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Discurso e conceitos no tratado de contraponto de André da Silva Gomes: um estudo de recepção / -Ramos, Rafael Registro 17 November 2014 (has links)
O tratado de contraponto, Arte Explicada de Contraponto, do lisboeta André da Silva Gomes, destaca-se na produção teórico-musical brasileira como uma obra que articula o ensino musical europeu, especialmente o português, com aquele praticado no Brasil durante o período colonial. Seu autor, quarto mestre-de-capela da Sé de São Paulo desde 1774, certamente apropriou-se dos principais modelos pedagógicos em voga na segunda metade do século XVIII, em Portugal. A única cópia encontrada de seu tratado recebeu estudos que contribuíram para a divulgação e explicação da maior parte dos preceitos dessa obra, demonstrando seu possível alcance, adquirido ao longo do século XIX. Apesar disso, a questão sobre sua recepção teórica manteve-se aberta, contendo problemas referentes aos modelos teóricos que pudessem ser verificados na obra. O objetivo geral deste trabalho é primeiro, realizar uma consolidação bibliográfica a respeito do ensino teórico-musical em Portugal ao longo dos séculos XVII e XVIII, por um lado, e, vasculhar o caminho teórico encontrado nos tratados musicais europeus que versassem, de modo explícito, sobre as regras de contraponto e as regras do acompanhamento, a fim de se verificar quais desses modelos poderiam ser identificados na obra de Silva Gomes. Como metodologia e, também, delineamento da amplitude do trabalho, elencamos os principais tratados portugueses que se encaixam em uma dessas duas categorias mencionadas, complementados oportunamente por autores espanhóis e italianos, em sua maioria. Através de análises comparativas entre os discursos desses tratados e a obra teórica de Silva Gomes, pudemos verificar a manutenção de certos cânones do ensino de música, provenientes da tradição do contraponto, e enxergar novas possibilidades de interpretação do conteúdo da Arte Explicada, através dos manuais de acompanhamento. Estes, por sua vez, sugerem caminhos aos estudos sobre a recepção teórica brasileira, pautados na tradição de ensino napolitana, cujos modelos possuíram livre trânsito entre os compositores e professores portugueses desde o século XVIII / The treatise on counterpoint Arte Explicada de Contraponto, by Lisboan André da Silva Gomes, stands out in Brazilian theoretical writings as a work which articulates European music teaching, especially Portuguese, with that conducted in Brazil during colonial period. Its author, fourth chapel master of São Paulo\'s cathedral, since 1774, certainly absorbed the main pedagogic models of Portugal in the second half of the 18th century. The only copy found of his treatise has been analyzed in few studies, which contributed to the diffusion and offered explanations for most of its precepts, demonstrating its potential range, acquired along the 19th century. However, its theoretical reception was kept open, presenting some problems regarding the possible theoretical models that could be mapped within the work. The general objective of the present work is, at first, to achieve a bibliographic consolidation concerning music theory teaching in Portugal along 17th and 18th centuries, on one hand, and on the other, to scavenge the theoretical path found in European music treatises that discuss explicitly the rules of counterpoint and accompaniment, in order to verify what are the models which could be identified within the work by Silva Gomes. As methodology and also for bounding the reach of the work, we listed the central Portuguese treatises that fit in one of the above categories, further complemented, majorly, by Spanish and Italian authors. Through comparative analyses between the discourses of such treatises and the theoretical work by Silva Gomes, we were able to verify the abiding of certain canons of music teaching, originated from the tradition of counterpoint, and to look into new possibilities of interpreting the content of Arte Explicada through manuals on accompanying. Those, in turn, suggest directions to further studies about Brazilian theoretical reception, rooted in Neapolitan tradition of teaching models, which transited freely among Portuguese composers and music teachers since the 18th century.
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A fuga dupla luso-brasileira durante os séculos XVIII e XIX /Röhl, Alexandre Cerqueira de Oliveira. January 2010 (has links)
Orientador: Paulo Augusto Castagna / Banca: Vitor Gabriel de Araújo / Banca: Carin Willing / Resumo: A fuga dupla foi um fenômeno essencialmente do século XVIII até meados do século XIX, introduzido em Portugal, e conseqüentemente no Brasil, a partir da italianização da cultura musical portuguesa promovida por D. João V. Encontra-se em arquivos brasileiros e portugueses fugas duplas de diversos compositores italianos como Domenico Scarlatti (1685 - 1757), Giovanni B. Pergolesi (1710 - 1736), David Perez (1711 - 1778), Niccolò Jommelli (1714 - 1774) e Giuseppe Totti (? - 1832). Também compuseram fugas duplas músicos portugueses como José Joaquim dos Santos (1747 - 1801), João José Baldi (1770 - 1816), André da Silva Gomes (1752 - 1844) e Marcos Portugal (1762 - 1830); e brasileiros como Luiz Álvares Pinto (1719 - 1789) e José Maurício Nunes Garcia (1767 - 1830). O objetivo desta pesquisa é demonstrar a evolução desta forma musical no repertório luso-brasileiro dos séculos XVIII e XIX. Para isso, além de serem analisadas uma série de vinte e cinco obras compostas pelos músicos acima mencionados, também foram estudados nove tratados musicais dos seguintes autores: Friedrich Wilhelm Marpurg (1718 - 1795), Giambattista Martini (1706 - 1784), Francisco Ignacio Solano (1720 - 1800), Johann Georg Albrechtsberger (1735 - 1809), Angel Moriggi (? - ?), André da Silva Gomes, Antonin Rejcha (1770 - 1783), Luigi Cherubini (1760 - 1842) e Hilarión Eslava (1807 - 1878). Esta forma fugal, presente no repertório luso-brasileiro, de extrema importância para a nossa história musical, permanece, até hoje, pouco conhecida, existindo poucos estudos modernos e até mesmo edições críticas de música portuguesa e brasileira onde ela esteja presente / Abstract: The double fugue was essentially a phenomenon of the 18th to the middle 19th centuries, introduced in Portugal, and consequently in Brazil, since the Italianization of the Portuguese musical culture promoted by Don João V. Double fugues from several Italian composers such as Domenico Scarlatti (1685 - 1757), Giovanni B. Pergolesi (1710 - 1736), David Perez (1711 - 1778), Niccolò Jommelli (1714 - 1774) and Giuseppe Totti (? - 1832), can still be found in Brazilian and Portuguese archives. Also composed double fugues Portuguese musicians like José Joaquim dos Santos (1747 - 1801), João José Baldi (1770 - 1816), André da Silva Gomes (1752 - 1844) and Marcos Portugal (1762 - 1830); and Brazilians like Luiz Álvares Pinto (1719 - 1789) and José Maurício Nunes Garcia (1767 - 1830). The aim of this research is to demonstrate how this musical form evolved in the Portuguese and Brazilian repertoire during the 18th and 19th centuries. For this purpose, besides of analyzing twenty five musical works from the above mentioned composers, nine musical treatises were studied from the following authors: Friedrich Wilhelm Marpurg (1718 - 1795), Giambattista Martini (1706 - 1784), Francisco Ignacio Solano (1720 - 1800), Johann Georg Albrechtsberger (1735 - 1809), Angel Moriggi (? - ?), André da Silva Gomes, Antonin Rejcha (1770 - 1783), Luigi Cherubini (1760 - 1842) and Hilarión Eslava (1807 - 1878). This musical form, found in the Portuguese and Brazilian repertoire, of extreme importance for our musical culture, remains, even now, little known, existing just a few modern studies and critical editions of Portuguese and Brazilian music where it can be found / Mestre
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Discurso e conceitos no tratado de contraponto de André da Silva Gomes: um estudo de recepção / -Rafael Registro Ramos 17 November 2014 (has links)
O tratado de contraponto, Arte Explicada de Contraponto, do lisboeta André da Silva Gomes, destaca-se na produção teórico-musical brasileira como uma obra que articula o ensino musical europeu, especialmente o português, com aquele praticado no Brasil durante o período colonial. Seu autor, quarto mestre-de-capela da Sé de São Paulo desde 1774, certamente apropriou-se dos principais modelos pedagógicos em voga na segunda metade do século XVIII, em Portugal. A única cópia encontrada de seu tratado recebeu estudos que contribuíram para a divulgação e explicação da maior parte dos preceitos dessa obra, demonstrando seu possível alcance, adquirido ao longo do século XIX. Apesar disso, a questão sobre sua recepção teórica manteve-se aberta, contendo problemas referentes aos modelos teóricos que pudessem ser verificados na obra. O objetivo geral deste trabalho é primeiro, realizar uma consolidação bibliográfica a respeito do ensino teórico-musical em Portugal ao longo dos séculos XVII e XVIII, por um lado, e, vasculhar o caminho teórico encontrado nos tratados musicais europeus que versassem, de modo explícito, sobre as regras de contraponto e as regras do acompanhamento, a fim de se verificar quais desses modelos poderiam ser identificados na obra de Silva Gomes. Como metodologia e, também, delineamento da amplitude do trabalho, elencamos os principais tratados portugueses que se encaixam em uma dessas duas categorias mencionadas, complementados oportunamente por autores espanhóis e italianos, em sua maioria. Através de análises comparativas entre os discursos desses tratados e a obra teórica de Silva Gomes, pudemos verificar a manutenção de certos cânones do ensino de música, provenientes da tradição do contraponto, e enxergar novas possibilidades de interpretação do conteúdo da Arte Explicada, através dos manuais de acompanhamento. Estes, por sua vez, sugerem caminhos aos estudos sobre a recepção teórica brasileira, pautados na tradição de ensino napolitana, cujos modelos possuíram livre trânsito entre os compositores e professores portugueses desde o século XVIII / The treatise on counterpoint Arte Explicada de Contraponto, by Lisboan André da Silva Gomes, stands out in Brazilian theoretical writings as a work which articulates European music teaching, especially Portuguese, with that conducted in Brazil during colonial period. Its author, fourth chapel master of São Paulo\'s cathedral, since 1774, certainly absorbed the main pedagogic models of Portugal in the second half of the 18th century. The only copy found of his treatise has been analyzed in few studies, which contributed to the diffusion and offered explanations for most of its precepts, demonstrating its potential range, acquired along the 19th century. However, its theoretical reception was kept open, presenting some problems regarding the possible theoretical models that could be mapped within the work. The general objective of the present work is, at first, to achieve a bibliographic consolidation concerning music theory teaching in Portugal along 17th and 18th centuries, on one hand, and on the other, to scavenge the theoretical path found in European music treatises that discuss explicitly the rules of counterpoint and accompaniment, in order to verify what are the models which could be identified within the work by Silva Gomes. As methodology and also for bounding the reach of the work, we listed the central Portuguese treatises that fit in one of the above categories, further complemented, majorly, by Spanish and Italian authors. Through comparative analyses between the discourses of such treatises and the theoretical work by Silva Gomes, we were able to verify the abiding of certain canons of music teaching, originated from the tradition of counterpoint, and to look into new possibilities of interpreting the content of Arte Explicada through manuals on accompanying. Those, in turn, suggest directions to further studies about Brazilian theoretical reception, rooted in Neapolitan tradition of teaching models, which transited freely among Portuguese composers and music teachers since the 18th century.
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A fuga dupla luso-brasileira durante os séculos XVIII e XIXRöhl, Alexandre Cerqueira de Oliveira [UNESP] 28 September 2010 (has links) (PDF)
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rohl_aco_me_ia.pdf: 8342153 bytes, checksum: f018190ba8148671d447a516f042a820 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A fuga dupla foi um fenômeno essencialmente do século XVIII até meados do século XIX, introduzido em Portugal, e conseqüentemente no Brasil, a partir da italianização da cultura musical portuguesa promovida por D. João V. Encontra-se em arquivos brasileiros e portugueses fugas duplas de diversos compositores italianos como Domenico Scarlatti (1685 – 1757), Giovanni B. Pergolesi (1710 – 1736), David Perez (1711 – 1778), Niccolò Jommelli (1714 – 1774) e Giuseppe Totti (? - 1832). Também compuseram fugas duplas músicos portugueses como José Joaquim dos Santos (1747 – 1801), João José Baldi (1770 – 1816), André da Silva Gomes (1752 – 1844) e Marcos Portugal (1762 – 1830); e brasileiros como Luiz Álvares Pinto (1719 – 1789) e José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830). O objetivo desta pesquisa é demonstrar a evolução desta forma musical no repertório luso-brasileiro dos séculos XVIII e XIX. Para isso, além de serem analisadas uma série de vinte e cinco obras compostas pelos músicos acima mencionados, também foram estudados nove tratados musicais dos seguintes autores: Friedrich Wilhelm Marpurg (1718 – 1795), Giambattista Martini (1706 – 1784), Francisco Ignacio Solano (1720 – 1800), Johann Georg Albrechtsberger (1735 – 1809), Angel Moriggi (? - ?), André da Silva Gomes, Antonin Rejcha (1770 – 1783), Luigi Cherubini (1760 – 1842) e Hilarión Eslava (1807 - 1878). Esta forma fugal, presente no repertório luso-brasileiro, de extrema importância para a nossa história musical, permanece, até hoje, pouco conhecida, existindo poucos estudos modernos e até mesmo edições críticas de música portuguesa e brasileira onde ela esteja presente / The double fugue was essentially a phenomenon of the 18th to the middle 19th centuries, introduced in Portugal, and consequently in Brazil, since the Italianization of the Portuguese musical culture promoted by Don João V. Double fugues from several Italian composers such as Domenico Scarlatti (1685 – 1757), Giovanni B. Pergolesi (1710 – 1736), David Perez (1711 – 1778), Niccolò Jommelli (1714 – 1774) and Giuseppe Totti (? - 1832), can still be found in Brazilian and Portuguese archives. Also composed double fugues Portuguese musicians like José Joaquim dos Santos (1747 – 1801), João José Baldi (1770 – 1816), André da Silva Gomes (1752 – 1844) and Marcos Portugal (1762 – 1830); and Brazilians like Luiz Álvares Pinto (1719 – 1789) and José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830). The aim of this research is to demonstrate how this musical form evolved in the Portuguese and Brazilian repertoire during the 18th and 19th centuries. For this purpose, besides of analyzing twenty five musical works from the above mentioned composers, nine musical treatises were studied from the following authors: Friedrich Wilhelm Marpurg (1718 – 1795), Giambattista Martini (1706 – 1784), Francisco Ignacio Solano (1720 – 1800), Johann Georg Albrechtsberger (1735 – 1809), Angel Moriggi (? - ?), André da Silva Gomes, Antonin Rejcha (1770 – 1783), Luigi Cherubini (1760 – 1842) and Hilarión Eslava (1807 - 1878). This musical form, found in the Portuguese and Brazilian repertoire, of extreme importance for our musical culture, remains, even now, little known, existing just a few modern studies and critical editions of Portuguese and Brazilian music where it can be found
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Tradução no contexto da Era Vargas: Érico Veríssimo, tradutor de Aldous HuxleySouto, Sheila Maria Tabosa Silva 27 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present work analyzes Erico Veríssimo as a translator of Point counter point (1928) by Aldous Huxley in Globe Publishing House. His translation, Contraponto (1934), is analyzed in the context of translation and ideology of Vargas Age, a nationalist and authoritarian government. The methodology is developed via cultural transferences, and it intends to comprehend the trajectory of Erico Veríssimo as a translator and remake the translation process of Point counter point. The profile of the translator Veríssimo is initially traced through his first experiences at Globe Magazine, where he published rapid translations, inventing pseudonyms for them. Later on, he published translations of books internationally known and the translation process occurred in an elevated and more elaborated standard. The route and the choice of Contraponto translation initially presented an editorial audacity of Veríssimo, who risked commercially, once the literary work was dense and the author was not known in Brazil. However, it was a decisive point to the translator Veríssimo and to the divulgation of Huxley in Brazil. Contraponto became a best-seller and an editorial milestone. It was published in the Nobel Collection, which brings to the ordinary reader and the intellectuals of that epoch the translation of literary works of international repercussion, raising and enriching culturally its public. The editorial policy of Globe in translating the world classics is linked to the nationalist ideals of Vargas in valuing the role of vernacular language and the education in the search for an identity for the Nation. In a selective textual analysis from the concepts of specific cultural items in translation by Aixelá and the Theory of Polisystems, it is highlighted that translation is marked by conservation strategy (repetition), in a tendency of adequacy. The translation of Veríssimo permits the visualization of marks of foreign culture. Moreover, it does not nationalize cultural specificities, adding new information to the reader. With the concepts of translation and ideology brought by Lefevere, it is understood that rewriting can be inspired by ideological motivations. Therefore, it could be associated that Contraponto approaches ideological questions related to fascism, linking them to Vargas Age, with which had totalitarian similarities. / Este trabalho analisa Erico Veríssimo enquanto tradutor na Editora Globo da obra Point counter point (1928), de Aldous Huxley, intitulada Contraponto (1934), no contexto da tradução e ideologia no Regime Vargas, governo autoritário e nacionalista. A metodologia é desenvolvida via transferências culturais, buscando compreender a trajetória de Erico Veríssimo como tradutor e refazer o processo tradutório da obra de Huxley. O perfil do tradutor Veríssimo é traçado inicialmente através de suas primeiras experiências na Revista do Globo, onde lançava no mercado traduções rápidas, inventando pseudônimos para as mesmas; e, posteriormente, com a publicação de traduções de obras de renome internacional, onde o processo tradutório ocorria num padrão elevado e mais elaborado. O percurso e a escolha da tradução Contraponto representam inicialmente uma ousadia editorial de Veríssimo, arriscando-se comercialmente, uma vez que a obra era densa e o autor desconhecido no Brasil; e, de fato, foi um ponto decisivo para Veríssimo tradutor e para a divulgação de Huxley no Brasil. Contraponto foi sucesso de vendas e um marco editorial, publicado na coleção Nobel, que levava ao leitor médio e aos intelectuais da época as traduções de repercussão internacional, formando e enriquecendo culturalmente seu público. A política editorial da Globo de traduzir os clássicos mundiais coaduna com os ideais nacionalistas de Vargas de valorizar o papel da língua vernácula e da educação na busca da identidade da Nação. Numa análise textual seletiva a partir dos conceitos dos itens culturais específicos em tradução trazidos por Aixelá e da teoria de polissistemas, destacamos que a tradução é marcada pela estratégia de conservação (repetição), numa tendência à adequação. Sua tradução permite a visualização das marcas da cultura estrangeira, não nacionaliza especificidades culturais, acrescentando informações novas ao leitor. Com os conceitos de tradução e ideologia advindos de Lefevere, entendemos que a reescritura pode ser inspirada por motivações ideológicas, logo podemos associar o fato de Contraponto tratar de questões ideológicas ligadas ao fascismo com o Governo Vargas, que possuía semelhanças totalitaristas.
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