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Desenvolvimento de métodos espectroanalíticos aplicados à química forense e alimentos

José de Filgueiras Gomes, Maria 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:13:44Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3260_1.pdf: 3652671 bytes, checksum: 5444c1a03be991d18a247fa870d61851 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Este trabalho está dividido em três partes. As duas primeiras tratam do desenvolvimento de métodos espectroanalíticos aplicados a problemas qúimico e a terceira aborda a determinação do teor de mercúrio presente em arroz. Na primeira parte é apresentado um método desenvolvido para determinação de cocaína empregando um sistema de análise por injeção seqüencial acoplado a fluxo-batelada com detecção espectrofotométrica, usando tiocianato de cobalto como reagente complexante Nessa reação duas fases são encontradas: a superior (rosa) contendo um excesso da solução de tiocianato de cobalto e uma fase orgânica (azul) contendo o complexo de cocaína- tiocicanato de cobalto em clorofórmio. Amostras e reagentes são inseridas empregando uma válvula de injeção seqüencial entre duas bolhas de ar dentro de uma câmara reacional. Uma fibra óptica conectada à câmara registrou o sinal de absorbância em 630 nm. Os limites de detecção e quantificação foram de 29,4 mg L-1 e 98 mg L-1, respectivamente. O desvio padrão relativo foi de 4,9% para a solução contendo 400 mg L-1 (n = 10), com linha de base estável. A freqüência analítica foi de 12 determinações por hora e resposta linear de 100 a 1000 mg L-1. Na segunda parte, a espectroscopia de emissão em plasma induzido por laser (LIBS) foi empregada para a detecção de resíduos de disparo de arma de fogo (GSR) nas mãos de indivíduos que realizaram ou não disparos. Para desenvolver o procedimento, 115 amostras foram obtidas pressionando um pequeno pedaço de fita adesiva contra a região dorsal das mãos de não-atiradores, atiradores após o disparo e de atiradores após terem lavado as mãos com sabão e água. As fitas foram analisadas diretamente em um equipamento LIBS baseado em um policromador echelle com resolução temporal construído em laboratório. Os espectros foram obtidos a partir da aplicação de um único pulso de laser em 20 locações diferentes, espalhadas uniformemente sobre a superfície da fita, para assegurar uma amostragem eficiente na detecção de resíduos de disparo. Os espectros mostram uma assinatura com linhas de emissão características de bário e chumbo. Quando os dados espectrais foram submetidos à técnica de reconhecimento de padrão SIMCA (Modelagem Independente e Flexível por Analogia de Classe), atiradores e não-atiradores foram corretamente classificados. O método baseado em LIBS e SIMCA demonstrou ser não-destrutivo da evidência do crime e permitiu discriminar as amostras coletadas de voluntários não-atiradores e atiradores, mesmo após a lavagem das mãos. Na terceira parte do trabalho foi desenvolvido um método para determinação de mercúrio em amostras de arroz utilizando a espectrometria de fluorescência atômica com geração de vapor frio (CV-AFS). O método é baseado na digestão prévia das amostras em forno de micro-ondas com HNO3 e H2O2 seguida de uma diluição com água contendo KBr/KBrO3 e hidroxilamina e o redutor SnCl2 em HCl usando calibração externa. A interferência dos vapores óxidos nitrosos foi avaliada usando uma amostra de referência certificada. O limite de detecção do método foi 0,9 ng g-1 com percentual de recuperação de 95 ± 4% para uma adição de concentração de 5 ng g−1. A concentração de mercúrio encontrado nas 24 amostras de arroz de diferentes origens estava em uma faixa de 1,3 a 7,8 ng g−1. A faixa dinâmica foi de 0,025 a 0,2 ng L-1
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Actividad de la uridín difosfoglucosa deshidrogenasa (E.C. 1.1.1.22) en hígado de rata tratada crónicamente con cocaína

Flores Benavides, Javier Richard January 2004 (has links)
En el presente trabajo de investigación se determinó la actividad de la enzima UDPG deshidrogenasa en ratas tratadas crónicamente con cocaína por vía oral. Se prepararon para esto tres grupos de ratas, 1 control y 2 experimentales, las cuales consumieron diferentes dietas a base de caseína al 9%. Las dietas de los 2 grupos experimentales C7.5 y C15, a diferencia del grupo control que sólo contenía caseína, tenían diferentes concentraciones de cocaína de 7.5 mg/10g dieta y 15 mg/10 g dieta respectivamente. Las dietas fueron administradas ad libitum por un período de 22 días a los 3 grupos (n=7). Al término de este período los animales fueron decapitados, y se les extrajo el hígado, a partir del cual, se obtuvo la fracción sobrenadante 12000 g y la fracción citosólica por medio de centrifugación diferencial. Se utilizaron estas 2 fracciones subcelulares para la medición de la actividad de la UDPG deshidrogenasa y del contenido proteico. Los resultados muestran un incremento en la actividad de la UDPG deshidrogenasa en los grupos experimentales, el cual es directamente proporcional a la cantidad de cocaína consumida. Este aumento se produjo en ambas fracciones subcelulares. Los valores de micromoles de UDPGA/mg proteína formados en la fracción sobrenadante 12000 g fueron: Control, 5.49x10ˉ³ ± 5.69x10ˉ³; C7.5, 7.67x10ˉ³ ± 2.94x10ˉ³; y C15, 10.60 x10ˉ³ ± 3.35x10ˉ³. En el citosol los valores fueron: Control, 12.20 x10ˉ³ ± 4.13x10ˉ³; C7.5, 13.10 x10ˉ³ ± 3.77x10ˉ³; y C15, 14.80x10ˉ³ ± 3.93x10ˉ³. Además, se obtuvo mayor contenido proteico en ambas fracciones subcelulares en los grupos experimentales y disminución del peso corporal producido por la cocaína. Estos hallazgos sugieren que el incremento en la actividad de la UDPG deshidrogenasa se debería a que la cocaína induce la síntesis de esta enzima produciendo así UDPGA, el cual sería utilizado para la conjugación y excreción de los metabolitos producidos a partir de la biotransformación de la cocaína en el organismo. / In the present investigation work the activity of the enzyme UDPG dehydrogenase was determined in chronically cocaine-treated rats utilizing the oral route. To approach this three groups of rats were prepared, 1 control and 2 experimental, all three consuming different casein 9%-based diets. The diets of the 2 experimental groups C7.5 and C15, unlike of the control group that only contained casein, had different cocaine concentrations of 7.5 mg/10g diet and 15 mg/10g diet respectively. All diets were fed ad libitum for a period of 22 days to the three groups (n=7). Ending this period the animals were decapitated and the liver was removed, from which, the supernatant 12000 g fraction and the cytosolic fraction were obtained through differential centrifugation. These two subcellular fractions were used to measure the UDPG dehydrogenase activity, as well as their respective protein content. The results showed increased UDPG dehydrogenase activity in the experimental groups, which is directly proportional to the amount of cocaine consumed. This increasing in activity occurred in both subcellular fractions. The values of micromoles of UDPGA/mg protein formed in the supernatant 12000 g fraction were: Control, 5.49x10ˉ³ ± 5.69x10ˉ³; C7.5, 7.67x10ˉ³ ± 2.94x10ˉ³; and C15, 10.60 x10ˉ³ ± 3.35x10ˉ³. In the cytosol the values were: Control, 12.20 x10ˉ³ ± 4.13x10ˉ³; C7.5, 13.10 x10ˉ³ ± 3.77x10ˉ³; and C15, 14.80 x10ˉ³ ± 3.93x10ˉ³. Moreover, a major protein content in both subcellular fractions of the experimental groups was obtained and also a lowering in the body weight by the action of cocaine. These findings suggest that the increased UDPG dehydrogenase activity would be due to the induction of this enzyme synthesis, therefore producing UDPGA, which would be used for the conjugation and excretion of the cocaine metabolites resulting from its biotransformation in the body. / Tesis
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Alterações neuropsicológicas em dependentes de cocaína / Neuropsychological impairments in cocaine-dependent patients

Cunha, Paulo Jannuzzi 20 October 2005 (has links)
INTRODUÇÃO: Embora o uso de cocaína seja um problema significativo de saúde pública, há uma relativa escassez de dados científicos sobre as conseqüências neurocognitivas decorrentes da exposição à substância. OBJETIVO: Este estudo avaliou a associação entre dependência de cocaína e desempenho cognitivo. MÉTODOS: Uma ampla bateria de testes neuropsicológicos, incluindo o Trail Making Test (TMT), Stroop Color Word Test (SCWT), Dígitos Diretos e Inversos (WMS-R), Memória Lógica I e II (WMS-R), Reprodução Visual I e II (WMS-R), Teste da Figura Complexa de Rey-Osterrieth (TFCRO), Buschke Selective Reminding Test (BSRT), Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Desenhos Alternados (Luria), Códigos (WAIS-R), Cubos (WAIS-R), Vocabulário (WAIS-R), Controlled Word Association Test (COWAT), Boston Naming Test (BNT), Bateria de Avaliação Frontal (BAF) e o Iowa Gambling Task (IGT), foi aplicada a 30 dependentes de cocaína, em abstinência por duas semanas, em tratamento, e em 32 sujeitos controles, não usuários de drogas, pareados por idade, sexo, escolaridade, nível sócio-econômico, lateralidade e QI. RESULTADOS: Os resultados mostraram significação estatística (p<0,05) em testes de atenção, fluência verbal, memória visual, memória verbal, capacidade de aprendizagem, funções executivas, memória operacional, funções viso-motoras e na tomada de decisões. CONCLUSÕES: Esses dados mostram evidências de que o abuso de cocaína está associado a déficits cognitivos, semelhantes aos que ocorrem em transtornos cognitivos, possivelmente relacionados a problemas em regiões cerebrais pré-frontais e temporais. O conhecimento dos danos neuropsicológicos específicos pode ser útil no planejamento de programas de prevenção e tratamento mais efetivo para abuso de cocaína / INTRODUCTION: Although cocaine use is a significant public health problem, there is relative paucity of scientific data on long-term neurocognitive consequences of the exposure to the substance. OBJECTIVE: This study examined the association between cocaine dependence and neuropsychological performance. METHODS: An extended battery of neuropsychological tests, including Trail Making Test (TMT), Stroop Color Word Test (SCWT), Forward and Backward Digits (WMS-R), Logical Memory I and II (WMS-R), Visual Reproduction I and II (WMS-R), Rey-Osterrieth Complex Figure Test (ROCFT), Buschke Selective Reminding Test (BSRT), Wisconsin Card Sorting Test (WCST), Alternate Designs (Luria), Symbol-Digit (WAIS-R), Block Design (WAIS-R), Vocabulary (WAIS-R), Controlled Word Association Test (COWAT), Boston Naming Test (BNT), Frontal Assessment Battery (FAB) and Iowa Gambling Task (IGT), was administered to 30 abstinent cocaine abusers, inpatients in abstinence for two weeks, and 32 non-drug-using control subjects matched for age, gender, education, socio-economic status, handedness and IQ. RESULTS: The findings showed statistical significance (p<0,05) on differences of performance in attention, verbal fluency, verbal memory, visual memory, learning ability, executive functions, working memory, visuomotor functioning and decision-making. CONCLUSIONS: These results represent evidences that cocaine abuse is associated with decrements in cognitive functioning, similar to cognitive disorders associated to prefrontal and temporal brain impairments. Knowledge of specific cognitive deficits in cocaine abusers may be useful for designing more effective substance abuse prevention and treatment programs
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Consumo de cocaína, crack e múltiplas drogas: interfaces com a qualidade de vida de usuários / Cocaine, crack and multiple drug consumption: interfaces with user\'s quality of life

Jora, Natália Priolli 21 March 2014 (has links)
O presente estudo teve por objetivo avaliar o uso de cocaína, crack e múltiplas drogas e os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e qualidade de vida de usuários. Trata-se de um estudo do tipo transversal, de abordagem quantitativa, desenvolvido no CAPSad de Ribeirão Preto, SP, por meio de uma amostra clínica composta por 140 clientes do serviço, sendo 54 (38,6%) usuários de crack, 45 (32,1%) de múltiplas drogas e 41 (29,3%) de cocaína. Instrumento: Informações sociodemográficas, Severity Alcohol Dependence Data (SADD), Escala de Severidade da Dependência de Drogas (SDS), World Health Organization Quality of Life - versão abreviada (WHOQOL-bref), e o Addiction Severity Índex (ASI6). Para análise de dados, empregou-se oTeste Exato de Fisher a fim de avaliar a associação entre as variáveis; para a correlação, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson e de Spearman; nas comparações, foi empregada a Análise de Variância (ANOVA) e, para avaliar a influência dos dados sociodemográficos e a qualidade de vida, utilizou-se o modelo de análise de regressão linear múltipla. A amostra caracterizou-se predominantemente por indivíduos do sexo masculino, religião católica, baixo nível de escolaridade e ocupação em atividades informais. Apenas a faixa etária, a raça e o estado civil diferenciaram-se entre os grupos avaliados. No entanto, somente o estado civil influenciou a percepção da qualidade de vida entre usuários de drogas. Níveis severos tanto da síndrome de dependência do álcool quanto de droga foram evidentes entre os grupos avaliados. Os grupos de cocaína e de crack não se diferenciaram entre si, porém se diferenciaram do grupo de usuários de múltiplas drogas na maioria das avaliações, evidenciando maiores escores nas escalas avaliadas (SADD, SDS e ASI6). No que se refere às correlações entre as áreas do ASI6 e do WHOQOL-bref, estas foram negativas, fracas e significativas na maioria de seus domínios, sinalizando que a gravidade dos problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas interfere na percepção da qualidade de vida. Desse modo, aumentando os problemas gerados pelo consumo de álcool (ASI6), maiores são também os prejuízos avaliados pelos domínios físico, psicológico, social e ambiente (WHOQOL-bref). O mesmo ocorreu com a área psiquiátrica (ASI6), que apresentou maior nível de gravidade quando relacionada aos domínios físico e social (WHOQOL-bref). As áreas médica e legal (ASI6) correlacionaram-se com os domínios físico e psicológico (WHOQOL-bref). Finalmente, a área suporte social e familiar (ASI6) correlacionou-se negativamente com os domínios social e ambiente (WHOQOL-bref).Vale mencionar que os resultados podem auxiliar no atendimento dos usuários de drogas por trazerem valiosas contribuições no que se refere à influência do uso dessas substâncias nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e, principalmente, na percepção da qualidade de vida. Assim, podem nortear a implementação de estratégias importantes no tratamento em dependência química. / The aim in this study was to assess the use of cocaine, crack and multiple drugs and the biological, psychological, social aspects and users\' quality of life. A cross-sectional study with a quantitative approach was undertaken at the CAPSad in Ribeirão Preto, SP, Brazil, involving a clinical sample of 140 clients at that service, 54 (38.6%) of whom used crack, 45 (32.1%) multiple drugs and 41 (29.3%) cocaine. Instrument: Sociodemographic information, Severity Alcohol Dependence Data (SADD), Severity of Dependence Scale (SDS), World Health Organization Quality of Life - short version (WHOQOL-bref), and the Addiction Severity Index (ASI6). For data analysis, Fisher\'s Exact Test was employed to assess the association among the variables; for the correlation, Pearson and Spearman\'s correlation coefficients were used; in the comparison, Analysis of Variance (ANOVA) was applied and, to assess the influence of the sociodemographic data and quality of life, the multiple linear regression analysis model was used. The sample predominantly included male individuals, Catholic religion, low education level and occupation in informal activities. Only age range, racial origin and marital status differed among the groups under assessment. Nevertheless, only marital status influenced the perceived quality of life among drugs users. Severe levels of the alcohol and drug dependence syndromes were evident in the evaluated groups. No mutual differences were found between the cocaine and crack groups, but these differed from the multiple drug user group in most evaluations, showing higher scores on the scales (SADD, SDS and ASI6). As regards the correlations between the areas of the ASI-6 and the WHOQOL-bref, these were negative, weak and significant in most domains, signaling that the severity of the drug use problems interferes in the perceived quality of life. Thus, increasing the problems caused by alcohol consumption (ASI6), greater harm is also found in the physical, psychological, social and environmental domains (WHOQOL-bref). The same was true for the psychiatric area (ASI6), which showed greater severity when related to the physical and social domains (WHOQOL-bref). The medical and legal areas (ASI6) were correlated with the physical and psychological domains (WHOQOL-bref). Finally, the social and family support area (ASI6) was negatively correlated with the social and environmental domains (WHOQOL-bref). It should be mentioned that the results can help to attend to drug users because they offer valuable contributions regarding the influence of the consumption of these substances on the biological, psychological, social aspects and mainly on the perceived quality of life. Hence, they can guide the implementation of important strategies for chemical addiction treatment.
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Abstinência à cocaína e suas consequências no sistema colinérgico muscarínico / Abstinencia a la cocaína y sus consecuencias en el sistema colinérgico muscarínico

Yuli Yohana Serna Torres 03 December 2018 (has links)
Uma das principais dificuldades enfrentadas na dependência à cocaína está relacionada aos sintomas de abstinência, como ansiedade, desejo e irritabilidade. Estes efeitos podem durar meses ou anos após a interrupção do consumo prolongado, fazendo com que o indivíduo volte a procurá-la. Os efeitos recompensadores da cocaína levam a alterações neurobiológicas do sistema mesocorticolímbico dopaminérgico, que se origina na área tegmental ventral e se projeta para o núcleo accumbens, e córtex pré-frontal, áreas intimamente ligadas ao desenvolvimento da dependência. Esses neurônios dopaminérgicos recebem estímulos dos neurônios colinérgicos que contribuem para os aspectos cognitivos da dependência. Devido à complexidade neurobilógica envolvida durante a abstinência, pouco se sabe sobre as alterações no sistema colinérgico muscarínico durante este período no encéfalo, objetivo deste estudo. Para tal, camundongos machos adultos Swiss-Webster foram submetidos à cocaína em padrão agudo em binge (3×30 mg/kg/dia) e cronicamente por escalonamento de dose em binge por 14 dias (3×15 mg/kg/dia nos dias 1-4; 3×20 mg/kg/dia nos dias 5-8; 3×25 mg/kg/dia nos dias 9-12; e 3×30 mg/kg/dia nos dias 13 e 14). A atividade locomotora de cada animal foi avaliada em campo aberto (CA), onde permaneceram no aparato por 60 minutos entre cada administração. Após o período de exposição os animais permaneceram 14 dias em abstinência, a fim de avaliar a ansiedade no labirinto em cruz elevado (LCE). Em seguida os animais foram eutaniasiados, sendo o córtex pré-frontal (CPF), o estriado e o hipocampo dissecados e armazenados a -80ºC para a análise dos receptores dopaminérgicos D1 e D2, receptores colinérgicos muscarínicos M1, M2, M3, M4 e M5 (mAChRs) e moléculas colinérgicas (acetilcolinesterase, AChE; colina acetiltransferase, ChAT e transportador vesicular de acetilcolina, VAChT) por Western Blotting (n=6). Os resultados comportamentais mostraram maior atividade locomotora nos animais tratados com cocaína no tratamento agudo ou crônico, quando comparado ao basal. Mais ainda, a sensibilização comportamental foi detectada a partir do segundo dia de administração de cocaína. No teste de LCE, realizado 14 dias após a interrupção da administração de cocaína, não foi observada diferença estatística entre os animais previamente expostos à cocaína e grupo controle. No CPF observou-se diminuição de D2R, M1 mAChRs e aumento M2 e M4 mAChRs no tratamento agudo; no tratamento crônico houve diminuição de M1 e M5 mAChRs e ChAT. No estriado observou-se aumento de D1R, M1 e M2 mAChRs, ChAT no tratamento agudo; e aumento D1R, VAChT, ChAT e diminuição D2R, M1 e M2 mAChRs no tratamento crônico. Já no hipocampo observou-se aumento de D1R, D2R, M2 mAChRs, VAChT e diminuição M1 mAChRs no tratamento agudo; e aumento de D1R, VAChT e diminuição D2R, M1 mAChRs no tratamento crônico. Nossos resultados mostram envolvimento de processo de neuroplasticidade, tanto no sistema dopaminérgico quanto no colinérgico muscarínico, em ambos os protocolos utilizados, mesmo após 14 dias de abstinência. / Una de las dificultades enfrentadas en la dependencia de cocaína son los síntomas de abstinencia, como ansiedad, deseo y irritabilidad. Estos efectos pueden durar meses o años después de la interrupción del consumo prolongado, haciendo que el individuo vuelva a consumirlo. Los efectos recompensadores de la cocaína causa alteraciones neurobiológicas del sistema mesocorticolímbico dopaminérgico, que se origina en el área tegmental ventral y se proyecta hacia el núcleo accumbens y córtex pré-frontal, áreas íntimamente ligadas al desenvolvimiento de la dependencia. Esas neuronas dopaminérgicas reciben estímulos de neuronas colinérgicas la cual contribuyen para los aspectos cognitivos de la dependencia. Debido a la complejidad neurobiológica involucrada durante la abstinencia, poco se sabe sobre las alteraciones del sistema colinérgico muscarínico durante este periodo en el encéfalo, objetivo de este estudio. Por tanto, ratones adultos macho Swiss-Webster fueron sometidos a cocaína en dosis padrón agudo en binge (3×30 mg/kg/día) y crónicamente por escalonamiento de dosis en binge por 14 días (3×15 mg/kg/día en los días 1-4; 3×20 mg/kg/día en los días 5-8; 3×25 mg/kg/día en los días 9-12; y 3×30 mg/kg/día en los días 13 e 14). La actividad locomotora de cada animal fue evaluada en el test de campo abierto (CA), donde permanecieron por 60 minutos entre cada administración. Después del periodo de exposición los animales permanecieron 14 días de abstinencia, a fin de evaluar la ansiedad en el labirinto de cruz elevado (LCE). En seguida los animales fueron eutanasiados, donde el córtex pré-frontal (CPF), estriado y hipocampo fueron disecados y almacenados a -80ºC para analizar los receptores dopaminérgicos D1 e D2, receptores colinérgicos muscarínicos M1, M2, M3, M4 y M5 (mAChRs) y moléculas colinérgicas (acetilcolinesterasa, AChE; colina acetiltransferasa, ChAT y transportador vesicular de acetilcolina, VAChT) por Western Blotting (n=6). Los resultados comportamentales mostraron mayor actividad locomotora en los animales tratados con cocaína en tratamiento agudo y crónico, comparado al control. Por otra parte, la sensibilización comportamental fue detectado a partir de segundo día de administración de cocaína. En la prueba de LCE, realizado después de 14 días de interrupción de la administración de cocaína, no fue observado diferencia estadística entre los animales previamente expuestos a la cocaína y el grupo control. En CPF se observó disminución de D2R, M1 mAChRs y aumento de M2 y M4 mAChRs en tratamiento agudo; en el tratamiento crónico mostro disminución de M1 y M5 mAChRs y ChAT. En el estriado se observó aumento de D1R, M1 y M2 mAChRs, ChAT en el tratamiento agudo; aumento D1R, VAChT, ChAT y disminución de D2R, M1 y M2 mAChRs en el tratamiento crónico. Por último, en el hipocampo se observó aumento de D1R, D2R, M2 mAChRs, VAChT y disminución M1 mAChRs en el tratamiento agudo; aumento de D1R, VAChT y disminución D2R, M1 mAChRs en el tratamiento crónico. Nuestros resultados muestran envolvimiento de procesos de neuroplasticidad, tanto en el sistema dopaminérgico como el sistema colinérgico muscarínico, en ambos protocolos utilizados, después de 14 días de abstinencia.
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Abstinência à cocaína e suas consequências no sistema colinérgico muscarínico / Abstinencia a la cocaína y sus consecuencias en el sistema colinérgico muscarínico

Torres, Yuli Yohana Serna 03 December 2018 (has links)
Uma das principais dificuldades enfrentadas na dependência à cocaína está relacionada aos sintomas de abstinência, como ansiedade, desejo e irritabilidade. Estes efeitos podem durar meses ou anos após a interrupção do consumo prolongado, fazendo com que o indivíduo volte a procurá-la. Os efeitos recompensadores da cocaína levam a alterações neurobiológicas do sistema mesocorticolímbico dopaminérgico, que se origina na área tegmental ventral e se projeta para o núcleo accumbens, e córtex pré-frontal, áreas intimamente ligadas ao desenvolvimento da dependência. Esses neurônios dopaminérgicos recebem estímulos dos neurônios colinérgicos que contribuem para os aspectos cognitivos da dependência. Devido à complexidade neurobilógica envolvida durante a abstinência, pouco se sabe sobre as alterações no sistema colinérgico muscarínico durante este período no encéfalo, objetivo deste estudo. Para tal, camundongos machos adultos Swiss-Webster foram submetidos à cocaína em padrão agudo em binge (3×30 mg/kg/dia) e cronicamente por escalonamento de dose em binge por 14 dias (3×15 mg/kg/dia nos dias 1-4; 3×20 mg/kg/dia nos dias 5-8; 3×25 mg/kg/dia nos dias 9-12; e 3×30 mg/kg/dia nos dias 13 e 14). A atividade locomotora de cada animal foi avaliada em campo aberto (CA), onde permaneceram no aparato por 60 minutos entre cada administração. Após o período de exposição os animais permaneceram 14 dias em abstinência, a fim de avaliar a ansiedade no labirinto em cruz elevado (LCE). Em seguida os animais foram eutaniasiados, sendo o córtex pré-frontal (CPF), o estriado e o hipocampo dissecados e armazenados a -80ºC para a análise dos receptores dopaminérgicos D1 e D2, receptores colinérgicos muscarínicos M1, M2, M3, M4 e M5 (mAChRs) e moléculas colinérgicas (acetilcolinesterase, AChE; colina acetiltransferase, ChAT e transportador vesicular de acetilcolina, VAChT) por Western Blotting (n=6). Os resultados comportamentais mostraram maior atividade locomotora nos animais tratados com cocaína no tratamento agudo ou crônico, quando comparado ao basal. Mais ainda, a sensibilização comportamental foi detectada a partir do segundo dia de administração de cocaína. No teste de LCE, realizado 14 dias após a interrupção da administração de cocaína, não foi observada diferença estatística entre os animais previamente expostos à cocaína e grupo controle. No CPF observou-se diminuição de D2R, M1 mAChRs e aumento M2 e M4 mAChRs no tratamento agudo; no tratamento crônico houve diminuição de M1 e M5 mAChRs e ChAT. No estriado observou-se aumento de D1R, M1 e M2 mAChRs, ChAT no tratamento agudo; e aumento D1R, VAChT, ChAT e diminuição D2R, M1 e M2 mAChRs no tratamento crônico. Já no hipocampo observou-se aumento de D1R, D2R, M2 mAChRs, VAChT e diminuição M1 mAChRs no tratamento agudo; e aumento de D1R, VAChT e diminuição D2R, M1 mAChRs no tratamento crônico. Nossos resultados mostram envolvimento de processo de neuroplasticidade, tanto no sistema dopaminérgico quanto no colinérgico muscarínico, em ambos os protocolos utilizados, mesmo após 14 dias de abstinência. / Una de las dificultades enfrentadas en la dependencia de cocaína son los síntomas de abstinencia, como ansiedad, deseo y irritabilidad. Estos efectos pueden durar meses o años después de la interrupción del consumo prolongado, haciendo que el individuo vuelva a consumirlo. Los efectos recompensadores de la cocaína causa alteraciones neurobiológicas del sistema mesocorticolímbico dopaminérgico, que se origina en el área tegmental ventral y se proyecta hacia el núcleo accumbens y córtex pré-frontal, áreas íntimamente ligadas al desenvolvimiento de la dependencia. Esas neuronas dopaminérgicas reciben estímulos de neuronas colinérgicas la cual contribuyen para los aspectos cognitivos de la dependencia. Debido a la complejidad neurobiológica involucrada durante la abstinencia, poco se sabe sobre las alteraciones del sistema colinérgico muscarínico durante este periodo en el encéfalo, objetivo de este estudio. Por tanto, ratones adultos macho Swiss-Webster fueron sometidos a cocaína en dosis padrón agudo en binge (3×30 mg/kg/día) y crónicamente por escalonamiento de dosis en binge por 14 días (3×15 mg/kg/día en los días 1-4; 3×20 mg/kg/día en los días 5-8; 3×25 mg/kg/día en los días 9-12; y 3×30 mg/kg/día en los días 13 e 14). La actividad locomotora de cada animal fue evaluada en el test de campo abierto (CA), donde permanecieron por 60 minutos entre cada administración. Después del periodo de exposición los animales permanecieron 14 días de abstinencia, a fin de evaluar la ansiedad en el labirinto de cruz elevado (LCE). En seguida los animales fueron eutanasiados, donde el córtex pré-frontal (CPF), estriado y hipocampo fueron disecados y almacenados a -80ºC para analizar los receptores dopaminérgicos D1 e D2, receptores colinérgicos muscarínicos M1, M2, M3, M4 y M5 (mAChRs) y moléculas colinérgicas (acetilcolinesterasa, AChE; colina acetiltransferasa, ChAT y transportador vesicular de acetilcolina, VAChT) por Western Blotting (n=6). Los resultados comportamentales mostraron mayor actividad locomotora en los animales tratados con cocaína en tratamiento agudo y crónico, comparado al control. Por otra parte, la sensibilización comportamental fue detectado a partir de segundo día de administración de cocaína. En la prueba de LCE, realizado después de 14 días de interrupción de la administración de cocaína, no fue observado diferencia estadística entre los animales previamente expuestos a la cocaína y el grupo control. En CPF se observó disminución de D2R, M1 mAChRs y aumento de M2 y M4 mAChRs en tratamiento agudo; en el tratamiento crónico mostro disminución de M1 y M5 mAChRs y ChAT. En el estriado se observó aumento de D1R, M1 y M2 mAChRs, ChAT en el tratamiento agudo; aumento D1R, VAChT, ChAT y disminución de D2R, M1 y M2 mAChRs en el tratamiento crónico. Por último, en el hipocampo se observó aumento de D1R, D2R, M2 mAChRs, VAChT y disminución M1 mAChRs en el tratamiento agudo; aumento de D1R, VAChT y disminución D2R, M1 mAChRs en el tratamiento crónico. Nuestros resultados muestran envolvimiento de procesos de neuroplasticidad, tanto en el sistema dopaminérgico como el sistema colinérgico muscarínico, en ambos protocolos utilizados, después de 14 días de abstinencia.
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Avaliação dos índices de DNA danificado em usuários de crack

Freitas, Thiago Aley Brites de January 2012 (has links)
O crack é um subproduto da cocaína obtido a partir da pasta de coca acrescida do bicarbonato de sódio, sendo comercializado na forma de pequenas pedras porosas. No Brasil, o consumo de crack tem sido alvo de grande preocupação devido sua expressiva expansão em várias regiões, sendo que o aumento da prevalência do seu consumo vem sendo amplamente documentado nos últimos anos. A dependência de crack é a causa mais prevalente de internação por uso de cocaína. Há uma necessidade imediata de estudos que se direcionem para esta população. A presente pesquisa pretende demonstrar evidências capazes de contribuir para o entendimento dos mecanismos envolvidos na ação do psicotrópico crack sobre o DNA, bem como oferecer dados que auxiliem no desenvolvimento de tratamentos para pacientes usuários abusivos desta droga. Este estudo teve como objetivo avaliar o dano ao DNA e a capacidade de reparo, em 31 indivíduos usuários ativos de crack, relacionando-os com um grupo controle com 40 participantes. O trabalho foi desenvolvido através de voluntários recém internados na Clínica Marcelo Campos em São Leopoldo. Foram coletadas amostras em três momentos (internação, 48h após e ao término do tratamento) e submetidas às técnicas de micronúcleo e cometa. Dentre os resultados desta avaliação, foram evidenciados índices de dano significativamente diferentes entre os grupos nas técnicas de micronúcleos e cometa, e entre os períodos de coleta na técnica de cometa. Os valores obtidos para o índice de dano de DNA da técnica do cometa nos três momentos de avaliação revelaram uma diminuição estatisticamente significativa apenas após o término do tratamento. Em relação à utilização concomitante de outras substâncias, o consumo de tabaco ocorreu em 68% dos indivíduos, maconha em 71% e cocaína em 32%, sendo que 19% faziam uso concomitante de todas as drogas mencionadas. Houve correlação com o tempo de uso do tabaco e o índice de dano (P=0,043), MN (P=0,017) e NBP (P=0,023) em determinados momentos. O consumo de álcool ocorreu em 61,29% dos participantes, não havendo correlação estatisticamente significativa com os marcadores de dano. A idade e o tempo de utilização do crack não apresentaram associação ao índice de dano. Houve associação significativa entre o consumo de chimarrão (Ilex paraguaiensis) e MN (P= 0,045). Estudos associando o crack com dano ao DNA são, ainda, escassos. Este trabalho buscou acrescentar informações quanto ao potencial danoso desta substância. / Crack is a by-product of cocaine resulting from the addition of sodium bicarbonate to cocaine base paste, being sold in the form of small, porous rocks. In Brazil, the consumption of crack has been the subject of great concern due to its significant expansion in various regions, thus the increasing prevalence of drug use has been documented in recent years. The dependence of crack is the most prevalent cause of hospitalization due to cocaine use, supporting an immediate need for studies to target this population. This research aims to demonstrate evidence that can contribute to the understanding of the mechanisms involved in the action of psychotropic Crack on DNA, as well as provide data to assist in development of treatments for patients who are drug abusers. This study aimed to assess the damage and DNA repair capacity in 31 individuals who are active users of crack, comparing them to a control group of 40 participants. The study was conducted by volunteers newly admitted to the Clinic Marcelo Campos in São Leopoldo. Samples were collected at three time points (at admission, 48 hours latter and at the end of treatment) and subjected to the comet and micronucleus techniques. Among the results of this assessment damage indices were evident and significantly different between groups in the comet and micronucleus techniques, and between sampling periods for the comet technique. The values obtained for the rate of DNA damage in the comet technique in all three time points revealed a statistically significant decrease only after the end of treatment. Regarding the concomitant use of other substances, no significant association was found with the results. Tobacco consumption occurred in 68% of subjects, marijuana in 71% and cocaine in 32%, being 19% users of all drugs mentioned. There was a correlation over time of tobacco use and the damage index (P = 0.043), MN (P = 0.017) and NBP (P = 0.023) at certain time points.. Alcohol consumption occurred in 61.29% of the participants, there was no statistically significant correlation with markers of damage.The age and duration of use were not associated to the crack damage index. There was a significant association between the consumption of yerba mate (Ilex paraguaiensis) and MN. (P = 0.045). Studies associating the crack with DNA damage are still scarce. This study brings additional information about the potential harmful of substance.
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Estudo de associação do gene do transportador de dopamina com abuso e dependência de crack

Stolf, Anderson Ravy January 2013 (has links)
Introdução: O crack é uma droga de abuso derivada do refino da cocaína, sendo objeto de preocupação e de estudo há pelo menos duas décadas. A via de administração dessa droga aumenta a chance de um indivíduo se tornar dependente, em comparação com o uso de cocaína. No Brasil, o consumo de crack nos últimos anos se tornou um importante problema de saúde pública, e vem atingindo grupos etários cada vez mais jovens. Apesar de sua importância epidemiológica, há escassez de estudos na literatura sobre a etiologia da dependência dessa droga. O objetivo do presente estudo foi investigar a possibilidade de associação entre o abuso/dependência de crack e o gene do transportador de dopamina (DAT1). Devido ao seu mecanismo de ação da dependência química, esse gene pode ser considerado um bom candidato para estudos moleculares com fenótipos de adição. Método: Uma amostra de 237 abusadores ou dependentes de crack (critérios do DSM-IV TR) internados ou em tratamento ambulatorial e 205 controles comunitários foi coletada no sul do Brasil. A amostra incluiu indivíduos de ambos os sexos, diferentes etnias e idade maior que 18 anos. Os sujeitos foram avaliados com ASRS, ASI6, BIS e MINI-Short. O QI foi estimado utilizando-se o WAIS. As amostras de DNA extraídas do sangue total foram genotipadas para o VNTR de 40 pb da região 3’ UTR do gene DAT1. A hipótese de associação foi investigada utilizando testes de qui-quadrado e regressão logística. Resultados: Uma análise pareada mostrou uma maior prevalência, embora não significante, da homozigose do alelo 10R (considerada como de risco) em relação a outros genótipos, em casos versus controles (59,9% versus 49,2%; Mcnemar p=0,059; 187 pares considerando sexo, idade e grupo étnico). A comparação não pareada incluindo todos os sujeitos e realizada com as covariáveis sexo, idade e grupo étnico mostrou uma diferença significativa (p=0,032 - correção de continuidade), evidenciando frequência aumentada do genótipo 10.10 nos casos (59,9%) comparados aos controles (49,3%). O modelo de regressão logística que incluiu sexo, idade, grupo étnico, nível educacional, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, episódio depressivo maior atual, transtorno de ansiedade generalizada e risco de suicídio como covariáveis também mostrou associação com o genétipo 10.10 (p=0,04, RC=1,758, IC= 1,026 – 3,012). Conclusões: Este é um dos primeiros estudos genéticos de associação com usuários de crack na literatura, sugerindo uma influência do gene DAT1, especialmente o genótipo 10.10, na dependência dessa droga. Esse resultado corrobora o papel da proteína DAT na neurobiologia da dependência química e mais especificamente do crack. Embora a maioria dos achados aqui apresentados leve a esta direção, existem vários confundidores que devem ser considerados, o que nos sugere ampliação do número de sujeitos da amostra e a realização de mais análises com esse e outros polimorfismos do DAT1 para confirmar e compreender sua contribuição como possível fator de risco para a dependência de crack. A continuidade da genotipagem de outros genes do sistema dopaminérgico e outras rotas neurobiológicas que possam estar relacionados ao desfecho, para futuras análises de associação que contemplem também interações gene-gene e gene-ambiente também é fundamental. / Background: Crack-cocaine is a drug of abuse which results from cocaine refine that has been object of concern and study for at least two decades. The administration route of this drug enhances the chance for the individual achieving dependence, comparing to snorted cocaine. In Brazil, crack consumption in the last years has become an important health problem, especially in younger people. Despite its epidemiological importance, there is scarcity of studies about the etiology of this addiction. The aim of this study was to investigate the possibility of association between crack-cocaine abuse or dependence and dopamine transporter gene (DAT1). Due to the involvement of dopamine transporter on drug addiction mechanisms, this gene can be a good candidate for molecular studies regarding addiction phenotypes. Methods: A cross-sectional sample of 237 adults, current crack abusers or dependents (DSM-IV TR criteria) from in- and outpatient clinics and 205 community controls were collected in southern Brazil. Subjects were evaluated with ASRS, ASI6 and MINI-Short. IQ was estimated using WAIS. DNA samples extracted from whole blood were genotyped for the 40 bp VNTR of 3`UTR region at DAT1. The hypothesis of association was investigated using Chi-square and Logistic regression tests. Results: A paired analysis showed a higher prevalence in cases than in controls, although not significant, of 10R allele homozygosis (putatively the risk genotype) versus other genotypes (59.9% versus 49.2%; Mcnemar p=0.059; 187 pairs regarding sex, age and ethnic group). The non-paired comparison including all the subjects and considering sex, age and ethnic group as co-variates showed a significative difference (p=0.032 continuity correction), evidencing an increased frequency of 10.10 genotype in cases (59.9%) compared to controls (49.3%). The logistic regression model including sex, age, ethnic group, educational level attentiondeficit/ hyperactivity disorder, current major depressive disorder, generalized anxiety disorder and suicide risk as co-variates also identified a significant effect of 10.10 genotype in crack-cocaine addiction (p=0.04, OR=1.758, CI= 1.026 – 3.012). Conclusion: This is one of the first genetic association studies with crack-cocaine users in the literature, suggesting an influence of the DAT1 gene, namely the 10.10 genotype, in crack-cocaine abuse or dependence. This result corroborates the role of DAT protein in neurobiology of drug addiction and specifically of this drug of abuse. However, even though most of the results presented leads to this direction, there are several confounders that should be considered, which suggests increasing the number of sample subjects and performing more analyses with this and other DAT1 polymorphisms, to confirm and clarify its contribution as a possible risk factor for crack-cocaine abuse or dependence. The genotyping of other genes from dopaminergic system and other neurobiological routes related to the outcome, for future association analyzes that include gene-gene and gene-environment interactions, is also warranted.
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Avaliação dos índices de DNA danificado em usuários de crack

Freitas, Thiago Aley Brites de January 2012 (has links)
O crack é um subproduto da cocaína obtido a partir da pasta de coca acrescida do bicarbonato de sódio, sendo comercializado na forma de pequenas pedras porosas. No Brasil, o consumo de crack tem sido alvo de grande preocupação devido sua expressiva expansão em várias regiões, sendo que o aumento da prevalência do seu consumo vem sendo amplamente documentado nos últimos anos. A dependência de crack é a causa mais prevalente de internação por uso de cocaína. Há uma necessidade imediata de estudos que se direcionem para esta população. A presente pesquisa pretende demonstrar evidências capazes de contribuir para o entendimento dos mecanismos envolvidos na ação do psicotrópico crack sobre o DNA, bem como oferecer dados que auxiliem no desenvolvimento de tratamentos para pacientes usuários abusivos desta droga. Este estudo teve como objetivo avaliar o dano ao DNA e a capacidade de reparo, em 31 indivíduos usuários ativos de crack, relacionando-os com um grupo controle com 40 participantes. O trabalho foi desenvolvido através de voluntários recém internados na Clínica Marcelo Campos em São Leopoldo. Foram coletadas amostras em três momentos (internação, 48h após e ao término do tratamento) e submetidas às técnicas de micronúcleo e cometa. Dentre os resultados desta avaliação, foram evidenciados índices de dano significativamente diferentes entre os grupos nas técnicas de micronúcleos e cometa, e entre os períodos de coleta na técnica de cometa. Os valores obtidos para o índice de dano de DNA da técnica do cometa nos três momentos de avaliação revelaram uma diminuição estatisticamente significativa apenas após o término do tratamento. Em relação à utilização concomitante de outras substâncias, o consumo de tabaco ocorreu em 68% dos indivíduos, maconha em 71% e cocaína em 32%, sendo que 19% faziam uso concomitante de todas as drogas mencionadas. Houve correlação com o tempo de uso do tabaco e o índice de dano (P=0,043), MN (P=0,017) e NBP (P=0,023) em determinados momentos. O consumo de álcool ocorreu em 61,29% dos participantes, não havendo correlação estatisticamente significativa com os marcadores de dano. A idade e o tempo de utilização do crack não apresentaram associação ao índice de dano. Houve associação significativa entre o consumo de chimarrão (Ilex paraguaiensis) e MN (P= 0,045). Estudos associando o crack com dano ao DNA são, ainda, escassos. Este trabalho buscou acrescentar informações quanto ao potencial danoso desta substância. / Crack is a by-product of cocaine resulting from the addition of sodium bicarbonate to cocaine base paste, being sold in the form of small, porous rocks. In Brazil, the consumption of crack has been the subject of great concern due to its significant expansion in various regions, thus the increasing prevalence of drug use has been documented in recent years. The dependence of crack is the most prevalent cause of hospitalization due to cocaine use, supporting an immediate need for studies to target this population. This research aims to demonstrate evidence that can contribute to the understanding of the mechanisms involved in the action of psychotropic Crack on DNA, as well as provide data to assist in development of treatments for patients who are drug abusers. This study aimed to assess the damage and DNA repair capacity in 31 individuals who are active users of crack, comparing them to a control group of 40 participants. The study was conducted by volunteers newly admitted to the Clinic Marcelo Campos in São Leopoldo. Samples were collected at three time points (at admission, 48 hours latter and at the end of treatment) and subjected to the comet and micronucleus techniques. Among the results of this assessment damage indices were evident and significantly different between groups in the comet and micronucleus techniques, and between sampling periods for the comet technique. The values obtained for the rate of DNA damage in the comet technique in all three time points revealed a statistically significant decrease only after the end of treatment. Regarding the concomitant use of other substances, no significant association was found with the results. Tobacco consumption occurred in 68% of subjects, marijuana in 71% and cocaine in 32%, being 19% users of all drugs mentioned. There was a correlation over time of tobacco use and the damage index (P = 0.043), MN (P = 0.017) and NBP (P = 0.023) at certain time points.. Alcohol consumption occurred in 61.29% of the participants, there was no statistically significant correlation with markers of damage.The age and duration of use were not associated to the crack damage index. There was a significant association between the consumption of yerba mate (Ilex paraguaiensis) and MN. (P = 0.045). Studies associating the crack with DNA damage are still scarce. This study brings additional information about the potential harmful of substance.
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Estudo de associação do gene do transportador de dopamina com abuso e dependência de crack

Stolf, Anderson Ravy January 2013 (has links)
Introdução: O crack é uma droga de abuso derivada do refino da cocaína, sendo objeto de preocupação e de estudo há pelo menos duas décadas. A via de administração dessa droga aumenta a chance de um indivíduo se tornar dependente, em comparação com o uso de cocaína. No Brasil, o consumo de crack nos últimos anos se tornou um importante problema de saúde pública, e vem atingindo grupos etários cada vez mais jovens. Apesar de sua importância epidemiológica, há escassez de estudos na literatura sobre a etiologia da dependência dessa droga. O objetivo do presente estudo foi investigar a possibilidade de associação entre o abuso/dependência de crack e o gene do transportador de dopamina (DAT1). Devido ao seu mecanismo de ação da dependência química, esse gene pode ser considerado um bom candidato para estudos moleculares com fenótipos de adição. Método: Uma amostra de 237 abusadores ou dependentes de crack (critérios do DSM-IV TR) internados ou em tratamento ambulatorial e 205 controles comunitários foi coletada no sul do Brasil. A amostra incluiu indivíduos de ambos os sexos, diferentes etnias e idade maior que 18 anos. Os sujeitos foram avaliados com ASRS, ASI6, BIS e MINI-Short. O QI foi estimado utilizando-se o WAIS. As amostras de DNA extraídas do sangue total foram genotipadas para o VNTR de 40 pb da região 3’ UTR do gene DAT1. A hipótese de associação foi investigada utilizando testes de qui-quadrado e regressão logística. Resultados: Uma análise pareada mostrou uma maior prevalência, embora não significante, da homozigose do alelo 10R (considerada como de risco) em relação a outros genótipos, em casos versus controles (59,9% versus 49,2%; Mcnemar p=0,059; 187 pares considerando sexo, idade e grupo étnico). A comparação não pareada incluindo todos os sujeitos e realizada com as covariáveis sexo, idade e grupo étnico mostrou uma diferença significativa (p=0,032 - correção de continuidade), evidenciando frequência aumentada do genótipo 10.10 nos casos (59,9%) comparados aos controles (49,3%). O modelo de regressão logística que incluiu sexo, idade, grupo étnico, nível educacional, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, episódio depressivo maior atual, transtorno de ansiedade generalizada e risco de suicídio como covariáveis também mostrou associação com o genétipo 10.10 (p=0,04, RC=1,758, IC= 1,026 – 3,012). Conclusões: Este é um dos primeiros estudos genéticos de associação com usuários de crack na literatura, sugerindo uma influência do gene DAT1, especialmente o genótipo 10.10, na dependência dessa droga. Esse resultado corrobora o papel da proteína DAT na neurobiologia da dependência química e mais especificamente do crack. Embora a maioria dos achados aqui apresentados leve a esta direção, existem vários confundidores que devem ser considerados, o que nos sugere ampliação do número de sujeitos da amostra e a realização de mais análises com esse e outros polimorfismos do DAT1 para confirmar e compreender sua contribuição como possível fator de risco para a dependência de crack. A continuidade da genotipagem de outros genes do sistema dopaminérgico e outras rotas neurobiológicas que possam estar relacionados ao desfecho, para futuras análises de associação que contemplem também interações gene-gene e gene-ambiente também é fundamental. / Background: Crack-cocaine is a drug of abuse which results from cocaine refine that has been object of concern and study for at least two decades. The administration route of this drug enhances the chance for the individual achieving dependence, comparing to snorted cocaine. In Brazil, crack consumption in the last years has become an important health problem, especially in younger people. Despite its epidemiological importance, there is scarcity of studies about the etiology of this addiction. The aim of this study was to investigate the possibility of association between crack-cocaine abuse or dependence and dopamine transporter gene (DAT1). Due to the involvement of dopamine transporter on drug addiction mechanisms, this gene can be a good candidate for molecular studies regarding addiction phenotypes. Methods: A cross-sectional sample of 237 adults, current crack abusers or dependents (DSM-IV TR criteria) from in- and outpatient clinics and 205 community controls were collected in southern Brazil. Subjects were evaluated with ASRS, ASI6 and MINI-Short. IQ was estimated using WAIS. DNA samples extracted from whole blood were genotyped for the 40 bp VNTR of 3`UTR region at DAT1. The hypothesis of association was investigated using Chi-square and Logistic regression tests. Results: A paired analysis showed a higher prevalence in cases than in controls, although not significant, of 10R allele homozygosis (putatively the risk genotype) versus other genotypes (59.9% versus 49.2%; Mcnemar p=0.059; 187 pairs regarding sex, age and ethnic group). The non-paired comparison including all the subjects and considering sex, age and ethnic group as co-variates showed a significative difference (p=0.032 continuity correction), evidencing an increased frequency of 10.10 genotype in cases (59.9%) compared to controls (49.3%). The logistic regression model including sex, age, ethnic group, educational level attentiondeficit/ hyperactivity disorder, current major depressive disorder, generalized anxiety disorder and suicide risk as co-variates also identified a significant effect of 10.10 genotype in crack-cocaine addiction (p=0.04, OR=1.758, CI= 1.026 – 3.012). Conclusion: This is one of the first genetic association studies with crack-cocaine users in the literature, suggesting an influence of the DAT1 gene, namely the 10.10 genotype, in crack-cocaine abuse or dependence. This result corroborates the role of DAT protein in neurobiology of drug addiction and specifically of this drug of abuse. However, even though most of the results presented leads to this direction, there are several confounders that should be considered, which suggests increasing the number of sample subjects and performing more analyses with this and other DAT1 polymorphisms, to confirm and clarify its contribution as a possible risk factor for crack-cocaine abuse or dependence. The genotyping of other genes from dopaminergic system and other neurobiological routes related to the outcome, for future association analyzes that include gene-gene and gene-environment interactions, is also warranted.

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