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As relações de gênero entre crianças nas brincadeiras

Martins, Marcelo Salvador January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-11-30T14:54:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 109162_Marcelo.pdf: 764664 bytes, checksum: 87394cf517c11fe02f1c4741ab40e887 (MD5) license.txt: 214 bytes, checksum: a5b8d016460874115603ed481bad9c47 (MD5) Previous issue date: 2014 / A presente pesquisa, em nível de mestrado, teve como temática as relações de gênero entre crianças durante as brincadeiras em um Centro de Educação Infantil (CMEI), da rede municipal de educação da cidade de Tubarão, Santa Catarina. Essa problemática teve como objetivo geral compreender se as atividades propostas de modo coeducativo, permitindo a meninos e meninas brincarem de diferentes tipos de jogos/brincadeiras, mobilizavam as crianças no sentido de problematizar o repertório de gênero e se permitiam às crianças expressar suas contradições ou, até mesmo, quebrar fronteiras tradicionais de gênero. Teve por objetivos específicos: analisar a receptividade das crianças ao papel mediador de um adulto e a mediação entre pares infantis durante e após as atividades selecionadas; compreender se as práticas propostas iam ao encontro das necessidades das crianças de novas vivências ou as incomodava, provocando resistências individuais ou coletivas. A metodologia utilizada foi a pesquisa-intervenção, combinada com observação participante e produção de diários de campo. A turma era composta por treze crianças sendo seis meninos e sete meninas e, com exceção de um menino de três anos, as demais crianças tinham quatro anos completos e a completar cinco no decorrer do ano de 2013. Abordou-se as questões de gênero na infância, as transformações históricas do campo da Educação Física no que tange às questões da escola mista ou coeducativa, e a função exercida pelo/a educador/a em auxiliar no processo de aproximação entre os sexos. O diálogo com a Educação Física foram o norte de referência em função das experiências prévias do pesquisador, bem como do corpo em movimento ser uma das preocupações centrais quando se discute Educação Física atual e infância, mesmo que realizada nos espaços educativos infantis por diferentes profissionais com formações diversas. A questão que norteou a análise aqui apresentada centrou-se em um recorte nas atividades de movimento como Briga de Galo, Corrida Rotativa, Bambolês e Gangorra Humana que tiveram, particularmente, um maior protagonismo pelas meninas. Os resultados mostraram que a receptividade das crianças tanto nas suas expressões de emoção e verbalizações durante as brincadeiras como nas rodas de conversa ao final de cada uma para avaliar a brincadeiras, ressaltaram que o caminho adotado dava a elas um novo suporte para as relações de gênero. Em muitos momentos, utilizavam-se da mediação docente como reforço para brincadeiras que já faziam fora do CMEI mas ali não viam como fazê-las ou quando se percebiam em expressões corporais antes não experimentadas e levavam essas aprendizagens para seus espaços familiares como novas descobertas, entre elas a força e a velocidade. Observou-se, também, que havia mais rivalidade entre meninas que entre meninos até mesmo no cuidado mútuo durante as brincadeiras. Nessa pesquisa pondera-se, por fim, que docentes necessitam visualizar a importância de seu papel em interagir de modo intencional sobre as relações de gênero com as culturas infantis nos espaços educativos. Enfim, ressalta-se que a busca por uma ação docente não sexista e alta receptividade das crianças para essa questão pode problematizar o sexismo presente nos espaços educativos, tanto por docentes quanto por crianças. / This research, at master´s level, deals with themes of gender relations among children playing games carried out in a Municipal Children Education Center (CMEI) of Tubarão, Santa Catarina. The main goal of this study was to examine if the proposed coeducational activities, allowing both boys and girls play different kinds of games, would mobilize the children in order to discuss gender repertory and notice whether they expressed their contradictions or even broke the traditional barriers of gender. It had as specific objectives: to analyze the children´s receptivity towards an adult mediation role and the mediation between children pairs during and after those selected activities; to understand whether the proposed practices met the children´s needs for new experiences or bothered them, causing individual and collective resistance. The methodology used was the participative intervention research, along with participant observation and daily records production. The group was made up of thirteen children, being those six boys and seven girls. All were 4-year-old children who would turn five during 2013, with the exception of one boy who was only three. This study approached gender issues during childhood, the historical changes in the Physical Education field in relation to mixed-sex schools and co-educational matters; it also dealt with the important role played by the teacher when helping both boys and girls getting closer. The dialogue with Physical Education was the guide which took into consideration the researcher previous experiences as well as the body in movement being one of his main concerns when it comes to Physical Education today and childhood, even those activities proposed by professionals from different background. The questions which guided the analyses here presented focused on a part of action activities such as Briga de Galo, Corrida Rotativa, Bamboles e Gangorra humana, in which the girls had a bigger participation. The results showed that the children´s receptivity was quite high and what was said and expressed throughout the games and conversation circles were used to evaluate each game. The children highlighted that the way the games were conducted gave them a new support to gender relations.. At several moments they took advantage of the teacher mediation as reinforcement to games they used to play outside the school field but could not see how to play them there, it was also noticed body expressions never discovered before. They, then, took what they had learned to their daily lives as new discoveries, among them the speed and the strength. It was also noticed that there was more competition and mutual care among girls than among boys. This research concluded that teachers need to visualize the importance of their roles in interacting intentionally over the gender relations with children´s cultures in educational spaces. To sum up, it was concluded that the search for a non-sexist teaching practice and children´s high receptivity towards those issues may problematize the sexism present in educational space by both teachers and students.
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Nas trilhas da co-educação e do ensino misto em Sergipe (1842 - 1889)

Andrade, Élia Barbosa de 23 April 2008 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present study has as goal to build a history of the co-education and of the mixed teaching in Sergipe, where neferrend her form pedagogie softeu some restrictions.The part of the societ.The temporary mark of the work is going fron 1842 to 1889.Starting from the sources,we tried to show the polemics That caused the implatação of the co-education and of the mixed schools in the.country,and the representations that the societ of the lime had in relation to such pratices.For we wderstand the whole problem that involved the implatação in the referred pedagogie way,he/she made hinself necessary a brief one to look at about the public instruction in the period of the empire.Besides verifying as the cathlie church it was positioned in relation to the boys mixture and girls in the sane school space,we threw,also,the glance about the reprsentation that was had of the masculine and of the feminine in the public instruction starting from the callicted data we reconstructed some ftagmentas of the history of the history of the education in the county, ftagmentas those that facilitated us to inderstand the educational context that sponsonred the implatação of the co-education and of the mixed teaching in the school space of the country sergipana. / O presente estudo tem como meta construir uma história da Co-educação e do Ensino Misto em Sergipe, onde a referida forma pedagógica sofreu algumas restrições por parte da sociedade. O marco temporal do trabalho vai de 1842 a 1889. A partir das fontes, tentamos mostrar as polêmicas que causaram a implantação da Co-educação e das Escolas Mistas na Província, e as representações que a sociedade da época tinham em relação a tais práticas. Para entendermos toda a problemática que envolveu a implantação da referida forma pedagógica, fez-se necessário um breve olhar sobre a Instrução Pública no período do Império. Além de verificar como a Igreja Católica se posicionou em relação à mistura de meninos e meninas no mesmo espaço escolar, lançamos, também, o olhar sobre a representação que se tinha do masculino e do feminino na Instrução Pública. A partir dos dados coletados, reconstruímos alguns fragmentos da História da Educação na Província; fragmentos esses que nos possibilitaram entender o contexto educacional que patrocinou a implantação da Co-educação e do Ensino Misto no espaço escolar da Província sergipana.
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Co-educação, cultura escolar e seus limites: Ginásio Barão de Antonina (1942-1952) / Co-education, school culture and their limits: Ginário Barão of Antonina (1942-1952)

Martins, Marcos Roberto 27 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T16:35:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcos1.pdf: 2563107 bytes, checksum: 53ab5179d37af81664875b6ec0f19152 (MD5) Previous issue date: 2009-04-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Para dar visibilidade à co-educação, cultura escolar e seus limites no Ginásio Barão de Antonina, este estudo optou por analisar as normas e práticas escolares, como as disciplinas, regimentos, leis, decretos, desfiles cívicos, tudo o que foi produzido e reproduzido por aquela instituição de ensino, para entender os saberes e habilidades escolares. Trata-se de uma instituição privada de ensino secundário, localizado em Mafra, ao norte do Estado de Santa Catarina, mantida por uma associação privada e laica chamada Associação Mafrense de Ensino, mantenedora do Ginásio. Este fez parte, na primeira metade do século XX, da fase de crescimento de instituições de ensino secundário no território catarinense e foi um dos poucos a oferecer um ensino co-educativo. Ofereceu, naquele período, para o gênero masculino:internato e externato; e para o gênero feminino, apenas o externato. O foco desta pesquisa está centrado no período compreendido entre os anos de 1942 e 1952. Através da categoria Cultura Escolar, tentou-se compreender: a interpretação do ensino co-educativo na Lei Orgânica do Ensino Secundário nacional de 1942 e as possíveis implicações da lei no currículo do Ginásio; o tratamento dado pela Associação Mafrense de Ensino àquele tipo de educação; as divergências entre os educadores do período sobre aquele tema; as disciplinas escolares oferecidas, como a Educação Física, Trabalhos Manuais e Economia Doméstica, que eram diferenciadas por gênero, e as outras disciplinas escolares da grade curricular, comuns aos gêneros; a co-educação e a formação de habilidades através dos limites físicos, normas, regulamentos, uniformes, exercícios, exames, certificação, atividades cívicas e extracurriculares. Além disso, procurou-se distinguir os limites e as formas diferenciadas do ensino co-educativo, atestadas pelas famílias e concretizadas no Ginásio e compreender as relações sociais, no processo de incorporação da cultura escolar, nos mais variados espaços do educandário. Como única instituição de ensino da região norte de Santa Catarina e sul do Paraná, o Ginásio Barão de Antonina, através de um conjunto de saberes e habilidades, funcionou como normalizadora dos anseios dos grupos sociais que o frequentavam. Através das disciplinas e práticas escolares, imprimiu nos alunos e alunas um conjunto de habilidades que teve por fim a formação co-educativa desigual. A co-educação funcionou como um verniz, pois era utilizada no Ginásio para adequação do número de matrículas em cada série e não como um ensino verdadeiramente co-educativo. O currículo, através dos saberes e das práticas escolares, objetivava a formação de homens patrióticos, que tinham como função social futura a direção de seus negócios, de suas carreiras públicas e privadas; e de mulheres capacitadas para realizar com dedicação a função de esposas e mães e dar apoio às aspirações profissionais ou políticas de seus futuros maridos / Para dar visibilidade à co-educação, cultura escolar e seus limites no Ginásio Barão de Antonina, este estudo optou por analisar as normas e práticas escolares, como as disciplinas, regimentos, leis, decretos, desfiles cívicos, tudo o que foi produzido e reproduzido por aquela instituição de ensino, para entender os saberes e habilidades escolares. Trata-se de uma instituição privada de ensino secundário, localizado em Mafra, ao norte do Estado de Santa Catarina, mantida por uma associação privada e laica chamada Associação Mafrense de Ensino, mantenedora do Ginásio. Este fez parte, na primeira metade do século XX, da fase de crescimento de instituições de ensino secundário no território catarinense e foi um dos poucos a oferecer um ensino co-educativo. Ofereceu, naquele período, para o gênero masculino: internato e externato; e para o gênero feminino, apenas o externato. O foco desta pesquisa está centrado no período compreendido entre os anos de 1942 e 1952. Através da categoria Cultura Escolar, tentou-se compreender: a interpretação do ensino co-educativo na Lei Orgânica do Ensino Secundário nacional de 1942 e as possíveis implicações da lei no currículo do Ginásio; o tratamento dado pela Associação Mafrense de Ensino àquele tipo de educação; as divergências entre os educadores do período sobre aquele tema; as disciplinas escolares oferecidas, como a Educação Física, Trabalhos Manuais e Economia Doméstica, que eram diferenciadas por gênero, e as outras disciplinas escolares da grade curricular, comuns aos gêneros; a co-educação e a formação de habilidades através dos limites físicos, normas, regulamentos, uniformes, exercícios, exames, certificação, atividades cívicas e extracurriculares. Além disso, procurou-se distinguir os limites e as formas diferenciadas do ensino co-educativo, atestadas pelas famílias e concretizadas no Ginásio e compreender as relações sociais, no processo de incorporação da cultura escolar, nos mais variados espaços do educandário. Como única instituição de ensino da região norte de Santa Catarina e sul do Paraná, o Ginásio Barão de Antonina, através de um conjunto de saberes e habilidades, funcionou como normalizadora dos anseios dos grupos sociais que o frequentavam. Através das disciplinas e práticas escolares, imprimiu nos alunos e alunas um conjunto de habilidades que teve por fim a formação co-educativa desigual. A co-educação funcionou como um verniz, pois era utilizada no Ginásio para adequação do número de matrículas em cada série e não como um ensino verdadeiramente co-educativo. O currículo, através dos saberes e das práticas escolares, objetivava a formação de homens patrióticos, que tinham como função social futura a direção de seus negócios, de suas carreiras públicas e privadas; e de mulheres capacitadas para realizar com dedicação a função de esposas e mães e dar apoio às aspirações profissionais ou políticas de seus futuros maridos

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