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Idéias impressas: o direito e a história na doutrina constitucional brasileira na primeira república / Printed ideas: law and history in the Brazilian constitutional doctrine in the first republic

Pivatto, Priscila Maddalozzo 12 May 2010 (has links)
Os livros publicados durante a primeira república que desenvolveram estudos com base nas novas configurações políticas e jurídicas introduzidas no país a partir da promulgação da constituição de 1891 podem ser considerados objetos de consumo que funcionaram como depositários da doutrina constitucional brasileira. Esses materiais procuraram dar continuidade e perenidade ao pensamento constitucional, esforçando-se no sentido de consolidar as criações e os debates constitucionais travados em embates discursivos provenientes das mais diferentes esferas. Os discursos construídos pelos autores são compreendidos dentro de um contexto amplo, no qual diferentes elementos e atores agiram como mediadores entre o texto do escritor e a recepção do leitor. Assim, os livros não são entendidos de forma idealizada como textos puros, mas como produtos finais cuja materialidade e realidade do mercado editorial determinaram também as formas de apresentação e de estruturação interna dos conteúdos abordados. A pesquisa analisa os livros de direito constitucional publicados durante a primeira república a partir desses dois pontos principais. Inicialmente trabalha informações relacionadas à materialidade dos textos, considerando aspectos sobre a produção e circulação desses livros, bem como elementos pré-textuais que trouxeram questões importantes para a sua compreensão. Na seqüência, enfoca os discursos produzidos pelos autores em torno de dois temas constitucionais específicos, o federalismo e o estado de sítio, e a forma como construíram seus textos e argumentos e os estruturaram e apresentaram aos leitores. Tanto nos aspectos relacionados ao mercado editorial do período quanto na análise dos discursos dos prefácios e na abordagem dos temas específicos do federalismo e do estado de sítio, foi possível perceber que no momento inicial da história republicana brasileira esses livros agiram construindo, consolidando e difundindo novos padrões, novos entendimentos e novas formas de concepção de mundo e de práticas de vida, ensinando e doutrinando os cidadãos de acordo com as estruturas republicanas. Considerando que o livro procura sistematizar, explicar, interpretar, divulgar e consolidar a constituição brasileira, numa formatação que incentiva o seu uso por uma gama ampla de leitores, o papel que exerce na sociedade é decisivo, já que repercute nas compreensões sociais e institucionais do país acerca do direito. / The books published during the Brazilian first republic that developed studies based on the new political and legal settings introduced in the country after the promulgation of the constitution of 1891 can be considered as objects of consumption that acted as keepers of the Brazilian constitutional doctrine. These materials sought to provide continuity and sustainability to the constitutional thought, making efforts to consolidate the constitutional creations and debates caught in discursive struggles coming from varied spheres. The discourses constructed by the authors are included within a broad context in which different elements and actors have performed as mediators between the text of the writer and reader reception. Thus, the books are not understood so idealized as pure text, but as final products whose materiality and reality of the publishing industry have also determined the forms of presentation and internal structuring of the content addressed. The research examines the books of constitutional law published during the first republic from these two main points. Initially, working on information related to the materiality of texts, considering aspects of the production and circulation of these books, as well as pre-textual elements that have brought important issues to understanding. Subsequently, it focuses on the discourses made by the authors around two specific constitutional issues, the federalism and the state of siege, and how they built their texts and arguments and structured and presented to readers. In both aspects of the publishing industry of the period and in the discourse analysis of the prefaces and addressing specific issues of federalism and the state of siege, it was revealed that in the initial time of Brazilian republican history, these books acted by building, consolidating and disseminating new standards, new understandings and new ways of designing the world and the daily practice, teaching and indoctrinating citizens in accordance with the republican structures. Whereas the book is an attempt to explain, interpret, disseminate and consolidate the Brazilian constitution, in a format that encourages their use by a wide range of readers, the role it plays in society is crucial, as it reflects in the social and institutional understandings of the country about Law.
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Discurso e política constitucional: a reforma constitucional na doutrina brasileira da Primeira República / Discours et la politique constitutionnelle: reforme constitutionnelle dans la doctrine brásilienne de la Première République

Junqueira, Maria Olívia Pessoni 08 April 2015 (has links)
Durante todo o período de vigência da Constituição brasileira de 1891, foram produzidos diversos trabalhos doutrinários em torno da reforma da Constituição, ora mais ligados à política constitucional do período, ora de caráter mais teórico. Com os olhos voltados a esse material, o objetivo da pesquisa foi mapear e sistematizar os trabalhos doutrinários que veicularam esses discursos da época, em suportes materiais mais duradouros (livros de Direito Constitucional gerais, livros específicos sobre o tema e artigos publicados em periódicos jurídicos), a fim de verificar quais foram seus objetos e quais os objetivos de seus autores ao se inserirem no debate sobre a reforma constitucional. Para tanto, foram utilizadas as reflexões teóricas da Escola de Cambridge para o estudo da teoria política, especialmente de Quentin Skinner e J. G. A. Pocock, como instrumentos metodológicos para a reconstrução do debate. A partir da observação dos discursos em seus respectivos contextos intelectuais, foram identificados alguns objetos de reflexão recorrentes no debate, para além das propostas de reforma da Constituição de 1891. Em primeiro lugar, identificou-se que houve reflexões ligadas à teoria da Constituição e da reforma constitucional, no que diz respeito à estabilidade ou mutabilidade do texto constitucional, além de outras mais incipientes relativas à mudança da Constituição sem alteração do seu texto. Em segundo lugar, houve discursos jurídicos voltados à intepretação do artigo 90 da Constituição, quanto ao procedimento e limites materiais para a reforma constitucional, além de outros discursos com caráter político, que questionavam a legitimidade da vedação constitucional de alteração da forma republicano-federativa e da igualdade de representação dos Estados no Senado. Por fim, houve discursos político-constitucionais que se voltaram à análise de três aspectos. Em primeiro lugar, sobre a necessidade e oportunidade de uma reforma da Constituição de 1891. Em segundo lugar, discursos que objetivaram avaliar o produto da reforma constitucional realizada no Brasil entre 1924 e 1926, bem como as condições políticas em que se deu. E, enfim, os discursos que produziram a crítica à Constituição (por sua dissociação da realidade do país ou por ser inspirada em instituições estrangeiras), a crítica à crença na sua reforma com solução para os problemas políticos, econômicos e sociais do país, e outros que dialogaram com essas críticas. Nas reflexões sobre a reforma constitucional do período, verificou-se a produção de discursos com objetos e objetivos variados, que identificaram causas distintas para os mencionados problemas e que apresentaram propostas e encaminhamentos diversos para a sua solução, que tocavam no tema da reforma constitucional. / Throughout the period of time Brazilian Constitution of 1891 was in force, numerous doctrinal works on the constitutional amendment and constitutional making were done either more related to the constitutional politics of the time, or to more theoretical features. Bearing this material in mind, the purpose of this research was to map and systematize the doctrinal work that reported the discourses of the time, which were published in more durable material supports (Constitutional Law books, specific books on the topic and articles published in legal journals), in order to check which their objects were as well as the authors goals when having contributed to the debate on constitutional amendment and constitutional making. Therefore, the Cambridges School theoretical reflections for the study of political theory, especially of Quentin Skinner and J. G. A. Pocock, were used as methodological tools for the reconstruction of the debate. From the observation of the speeches in their respective intellectual contexts, it was identified some recurring objects of reflection in the debate, in addition to the proposed amendments to the 1891 Constitution. Firstly, it was identified that there were reflections related to the theory of the Constitution and the constitutional amendment and constitutional making, with regard to the stability or changeability of the constitutional text, besides other incipient speeches related to the Constitution change without changing its text. Secondly, there were legal discourses focused on the interpretation of article 90 of the Constitution of 1891, concerning the procedure and materials limits for constitutional amendment, along with speeches with political feature, which questioned the legitimacy of the constitutional prohibition of amendment of the Republican-federative form and the equal representation of the States in the Senate. Lastly, there were also political and constitutional speeches that targeted the analysis of the necessity and opportunity for amendment of the Constitution of 1891, during most of its validity period; others that aimed at evaluating the product of constitutional amendment held in Brazil between 1924 and 1926, as well as the political conditions under which it was carried, and, finally, speeches that criticized the Constitution (due to its dissociation of the country reality or for being inspired by foreign institutions), or criticized the belief in its amendment as a solution for the political, economical and social problems of the country, among others which dialogued with these criticisms. With the reflections upon the constitutional amendment in the Brazilian First Republic, the production of speeches with diverse objects and objectives was identified, which recognized several causes for such problems and that proposed distinct suggestions for their solution. In conclusion, in the research, many visions of Brazilian First Republics doctrine about constitutional making and constitutional amendment were observed and presented.
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Idéias impressas: o direito e a história na doutrina constitucional brasileira na primeira república / Printed ideas: law and history in the Brazilian constitutional doctrine in the first republic

Priscila Maddalozzo Pivatto 12 May 2010 (has links)
Os livros publicados durante a primeira república que desenvolveram estudos com base nas novas configurações políticas e jurídicas introduzidas no país a partir da promulgação da constituição de 1891 podem ser considerados objetos de consumo que funcionaram como depositários da doutrina constitucional brasileira. Esses materiais procuraram dar continuidade e perenidade ao pensamento constitucional, esforçando-se no sentido de consolidar as criações e os debates constitucionais travados em embates discursivos provenientes das mais diferentes esferas. Os discursos construídos pelos autores são compreendidos dentro de um contexto amplo, no qual diferentes elementos e atores agiram como mediadores entre o texto do escritor e a recepção do leitor. Assim, os livros não são entendidos de forma idealizada como textos puros, mas como produtos finais cuja materialidade e realidade do mercado editorial determinaram também as formas de apresentação e de estruturação interna dos conteúdos abordados. A pesquisa analisa os livros de direito constitucional publicados durante a primeira república a partir desses dois pontos principais. Inicialmente trabalha informações relacionadas à materialidade dos textos, considerando aspectos sobre a produção e circulação desses livros, bem como elementos pré-textuais que trouxeram questões importantes para a sua compreensão. Na seqüência, enfoca os discursos produzidos pelos autores em torno de dois temas constitucionais específicos, o federalismo e o estado de sítio, e a forma como construíram seus textos e argumentos e os estruturaram e apresentaram aos leitores. Tanto nos aspectos relacionados ao mercado editorial do período quanto na análise dos discursos dos prefácios e na abordagem dos temas específicos do federalismo e do estado de sítio, foi possível perceber que no momento inicial da história republicana brasileira esses livros agiram construindo, consolidando e difundindo novos padrões, novos entendimentos e novas formas de concepção de mundo e de práticas de vida, ensinando e doutrinando os cidadãos de acordo com as estruturas republicanas. Considerando que o livro procura sistematizar, explicar, interpretar, divulgar e consolidar a constituição brasileira, numa formatação que incentiva o seu uso por uma gama ampla de leitores, o papel que exerce na sociedade é decisivo, já que repercute nas compreensões sociais e institucionais do país acerca do direito. / The books published during the Brazilian first republic that developed studies based on the new political and legal settings introduced in the country after the promulgation of the constitution of 1891 can be considered as objects of consumption that acted as keepers of the Brazilian constitutional doctrine. These materials sought to provide continuity and sustainability to the constitutional thought, making efforts to consolidate the constitutional creations and debates caught in discursive struggles coming from varied spheres. The discourses constructed by the authors are included within a broad context in which different elements and actors have performed as mediators between the text of the writer and reader reception. Thus, the books are not understood so idealized as pure text, but as final products whose materiality and reality of the publishing industry have also determined the forms of presentation and internal structuring of the content addressed. The research examines the books of constitutional law published during the first republic from these two main points. Initially, working on information related to the materiality of texts, considering aspects of the production and circulation of these books, as well as pre-textual elements that have brought important issues to understanding. Subsequently, it focuses on the discourses made by the authors around two specific constitutional issues, the federalism and the state of siege, and how they built their texts and arguments and structured and presented to readers. In both aspects of the publishing industry of the period and in the discourse analysis of the prefaces and addressing specific issues of federalism and the state of siege, it was revealed that in the initial time of Brazilian republican history, these books acted by building, consolidating and disseminating new standards, new understandings and new ways of designing the world and the daily practice, teaching and indoctrinating citizens in accordance with the republican structures. Whereas the book is an attempt to explain, interpret, disseminate and consolidate the Brazilian constitution, in a format that encourages their use by a wide range of readers, the role it plays in society is crucial, as it reflects in the social and institutional understandings of the country about Law.
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Discurso e política constitucional: a reforma constitucional na doutrina brasileira da Primeira República / Discours et la politique constitutionnelle: reforme constitutionnelle dans la doctrine brásilienne de la Première République

Maria Olívia Pessoni Junqueira 08 April 2015 (has links)
Durante todo o período de vigência da Constituição brasileira de 1891, foram produzidos diversos trabalhos doutrinários em torno da reforma da Constituição, ora mais ligados à política constitucional do período, ora de caráter mais teórico. Com os olhos voltados a esse material, o objetivo da pesquisa foi mapear e sistematizar os trabalhos doutrinários que veicularam esses discursos da época, em suportes materiais mais duradouros (livros de Direito Constitucional gerais, livros específicos sobre o tema e artigos publicados em periódicos jurídicos), a fim de verificar quais foram seus objetos e quais os objetivos de seus autores ao se inserirem no debate sobre a reforma constitucional. Para tanto, foram utilizadas as reflexões teóricas da Escola de Cambridge para o estudo da teoria política, especialmente de Quentin Skinner e J. G. A. Pocock, como instrumentos metodológicos para a reconstrução do debate. A partir da observação dos discursos em seus respectivos contextos intelectuais, foram identificados alguns objetos de reflexão recorrentes no debate, para além das propostas de reforma da Constituição de 1891. Em primeiro lugar, identificou-se que houve reflexões ligadas à teoria da Constituição e da reforma constitucional, no que diz respeito à estabilidade ou mutabilidade do texto constitucional, além de outras mais incipientes relativas à mudança da Constituição sem alteração do seu texto. Em segundo lugar, houve discursos jurídicos voltados à intepretação do artigo 90 da Constituição, quanto ao procedimento e limites materiais para a reforma constitucional, além de outros discursos com caráter político, que questionavam a legitimidade da vedação constitucional de alteração da forma republicano-federativa e da igualdade de representação dos Estados no Senado. Por fim, houve discursos político-constitucionais que se voltaram à análise de três aspectos. Em primeiro lugar, sobre a necessidade e oportunidade de uma reforma da Constituição de 1891. Em segundo lugar, discursos que objetivaram avaliar o produto da reforma constitucional realizada no Brasil entre 1924 e 1926, bem como as condições políticas em que se deu. E, enfim, os discursos que produziram a crítica à Constituição (por sua dissociação da realidade do país ou por ser inspirada em instituições estrangeiras), a crítica à crença na sua reforma com solução para os problemas políticos, econômicos e sociais do país, e outros que dialogaram com essas críticas. Nas reflexões sobre a reforma constitucional do período, verificou-se a produção de discursos com objetos e objetivos variados, que identificaram causas distintas para os mencionados problemas e que apresentaram propostas e encaminhamentos diversos para a sua solução, que tocavam no tema da reforma constitucional. / Throughout the period of time Brazilian Constitution of 1891 was in force, numerous doctrinal works on the constitutional amendment and constitutional making were done either more related to the constitutional politics of the time, or to more theoretical features. Bearing this material in mind, the purpose of this research was to map and systematize the doctrinal work that reported the discourses of the time, which were published in more durable material supports (Constitutional Law books, specific books on the topic and articles published in legal journals), in order to check which their objects were as well as the authors goals when having contributed to the debate on constitutional amendment and constitutional making. Therefore, the Cambridges School theoretical reflections for the study of political theory, especially of Quentin Skinner and J. G. A. Pocock, were used as methodological tools for the reconstruction of the debate. From the observation of the speeches in their respective intellectual contexts, it was identified some recurring objects of reflection in the debate, in addition to the proposed amendments to the 1891 Constitution. Firstly, it was identified that there were reflections related to the theory of the Constitution and the constitutional amendment and constitutional making, with regard to the stability or changeability of the constitutional text, besides other incipient speeches related to the Constitution change without changing its text. Secondly, there were legal discourses focused on the interpretation of article 90 of the Constitution of 1891, concerning the procedure and materials limits for constitutional amendment, along with speeches with political feature, which questioned the legitimacy of the constitutional prohibition of amendment of the Republican-federative form and the equal representation of the States in the Senate. Lastly, there were also political and constitutional speeches that targeted the analysis of the necessity and opportunity for amendment of the Constitution of 1891, during most of its validity period; others that aimed at evaluating the product of constitutional amendment held in Brazil between 1924 and 1926, as well as the political conditions under which it was carried, and, finally, speeches that criticized the Constitution (due to its dissociation of the country reality or for being inspired by foreign institutions), or criticized the belief in its amendment as a solution for the political, economical and social problems of the country, among others which dialogued with these criticisms. With the reflections upon the constitutional amendment in the Brazilian First Republic, the production of speeches with diverse objects and objectives was identified, which recognized several causes for such problems and that proposed distinct suggestions for their solution. In conclusion, in the research, many visions of Brazilian First Republics doctrine about constitutional making and constitutional amendment were observed and presented.
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O imperialismo e a dominação burguesa na primeira república brasileira (1889-1930)

Arruda, Pedro Gustavo Fernandes Fassoni 17 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:21:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pedro Fassoni Arruda.pdf: 1395787 bytes, checksum: 18dac893462132ce4334df95dfca8244 (MD5) Previous issue date: 2007-12-17 / At the end of XIX century and beginning of XX century, important transformations had occurred in the economy, in society and in Brazilian politics. The agromercantile economy, focused on the export of primary products, had in coffee its main source of foreign exchange. The development of coffee economy, that was constituted as axle of the capitalist accumulation of the period, also demanded the improvement of the transport systems and the infrastructure of services and communications, placing the problem of the concentration and the centralization of capitals. Estimating a certain international division of the work, the imperialism penetrated in Brazil and abroached the most dynamic sectors, exporting capitals and goods and contributing, to a certain extent, for the development of the local industry. Internally, it was verified the political hegemony of coffee bourgeoisie, when farmers constituted the partner-minors of the financial oligarchy and of the high commercial bourgeoisie. The legal political system was adjusted to the modus operandi of the agroexport economy, in which the development of the productive forces was quite unsatisfactory. Despite the bourgeois institucional frame (representative government, separation of powers, economic freedom, guarantee of the private property, free work etc.), there was a weak development of the capitalism in terms of production. The excludent liberalism of the First Republic, that had excluded most of the population of the political partcipation in strict sense, it was a consequence of an extremely closed system, that practically prevented any alteration in the balance of power within the established rules, formally or tacitly. The ideology of a essentially agriculturist country was one of founded way to confer legitimacy to a politicaleconomic model which condemned the country to the delay and to the subordination front of the great imperialist powers / No final do século XIX e começo do século XX, importantes transformações ocorreram na economia, na sociedade e na política brasileiras. A economia agromercantil, voltada para a exportação de produtos primários, tinha no café a sua principal fonte de divisas. O desenvolvimento da economia cafeeira, que se constituiu como eixo da acumulação capitalista do período, exigia também o aparelhamento dos sistemas de transporte e da infraestrutura de serviços e comunicações, colocando o problema da concentração e da centralização dos capitais. Pressupondo uma certa divisão internacional do trabalho, o imperialismo penetrava no Brasil e açambarcava os setores mais dinâmicos, exportando capitais e mercadorias e contribuindo, até certo ponto, para o desenvolvimento da indústria local. Internamente, verificava-se a hegemonia política da burguesia cafeeira, sendo que os fazendeiros eram os sócios-menores da oligarquia financeira e da alta burguesia comercial. O sistema jurídico-político ajustava-se ao modus operandi da economia agroexportadora, em que o desenvolvimento das forças produtivas era bastante acanhado. Apesar da moldura institucional burguesa (governo representativo, separação de poderes, liberdade econômica, garantia da propriedade privada, trabalho livre etc.), havia um fraco desenvolvimento do capitalismo ao nível da produção. O liberalismo excludente da Primeira República, que alijava a maior parte da população do jogo político em sentido estrito, era uma consequência de um sistema extremamente fechado, que praticamente impedia qualquer alteração do equilíbrio de poder dentro das regras estabelecidas, formal ou tacitamente. A ideologia do país essencialmente agrícola era uma das fórmulas encontradas para conferir legitimidade a um modelo político-econômico que condenava o país ao atraso e à subordinação diante das grandes potências imperialistas
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O imperialismo e a dominação burguesa na primeira república brasileira (1889-1930)

Arruda, Pedro Gustavo Fernandes Fassoni 17 December 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:56:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pedro Fassoni Arruda.pdf: 1395787 bytes, checksum: 18dac893462132ce4334df95dfca8244 (MD5) Previous issue date: 2007-12-17 / At the end of XIX century and beginning of XX century, important transformations had occurred in the economy, in society and in Brazilian politics. The agromercantile economy, focused on the export of primary products, had in coffee its main source of foreign exchange. The development of coffee economy, that was constituted as axle of the capitalist accumulation of the period, also demanded the improvement of the transport systems and the infrastructure of services and communications, placing the problem of the concentration and the centralization of capitals. Estimating a certain international division of the work, the imperialism penetrated in Brazil and abroached the most dynamic sectors, exporting capitals and goods and contributing, to a certain extent, for the development of the local industry. Internally, it was verified the political hegemony of coffee bourgeoisie, when farmers constituted the partner-minors of the financial oligarchy and of the high commercial bourgeoisie. The legal political system was adjusted to the modus operandi of the agroexport economy, in which the development of the productive forces was quite unsatisfactory. Despite the bourgeois institucional frame (representative government, separation of powers, economic freedom, guarantee of the private property, free work etc.), there was a weak development of the capitalism in terms of production. The excludent liberalism of the First Republic, that had excluded most of the population of the political partcipation in strict sense, it was a consequence of an extremely closed system, that practically prevented any alteration in the balance of power within the established rules, formally or tacitly. The ideology of a essentially agriculturist country was one of founded way to confer legitimacy to a politicaleconomic model which condemned the country to the delay and to the subordination front of the great imperialist powers / No final do século XIX e começo do século XX, importantes transformações ocorreram na economia, na sociedade e na política brasileiras. A economia agromercantil, voltada para a exportação de produtos primários, tinha no café a sua principal fonte de divisas. O desenvolvimento da economia cafeeira, que se constituiu como eixo da acumulação capitalista do período, exigia também o aparelhamento dos sistemas de transporte e da infraestrutura de serviços e comunicações, colocando o problema da concentração e da centralização dos capitais. Pressupondo uma certa divisão internacional do trabalho, o imperialismo penetrava no Brasil e açambarcava os setores mais dinâmicos, exportando capitais e mercadorias e contribuindo, até certo ponto, para o desenvolvimento da indústria local. Internamente, verificava-se a hegemonia política da burguesia cafeeira, sendo que os fazendeiros eram os sócios-menores da oligarquia financeira e da alta burguesia comercial. O sistema jurídico-político ajustava-se ao modus operandi da economia agroexportadora, em que o desenvolvimento das forças produtivas era bastante acanhado. Apesar da moldura institucional burguesa (governo representativo, separação de poderes, liberdade econômica, garantia da propriedade privada, trabalho livre etc.), havia um fraco desenvolvimento do capitalismo ao nível da produção. O liberalismo excludente da Primeira República, que alijava a maior parte da população do jogo político em sentido estrito, era uma consequência de um sistema extremamente fechado, que praticamente impedia qualquer alteração do equilíbrio de poder dentro das regras estabelecidas, formal ou tacitamente. A ideologia do país essencialmente agrícola era uma das fórmulas encontradas para conferir legitimidade a um modelo político-econômico que condenava o país ao atraso e à subordinação diante das grandes potências imperialistas

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