esophageal neoplasms were similar between groups 4-NQO 100 (77,7% and 55,5%, respectively) and 4-NQO 50 (72,9% and 37,8%, respectively). Group 4-NQO 25 was followed for 24 weeks longer than the others and showed incidence rates of 78,2% for oral neoplasia and 34,7% for esophageal neoplasia. Cancer-related mortality rates in the 24 weeks following the conclusion of the tumor induction phase were 55,6%, 11,6% and 13,6% in groups 4-NQO 100, 4-NQO 50 and 4-NQO 25, respectively. The differences were statistically significant when comparing groups 100 with 50 (p<0,01) and 100 with 25 (p<0,01). The dose of 100 g/ml 4-NQO led to faster mortality compared with 50 g/ml or 25 g/ml 4-NQO. Most animals developed invasive lesions in more than one site of the UADT or, more frequently, an association of premalignant and malignant lesions. The incidence of oral neoplasia was similar in the comparison of the control group 4-NQO 100 with 10% fish oil (77,7% vs 80%, p=1,00) or with 300 ppm pioglitazone (77,7% vs 61,1%, p=0,27). Results were also similar when comparing 4-NQO 50 groups with 5% fish oil (control72,9%, fish oil on postinitiation84,2%, and fish oil on initiation and postinitiation64,7%, p=0,34), and between 4-NQO 50 groups with 100 ppm pioglitazone (control72,9%, pioglitazone on postinitiation76,1%, and pioglitazone on initiation and postinitiation62,5%, p=0,63). The incidence of esophageal neoplasia reached no statistical difference either when 4-NQO 100 control group was compared with 10% fish oil (55,5% vs 50%, p=0,73) or with 300 ppm pioglitazone (55,5% vs 50%, p=0,73). The same was true between 4-NQO 50 groups with 100 ppm pioglitazone (control37,8%, pioglitazone on postinitiation57,1%, and pioglitazone on initiation and postinitiation31,2%, p=0,22). Statistically significant differences were found between 4-NQO 50 groups with 5% fish oil (control37,8%, fish oil on postinitiation68,4%, and fish oil on initiation and postinitiation29,4%, p=0,02). Interestingly, the group receiving chemoprevention with 300 ppm pioglitazone had a gastric cancer incidence rate comparable to that of other groups, but with more aggressive disease and metastatic dissemination, unlike the others. No statistically significant differences were found in the survival rates for the 24-week period after induction when comparing the control groups 4-NQO 100 and 4-NQO 50 with their respective experimental groups, which received chemoprevention with fish oil or pioglitazone. Conclusions : Tumor induction with 4-NQO was successfully achieved in Swiss mice, regardless of the dose. In this study, no chemopreventive effects of fish oil or pioglitazone were observed either on postinitiation or on initiation and postinitiation. The introduction of fish oil on the postinitiation phase may have potentialized the carcinogenic action of 4-NQO on the esophageal epithelium; the same can be said about the association of 4-NQO and pioglitazone, which may have created a new model of gastric carcinogenesis not seen in the groups that did not receive that combination of drugs.
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Ação do microRNA-7 sobre vias de sinalização mediadas por EGF: estudo funcional em linhagem celular de carcinoma oral e em queratinócitos normais. / The action of microRNA-7 on signaling pathways mediated by EGF: a functional study using oral squamous cell carcinoma cell line and normal keratinocytes.Soares, Renata Machado 08 October 2012 (has links)
MicroRNAs regulam processos celulares e tumorigênese. O carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço (CECP) é a sexta neoplasia mais comum no mundo e não existe consenso sobre características moleculares representativas deste tumor. O receptor de fator de crescimento epidemal (EGFR), bem como efetores de sua via de sinalização, podem ser regulados por miRNA-7. Avaliamos a expressão de EGFR e miRNA-7 em amostras tumorais e livres de tumor, observando maior expressão em tumores. O papel do miRNA-7 em CECP foi investigado através de estudo de ganho de função em linhagem celular de carcinoma epidermoide de cabeça e pescoço e em queratinócito oral e por PCR Array direcionado para genes de vias mediadas por EGF. A super-expressão do miRNA-7 alterou a expressão de diversos genes na linhagem celular de carcinoma, resultando na diminuição da proliferação, possivelmente relacionada com a diminuição da expressão gênica e proteica de p70S6K1. Em queratinócitos orais não houve alteração significativa na expressão dos genes avaliados. Concluímos que miRNA-7 interfere na progressão do ciclo celular através da regulação de p70S6K1. A resposta diferente de dois tipos celulares à super-expressão do miRNA-7 mostra a complexidade de suas vias de regulação. / MicroRNAs regulate gene expression. Alterations in microRNA expression are involved in the progression of cancers. MiRNA-7 regulates epidermal growth factor receptor (EGFR) signaling and multiple other genes involved in EGFR-related pathways. Head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) is the six most common cancer in the world, with no consensus on molecular markers for prognosis. We assessed EGFR and miRNA-7 expression levels in HNSCC and tumor-free samples. MiRNA-7 was over-expressed in tumor. Aiming to understand the role of miRNA-7 and EGFR regulation in HNSCC, we over-expressed this molecule in an oral squamous cell carcinoma cell line and in normal oral keratinocytes, and evaluated the expression level of genes of the EGFR signaling pathway using a PCR Array. Most genes were deregulated in the cell line. Cell cycle arrest, possibly due to the down-regulation of p70S6K1, was observed. This deregulation was not detected, in keratinocytes. We conclude that miRNA-7 can interfere in cell cycle progression through targeting p70S6K1 but this action varies according to the molecular background of a given pathology. The understanding of this complexity in gene regulation in critical for therapeutic application of miRNAs.
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Detecção da neoplasia do esôfago em pacientes com estenose por ingestão de agente corrosivo: estudo comparativo entre o emprego da técnica de cromoscopia óptica e o uso de cromoscopia de contraste / Detection of esophagus cancer in patients with caustic lesion/corrosive agent stenosis. A comparative study between narrow band imaging technique and chromoscopy with Lugol solutionPennacchi, Caterina Maria Pia Simioni 09 October 2009 (has links)
Introdução: Narrow-Band Imaging (NBI) é uma das mais recentes técnicas de processamento de imagem, que consiste na utilização de filtros para dissociação das bandas do espectro da luz, resultando em aumento de contraste da superfície epitelial e da vascularização. Em combinação com a magnificação de imagem, pode-se diferenciar os tipos epiteliais e identificar áreas de padrão vascular decorrente de processos inflamatórios ou de neoplasias superficiais. A utilização da endoscopia associada à cromoscopia com solução de Lugol já é método consagrado na detecção de lesões superficiais em pacientes de alto risco, sendo largamente utilizado na prática diária. Objetivo: avaliar a aplicabilidade clínica da técnica de NBI na detecção e avaliação de neoplasias de esôfago em pacientes portadores de estenose do esôfago por agente corrosivo, comparando-a com a cromoscopia com solução de Lugol. Pacientes e Métodos: foram submetidos à avaliação com NBI 38 pacientes, sendo 22 e 16, com idade entre 28 84a (média M 56). O equipamento empregado é da linha de processadora Olympus, série EVIS II 180, Gastroscópio Olympus, série 180 GIF Type N180 slimsight ,com diâmetro 4.9mm, propiciando conforto ao paciente, sem a necessidade de dilatação da estenose. O exame iniciava-se com a remoção de resíduos e secreções do esôfago com irrigação vigorosa de soro fisiológico e N-acetil cisteína; após avaliação completa e constatando-se a ausência de lesões detectáveis sem auxílio de cromoscopia, era realizada a avaliação por meio por meio da técnica do NBI e cromoscopia com solução de Lugol, seguido de biópsia dirigida das eventuais lesões ou do anel estenótico. Resultados: lesões suspeitas pelo NBI totalizaram 9, e pelo teste de Lugol, (14), evidenciando uma sensibilidade e especificidade para o teste do NBI de 100% e 80.56% respectivamente; e a mesma relação de 100% e 66.67%, para o teste com a solução de Lugol 5 (13%) lesões suspeitas apresentaram-se positivas pelo NBI e pelo Lugol; destas, 2 (40%) foram confirmadas no anatomopatológico como carcinoma. Discussão: o NBI aumenta o contraste entre os vasos e a mucosa. Os vasos aparecem de cor marrom escura e a mucosa, azul claro. No exame normal os padrões vasculares e de mucosa são regulares e bem distribuídos. Se qualquer crescimento anormal ocorre (inflamatório, displásico ou neoplásico) a imagem muda, se torna mais escura (marrom), destacando-se da superfície azulada da mucosa. Com a ajuda da magnificação de imagem a identificação de possíveis lesões suspeitas se torna mais fácil. Esses achados determinam o local mais adequado para biópsia, aumentando as chances de diagnóstico de lesões displásicas e neoplásicas. Esse estudo revelou que a mucosa esofágica após lesão cáustica se torna esbranquiçada com pequenos pontilhados azulados, quando examinada com a técnica de NBI. Conclusão: o emprego da técnica de cromoscopia óptica (NBI) surge como opção na avaliação da estenose do esôfago por ingestão de agente corrosivo, para pesquisa de tumor. / Introduction: The Narrow Band Imaging system is a new method of endoscopic imaging. It´s based in the use of optical filters to dissociate bands of light spectrum, emphasizing certain live imaging features such as capillary and mucosal patterns. The upper GI endoscopy associated with Lugol´s solution chromoscopy is a well know method for detecting superficial lesions in high risk patients. Objetive: determinate the clinical applicability of the NBI technique for detection of esophagus cancer in patients with caustic lesion/corrosive agent stenosis and compare it to Lugol´s solution chromoscopy. Patients and Methods: 38 patients ( 22 female and 16 male ), aging between 28-84 (M 56) were enrolled to this study and examined by both NBI technique and Lugol´s solution chromoscopy. The instrument used in this study was a Olympus EVIS II-180, slimsight, with 4,9mm diameter, promoting the exam of the stenotic ring or segment without the need of dilation. The exam started with the removal of esophageal residues with N-Acetilcystein and physiologic solution. Followed the full routine exam of the esophagus. Next, the NBI was performed and any lesion detected was marked for later biopsy. After that, the Lugol´s solution crhomoscopy was performed and biopsies were taken if necessary. Patients who had normal findings at the routine, NBI or Lugol´s solution chromoscopy exam had their stenotic ring biopsed. Results: suspicious lesions with NBI were 9, and with the Lugol\'s chromoscopy 14. The sensibility and specificity of the NBI was 100% and 80.56%, and of the Lugol´s chromoscopy 100% and 66.67%, respectively. 5 (13%) suspicious lesions were detected both with NBI and Lugol\'s chropmoscopy, 2 (40%) of these lesions were confirmed carcinoma in the anatomopatholic exam. Discussion: the advantage of the NBI is enhance the contrast between vessels and the mucosa. The vessels appear as dark-brownish lines and the mucosa as light brownish color. In a normal exam, the vascular and mucosal patterns are regular and well distributed. If any abnormal growth takes place (inflammatory, displasic or neoplasic) the image changes into areas of darker brownish color and with the help of magnification, irregular or distorced vascular or mucosal pattern can be identified. These findings guide the exact site to be biopsed, increasing the chances of detecting possible displasic or neoplasic lesions. This study observed that the esophageal mucosa previously injured by corrosive agents had a whitish color, spoted by light blue areas, when examined with NBI technique. Conclusion: the NBI system is an option applicable to detect and evaluate cancer in patients with caustic lesion/corrosive stenosis compared to the Lugol´s solution chromoscopy.
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Identificação de microRNAs na saliva associados ao benefício a longo prazo da quimiorradioterapia em pacientes com carcinoma epidermoide de cavidade oral e orofaringe / Identification of microRNAs in saliva associated with long-term benefit of chemoradiotherapy in patients with squamous cell carcinoma of the oral cavity and oropharynxGarcia, Fabyane de Oliveira Teixeira 18 November 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A maioria dos pacientes com CECP é diagnosticada em estágios avançados da doença, apresentando taxas de sobrevida insatisfatórias. Em carcinomas localmente avançados e irressecáveis, o tratamento padrão na rotina do ICESP é a QRT a base de cisplatina. Entretanto, cerca de dois terços desses pacientes apresentam recidiva local, à distância ou óbito em cinco anos. Entender os mecanismos de resistência a QRT e descobrir marcadores que possam indicar resposta ao tratamento continuam sendo um desafio. Os microRNAs possuem papel chave nos mecanismos de resistência a QRT, sendo possível quantificá-los em saliva. Neste estudo avaliamos a expressão de microRNAs na saliva de pacientes com CEC de cavidade oral e orofaringe e se esses microRNAs estão contidos dentro de microvesículas. MÉTODOS: Por meio de revisão da literatura e análises in sílico, selecionamos 8 microRNAs para serem avaliados: miR-15a-5p, 21-5p, 23a-3p, 125b-5p, 142-3p, 200b-3p, 296-5p e 503-5p. A expressão dos microRNAs foi determinada por PCR quantitativo na saliva livre de células de 70 pacientes portadores de CEC de cavidade oral e orofaringe localmente avançado e irressecável, em diferentes estágios da progressão da doença: antes de iniciar tratamento (G1), com falha do tratamento (G2) e livre da doença há 2 anos (G3) e em 28 voluntários sadios (G0). Microvesículas foram isolados por ultracentrifugação ou exoQuick, analisados por Microscopia Eletrônica de Transmissão (MET), Nanosight e para determinação da expressão do miR-21-5p. RESULTADOS: Os miRs-296-5p e 503-5p foram indetectáveis na maioria das amostras testadas. Quando comparamos os grupos em diferentes situações clínicas, encontramos diferença significativa na expressão do miR-21-5p (p=0.005), miR-23a-3p (p=0,026), miR-125-5p (p=0,013), miR-142-3p (p=0,033) e miR-200b-3p (p=0,031). Observou-se aumento na expressão dos miRs 21-5p (p=0,001), 23a-3p (p=0,004), 125b-5p (p=0,026) e 142-3p (p=0,005) na saliva dos pacientes em G1 em relação ao voluntários sadios (G0). O grupo G3 também apresentou maior expressão do mir-21-5p (p=0,018), 125b-5p (p=0,002) e 200b-3p (p=0,014) comparado ao G0, assim como o grupo G2 teve maior expressão do mir-15a-5p (p=0,023) e 23a-3p (p=0,017) comparado ao grupo G0. O grupo G2 apresentou menor expressão do miR-200b-3p (p= 0,019) e maior expressão do miR-15a-5p (p=0,057) em relação ao grupo G3. Além disso, os pacientes tabagistas e/ou etilistas apresentaram maior expressão relativa do miR-21-5p (p=0,001 e p=0,046, respectivamente) e os etilistas também tiveram maior expressão do miR-200b-3p (p=0,013). Com relação à resposta inicial do paciente ao tratamento avaliada pelo médico bem como, com a resposta a longo prazo (recidiva, status global e prognóstico), a expressão dos miR-15a-5p, miR-125b-5p, miR-23a-3p e miR-142-3p apresentaram associação com sobrevida livre de progressão e sobrevida global, porém não atingiram significância estatística. Microvesículas foram detectadas na saliva tanto na MET como na contagem no nanosight. A expressão do miR-21-5p foi predominantemente detectada dentro de microveículas em relação ao sobrenadante livre de vesículas. CONCLUSÕES: Alguns dos microRNAs analisados foram diferencialmente expressos entre os diferentes grupos estudados, a expressão do miR-21 foi associada ao tabagismo e etilismo e a do miR-200b com etilismo e a expressão de alguns microRNAs podem estar associadas à resposta ao tratamento e ao prognóstico dos pacientes / BACKGROUND: Most patients with HNSCC are diagnosed in advanced stages of the disease, with unsatisfactory survival rates. In locally advanced and unresectable carcinoma, the standard treatment in ICESP is cisplatin based QRT. However, about two-thirds of these patients have local recurrence, distance or death within five years. Understanding the QRT resistance mechanisms and discovery of markers that may indicate benefit of treatment is a great challenge. MicroRNAs have key role in the mechanisms of QRT resistance and are detectable in saliva. In the present study we analyzed the expression of microRNAs in the saliva from oral cavity/oropharynx squamous cell carcinoma (OSCC) patients and whether these microRNAs are contained within exosomes. METHODS: Through a review of studies in the literature and by in silico analysis, we choose 8 microRNAs to be evaluated: miR-15a-5p, 21-5p, 23a-3p, 125b-5p, 142-3p, 200b-3p, 296-5p and 503-5p. The expression of microRNAs was determined by quantitative PCR in the cell-free saliva from 70 locally advanced and unresectable OSCC patients at different stages of disease progression: treatment naive (G1), after treatment failure (G2) and disease free for at least 2 years (G3) and 28 healthy volunteers (G0). Exosomes were isolated by ultracentrifugation or exoQuick, analyzed by transmission electron microscopy (MET), Nanosight quantification and by determination of the miR-21-5p expression. RESULTS: The miRs-296-5p and 503-5p were undetectable in almost all saliva samples. Significant differences was observed in the expression of miR-21-5p (p=0.005), miR-23a-3p (p=0.026), miR-125-5p (p=0.013) miR-142-3p (p=0.033) and miR-200b-3p (p=0.031) among the groups analyzed. The expression of miRs 21-5p (p=0.001), 23a-3p (p=0.004), 125b-5p (p=0.026) and 142-3p (p=0.005) were high in saliva of G1 patients as compared to heath volunteers (G0). The G3 group also showed higher expression of mir-21-5p (p=0.018), 125b-5p (p=0.002) and 200b-3p (p=0.014) and G2 presented higher expression of miR-15a-5p (p=0.023) and 23a-3p (p=0.017) as both compared to the G0. The group G2 presented lower expression of the miR-200b-3p (p=0.019) and higher expression of the miR-15a-5p (p=0.057) as compared to the G3 group. In addition, saliva from the smokers and/or drinkers patients showed high relative expression of the miR-21-5p (p=0.001 e p=0.046; respectively) compared to former drinker/smokers and drinkers also showed high expression of the miR-200b-3p (p=0.013). In relation to the initial response to treatment assessed by the physician, as well the long-term response (relapse, global status and prognosis), the expression of the miR-15a-5p, miR-125b-5p, miR-23a-3p e miR-142-3p showed association with progression-free survival and overall survival, however did not reach statistical significance. Microvesicles were detected in saliva by both MET as the count in nanosight. The expression of the miR-21-5p was predominantly detected in microvesicles in relation to the supernatant. CONCLUSIONS: Some of the microRNAs analyzed were differentially expressed between the different groups, the expression of the miR-21 was associated with smoking and drinking habits and of the miR-200b with drinking habits and the expression of some microRNAs may be associated with the treatment response and prognosis of the patients
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Análise do fenômeno da imunotolerância na fotocarcinogênese em lábio / Analysis of the immunotolerance phenomenon of in the lip photocarcinogenesisDias, Renata Helena Ferreira Caramez Pierroni 07 December 2011 (has links)
A radiação ultravioleta (UV) do sol é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer de pele não-melanoma. A radiação UV induz efeitos biológicos, que promovem a fotocarcinogênese, agindo diretamente sobre o DNA, provocando mutações. Porém, tudo indica que há um efeito indireto, que induz imunossupressão. O fenômeno fisiológico da imunotolerância, que é responsável pela prevenção de doenças autoimunes e pela modulação da resposta inflamatória, pode ser aproveitado por determinadas neoplasias para escaparem do controle imunológico e reforçado pela radiação UV. Os personagens principais da imunotolerância no ambiente tumoral são células dendríticas imaturas e linfócitos T reguladores (Treg), além de inúmeras citocinas imunossupressoras. Com o objetivo de avaliar a imunotolerância na fotocarcinogênese em lábio, foram analisadas, por meio da técnica de imuno-histoquímica, 75 amostras de material fixado e emblocado em parafina, sendo 44 casos de queilite actínica (QA) nos três graus de displasia epitelial (discreta, moderada e intensa), 18 casos de carcinoma epidermoide de lábio (CEL) e 12 espécimes representativos de lábio normal (LN). Tais amostras foram submetidas aos anticorpos anti-CD83, anti-DEC-205, anti-FOXP3, anti-CD1a e anti-CD207. Foi efetuada a contagem de células em 3 campos significativos, escolhidos aleatoriamente, e obtida a média de células contadas/campo. Assim, os resultados mostraram uma grande quantia de linfócitos Treg FOXP3+ tanto no CEL como na QA. Também houve uma expressão acentuada de DEC-205 nos casos estudados. Quanto à presença de células de Langerhans CD207+ e CD1a+, notou-se um acúmulo no epitélio das lesões de QA e nas ilhotas do CEL, além de algumas células estarem presentes no tecido conjuntivo. Já para o marcador CD83, a contagem de células positivas foi baixa em relação aos demais marcadores tanto no CEL como na QA. Portanto, sugere-se um microambiente imunotolerante tanto no início, quanto no estabelecimento do processo da fotocarcinogênese em lábio. / Ultraviolet radiation (UV) is the main cause of non-melanoma skin cancer and induces biological effects that promote photocarcinogenesis by causing mutations directly on DNA. However, there seems to be an indirect effect, which induces immunosuppession. The physiological phenomenon of immune tolerance, which is responsible for the prevention of autoimmune diseases and the modulation of inflammatory response, may be used by certain tumors to escape immune control. This phenomenon is enhanced by UV radiation. Immature dendritic cells, regulatory T cells (Treg), and also several immunosuppressive cytokines play a central role in immune tolerance associated to the tumor environment. In order to assess the immune tolerance in lip photocarcinogenesis, we analyzed 75 samples represented by 44 cases of actinic cheilitis (AC), 18 cases of lip squamous cell carcinoma (LSCC) and 12 specimens of normal lip. Sections were submitted by means of immunohistochemistry, to the antibodies against CD83, DEC-205, FOXP3, CD1a and CD207. Positive cells for each marker were counted in three high-power fields in each section and the results expressed by the mean number of cells per field. The results showed a large amount of Treg FOXP3+ in both AC and LSCC. There was also a strong staining for DEC-205 in the cases studied. There were an increased number of CD1a+/CD207+ Langerhans cells in the AC epithelium and LSCC islets, as well as a few cells in the connective tissue. For the marker CD83, the count of positive cells was low compared to other markers for both lesions. Therefore, we suggest an immune tolerant microenvironment both at the beginning, and in the establishment of the lip photocarcinogenesis process.
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Reposicionamento de fármacos no câncer de boca: Identificação de possíveis agentes / Drug repositioning for oral cancer: Identifying candidate therapeutic agentsTjioe, Kellen Cristine 07 August 2015 (has links)
Objetivos: O objetivo deste estudo foi o de identificar compostos seletivamente tóxicos ao carcinoma espinocelular de boca in vitro por meio do reposicionamento de fármacos. Material e Métodos: Por meio de um escaneamento baseado na viabilidade celular de 1.280 fármacos, nós selecionamos três princípios ativos (luteolin, metixene hydrochloride e nitazoxanide) letais às células de câncer de boca SCC-25 e pouco tóxicos às células de queratinócitos cutâneos imortalizados HaCaT. Os fármacos candidatos foram investigados quanto à sua dose- e tempo-resposta bem como comparados e combinados à agentes quimioterápicos padrão por meio do ensaio por colorimetria com brometo de tiazolil azul de tetrazolio (MTT). O impacto dos fármacos na motilidade do SCC-25 e do HaCaT foi verificado pelo ensaio de migração celular e seus mecanismos de ação também foram explorados por meio da verificação dos níveis das proteínas fosforiladas pelo western blotting. Todos os experimentos foram realizados em triplicata e, pelo menos, três vezes independentes. O teste t de student foi utilizado para confrontar as variáveis e nível de significância de 5% foi estabelecido para todos os testes. Resultados: O flavonoide natural luteolin exerceu citotoxicidade potente contra as células de câncer de boca in vitro, apresentando baixa toxicidade ao HaCaT e alta eficiência quando comparado a quimioterápicos como a cisplatina e o AG1478. Do ponto de vista molecular, a luteolin ativou a via de sinalização do dano do DNA e, combinada com um inibidor do Chk, apresentou efeitos potencializados. Além disso, nós demonstramos que a nitazoxanide e o metixene hydrochloride são capazes de destruir células SCC-25 porém não as HaCaT de maneira proporcional à dose e ao tempo de tratamento. As combinações entre os três fármacos hit e com a cisplatina ou o AG1478 potencializaram seus efeitos contra as células malignas. Conclusões: O presente estudo traz a luteolin, o metixene hydrochloride e a nitazoxanide como fortes candidatos a agentes terapêuticos contra o câncer de boca uma vez que estes compostos apresentam maior eficácia contra células de câncer de boca e menor toxicidade contra células não tumorais in vitro do que agentes quimioterápicos convencionais. / Objectives: Here we aimed at identifying and reposition approved drugs that could be selectively toxic towards oral squamous cell carcinoma cells. Materials and Methods: Through a cell-based drug screening of 1,280 chemical molecules, we selected 3 compounds (luteolin, metixene hydrochloride, and nitazoxanide) lethal to oral cancer SCC-25 cells, while sparing immortalized keratinocyte HaCaT cells. The drugs were then further challenged for their time- and dose-responses, as well as their comparison and combination to standard chemotherapeutic agents by colorimetric assay 1-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl)-3,5-diphenylformazan, Thiazolyl blue formazan (MTT). The impact on SCC-25 and HaCaT motility as well as the mode of action of the drugs was then further explored by scratching assay and western blotting, respectively. All the experiments were performed in triplicated and, at least, three independent times. Students t test was performed to verify the differences among the variables and the level of significance was set at 5%. Results: The natural flavonoid luteolin was a potent cytotoxic agent against oral cancer cells in vitro, presenting low toxicity against HaCaT cells and high efficiency as compared to standard-of-care, such as cisplatin and AG1478. From a molecular standpoint, luteolin coopted the DNA-damage pathway and could be efficiently combined with Chk pharmacological inhibitor. Moreover, we demonstrated that nitazoxanide and metixene hydrochloride kill the SCC-25 but not the HaCaT cells in a dose- and time-dependent. The combinations among the three drugs hit and with cisplatin and AG1478 improved their effect against the malignant cells. Conclusions: Luteolin, metixene hydrochloride, and nitazoxanide emerge as strong cytotoxic and/or adjuvant therapy in oral cancer, as these compounds present higher efficiency and lower toxicity against oral cancer cells in vitro than conventional chemotherapeutic agents.
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