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L’apport des outils géomatiques dans l’analyse de l’extension des aires urbaines de Maputo et de ses problèmes environnementauxMacaba, Adélaîde Maria 23 September 2015 (has links)
Maputo, la capitale du Mozambique connaît une croissance démographique et une extension urbaine très rapide et progressive depuis 1980 qui repose surtout sur une forte dynamique démographique témoigné par les statistiques de 1997 et de 2007. Avec la libéralisation économique la capitale concentre l’essentiel des investissements étrangers et des activités et continue à attirer des populations de toutes les origines et devient d’avantage un centre polarisée. Une polarité associée à son poids démographique, économique et spatiale, engendrant une macrocéphalie qui entraine une pression environnementale sur un site exceptionnellement fragile. L’utilisation de la géomatique fait émerger une sensibilité environnementale associée à son dynamisme urbain et à de nombreux aléas. Les marécages, les mangroves, les pentes et les dépressions inondables sont sur la pression constante. La superposition de ces aléas avec le tissu urbain met en évidence une importante vulnérabilité de ces milieux avec la probabilité d’occurrence de risques à degrés divers. Face aux variations climatiques qui se font sentir avec acuité depuis le début de ce millénaire, l’occupation de ces milieux essentiellement par l’urbanisation entraine le bouleversement de l’équilibre écologique accentuant ainsi la vulnérabilité de ce site. Comme conséquence de ces bouleversements, on observe chaque année en période des pluies intenses, une évolution tendancielle et diversifiée des risques sur l’ensemble du territoire urbain. Les phénomènes de l’érosion des sols, les inondations et plus récemment des phénomènes plus violents tels que les glissements de terrains et les ravinements sont fréquents à Maputo, et contribuent à modifier considérablement le paysage urbain et responsable de l’effondrement d’édifices publics, des infrastructures urbaines, d’habitations et de la dégradation de l’environnement. Les techniques géomatiques nous ont permis d'identifier et de délimiter les zones à risque dans la ville de Maputo. Notre enquête a également mis en évidence une situation de grande précarité économique et urbaine de la majorité de la population installée dans ces secteurs à risque. Le croisement des cartes de risque et nos données d'enquête de terrain permettent de mesurer le mode particulier de la production de ces risques par la récolte des opinions ou l'analyse des comportements des habitants de Maputo, ce que fut d'un grand enrichissement dans cette recherche. / Maputo, Mozambique's capital is experiencing a population growth and an urban expansion very fast and progressive since 1980 which is mainly based on a strong demographic dynamics shown by the statistics of 1997 and 2007. With economic liberalization, the capital concentrates most of the foreign investments and activities and continues to attract people of all origins and becomes an advantaged polarized center, a polarity associated with its demographic, economic and spatial macrocephaly which causes an environmental pressure on an exceptionally fragile site. The use of geomatics brings out an environmental sensitivity associated with its urban dynamism and numerous hazards. Swamps, mangroves, slopes and flood depressions are on constant pressure. The superposition of these hazards with the urban industry highlights a significant vulnerability of these environments with the probability of occurrence of risks at various degrees. To climate variations that are felt acutely since the beginning of this millennium, the occupation of these areas mainly by urbanization causes the disruption of the ecological balance and increasing the vulnerability of this site. As a result of these changes, observed each year during heavy rains, a trend and diversified evolution of risks on the entire urban territory. The phenomena of soil erosion, floods and more recently the most violent phenomena such as landslides and washouts are frequent in Maputo, and contribute significantly to modify the urban landscape and it is responsible for the collapse of public buildings, urban infrastructures, housing and environmental degradation. Geomatics technologies have allowed us to identify and delineate areas of risks in the city of Maputo. Our research revealed also a situation of great economic and an urban uncertainty in population settled in these areas of risk. The crossing of risk maps and our field survey data show the particular mode of production of these risks. By harvesting opinions or analysis of the behavior of Maputo inhabitants it was a great enrichment in this study and we expect that the result of this work to promote risk awareness in Maputo. / Surgido a favor dos interesses económicos do colonizador (Hassane, 2010), a feitoria mercantil decide de instalar-se, em 1825, numa planície baixa à escassa distância da margem do rio Espirito Santo (Mendes, 1979). A partir de 1970, ele inicia o seu desenvolvimento urbano, indo além da sua linha de defesa construída em 1868 e que impedia a entrada de populações autóctones na aglomeração (Mendes, 1979). A Norte, a linha de defesa e sua aglomeração eram separadas do continente por um pântano (Mendes, 1979). Estas descrições assinalam as condições muito particulares do sítio com contornos difíceis e constituído de espaços naturais sensíveis de tamanhos muito diversos. Este mesmo sítio está exposto a fortes pressões causadas por empreendimentos há mais de um século e meio. Alguns espaços adaptaram-se às condições extremas quando outros sofrem e deixam transparecer as sensibilidades quanto às mudanças desses meios. Localizado no litoral, Maputo é um sítio que apresenta uma diversidade de paisagem com fortes sensibilidades e frágil. Zona de interface entre o mar e o continente, o litoral é um espaço fisicamente e naturalmente delimitado, dum lado, por sua topografia e do outro lado, os meios com enfeites de paisagem. Contudo, em todo o mundo, o litoral é um espaço atraente e a superfície dos espaços artificializados é hoje muito notável. Com efeito, assiste-se no fim do século XIX a uma urbanização crescente dos espaços dos quais alguns sofrem uma ocupação e uma dinâmica muito antiga de que Maputo faz parte. Localizado num local estrategicamente escolhido por suas qualidades de navegabilidade, ele constrói um porto numa extensão marítima, numa costa baixa e exígua, que mais tarde vai garantir o desenvolvimento no interior. O porto e sua aglomeração, inicialmente exposto a ameaças frequentes das marés e das ondas chega por fim a dominar os caprichos da natureza construindo barreiras par impedir a propagação marítima pela construção de represas, de aterros… O sítio transformou-se e artificializou-se consideravelmente impulsionando assim um desenvolvimento urbano e progressivo que se vê nos dias. O que nos interessa nesta nova dinâmica urbana é maneira como ela ocorre. O problema é essencialmente ligado ao fluxo massivo de populações para as cidades que se fizeram sentir desde 1975 enquanto dispunha de fraca capacidade de acolhimento. Para se instalar, as populações recorreram a ocupações ilegais dos espaços. Perante essa situação e não dispondo de recursos, a autoridade responsável não se impus a essas instalações como a única resposta ao problema que se sofridos pela cidade de Maputo de par a sua situação geográfica e dos seus factores naturais vulneráveis
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