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Cidadania política e finanças em Machado de Assis: a série A semana (1892-1897)

Vale, Jackson de Souza 26 June 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-09-13T11:50:16Z No. of bitstreams: 1 jacksondesouzavale.pdf: 1061827 bytes, checksum: 6c62589f656cc353d5ecf8c7b66833ac (MD5) / Approved for entry into archive by Diamantino Mayra (mayra.diamantino@ufjf.edu.br) on 2016-09-13T12:48:37Z (GMT) No. of bitstreams: 1 jacksondesouzavale.pdf: 1061827 bytes, checksum: 6c62589f656cc353d5ecf8c7b66833ac (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-13T12:48:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 jacksondesouzavale.pdf: 1061827 bytes, checksum: 6c62589f656cc353d5ecf8c7b66833ac (MD5) Previous issue date: 2011-06-26 / Na dissertação tentamos demonstrar que desde a caracterização do narrador ficcional da série de crônicas A semana (1892-1897), passando pelo mais recorrente assunto tratado, ou seja, o Encilhamento e a crise que se lhe seguiu, até a crítica das eleições desorganizadas, fraudulentas, violentas e corruptas, e dos eleitores absenteístas que não faziam uso do direito de eleger seus representantes; a principal preocupação do cronista era com o bem público e a cidadania. A crise cambial e financeira desses anos sempre teve como remédio possível a encampação das emissões feitas pelos principais bancos e o arrendamento de ativos do governo federal, como as ferrovias, para a aquisição de novos empréstimos. Ambas as soluções, tão temidas e criticadas pelo cronista, foram executadas. O que significava que os desvarios dos acionistas das sociedades anônimas e do próprio governo seriam divididos com todos os cidadãos contribuintes. A dissertação também trata da cidadania política propriamente dita, ou seja, das referências às eleições e aos trabalhos parlamentares. O narrador critica o grande número de abstenções que aconteciam. Apesar de criticar todos os subterfúgios utilizados para se corromper as eleições, como as fraudes e as ações violentas, o principal responsável pelo mal eleitoral é o próprio cidadão que não faz uso de seu direito ―soberano‖ de escolher os seus representantes. Assim sendo, o narrador se utiliza dessas crônicas para incitar uma maior participação sufragista. Ele o faz de duas maneiras: através de um discurso direto, sem ironia e outras figuras retóricas, falando claramente ao leitor sobre a importância das eleições e do voto. Ou, ironizando e criticando o eleitor de diversas maneiras: seja pela sua preguiça e ignorância sobre o uso de um direito constitucional, seja por seu individualismo exacerbado, que o fazia se preocupar somente com seus interesses financeiros, com o lucro, ou em ganhar dinheiro de maneira ―vadia‖ através dos jogos de azar. Por outro lado, o cidadão que fazia uso do direito de voto podia e devia cobrar dos seus representantes. É o que faz também o cronista. Ele acompanha os trabalhos das assembléias nacionais, estaduais e municipais. Sua principal crítica é a pouca assiduidade dos políticos e as poucas horas trabalhadas. Essa crítica é feita muitas vezes em comparação com a Câmara dos Comuns inglesa, que virava a noite em trabalhos legislativos, de acordo com os telegramas da época. Além disso, o narrador ainda se preocupava com a falta de civismo da população, principalmente com a falta de entusiasmo na comemoração de datas importantes da história brasileira como o Treze de Maio, ou o Sete de Setembro. Segundo ele, o brasileiro tinha em pouca conta o passado e o futuro, e se governava somente pelo presente. Para ele, essa identificação nacional era a contrapartida da cidadania. / In the paper we try to demonstrate that since the characterization of the fictional narrator inside the series of chronics A semana (The Week) (1892-1897), through most recurrent subject matter, the Brazilian economic episode known like Encilhamento and the crisis that followed it, until the criticize about election which were disorganized, fraudulent, violent and corrupt, and absentee voters who did not use the right to elect their representatives, the main chronicler´s concern was with is with the commonweal and citizenship. The currency and financial crisis of these years always has been as a possible solution the expropriation of broadcasts made by major banks and leasing of federal government assets, such as railroads, for the acquisition of new loans. Both solutions, so feared and criticized by the chronicler, were executed. This meant that the folly of the corporations‘ shareholders and from the government would be shared with all citizens taxpayers. The paper also deal with the political citizenship, that is, references to elections and parliamentary work. The narrator criticizes the large number of abstentions that happened. Despite all the criticism about the subterfuges used to disrupt the elections, like fraud and violent actions, the principal responsible for evil election is the own citizen who does not use his right "sovereign" to choose their representatives. In this way, the narrator uses such chronic to incite greater participation suffrage. He does so in two ways: through a direct discourse, without irony and other rhetorical figures, speaking clearly to the reader about the importance of elections and voting. Or, mocking and criticizing the voter in several ways: either by their laziness and ignorance on the use of a constitutional right, or by their exacerbated individualism, which made him worry only about their financial interests with profit, or money in a "lazy" way through gambling. On the other hand, the citizen who made use of voting rights could and should charge their representatives. It is also what the chronicler does. He monitors the work of national assemblies, state and local governments. His main criticism is the lack of attendance of politicians and the few hours worked. This complain is often made in comparison to the British House of Commons, which turned night into legislative work, according to the telegrams of the time. Moreover, the narrator still worried about the lack of civility of the population, especially with the little enthusiasm in the celebration of important dates in history as the Brazilian Thirteen of May, or September Seven. He said the Brazilian people had little regard to the past and future, and is governed only by the present. For the author, this identification was the counterpart of national citizenship.
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A política penitenciária encarcerada na contemporânea política de segurança pública brasileira

Lucas, Ana Cláudia Vinholes Siqueira 29 June 2018 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2018-09-03T13:29:58Z No. of bitstreams: 1 Ana Claudia Vinholes Siqueira Lucas.pdf: 1758824 bytes, checksum: bfc25598a28977c148b7bf1927ce7f71 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-03T13:29:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Claudia Vinholes Siqueira Lucas.pdf: 1758824 bytes, checksum: bfc25598a28977c148b7bf1927ce7f71 (MD5) Previous issue date: 2018-06-29 / La tesis tiene como objeto la cuestión penitenciaria - entendida como distancia entre los discursos y las prácticas oficiales de la ejecución penal - en su intersección con las Políticas de Seguridad Pública. En la perspectiva temporal, fue delimitada entre los años 2000 y 2016, que incluyen tres gobiernos distintos: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva y Dilma Rousseff. Tales gobiernos democráticos fueron significativos en el tenor de paradigmas tradicionales en relación a la Seguridad Pública y los cuatro Planes Nacionales que produjeron se constituyeron en el corpus de la investigación. Con soporte en la bibliografía nacional especializada sobre la Seguridad Pública en sus recientes configuraciones, se reconoció esta como un campo organizacional en tensión. Sobre la perspectiva de la cuestión penitenciaria como pertinente a este campo, se desarrolló el abordaje en términos de un campo ya reconocido y otro a reconocer. En el marco de la reforma agraria y de la reforma agraria, la reforma agraria y la reforma agraria, así como la reforma agraria y la reforma agraria, Seguridad Pública. La pertinencia del desarrollo de la tesis en un Programa de Postgrado en Política Social y Derechos Humanos no se da solamente por vincularse a la Línea de Investigación "Derechos Humanos, Seguridad y Acceso a la Justicia", pero sobre todo por la comprensión de que la Seguridad es un derecho tanto individual como social, el cual exige de las políticas públicas y sociales una atención orientada hacia la consecución de la ciudadanía plena. La contribución de la tesis se proyecta en el tensado del propio campo de las políticas de Seguridad, en el cual la cuestión penitenciaria necesita estar incluida con otro compromiso, libera de las trampas que conforman su presencia como tan sólo instrumento final de la represión / A tese tem como objeto a questão penitenciária – entendida como distância entre os discursos e as práticas oficiais da execução penal – e sua intersecção com as Políticas de Segurança Pública. Na perspectiva temporal, foi delimitada entre os anos de 2000 e 2016, que incluem três governos distintos: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Tais governos democráticos foram significativos no tensionamento de paradigmas tradicionais em relação à Segurança Pública e os quatro Planos Nacionais desenvolvidos constituíram-se no corpus da investigação. Com suporte na bibliografia nacional especializada sobre a Segurança Pública em suas recentes configurações, reconheceu-se esta como um campo organizacional em tensão. Em relação à questão penitenciária como pertinente a este campo, desenvolveu-se a abordagem em termos de um campo já reconhecido e outro a reconhecer. Priorizando a análise documental, categorias (re) criadas a partir de Boaventura de Sousa Santos – segurança-regulação e segurança-emancipação – foram utilizadas para decodificar os limites e as possibilidades da recepção da questão penitenciária como um elemento de compromisso no enfrentamento da complexidade da Segurança Pública. A pertinência do desenvolvimento da tese num Programa de Pós-Graduação em Política Social e Direitos Humanos, não se dá somente por vincular-se à Linha de Pesquisa “Direitos Humanos, Segurança e Acesso à Justiça”, mas, sobretudo, pela compreensão de que a Segurança é um direito tanto individual como social, o qual exige das políticas públicas e sociais uma atenção voltada à consecução da cidadania plena. A contribuição da tese se projeta no tensionamento do próprio campo das políticas de Segurança, no qual a questão penitenciária precisa estar incluída com outro compromisso e liberta das armadilhas que conformam a sua presença como tão somente instrumento final da repressão.

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