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Tropas em protesto: o ciclo de movimentos reivindicatórios dos policiais militares brasileiros no ano de 1997 / Troops in protest: the cycle of demands of the brazilian military police in 1997Almeida, Juniele Rabelo de 05 August 2010 (has links)
Este trabalho propõe um estudo sobre o ciclo de movimentos reivindicatórios dos policiais militares brasileiros, ocorrido ao final do primeiro semestre do ano de 1997. As manifestações dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais se tornaram um estandarte tático para a ação coletiva dos PMs de diversas localidades do território nacional. Quatorze estados integraram o ciclo nacional de protestos: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul; e, sem movimento organizado, São Paulo e Rio de Janeiro. Narrativas, em história oral de vida, revelaram o diálogo entre as especificidades regionais e uma cultura policial militar nacionalmente constituída. Múltiplas questões, para o estudo da história dos movimentos sociais e da segurança pública no Brasil, foram problematizadas por meio de quatro redes de análise que indicam o repertório da ação coletiva policial militar: 1ª rede) Policiais militares de Minas Gerais: o início do ciclo de protestos; 2ª rede) Policiais militares de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Pará: conflitos armados e ameaças; 3ª rede) Policiais militares da Paraíba, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: acampamentos e negociações; 4ª rede) Policiais militares do Rio Grande do Sul, Piauí, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro: manifestações disciplinadas e articulações políticas à margem do ciclo de protestos. A crise policial militar brasileira representou conjuntura em que elementos próprios da corporação se desgastaram, mas não o suficiente para minar as bases institucionais. O trabalho indica possíveis conexões entre uma cultura policial militar, expressa pelos pilares militarizantes referentes a valores e normas institucionais, e preceitos relacionados à democratização que se passa nas sociedades contemporâneas. / The purpose of this research is to look at the movement cycle of Brazilian military police demands which occurred at the end of the first semester of 1997. The police officers protests in Minas Gerais became a tactical banner for military police collective actions in various parts of Brazil. Fourteen states participated in the first national protest cycle: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul; and, without an organized movement, São Paulo and Rio de Janeiro. Oral life history narratives revealed interactions between specific state-level military police groups and the nationally constituted organizational culture of the military police. Multiple issues of social movements and public safety in Brazil were addressed in four networks: 1st) Military Police in Minas Gerais: the beginning of the protest cycle cycle of protests; 2nd) Military Police of Alagoas, Ceará, Pernambuco and Pará: armed conflicts and threats; 3rd) Military Police of Paraíba, Bahia, Mato Grosso and Mato Grosso do Sul: encampments and negotiations; 4th) Military Police of Rio Grande do Sul, Piauí, Goiás, São Paulo and Rio de Janeiro: disciplined demonstrations and political articulation on the sidelines of the protest cycle. This analysis indicated different repertoires of collective action by the military police, which damaged the organizational elements, but not enough to undermine its institutional foundations. This research indicates possible connections between the organizational culture of the military police, expressed by the militarized precepts regarding institutional values and norms, and precepts of democratization prevalent in modern societies.
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Tropas em protesto: o ciclo de movimentos reivindicatórios dos policiais militares brasileiros no ano de 1997 / Troops in protest: the cycle of demands of the brazilian military police in 1997Juniele Rabelo de Almeida 05 August 2010 (has links)
Este trabalho propõe um estudo sobre o ciclo de movimentos reivindicatórios dos policiais militares brasileiros, ocorrido ao final do primeiro semestre do ano de 1997. As manifestações dos praças da Polícia Militar de Minas Gerais se tornaram um estandarte tático para a ação coletiva dos PMs de diversas localidades do território nacional. Quatorze estados integraram o ciclo nacional de protestos: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul; e, sem movimento organizado, São Paulo e Rio de Janeiro. Narrativas, em história oral de vida, revelaram o diálogo entre as especificidades regionais e uma cultura policial militar nacionalmente constituída. Múltiplas questões, para o estudo da história dos movimentos sociais e da segurança pública no Brasil, foram problematizadas por meio de quatro redes de análise que indicam o repertório da ação coletiva policial militar: 1ª rede) Policiais militares de Minas Gerais: o início do ciclo de protestos; 2ª rede) Policiais militares de Alagoas, Ceará, Pernambuco e Pará: conflitos armados e ameaças; 3ª rede) Policiais militares da Paraíba, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: acampamentos e negociações; 4ª rede) Policiais militares do Rio Grande do Sul, Piauí, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro: manifestações disciplinadas e articulações políticas à margem do ciclo de protestos. A crise policial militar brasileira representou conjuntura em que elementos próprios da corporação se desgastaram, mas não o suficiente para minar as bases institucionais. O trabalho indica possíveis conexões entre uma cultura policial militar, expressa pelos pilares militarizantes referentes a valores e normas institucionais, e preceitos relacionados à democratização que se passa nas sociedades contemporâneas. / The purpose of this research is to look at the movement cycle of Brazilian military police demands which occurred at the end of the first semester of 1997. The police officers protests in Minas Gerais became a tactical banner for military police collective actions in various parts of Brazil. Fourteen states participated in the first national protest cycle: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul; and, without an organized movement, São Paulo and Rio de Janeiro. Oral life history narratives revealed interactions between specific state-level military police groups and the nationally constituted organizational culture of the military police. Multiple issues of social movements and public safety in Brazil were addressed in four networks: 1st) Military Police in Minas Gerais: the beginning of the protest cycle cycle of protests; 2nd) Military Police of Alagoas, Ceará, Pernambuco and Pará: armed conflicts and threats; 3rd) Military Police of Paraíba, Bahia, Mato Grosso and Mato Grosso do Sul: encampments and negotiations; 4th) Military Police of Rio Grande do Sul, Piauí, Goiás, São Paulo and Rio de Janeiro: disciplined demonstrations and political articulation on the sidelines of the protest cycle. This analysis indicated different repertoires of collective action by the military police, which damaged the organizational elements, but not enough to undermine its institutional foundations. This research indicates possible connections between the organizational culture of the military police, expressed by the militarized precepts regarding institutional values and norms, and precepts of democratization prevalent in modern societies.
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Movimentos sociais, crise do lulismo e ciclo de protesto em junho de 2013: repertórios e performances de confronto, crise de participação e emergência de um quadro interpretativo autonomistaAndrade, Flávio Lyra de 08 March 2017 (has links)
Submitted by Vasti Diniz (vastijpa@hotmail.com) on 2017-12-27T14:57:38Z
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Previous issue date: 2017-03-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / In this thesis I discuss the cycle of protest of 2013 and dynamics of confrontation that deepened the crisis of Lullism. I analyze the interactions between organizations of social movements and government, in the context of the political crisis unleashed. In view of the magnitude, intensity and extent of the manifestations, I seek to identify the repertoires and performances of confrontation that marked the period of political conflict, both nationally and in Recife. I discussed the events of June with a contextualized political analysis. I explore the comparative historical analysis and the notions constructed by the theory of social movements, applied to the cycles of protest and collective action: structure of opportunity and mobilization, repertoires and performance of confrontation and interpretive framework of collective action. From bibliographic research and analytical studies on June 2013, I situate the cycle of international and Brazilian protests between 2011 and 2013, realizing the impacts of the global crisis of capitalism in 2008 and the consequences of adopting austerity policies. To recognize the dynamics and characteristics that prevailed in Brazil, I make a historical recovery of the previous cycles from 1968. I investigate the place of diffusion of action repertoires and performances from other cycles and selected by the activists for this. In Brazil, I developed reflections on the protest cycles of the redemocratization period, the constitution and erosion of a popular democratic field of social movements, along with the rise and crisis of Lullism and Petism. In the study on protests, horizontal popular assemblies and squatters, nationally, information was obtained by searching the internet on websites, blogs, youtube and journals with active search using key words. In Recife, I conducted a case study through interviews with activists who participated in the 2013 protests and the Ocupe Estelita. I have identified the influence of the antiglobalization cycle for the current cycle, in its radical direct and performative action; The revelation of the exhaustion of participatory architecture in the midst of the crisis of Lullism and of the political system; The emergence of the repertoire and performance of confrontation, and the autonomist framework that exposed, at the outbreak of the cycle, polarized political dissatisfaction, left opposition, in the first moment, and right, in the moments that followed, having in the center the government And the PT. This event promotes an inflection towards a new cycle in the process of democratization and in the forms of institutional interaction and confrontation of social movements. / Nesta tese discuto o ciclo de protesto de 2013 e dinâmica de confronto que aprofundou a crise do lulismo. Analiso as interações entre organizações de movimentos sociais e governo, no contexto da crise política desencadeada. Diante da magnitude, intensidade e extensão das manifestações, busco identificar os repertórios e performances de confronto que marcaram o período de conflito político, em âmbito nacional e em Recife. Abordei os acontecimentos de junho realizando uma análise política contextualizada. Exploro a análise histórica comparada e as noções construídas pela teoria de movimentos sociais, aplicadas à ciclos de protestos e ação coletiva: estrutura de oportunidade e de mobilização, repertórios e performance de confronto e quadro interpretativo de ação coletiva. A partir de pesquisa bibliográfica e estudos analíticos sobre junho de 2013, situo o ciclo de protestos internacional e no Brasil entre 2011 e 2013, percebendo os impactos da crise mundial do capitalismo em 2008 e as consequências da adoção de políticas de austeridade. Para reconhecer a dinâmica e características que predominaram no Brasil, faço uma recuperação histórica dos ciclos anteriores a partir de 1968. Investigo o lugar da difusão de repertórios de ação e performances oriundas de outros ciclos e selecionadas pelos ativistas para este. No Brasil desenvolvi reflexões sobre os ciclos de protesto do período da redemocratização, a constituição e erosão de um campo democrático popular dos movimentos sociais, ao lado do surgimento e crise do lulismo e do petismo. No estudo sobre os protestos, as assembleias populares horizontais e os ocupas(es), em âmbito nacional, as informações foram obtidas através de pesquisa na internet em sites, blogs, youtube e periódicos com busca ativa utilizando palavras chaves. Em Recife, realizei um estudo de caso através de entrevistas com ativistas que participaram dos protestos de 2013 e do Ocupe Estelita. Identifiquei a influência do ciclo antiglobalização para o ciclo atual, em sua ação direta e performática radical; a revelação do esgotamento da arquitetura participacionista no bojo da crise do lulismo e do sistema político; a emergência do repertório e performance de confronto, e do enquadramento autonomista que expôs, na eclosão do ciclo, a insatisfação política polarizada, de oposição de esquerda, no primeiro momento, e de direita, nos momentos que se seguiram, tendo no centro o governo e o PT. Este acontecimento promove uma inflexão no sentido de um novo ciclo no processo de democratização e nas formas de interação institucional e de confronto dos movimentos sociais.
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O Movimento Passe Livre São Paulo: da sua formação aos protestos de 2013 / Movimento Passe Livre São Paulo: from its formation to the protests of 2013Spina, Paulo Roberto [UNIFESP] 22 September 2016 (has links) (PDF)
Submitted by Paulo Roberto Spina (prscontato@yahoo.com) on 2016-11-10T19:12:54Z
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Previous issue date: 2016-09-22 / A dissertação analisa, com base na teoria do confronto político, o Movimento Passe Livre São Paulo (MPL São Paulo) em duas perspectivas. A primeira focaliza a formação do movimento a partir do estudo de trajetórias de ativistas em suas conexões com espaços de mobilização global e local. A segunda perspectiva analisa a mobilização e as interações do MPL São Paulo nos protestos de junho de 2013. Dois problemas analíticos orientaram a investigação: o do processo de aprendizado de performances e o de dilemas estratégicos de movimentos iniciadores em ciclos de protesto. O argumento do trabalho é o de que a análise dos protestos organizados pelo MPL São Paulo em 2013 requer a compreensão de dois processos sócio políticos de aprendizado de performances com temporalidades distintas. Um, de mais longa duração está relacionado à formação do MPL nacional, na conexão entre os repertórios autonomista e socialista. O outro, de mais curta duração, está relacionado à seleção de táticas de confronto frente a diferentes dilemas estratégicos emergentes nas três fases do ciclo de protesto. Na fase antecedente dilemas sobre como interpretar as oportunidades políticas e ameaças, na fase de mobilização dilemas sobre como expandir a participação de novos atores nos protestos e modificar a relação de tempo e espera com os detentores do poder e na fase de difusão como interagir com a entrada de novos atores e novas reinvindicações nos protestos. Em ambos os processos, o de longa e o de curta duração, ativistas do MPL São Paulo adaptaram e inovaram os repertórios historicamente disponíveis. / This master’s thesis analyzes São Paulo’s Movimento Passe Livre (São Paulo MPL) from two perspectives based on Contentious Politics Theory. The first perspective focuses on the formation of the movement through the study of activists’ trajectories in their connections with larger global and local movements. The second perspective analyzes the movement and MPL São Paulo’s interactions during the June 2013 protests. Two analytical problems guided the research: their performance-learning process and the initiators movements’ strategic protest cycle dilemmas. This master’s thesis argues that the analysis of the protests organized by MPL São Paulo in 2013 requires an understanding of two socio-political performance-learning processes with different time frames. The first and long-term process is the formation of the national MPL, the connection between autonomist and socialist repertoires. The other, a short-term process, is the selection of confrontational tactics in the face of different emerging strategic dilemmas during the three phases of the protest cycle. For the first phase, this paper analyzes dilemmas about how to interpret political opportunities and threats; for the mobilization phase, this paper analyzes dilemmas on how to expand the participation of new actors in the protests and modify the relationship of time and waiting with those in power; and for the dissemination phase, this paper analyzes the interaction with the entry of new actors and new demands during the protests. In both cases, the long-term and the short-term, MPL São Paulo’s activists adapted and innovated using historically available repertoires
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Gestão pública de megaeventos esportivos no Brasil: a experiência paulistana na realização da Copa do Mundo FIFAReis, Rafael Murta 29 February 2016 (has links)
Submitted by Rafael Murta Reis (murtarafa@gmail.com) on 2016-04-04T14:05:24Z
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Previous issue date: 2016-02-29 / The research is intended to study public government conducts during the 20th Edition of the FIFA World Cup, occurred in Brazil in 2014. The sports mega-event was surrounded by contradictions, and was publicly contested by thousands of Brazilians, especially with regards to the high amount of public spending and FIFA's (Fédération Internationale de Football Association) considerable profits. During the preparations and the event, Brazil experienced one of the longest cycle of contention in its recent history, highlighting the feeling of dissatisfaction held by many Brazilians with regards to the expenses incurred by federal, state and municipal governments in order to host the games. Focusing mainly on the mega-event management in the city of São Paulo, the study sought to understand the agreement between the parties, and analyze the relationship between the institutions – FIFA and Governments – in the operationalization and decisions regarding the mega-event. Moreover, the study highlights the interfaces established between governments and the civil society, with its empirically identified diversity, and the impacts of its claims on São Paulo's municipal government management. Results show the emergence of antagonistic relations between such groups of interest as well as between different social actors. Additionally, the World Cup in Brazil did not present optimal levels of transparency and public participation, even though some efforts towards these goals were identified. Finally, some of the consequences of the public protests on governmental action can be seen through the use of violence and repression by the police in order to deal with a scenario of multiple protests. Since this study is unique, the research was conducted by qualitative methods. Multiple sources were used during the gathering process which turned possible data triangulation and increased results validity. Direct observations were made during the protests and at the World Cup enterprises’ influence zone. Also official documents, legislations, minutes and press news were analyzed and interviews were conducted with key-actors from federal and municipal governments, activists, protestors, communities’ leaders and society delegates. The survey showed that mega sporting events are an important research topic around the world, and have shown to be a relevant concern in developing countries, as well as have become an important policy tool for promoting the image of host countries overseas and the projection of parties in national territories. Their results highlight the formation of antagonist fields between governments and civil society, and the formation of conflict arenas also among the social actors. Although there have been seen some efforts for the transparency of management, one could not say that the World Cup in Brazil has had ideal level of transparency, neither of social participation. On the one hand there have had efforts to improve transparency, on the other the social participation channels set have not expressed relevance to public management of the mega event. The interfaces between governments and civil society have been identified, as well as their effects and inflections on the management of the World Cup. The main interface highlighted occurred at street level and expressed itself in the confrontations between demonstrators and police. The second most obvious one was consolidated in direct negotiation between communities that were vulnerable to the works of the World Cup and municipal managers. The effects of street protests on the action of governments stood out in police activity, using violence and repression as the main response to the demonstrations, which became most evident in the protests “There Will Not Be World Cup”, and the creation of spaces for direct negotiation with communities, this one influenced more directly by the formation of claim groups, such as the People's Committee of the World Cup, and resistance by the community. The World Cup management in Brazil was complex and showed in the perspective of federative relations some problems between city, state and union, which deals with the coordination of programs, policies or actions, in this case, a mega sports event, of shared management. The case clearly showed dissonances and misalignments between federal, state and municipal government on the practices of dialogue, negotiation, transparency and social participation. The research highlights the formation of a more watchful, critical and politicized social group, which claims, disputes and occupies the streets demonstrating their dissatisfaction with governments, political systems and forms of representation. Points to more tangible results and more harmonious relations between governments and population when alternative forms of social participation and involvement are implemented, particularly spaces and processes where there is room for negotiation and inclusion of civil society in decision-making / Esta pesquisa se propôs a investigar a gestão pública da 20ª edição da Copa do Mundo FIFA, realizada no Brasil em 2014. Contestada popularmente por milhares de brasileiros, o megaevento esportivo teve suas contradições, principalmente em relação aos altos gastos públicos e à lucrativa participação da Federação Internacional de Futebol (FIFA). Durante os seus preparativos e realização, aconteceu um dos mais duradouros ciclos de protestos da história recente do Brasil, o que destaca a insatisfação de muitos brasileiros em relação aos investimentos dos governos federal, estaduais e municipais para a sua realização. Com recorte mais aprofundado para a gestão do megaevento na cidade de São Paulo, o trabalho procurou compreender os acordos entre as partes e analisar a relação entre as instituições – a FIFA e os Governos – na operacionalização e decisões sobre o megaevento. Além disso, destaca as interfaces estabelecidas entre governos e a sociedade civil, em sua diversidade identificada empiricamente, e aprofunda nas inflexões das reivindicações populares e protestos na gestão do megaevento pela prefeitura paulistana. O estudo é um estudo de caso único e, portanto, foi realizado com métodos qualitativos de pesquisa. Foram utilizadas fontes múltiplas de coleta que possibilitaram a triangulação dos dados obtidos e o aumento da validade dos resultados. Foram feitas observações diretas durante os protestos e na região de impacto dos empreendimentos da Copa, coleta em documentos oficiais, legislações, atas, contratos e matérias jornalísticas e entrevistas com atores-chave dos governos federal e municipal, com ativistas e manifestantes, líderes comunitários e representantes de organizações da sociedade civil. A pesquisa apontou que os megaeventos esportivos são um importante tema de pesquisa pelo mundo e têm se revelado como uma relevante preocupação em países em desenvolvimento, além de terem se tornado um importante instrumento político para a promoção da imagem dos países-sede no exterior e para a projeção de partidos nos territórios nacionais. Seus resultados destacam a formação de campos antagônicos entre governos e sociedade civil e a formação de arenas de conflito também entre os atores sociais. Embora haja visto alguns esforços pela transparência da gestão, não se pode dizer que a Copa do Mundo no Brasil teve nível ideal de transparência, tampouco de participação social. Se por um lado houve esforços para se aprimorar a transparência, por outro, os canais de participação social instituídos não expressaram relevância para a gestão pública do megaevento. As interfaces entre governos e a sociedade civil foram identificadas, assim como seus efeitos e inflexões sobre a gestão do mundial. A principal interface destacada se deu no nível da rua e se afirmou na forma do enfrentamento entre manifestantes e a polícia. A segunda mais evidente se consolidou na negociação direta entre comunitários vulneráveis às obras da Copa e gestores municipais. Os efeitos dos protestos de rua sobre a ação dos governos se destacou na atividade policial, que usou a violência e a repressão como principais respostas ao conjunto de manifestações, e na criação de espaços de negociação direta com as comunidades, este influenciado mais diretamente pela formação de grupos de reivindicação, como o Comitê Popular da Copa, e pela resistência da própria comunidade. A gestão da Copa do Mundo no Brasil foi complexa e evidenciou, do ponto de vista das relações federativas, alguns problemas entre município, estado e União, que tratam da coordenação de programas, políticas ou ações, neste caso, um megaevento esportivo, de gestão compartilhada. O caso aponta dissonâncias e desalinhamentos entre governo federal, estadual e municipal sobre as práticas de diálogo, negociação, transparência e participação social. A pesquisa destaca a formação de um conjunto social mais atento, crítico e politizado, que reivindica, contesta e ocupa as ruas demonstrando sua insatisfação com governos, sistemas políticos e formas de representação. Aponta para resultados mais tangíveis e relações mais harmônicas entre governos e população quando são implementadas formas alternativas de participação e envolvimento social, sobretudo espaços e processos em que há lugar para a negociação e inserção da sociedade civil nos processos decisórios
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