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Dengue em gestantes e a associação entre a infecção sintomática e desfechos desfavoráveis em nascidos vivos: um relacionamento entre os dados dos sistemas de informação em saúde no Brasil / Dengue in pregnant women and the association between symptomatic infection and adverse outcomes in live births: a relationship between health information systems data in Brazil

Nascimento , Laura Branquinho do 01 December 2016 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2016-12-23T15:57:01Z No. of bitstreams: 2 Tese - Laura Branquinho do Nascimento - 2016.pdf: 6736189 bytes, checksum: 8c0c7f22816171022b1f547c1aaddf86 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-12-26T12:57:32Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Laura Branquinho do Nascimento - 2016.pdf: 6736189 bytes, checksum: 8c0c7f22816171022b1f547c1aaddf86 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-26T12:57:32Z (GMT). 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Objective: to evaluate the epidemiological profile of pregnant women reported with dengue and the symptomatic infection caused by dengue virus during pregnancy as a factor associated with premature birth, low birth weight and congenital malformations in live births in Brazil. Methods: a descriptive study of dengue probable cases reported in pregnant women in Brazil with onset of symptoms between 2007 and 2015 was conducted from data of National Reportable Disease Information System (SINAN). We then carried one retrospective cohort study based on a probabilistic linkage between databases from SINAN and Live Birth Information System (SINASC) from 2007 to 2013. The linkage was performed for pregnant women with a positive or negative laboratory specific test for dengue and all live births using the the Fine-Grained Record Integration and Linkage (FRIL) software. Additionally, an external reference group was randomly selected for each dengue positive case among newborns from the same municipality of residence and year of the onset of symptoms of the case. Multivariate logistic regression was performed to assess the relationship between symptomatic dengue during pregnancy and adverse outcomes in live births, adjusted for relevant covariates. Results: 43,772 probable dengue cases in pregnant women were reported during the study period. The proportion of cases per trimester of gestation presented a similar distribution, with a slightly higher frequency in the second trimester of pregnancy (32.6%). The risk of death due to dengue was higher in pregnant women when compared to women childbearing age not pregnant (RR: 3.95; 95% CI 3.07 to 5.08, p <0.001), reaching a risk of 8.55 (95% CI: 6.08 to 12.02, p <0.001) in the third trimester of pregnancy. 3,898 live births in the group of positive pregnant women from 1,283 municipalities were included in the retrospective cohort study. The distribution of birth weight was similar among all study groups, ranging from 2.8 to 3.5 kg in 50% of newborns. The adjusted odds ratio for preterm birth was higher in the group of pregnant women positive for dengue than negative group compared in all trimesters (OR 1.26, 95% CI 1.06 to 1.49; p = 0.006). The incidence of congenital malformations was <1% in all groups. Conclusions: this is the first study based on national data and establishes the baseline of the evaluated outcomes in live births before the introduction of Chikungunya and Zika virus in the country. Our findings reinforce the dengue as a major problem for pregnant women, indicating increased risk for death from the disease and preterm birth in live births, but not to congenital malformations or low birth weight. / Introdução: a dengue é a arbovirose de maior relevância mundial e um dos principais desafios de saúde no Brasil. O cenário de hiperendemicidade, com epidemias de grande magnitude e aumento de formas graves da doença levou também ao aumento de casos em grupos especiais, como as gestantes. A infecção por dengue durante a gestação tem sido associada ao desenvolvimento de desfechos maternos e infantis desfavoráveis, no entanto, essa evidência decorre de poucos estudos e com tamanhos de amostras reduzidos. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico das gestantes notificadas com dengue e a infecção sintomática pelo vírus da dengue na gestação como fator associado à prematuridade, baixo peso ao nascer e malformações congênitas nos nascidos vivos no Brasil. Métodos: um estudo descritivo dos casos prováveis de dengue em gestantes no Brasil, com início dos sintomas entre 2007 e 2015, foi realizado a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em seguida, foi realizado um estudo de coorte retrospectivo baseado em um relacionamento probabilístico dos dados registrados no Sinan e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), no período de 2007 a 2013. Esse relacionamento foi realizado a partir das gestantes confirmadamente positivas e negativas para dengue e nascidos vivos usando o programa Fine-Grained Record Integration and Linkage (FRIL). Adicionalmente, um grupo de referência externo foi selecionado aleatoriamente entre nascidos vivos dos municípios de residência dos casos de dengue, no mesmo ano de início de sintomas. A regressão logística multivariada foi realizada para verificar a relação entre dengue sintomática durante a gestação e desfechos desfavoráveis em nascidos vivos, ajustadas para covariáveis relevantes. Resultados: 43.772 casos prováveis de dengue em gestantes ocorreram no período do estudo. A proporção de casos por trimestre de gestação apresentou distribuição semelhante, com freqüência ligeiramente maior no segundo trimestre da gravidez (32,6%). O risco do óbito por dengue foi maior na população de gestantes que na população de mulheres em idade fértil não gestante (RR: 3,95; IC 95% 3,07-5,08, p<0,001), sendo observado um risco relativo de 8,55 (IC95%: 6,08-12,02, p <0,001) para as gestantes no terceiro trimestre. 3.898 nascidos vivos do grupo de gestantes positivas provenientes de 1.283 municípios foram incluídos no estudo de coorte retrospectivo. A distribuição do peso ao nascer foi similar entre todos os grupos de estudo, variando de 2,8 a 3,5 Kg em 50% dos recém-nascidos. O odds ratio ajustado de prematuridade foi maior no grupo de gestantes positivas para dengue do que o grupo negativo, na comparação de todos os trimestres agregados (OR 1,26; IC 95% 1,06-1,49; p= 0,006). A incidência de malformações congênitas foi <1% em todos os grupos. Conclusões: este é o primeiro estudo realizado com dados nacionais e estabelece a linha de base dos desfechos em nascidos vivos antes da introdução dos vírus Chikungunya e Zika no País. Nossos achados reforçam a dengue como um importante problema para as gestantes, indicando risco aumentado para o óbito pela doença e prematuridade nos nascidos vivos, mas não para malformações congênitas ou baixo peso ao nascer.

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