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Ecos da modernidade : uma análise do discurso sobre o cinema ambulante em São Luís-MA /Matos, Marcos Fábio Belo. January 2010 (has links)
Orientador: Maria do Rosário de Fátima Valencise Gregolin / Banca: Vanice Maria Oliveira Sargentini / Banca: Carlos Piovezanni / Banca: Ucy Soto / Banca: Pedro Navarro Barbosa / Resumo: O estudo aborda o ciclo do cinema ambulante em São Luís, capital do Maranhão, ocorrido entre 1898 e 1909 e que se configurou numa sucessão de espetáculos de aparelhos cinematográficos que se efetivava, quase sempre, no Teatro São Luiz, hoje Teatro Arthur Azevedo, encerrando-se quando da inauguração da primeira sala fixa de cinema (o cinema São Luiz, em 31.11.1909). O referencial teórico-metodológico utilizado é a Análise de Discurso, de linha francesa. O corpus abrange os registros deixados nos jornais Pacotilha, Diário do Maranhão e O Federalista: notas, notícias, crônicas e, principalmente, anúncios publicitários. O objetivo é estabelecer, a partir da AD francesa, de que maneira os aparelhos cinematográficos foram apresentados, discursivamente, como artefatos da modernidade. A hipótese é a de que os jornais acabaram por forjar para esses aparelhos a imagem de ícones de uma modernidade, fortemente vinculada aos artefatos maquínicos que proliferaram, frutos da Revolução Industrial, e que, então, distribuíam-se por todo o país, tendo como ponto de disseminação o Rio de Janeiro. Acredita-se que os enunciados sobre o cinema ambulante têm no seu intradiscurso a marca do interdiscurso da modernidade: o forte tom descritivista do maquinismo encontrado nas notas informativas e opinativas; a presença de muitos superlativos nos textos dos anúncios e das notas sobre os espetáculos; o fato de esses jornais apresentarem os aparelhos sempre eivados de adjetivação; o tom apologético com que os jornais definiram as apresentações dos cinematógrafos. Essa divinização dos cinematógrafos era a lógica do período, em todo o mundo, a julgar pelas análises já realizadas em textos de jornais do Rio de Janeiro e de outras localidades, que noticiam os espetáculos de cinematógrafo durante toda a fase do cinema ambulante, conhecida também como fase de domesticação ou ainda como primeiro cinema / Abstract: This study approaches the cycle of the wandering cinema in São Luis, capital city of the state of Maranhão, Brazil, performed between the years of 1898 and 1909, which consisted of a series of cinema spectacles that happened most of the time at the Teatro São Luiz, today known as Teatro Arthur Azevedo, that ended when the first movie theater was inaugurated (the São Luiz Cinema, in 31/11/1909). The theory and methodology used are the French Discourse Analysis. The corpus embraces the registers found in the newspapers Pacotilha, Diário de Maranhão e O Federalista: quick notes (informative and opinions), news, chronicles and mainly advertisements. The main point is to establish, through French Discourse Analysis, which were the representations that the newspapers brought to the society about the cinema. The hypothesis is that these newspapers provided the cinema with the image of modernity icons, strongly connected to the machine tools that were all over the country, resulted from the Industrial Revolution, especially in Rio de Janeiro. It is possible to believe that the enunciates about the wandering cinema have in its inner speech the mark of the modernity inter speech: the heavy descriptive tone of the machinery found in the informative and opinion notes. The presence of superlatives in the advertisement text and the notes about the spectacles; the apologetic tone with which the newspapers defined the presentations. The divinization of the cinemas was the logic of the period all over the world, as we can see in the analysis done on texts from Rio de Janeiro newspapers and other places, including French newspapers, that report the cinema spectacle during all the wandering phase, also known as domestication phase or first cinema / Doutor
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Ecos da modernidade: uma análise do discurso sobre o cinema ambulante em São Luís-MAMatos, Marcos Fábio Belo [UNESP] 12 March 2010 (has links) (PDF)
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matos_mfb_dr_arafcl.pdf: 2432109 bytes, checksum: 707a9daef09f82f208e4ff7f76974744 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O estudo aborda o ciclo do cinema ambulante em São Luís, capital do Maranhão, ocorrido entre 1898 e 1909 e que se configurou numa sucessão de espetáculos de aparelhos cinematográficos que se efetivava, quase sempre, no Teatro São Luiz, hoje Teatro Arthur Azevedo, encerrando-se quando da inauguração da primeira sala fixa de cinema (o cinema São Luiz, em 31.11.1909). O referencial teórico-metodológico utilizado é a Análise de Discurso, de linha francesa. O corpus abrange os registros deixados nos jornais Pacotilha, Diário do Maranhão e O Federalista: notas, notícias, crônicas e, principalmente, anúncios publicitários. O objetivo é estabelecer, a partir da AD francesa, de que maneira os aparelhos cinematográficos foram apresentados, discursivamente, como artefatos da modernidade. A hipótese é a de que os jornais acabaram por forjar para esses aparelhos a imagem de ícones de uma modernidade, fortemente vinculada aos artefatos maquínicos que proliferaram, frutos da Revolução Industrial, e que, então, distribuíam-se por todo o país, tendo como ponto de disseminação o Rio de Janeiro. Acredita-se que os enunciados sobre o cinema ambulante têm no seu intradiscurso a marca do interdiscurso da modernidade: o forte tom descritivista do maquinismo encontrado nas notas informativas e opinativas; a presença de muitos superlativos nos textos dos anúncios e das notas sobre os espetáculos; o fato de esses jornais apresentarem os aparelhos sempre eivados de adjetivação; o tom apologético com que os jornais definiram as apresentações dos cinematógrafos. Essa divinização dos cinematógrafos era a lógica do período, em todo o mundo, a julgar pelas análises já realizadas em textos de jornais do Rio de Janeiro e de outras localidades, que noticiam os espetáculos de cinematógrafo durante toda a fase do cinema ambulante, conhecida também como fase de domesticação ou ainda como primeiro cinema / This study approaches the cycle of the wandering cinema in São Luis, capital city of the state of Maranhão, Brazil, performed between the years of 1898 and 1909, which consisted of a series of cinema spectacles that happened most of the time at the Teatro São Luiz, today known as Teatro Arthur Azevedo, that ended when the first movie theater was inaugurated (the São Luiz Cinema, in 31/11/1909). The theory and methodology used are the French Discourse Analysis. The corpus embraces the registers found in the newspapers Pacotilha, Diário de Maranhão e O Federalista: quick notes (informative and opinions), news, chronicles and mainly advertisements. The main point is to establish, through French Discourse Analysis, which were the representations that the newspapers brought to the society about the cinema. The hypothesis is that these newspapers provided the cinema with the image of modernity icons, strongly connected to the machine tools that were all over the country, resulted from the Industrial Revolution, especially in Rio de Janeiro. It is possible to believe that the enunciates about the wandering cinema have in its inner speech the mark of the modernity inter speech: the heavy descriptive tone of the machinery found in the informative and opinion notes. The presence of superlatives in the advertisement text and the notes about the spectacles; the apologetic tone with which the newspapers defined the presentations. The divinization of the cinemas was the logic of the period all over the world, as we can see in the analysis done on texts from Rio de Janeiro newspapers and other places, including French newspapers, that report the cinema spectacle during all the wandering phase, also known as domestication phase or first cinema
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