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Objetivo: Esta revisão sistemática teve como objetivo compreender o impacto da idade materna avançada (IMA) na morbilidade neonatal, com base na evidência científica disponível. Métodos: Foi realizada uma pesquisa sistemática a 22 de Novembro de 2021, usando as bases de dados da PubMed e Scopus para identificar estudos que comparassem a morbilidade de recém-nascidos de mães com IMA com a morbilidade de recém-nascidos de mães sem IMA. Resultados: Dezasseis estudos que avaliaram o efeito da IMA na morbilidade neonatal foram incluídos nesta revisão. Nove destes estudos encontraram alguma associação entre IMA e aumento da morbilidade neonatal (com dois destes relatando apenas um aumento na hipoglicemia assintomática), seis não encontraram associação entre IMA e morbilidade neonatal e um estudo encontrou diminuição da morbilidade em recém-nascidos pré-termo. Os estudos que encontraram um aumento da morbilidade neonatal em geral com a IMA consideraram idades mais avançadas para a definição de IMA, particularmente ≥40 e ≥45 anos. Conclusão: Com a evidência atual, não é possível definir um efeito claro da IMA na morbilidade neonatal dos recém-nascidos. São necessários mais estudos com foco nos outcomes neonatais das gravidezes de IMA para compreendermos melhor este tema. / Objective: This systematic review aimed to understand the impact of advanced maternal age (AMA) on the neonatal morbidity, based on the available scientific evidence. Methods: A systematic search was conducted on November 22, 2021, using the PubMed and Scopus databases to identify studies that compared the morbidity of neonates delivered to AMA mothers with that of neonates delivered to non-AMA mothers. Results: Sixteen studies that evaluated the effect of AMA on the neonatal morbidity were included in this review. Nine of these studies found some association between AMA and increased neonatal morbidity (with two of them only reporting an increase in asymptomatic hypoglycemia), six found no association between AMA and neonatal morbidity and one study found a decrease in morbidity in preterm neonates. The studies that found an increase in overall neonatal morbidity with AMA considered older ages for the definition of AMA, particularly ≥40 and ≥45 years. Conclusion: With the current evidence, it's not possible to define a clear effect of AMA on the neonatal morbidity of the delivered neonates. More studies focusing on the neonatal outcomes of AMA pregnancies are needed to better understand this topic.

Introdução e Objetivos: As Redes Sociais (ReSo) desempenham um papel crescente na medicina cardiovascular (CV) não só como um facilitador de comunicação académica durante conferências e congressos, mas também como um vetor de comunicação por parte das sociedades e jornais científicos. Apesar disso, não existem dados sólidos que retratem o uso de ReSo pelos profissionais de saúde CV (PSCV) em Portugal. Assim, o principal objetivo deste cross-sectional survey foi caracterizar o uso de ReSo pelos PSCV portugueses. Métodos: Um questionário de 35 itens foi especificamente desenvolvido para este estudo, aprovado pelo Grupo de Estudos de Saúde Digital da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), e enviado, por e-mail, para a mailing list da SPC (incluindo 1293 potenciais destinatários). Resultados e Conclusão: Foram obtidas 206 respostas válidas. Cinquenta e dois por cento dos respondentes eram do sexo feminino e 58% tinham idade inferior a 44 anos, sendo que perto de 2 em cada 3 participantes eram médicos. Noventa e dois por cento dos participantes reportaram que, no momento em que completaram o questionário, usavam ReSo; e o LinkedIn foi a plataforma de ReSo mais usada com um intuito profissional. 64.1% consideraram que as ReSo tiveram um impacto positivo na sua prática clínica, 77.2% usaram as ReSo para adquirir informação relacionada com a doença COVID-19, e perto de 50% para partilhar conteúdos relacionados com essa mesma doença. Em conclusão, a maioria dos PSCV portugueses que participaram neste survey estão a usar ativamente as ReSo, com uma participação superior por parte daqueles com menos de 45 anos. O impacto clínico desta utilização é positivo e demonstrou um papel crucial na disseminação de evidência durante a pandemia de COVID-19. / Introduction and Objectives: Social Media (SoMe) has a flourishing role in cardiovascular (CV) medicine as a facilitator of academic communication not only during conferences and congresses, but also by scientific societies and journals. However, there is no solid data portraying the use of SoMe by CV healthcare professionals (CVHP) in Portugal. Hence, the main goal of this national cross-sectional survey was to accurately characterize SoMe use by Portuguese CVHP. Methods: A 35-item questionnaire was specifically developed for this study, approved by the Digital Health Study Group of the Portuguese Society of Cardiology (SPC), and sent, by e-mail, to the mailing list of the SPC (including 1293 potential recipients). Results and Conclusion: There were 206 valid answers. Fifty-two percent of respondents were female and 58% were younger than 44 years of age with almost 2 out of 3 participants being medical doctors. Ninety-two percent of the survey participants reported that they are currently using SoMe and LinkedIn was the most common platform used with professional purpose. 64.1% believed SoMe had had a positive impact in their clinical practice, 77.2% had used SoMe for acquiring information related to COVID-19, and close to 50% for sharing so. In conclusion, the majority of Portuguese CVHP that participated in this survey are actively using SoMe, with a greater participation of those below 45 years of age; its clinical impact is positive, with a leading role in the dissemination of evidence during the COVID pandemic.