As ações decorrentes das atividades econômicas e industriais têm provocado alterações na biosfera, resultando na quase duplicação da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera durante o período de 1750 a 1998. A alteração da concentração dos GEE poderá desencadear um aumento da temperatura média no planeta entre 1,4 e 5,8°C nos próximos cem anos (IPCC, 2001a). Para tratar do problema do efeito estufa e suas possíveis conseqüências sobre a humanidade foi estabelecida em 1992, durante a Rio 92, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. A Conferência das Partes realizada em Quioto em 1997 destaca-se como uma das mais importantes, uma vez que durante sua realização foi estabelecido um acordo onde se encontram definidas metas de redução da emissão de GEE para os países do ANEXO B (países do ANEXO I com compromissos de redução das emissões de GEE), além de critérios e diretrizes para a utilização dos mecanismos de mercado. Este acordo ficou conhecido como Protocolo de Quioto e estabelece que os países industrializados devem reduzir suas emissões em 5,2% abaixo dos níveis observados em 1990 entre 2008-2012 (primeiro período de compromisso). O Protocolo criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). A idéia do MDL consiste em que cada tonelada de CO2 deixada de ser emitida, ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento, poderá ser negociada no mercado mundial através de Certificados de Emissões Reduzidas (CER). Esta tese teve como objetivo geral caracterizar o "mercado de carbono", em especial a participação do Brasil através do MDL. Para tanto foi feita uma análise de como este mercado está sendo formado e como deverá ser sua evolução até a possível formação de mercados futuros. Os objetivos específicos foram: 1) Determinar o tamanho do mercado global e a participação do Brasil (através do MDL) em diversos cenários; e, 2) Analisar se os CER gerados em projetos de MDL, em especial por projetos de seqüestro de carbono, poderiam se tornar uma "commodity ambiental" ou não. Ficou claro que o mercado de carbono já é uma realidade, porém encontra-se em um estágio inicial de sua formação. Para estimar o tamanho do mercado utilizou-se o Modelo CERT (Carbon Emission Reduction Trade). Nos cenários de referência do Modelo a maior participação brasileira no mercado de CER foi de apenas 3,4% (Cenário 7), através da venda de 14,4 milhões de toneladas de carbono, gerando um receita de US$ 237 milhões ao custo de US$ 106,3 milhões. O lucro de todos os projetos de MDL no Brasil foi de US$ 130,7 milhões. Nos cenários alternativos a maior participação foi de 17,8% (Cenário Alternativo 7), através da venda de 32,1 milhões de toneladas de carbono, gerando um receita de US$ 525,6 milhões ao custo de US$ 198 milhões. O lucro de todos os projetos de MDL no Brasil neste caso foi de US$ 327,6 milhões. / The economic and industrial anthropogenic activities are increasing the Green House Gas (GHG) atmospheric concentration. These gases can increase the atmosphere temperature in 1.4 to 5.8°C in the next hundred years (IPCC, 2001a). To solve this problem was created in 1992 the United Nations Framework Convention on Climate Change. The Conference of the Parties held at Kyoto in 1997 was one of the most important, since it created an international agreement about the GHG emission reductions to the ANNEX B countries. This agreement is called the Kyoto Protocol and it determine that the industrialized countries should decrease the GHG emissions in 5,2% below the 1990 levels between 2008-2012 (first period commitment). The Protocol also created the Clean Development Mechanism (CDM). The idea of the CDM is that each tone of CO2 that is reduced or sequestered from the atmosphere by a developing country can be negotiated through Certified Emission Reduction (CER).This thesis had the main objective of understand the "carbon market", in special the Brazilian participation through the CDM. The specific objectives was: 1) Determine the size of the global market and the Brazilian participation (through the CDM) in different scenarios; and, 2) To analyze if the CER created by forest projects can be a environmental commodity. It was clear that the carbon market exists but is in an initial phase. To estimate the size of the market the CERT (Carbon Emission Reduction Trade) Model was used. In the reference scenarios the best Brazilian participation, through the CER, was only 3.4% (Scenario 7), selling 14.4 millions tons of carbon, with a revenue of US$ 237 millions and costs of US$ 106.3 millions. The profits of all CDM projects in Brazil was US$ 130,7 millions. In the alternative scenarios the best Brazilian participation was 17.8% (Alternative Scenario 7), selling 32.1 millions tons of carbon, with a revenue of US$ 525.6 millions and costs of US$ 198 millions. In this case the profits of all CDM projects in Brazil was US$ 327.6 millions.

<p>Alpine glaciers around the world are in retreat and are unlikely to reverse course. This dissertation focuses on improving our understanding of the impact of glacial melt on mountainous alpine groundwater systems. Studies on glacial melt-groundwater interactions have become more prevalent, particularly in the past 5 years, because we are recognizing that the contribution of glacial melt to the hydrologic cycle is not limited to melt-season surficial streamflow. The importance of glacial melt to mountain groundwater systems has the potential to not only influence spring and streamflow generation, but also the longevity of alpine specific, and frequently endangered species, dependent on this source of recharge. This recharge may be vital for human water needs such as potable water, agriculture, and hydrothermal power.</p>The impact that a transition from glacial melt to snow- or rain-dominated streamflow and recharge will have on alpine ecosystems in a continually warming climate is far reaching. This dissertation: 1) tests whether glacial melt is an important source of recharge for mountain springs and their microbial communities, 2) investigates the spatial impact of glacial-melt recharge on residence times and flowpaths that support alpine springs, and 3) explores the impact of post-peak water on alpine baseflow using a statistical, timeseries approach. My results show that the groundwater systems in glaciated mountainous, alpine regions are particularly vulnerable to climate change. Springs in Mount Hood National Forest and Glacier National Park were sampled over a 4-year period, and in addition, publicly available long-term streamflow datasets were are also utilized. The chapters composing this work build upon each other, and compare and contrast the factors most important in glacial melt recharging the mountain-block. Information that is vital to the management of alpine water resources by landowners, watershed groups, scientists, and others interested in mountain groundwater systems in glaciated alpine regions is presented in the following pages.

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This thesis examines the readiness and perception in the regions of Gothenburg and Bremen towards future sea level rise. It does so through the theoretical lens of risk psychology / policy research and of climate science research. Results are built on some of the most recent research of these fields, as well as interviews with 14 people on the local, regional and national level in Germany and Sweden. Key findings of this thesis are that both contexts struggle to deal with the great uncertainties inherent in sea level rise. On the German North Sea coast, there is long experience with sea level variation and extensive civil institutions created to deal with storm surges, dikes and sea level rise which may partially compensate for inherent vulnerability to future sea level rise in this region. The novelty of sea level rise in Gothenburg and Sweden means that it is in the process of creating similar institutions and national-regional divisions of responsibility from scratch. The great uncertainty around the pace and extent of future sea level rise is however an obstacle which may have to be overcome before a more coherent response may be developed. / Denna uppsats undersöker beredskap och uppfattningar kring framtida havsnivåhöjningar i Göteborg och Bremen. Detta görs med de teoretiska ansatserna riskpsykologi / beslutspsykologi och grundläggande klimatvetenskap. Uppsatsens resultat bygger på de senaste resultaten inom dessa fält, samt intervjuer med 14 personer på lokal, regional och nationell nivå i Tyskland och Sverige. Efter genomförd studie kan konstateras att bägge kontext har svårigheter att hantera de stora osäkerheter som havsnivåhöjningen medför. Tyska Nordsjökusten har mycket lång erfarenhet och kapabla offentliga institutioner vilka skapats för att hantera skyddsvallar, sjunkande landnivåer och stormfloder, vilket balanserar det prekära läge som området annars står inför. I Göteborg och i Sverige är havsnivåhöjning något fundamentalt nytt, vilket innebär att man nu försöker skapa liknande institutioner och ansvarsfördelning mellan nationellt och regionalt som de Bremen och Tyskland redan har. Ett hinder för detta är de stora osäkerheter som råder kring hastighet och absolut nivå på framtida havsnivåhöjningar. Dessa osäkerheter kan komma behöva reduceras innan problemet börjar hanteras på ett mer samordnat sätt.