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Estudo da hipertrofia cardiaca no recem-nascido macrossomico, filho de mae diabetica e sua relacao com os niveis sericos dos fatores de crescimento semelhantes a insulina

Barrios, Patricia Martins Moura January 1997 (has links)
A hipertrofia cardíaca é comumente observada em recém-nascidos de mães diabéticas (RNMD), podendo levar a um quadro de insuficiência cardíaca nas primeiras horas de vida (57, 81, 16, 127, 163, 180, 181). Esta hipertrofia pode acometer todas as paredes cardíacas, mas localiza-se preferencialmente no septo interventricular e no ventrículo esquerdo (52, 81, 87, 128, 140, 180, 181 ). Vários autores observaram padrões ecocardiográficos de disfunção diastólica e hipercontratilidade miocárdica nestes recém-nascidos (52, 128, 136, 185). A causa deste crescimento cardíaco exagerado permanece obscura, já que não há um aumento da pós-carga, que justifique uma resposta adaptativa hipertrófica do miocárdio. A hipótese atualmente aceita é a de que o estímulo desencadeante desta hipertrofia miocárdica seja metabólico. Os fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) são pepetídeos mitogênicos capazes de sintetizar proteínas em vários tecidos, através de um mecanismo autócrino ou parácrino (4, 8, 10, 16, 20, 22, 27, 30, 32, 38, 44, 54, 56, 61, 70, 97, 106, 134, 177, 178, 179, 219). O RNA mensageiro de IGF-1 (RNAmiGF-1) é produzido em uma variedade de tecidos, incluindo o miocárdio e os músculos esqueléticos. Embora existam vários estudos demonstrando a participação dos IGFs na hipertrofia cardíaca provocada por um aumento da pós-carga em animais de laboratório, não existem trabalhos demonstrando a participação dos IGFs na hipertrofia cardíaca em RNMD, "in vivo". Os objetivos do presente estudo foram, verificar se havia associação entre os níveis plasmáticos dos IGFs e suas proteínas ligadoras (IGFBP) e hipertrofia cardíaca nos RNMD e se esta hipertrofia estava associada à macrossomia neonatal, refletindo uma resposta generalizada a um aumento de substrato metabólico. Exame físico, antropometria e coleta sangüínea foram realizados em 140 RNs nas primeiras três horas de vida. Destes, 111 (79%) foram examinados por ecocardiografia uni e bidimensional com Doppler e mapeamento de fluxo a cores. Dosagens dos IGFs, IGFBPs foram obtidas em 90 (64%) dos RN e dosagens de glicose em todos os pacientes. Dos 111 RN estudados, 61 (55%) eram adequados para a idade gestacional (AIG), 40 (36%) eram grandes para a idade gestacional e 10 (9%) pequenos para a idade gestacional (PIG). Diabetes estava presente em 44 (39%) das mães durante o pré-natal. O nível médio de IGF-1 foi 24,5 (± 15,4)ng/ml nos AIG, 42,59 (± 21,5)ng/ml nos GIG e 8,2 (± 4,02)ng/ml nos PIG (p<0,001 ). O nível médio de IGFBP-1 não foi diferente nos três grupos. O nível médio de IGFBP-3 foi 641,88 (± 155,9)ng/ml nos AIG, 754,34 (± 207,35)ng/ml nos GIG e 399,1 (± 202,49)ng/ml nos PIG (p<0,001 ). Hipertrofia do septo interventricular (HSIV) foi encontrada em 18 RN (16%) do total da amostra. Destes, 16 (89%) eram RNMD. Sete (39%) dos pacientes com hipertrofia septal eram AIG e 11 (61%) eram GIG. A média de peso dos RN sem HSIV foi 3,29 (± 0,64) kg e dos RN com HSIV foi 4,07 (± 0,67) kg (p<0,001 ). As médias da razão E:A mitral e da razão E:A tricúspide não foram diferentes nos três grupos assim com não foram diferentes entre os RN com e sem hipertofia septal. O tempos médios de desaceleração mitral e tricúspide também não foram diferentes nos três grupos assim como não foram diferentes entre os RN com e sem hipertrofia septal. Os níveis médios de IGF-1 nos RN sem HSIV foi 25,97 (± 18, 17) ng/ml e dos RN com HSIV foi 48,26 (± 21,89)ng/ml (p<0,001 ). O coeficiente de correlação entre IGF-1 e diâmetro septal (OS) foi de 0,57 (p<0,01) e entre o peso de nascimento e o OS foi de 0,48 (p<0,01 ). O coeficiente de correlação entre IGF-1 e o peso de nascimento foi 0,55 (p<0,001 ), entre IGF-1 e IGFBP-1 foi- 0,40 (p<0,001) e entre IGF-1 e IGFBP-3 foi 0,57 (p<0,001 ). Na análise das variáveis por regressão linear múltipla, apenas IGF-1 e a presença de diabetes materna contribuíram significativamente para a hipertrofia do septo interventricular. Os resultados encontrados permitem concluir que os níveis de IGF-1 e a presença de diabetes durante a gestação estão diretamente relacionados à espessura do septo interventricular, que os níveis de IGF-1 estão diretamente relacionados com o peso de nascimento e que o peso de nascimento não tem influência significativa na espessura do septo interventricular. Os resultados também nos permitem concluir que não há diferença nos índices ecocardiográficos de função diastólica em RN com e sem hipertrofia septal transitória, na primeira semana de vida. / Cardiac hypertrophy is a frequent finding in newborns of diabetic mothers (NBDM) and can lead to congestive heart failure in the first few hours of life (57, 81, 16, 127, 163, 180, 181 ). This hypertrophy preferentially involves the interventricular septum and the left ventricle but it can be found in the entire myocardium (52, 81, 87, 128, 140, 180, 181). Different observations have identified echocardiographic patterns of diastolic dysfunction and myocardial hypercontractility in these newborns (52, 128, 136, 185). The reason for this hypertrophy remains unclear as there is no increased afterload to justify and adaptive hypertrophic myocardial response. The current hypothesis points towards a metabolic stimulus as responsible for this myocardial hypertrophy. lnsulin Growth Factors (IGFs) are mitogenic peptides that through autocrine or paracrine mechanisms are able to induce protein synthesis in different tissues (4, 8, 10, 16, 20, 22, 27, 30, 32, 38, 44, 54, 56, 61, 70, 97, 106, 134, 177, 178, 179, 219). Messenger RNA for IGF-1 (RNAm IGF-1) has been identified in a variety of tissues including myocardium and esqueletal muscle. Although there is evidence demonstrating a role for IGFs in the cardiac hypertrophy caused by an increased afterload in laboratory animais, there is no work addressing the role of IGFs in the cardiac hypertrophy of NBDM "in vivo". The objective of this work is to identify a possible correlation between plasma leveis of IGFs, their binding proteins (IGFBP) and the cardiac hypertrophy in newborns of diabetic mothers. Furthermore, we attempt to relate this hypertrophy to neonatal macrossomia, possibly reflecting a generalized response to an increase in a metabolic substrate. Physical Exam, antrophometry and blood sampling were performed in 140 newborns in the first three hours of life. Of these, 111 (79%) were examined with uni and bi dimensional echocardiography with Colar Doppler. Plasma leveis of IGFs and IGFBPs were obtained in 90 (64%) of the newborns and glucose leveis in ali of them. Of the 111 RN studied, 61 (55%) were appropriate for gestational age (AGA), 40 (36%) were large for gestational age (LGA) and 1 O (9%) were small for gestational age (SGA). In 44 (39%) of the mothers gestational diabetes had been documented during pre-natal care. The median IGF-1 levei was 24,5 (± 15,4) ng/ml in the AGA, 42,59 (± 21 ,5) in the LGA and 8,2 (± 4,02) in the SGA (p<0,001). The median levei of IGFBP-1 was 224,73 (± 98,08) ng/ml in the AGA, 168,89 (± 93,89) in the LGA and 256 (± 61 ,67) in the SGA {p=0,008). The mediai levei of IGFBP-3 was 641,88 (± 155,9) in the AGA, 754,34 (± 207,35) in the LGA and 399,1 O (± 202,49) in the SGA group (p<0,001 ). Septal hypertrophy was found in 18 (16%) newborns. Of these, 16 (89%) were NBDM. Seven (39%) of the patients with septal hypertrophy were AGA and 11 (61 %) were LGA. The median weight of the newborns without interventricular septal hypertrophy was 3,29 (± 0,64) kg, while the median weight of those with septal hypertrophy was 4,07 (± 0,67) kg {p<0,001 ). The ABSTRACT median of the mitral and tricuspid E:A ratios were not different in the three groups of patients. There was no difference also in the E:A ratios in the newborns with or without septal hypertrophy. The median mitral and tricuspid deceleration times were not different in the three groups. Also, there was no difference in the DT in the newborns with or without septal hypertrophy. The median leveis of IGF-1 in newborns without septal hypertrophy was 25,97 (± 18, 17) ng/ml while it was 48,26 (± 21 ,89) ng/ml in those with hypertrophy (p<0,001 ). The correlation coefficient between IGF-1 e and the septal diameter was 0,57 (p<0,01) and between birth weight and septal diameter it was 0,48 (p<0,01 ). The correlation coefficient between IGF-1 and birth weight was 0,55 (p<0,001 ), between IGF-1 and IGFBP-1 was 0,40 (p<0,001) and between IGF-1 and IGFBP-3 was 0,57 (p<0,001 ). In the multiple regression analysis, only IGF-1 and maternal diabetes contributed significantly for interventricular septal hypertrophy. Our results indicate that IGF-1 leveis and gestational diabetes are directly related to septal thickness at birth. Furthermore, IGF-1 leveis are directly related to birth weight and birth weight has no significant relation to septal thickness. We also found no difference in the echocardiographic ratios of diastolic function in newborns with or without transient septal. hypertrophy in the first week of life.
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Avaliação ultrassonográfica do coração fetal pela técnica tridimensional XI VOCAL / Ultrasound Assessment of Fetal Heart by Tridimensional Technique XI VOCAL TM

Barreto, Enoch Quinderé de Sá [UNIFESP] 27 April 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:38Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-04-27. Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:03Z : No. of bitstreams: 1 Publico-12552a.pdf: 2026550 bytes, checksum: 8ba78ef62234ba3ae6b0f470c9930cc4 (MD5). Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:03Z : No. of bitstreams: 2 Publico-12552a.pdf: 2026550 bytes, checksum: 8ba78ef62234ba3ae6b0f470c9930cc4 (MD5) Publico-12552b.pdf: 1918117 bytes, checksum: 56a7e44d521d8916af6643491d369625 (MD5). Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:03Z : No. of bitstreams: 3 Publico-12552a.pdf: 2026550 bytes, checksum: 8ba78ef62234ba3ae6b0f470c9930cc4 (MD5) Publico-12552b.pdf: 1918117 bytes, checksum: 56a7e44d521d8916af6643491d369625 (MD5) Publico-12552c.pdf: 1869279 bytes, checksum: 6df6167cf77f67d7b3321d11d9094b64 (MD5). 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Added 1 bitstream(s) on 2015-08-11T03:26:04Z : No. of bitstreams: 5 Publico-12552a.pdf: 2026550 bytes, checksum: 8ba78ef62234ba3ae6b0f470c9930cc4 (MD5) Publico-12552b.pdf: 1918117 bytes, checksum: 56a7e44d521d8916af6643491d369625 (MD5) Publico-12552c.pdf: 1869279 bytes, checksum: 6df6167cf77f67d7b3321d11d9094b64 (MD5) Publico-12552d.pdf: 1535628 bytes, checksum: 2a3472c7ec8f5ee3c2ff39caaab95734 (MD5) Publico-12552e.pdf: 1027770 bytes, checksum: 1018ee99b0a636ed92607fc88e71fba4 (MD5) / Objetivos: Validação in vitro do método XI VOCALTM (eXtended Imaging Virtual Organ Computer-Aided anaLysis TM) de volumetria ultrassonográfica tridimensional; construção de intervalos de referência para volume cardíaco fetal entre 20 e 34 semanas de gestação; avaliação da reprodutibilidade intra e interobservador. Pacientes e métodos: Foram confeccionados três diferentes “modelos” para validação in vitro. Os “modelos” foram mensurados por dois diferentes observadores, com os métodos XI VOCALTM, VOCALTM (Virtual Organ Computer-Aided anaLysis TM) e Multiplanar. A validade foi determinada comparando-se a porcentagem de diferença entre o volume calculado e o ‘real’. Para construção dos intervalos de referência para volume cardíaco procedeu-se um estudo transversal, avaliando 303 gestantes normais entre 20 e 34 semanas. Realizou-se uma única avaliação com método XI VOCALTM em 10 planos. Resultados: Todos os métodos apresentaram boa confiabilidade na volumetria dos “modelos”, quando comparados ao volume “real”. Não houve diferença estatística entre os métodos, entretanto as mensurações pelo XI VOCALTM, em 10 planos, apresentaram menor margem de erro (diferença média de 0,18cm³), sem comprometimento do tempo de exame. A avaliação cardíaca fetal permitiu a construção de um modelo de regressão linear ponderada, demonstrado maior variabilidade volumétrica com a progressão da idade gestacional. Com base na distribuição formataram-se os percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95. Na análise da variabilidade intra e interobservador não houve diferença estatisticamente significante (p= 0,041 e p= 0,175, respectivamente), com alta reprodutibilidade (CCI >0,95). Conclusões: O método XI VOCALTM apresenta boa acurácia, principalmente em 10 planos, de acordo com os achados in vitro. O método demonstrou boa reprodutibilidade in vitro e in vivo. O volume cardíaco fetal demonstrou uma curva de ascenção ponderada entre 20 e 34 semanas de gestação. / Objectives: Validating an in vitro method for XI VOCALTM (eXtended Imaging Virtual Organ Computer-Aided anaLysys) three-dimensional ultrasound study; establishing intervals of reference to evaluate fetal heart volume between 20 and 34 gestational weeks; assessing the intraobserver and interobserver reproducibility for this method. Methods: In order to validate an in vitro method, three plastic models filled with ultrasound gel were constructed. These models were measured by two different observers using three different scan methods: XI VOCALTM, VOCALTM and Multiplanar. In order to achieve a reference curve with normal values of fetal heart volume, a cross-sectional study including 303 pregnant women between 20 and 34 gestational weeks was evaluated. The assessment was performed using a 10 plane section for each case. Results: All methods had high reliability and were considered useful for in vitro studies. There was no difference between the methods, although the evaluation using XI VOCALTM closer to the real volume of the models (mean difference 0,18 cm ³). The fetal heart evaluation allowed the construction of a polynomial regression model, with increasing of variability according to gestational age progression. The intervals of reference were calculated according to the percentiles 5, 10, 25, 50, 75, 90 and 95. There was no difference regarding the results achieved intra or inter observers (p = 0.041 and p = 0.175, respectively). The reproducibility of the method was considered good (ICC> 0.90). Conclusions: The XI VOCALTM method can be used for in vitro evaluation, with good accuracy, mainly with 10 planes section. This method has good reproducibility in clinical practice. The fetal heart volume has a rising curve between 20 and 34 gestational weeks. / TEDE
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Avaliação do papel da ultra-sonografia obstétrica de rotina, no rastreamento pré-natal das anormalidades cardíacas

Bacaltchuk, Tzvi January 2001 (has links)
A ultra-sonografia obstétrica é um método diagnóstico tradicionalmente utilizado na rotina do atendimento pré-natal, tendo sido estudados de forma ampla suas vantagens e limitações. O advento do diagnóstico intra-uterino de cardiopatias congênitas e de arritmias através da ecocardiografia fetal modificou completamente o prognóstico perinatal dessas afecções, por permitir planejar o adequado manejo cardiológico no período neonatal imediato e, em algumas situações, o tratamento e sua resolução in utero. Sendo muito elevada a prevalência de cardiopatias congênitas durante a vida fetal, sua detecção torna-se fundamental. Considerando a inviabilidade operacional de realizar rotineiramente ecocardiografia fetal em todas as gestações, levando-se em conta as condições locais do sistema de saúde, o encaminhamento para exame por especialista passa a ser otimizado com a possibilidade da suspeita de alterações estruturais ou funcionais do coração e do sistema circulatório durante o exame ultra-sonográfico obstétrico de rotina. Não são conhecidos, em nosso meio, dados que avaliem de forma sistemática a acurácia da ultra-sonografia obstétrica no que se refere à suspeita pré-natal de cardiopatias. A partir deste questionamento, este trabalho foi delineado com o objetivo de avaliar o papel da ultra-sonografia obstétrica de rotina na suspeita pré-natal de cardiopatias congênitas ou arritmias graves e os fatores envolvidos na sua efetividade. A amostra foi constituída de 77 neonatos ou lactentes internados no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia (IC/FUC) no período de maio a outubro de 2000, com diagnóstico pós-natal confirmado de cardiopatia estrutural ou arritmia grave, que tenham sido submetidos, durante a vida fetal, a pelo menos uma ultra-sonografia obstétrica após a 18a semana de gestação. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário padronizado, respondido pelos pais ou responsáveis, após consentimento informado. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste do qui-quadrado ou pelo teste de Fisher, com um alfa crítico de 0,05. Um modelo de regressão logística foi utilizado para determinar variáveis independentes eventualmente envolvidas na suspeita pré-natal de cardiopatia. Em 19 pacientes (24,7%), a ultra-sonografia obstétrica foi capaz de levantar suspeita de anormalidades estruturais ou de arritmias. Ao serem consideradas apenas as cardiopatias congênitas, esta prevalência foi de 19,2% (14/73). Em 73,7% destes, as cardiopatias suspeitadas eram acessíveis ao corte de 4-câmaras isolado. Observou-se que 26,3% das crianças com suspeita pré-natal de cardiopatia apresentaram arritmias durante o estudo ecográfico, enquanto apenas 3,4% dos pacientes sem suspeita pré-natal apresentaram alterações do ritmo (P=0,009). Constituiram-se em fatores comparativos significantes entre o grupo com suspeita pré-natal e o sem suspeita a paridade (P=0,029), o parto cesáreo (P=0,006), a internação em unidade de tratamento intensivo (P=0,046) e a escolaridade paterna (P=0,014). Não se mostraram significativos o número de gestações, a história de abortos prévios, o estado civil, o sexo dos pacientes, o tipo de serviço e a localidade em que foram realizados o pré-natal e a ultra-sonografia obstétrica, a indicação da ecografia, o número de ultra-sonografias realizadas, a renda familiar e a escolaridade materna. À análise multivariada, apenas a presença de alteração do ritmo cardíaco durante a ultra-sonografia obstétrica mostrou-se como variável independente associada à suspeita pré-natal de anormalidade cardíaca. Este trabalho demonstra que a ultra-sonografia obstétrica de rotina ainda tem sido subutilizada no rastreamento pré-natal de cardiopatias congênitas, levantando a suspeita de anormalidades estruturais em apenas um quinto dos casos. Considerando a importância prognóstica do diagnóstico intra-uterino de cardiopatias congênitas e arritmias graves, todos os esforços devem ser mobilizados no sentido de aumentar a eficácia da ecografia obstétrica de rotina para a suspeita de anormalidades cardíacas fetais. O treinamento dirigido dos ultra-sonografistas e a conscientização do meio obstétrico e da própria população são instrumentos para esta ação. / Obstetrical ultrasound scan is a diagnostic method traditionally used in routine prenatal care, its advantages and limitations having been widely discussed. The advent of intrauterine diagnosis of congenital heart diseases and arrhythmias by means of fetal echocardiography has dramatically changed the perinatal prognosis of these disorders, allowing adequate planning of the cardiological approach in the immediate neonatal period, and even, in special situations, “in utero” treatment and resolution. Since the prevalence of congenital heart disease during fetal life is high, its prenatal detection turns out to be of utmost importance. Considering the operational difficulty in performing routinely fetal echocardiography in every gestation, taking in account the local conditions of the health system, the referral to a specialist for a detailed examination would be optimized if structural or functional abnormalities of the fetal heart and the circulatory system could be suspected during standard obstetrical ultrasound scan. Systematic local data evaluating accuracy of routine obstetrical ultrasound in suspecting cardiac abnormalities in the fetus are scarce. For this reason, this study was designed with the purpose of evaluating the role of routine obstetrical ultrasound scan in suspecting the presence of fetal congenital heart diseases and severe arrhythmias, as well as the factors involved in its effectivity. The sample was made up by 77 neonates and infants hospitalized at the Institute of Cardiology of Rio Grande do Sul from May to October of 2000, with confirmed postnatal diagnosis of structural heart disease or severe arrhythmia, whose mothers had been submitted to at least one obstetrical ultrasound scan after 18 weeks of gestation. The parents or responsible persons were asked to answer a customized standard questionnaire, after informed consent. Categorical variables were compared using chi-square test or Fisher’s exact test, with a significance level of 0.05. A logistic regression model was used to determine independent variables possibly involved in the prenatal suspicion of cardiac abnormalities. In 19 patients (24.6%), obstetrical ultrasound was able to rise prenatal suspicion of structural or rhythm abnormalities. Considering only congenital heart diseases, this prevalence was 19.2% (14/73). In 73.7% of these cases, the cardiac disorder was accessible by the four-chamber view alone. Arrhythmias during obstetrical scan were observed in 26.35 of the babies with prenatal suspicion of a heart abnormality, while only 3.4% of the patients without prenatal suspicion showed a rhythm alteration (P=0.009). Significant differences between the groups with and without prenatal suspicion of cardiac abnormalities were observed in relation to parity (P=0.029), delivery by cesarean section (P=0.006), need for intensive therapy (P=0.046) and school education level of the father (P=0.014). There was no significance associated to number of gestations, history of previous fetal losses, marital status, sex of the patients, type of facility and local where prenatal care and ultrasonographic evaluation were performed, indication for obstetrical echography, number of ultrasound scans performed, family income and school education level of the mother. At multivariate analysis, only the presence of a rhythm alteration during ultrasound scan was shown to be an independent variable associated to prenatal suspicion of cardiac abnormalities. This study demonstrates that routine obstetrical ultrasound has been sub-utilized in prenatal screening of congenital heart diseases, rising the suspicion of structural abnormalities only in one fifth of the cases. Considering the prognostic importance of intrauterine diagnosis of congenital cardiac diseases and severe arrhythmias, every effort should be mobilized in order to increase the efficacy of routine obstetrical ultrasound in rising the suspicion of fetal cardiac abnormalities. Adequate training directed to those performing ultrasound examinations and conscientization of the obstetrical caregivers and of the very population are instruments for this action.
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A expressão de proteinas de proliferação e diferenciação celular em cardiomiócitos durante a transição da circulação fetal a vida extra-uterina / Tarcísio Fulgêncio Alves da Silva ; orientadora, Lúcia de Noronha

Silva, Tarcísio Fulgêncio Alves da January 2009 (has links)
Tese (doutorado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2009. / Bibliografia: f. 73-77 / A passagem da condição de feto à vida extra-uterina exige adaptações anatômicas e fisiológicas fundamentais à sobrevivência. O estudo das alterações cardíacas nesta fase transitória vem sendo explorado por inúmeras pesquisas, que buscam compreender este p / The passage from the fetal condition to the extra-uterine life demands physiological and anatomic adaptations, which are fundamental to the life. The study of cardiac alterations in this transitory phase has been explored in several researches, which aim
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Avaliação do papel da ultra-sonografia obstétrica de rotina, no rastreamento pré-natal das anormalidades cardíacas

Bacaltchuk, Tzvi January 2001 (has links)
A ultra-sonografia obstétrica é um método diagnóstico tradicionalmente utilizado na rotina do atendimento pré-natal, tendo sido estudados de forma ampla suas vantagens e limitações. O advento do diagnóstico intra-uterino de cardiopatias congênitas e de arritmias através da ecocardiografia fetal modificou completamente o prognóstico perinatal dessas afecções, por permitir planejar o adequado manejo cardiológico no período neonatal imediato e, em algumas situações, o tratamento e sua resolução in utero. Sendo muito elevada a prevalência de cardiopatias congênitas durante a vida fetal, sua detecção torna-se fundamental. Considerando a inviabilidade operacional de realizar rotineiramente ecocardiografia fetal em todas as gestações, levando-se em conta as condições locais do sistema de saúde, o encaminhamento para exame por especialista passa a ser otimizado com a possibilidade da suspeita de alterações estruturais ou funcionais do coração e do sistema circulatório durante o exame ultra-sonográfico obstétrico de rotina. Não são conhecidos, em nosso meio, dados que avaliem de forma sistemática a acurácia da ultra-sonografia obstétrica no que se refere à suspeita pré-natal de cardiopatias. A partir deste questionamento, este trabalho foi delineado com o objetivo de avaliar o papel da ultra-sonografia obstétrica de rotina na suspeita pré-natal de cardiopatias congênitas ou arritmias graves e os fatores envolvidos na sua efetividade. A amostra foi constituída de 77 neonatos ou lactentes internados no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia (IC/FUC) no período de maio a outubro de 2000, com diagnóstico pós-natal confirmado de cardiopatia estrutural ou arritmia grave, que tenham sido submetidos, durante a vida fetal, a pelo menos uma ultra-sonografia obstétrica após a 18a semana de gestação. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário padronizado, respondido pelos pais ou responsáveis, após consentimento informado. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste do qui-quadrado ou pelo teste de Fisher, com um alfa crítico de 0,05. Um modelo de regressão logística foi utilizado para determinar variáveis independentes eventualmente envolvidas na suspeita pré-natal de cardiopatia. Em 19 pacientes (24,7%), a ultra-sonografia obstétrica foi capaz de levantar suspeita de anormalidades estruturais ou de arritmias. Ao serem consideradas apenas as cardiopatias congênitas, esta prevalência foi de 19,2% (14/73). Em 73,7% destes, as cardiopatias suspeitadas eram acessíveis ao corte de 4-câmaras isolado. Observou-se que 26,3% das crianças com suspeita pré-natal de cardiopatia apresentaram arritmias durante o estudo ecográfico, enquanto apenas 3,4% dos pacientes sem suspeita pré-natal apresentaram alterações do ritmo (P=0,009). Constituiram-se em fatores comparativos significantes entre o grupo com suspeita pré-natal e o sem suspeita a paridade (P=0,029), o parto cesáreo (P=0,006), a internação em unidade de tratamento intensivo (P=0,046) e a escolaridade paterna (P=0,014). Não se mostraram significativos o número de gestações, a história de abortos prévios, o estado civil, o sexo dos pacientes, o tipo de serviço e a localidade em que foram realizados o pré-natal e a ultra-sonografia obstétrica, a indicação da ecografia, o número de ultra-sonografias realizadas, a renda familiar e a escolaridade materna. À análise multivariada, apenas a presença de alteração do ritmo cardíaco durante a ultra-sonografia obstétrica mostrou-se como variável independente associada à suspeita pré-natal de anormalidade cardíaca. Este trabalho demonstra que a ultra-sonografia obstétrica de rotina ainda tem sido subutilizada no rastreamento pré-natal de cardiopatias congênitas, levantando a suspeita de anormalidades estruturais em apenas um quinto dos casos. Considerando a importância prognóstica do diagnóstico intra-uterino de cardiopatias congênitas e arritmias graves, todos os esforços devem ser mobilizados no sentido de aumentar a eficácia da ecografia obstétrica de rotina para a suspeita de anormalidades cardíacas fetais. O treinamento dirigido dos ultra-sonografistas e a conscientização do meio obstétrico e da própria população são instrumentos para esta ação. / Obstetrical ultrasound scan is a diagnostic method traditionally used in routine prenatal care, its advantages and limitations having been widely discussed. The advent of intrauterine diagnosis of congenital heart diseases and arrhythmias by means of fetal echocardiography has dramatically changed the perinatal prognosis of these disorders, allowing adequate planning of the cardiological approach in the immediate neonatal period, and even, in special situations, “in utero” treatment and resolution. Since the prevalence of congenital heart disease during fetal life is high, its prenatal detection turns out to be of utmost importance. Considering the operational difficulty in performing routinely fetal echocardiography in every gestation, taking in account the local conditions of the health system, the referral to a specialist for a detailed examination would be optimized if structural or functional abnormalities of the fetal heart and the circulatory system could be suspected during standard obstetrical ultrasound scan. Systematic local data evaluating accuracy of routine obstetrical ultrasound in suspecting cardiac abnormalities in the fetus are scarce. For this reason, this study was designed with the purpose of evaluating the role of routine obstetrical ultrasound scan in suspecting the presence of fetal congenital heart diseases and severe arrhythmias, as well as the factors involved in its effectivity. The sample was made up by 77 neonates and infants hospitalized at the Institute of Cardiology of Rio Grande do Sul from May to October of 2000, with confirmed postnatal diagnosis of structural heart disease or severe arrhythmia, whose mothers had been submitted to at least one obstetrical ultrasound scan after 18 weeks of gestation. The parents or responsible persons were asked to answer a customized standard questionnaire, after informed consent. Categorical variables were compared using chi-square test or Fisher’s exact test, with a significance level of 0.05. A logistic regression model was used to determine independent variables possibly involved in the prenatal suspicion of cardiac abnormalities. In 19 patients (24.6%), obstetrical ultrasound was able to rise prenatal suspicion of structural or rhythm abnormalities. Considering only congenital heart diseases, this prevalence was 19.2% (14/73). In 73.7% of these cases, the cardiac disorder was accessible by the four-chamber view alone. Arrhythmias during obstetrical scan were observed in 26.35 of the babies with prenatal suspicion of a heart abnormality, while only 3.4% of the patients without prenatal suspicion showed a rhythm alteration (P=0.009). Significant differences between the groups with and without prenatal suspicion of cardiac abnormalities were observed in relation to parity (P=0.029), delivery by cesarean section (P=0.006), need for intensive therapy (P=0.046) and school education level of the father (P=0.014). There was no significance associated to number of gestations, history of previous fetal losses, marital status, sex of the patients, type of facility and local where prenatal care and ultrasonographic evaluation were performed, indication for obstetrical echography, number of ultrasound scans performed, family income and school education level of the mother. At multivariate analysis, only the presence of a rhythm alteration during ultrasound scan was shown to be an independent variable associated to prenatal suspicion of cardiac abnormalities. This study demonstrates that routine obstetrical ultrasound has been sub-utilized in prenatal screening of congenital heart diseases, rising the suspicion of structural abnormalities only in one fifth of the cases. Considering the prognostic importance of intrauterine diagnosis of congenital cardiac diseases and severe arrhythmias, every effort should be mobilized in order to increase the efficacy of routine obstetrical ultrasound in rising the suspicion of fetal cardiac abnormalities. Adequate training directed to those performing ultrasound examinations and conscientization of the obstetrical caregivers and of the very population are instruments for this action.
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Avaliação do papel da ultra-sonografia obstétrica de rotina, no rastreamento pré-natal das anormalidades cardíacas

Bacaltchuk, Tzvi January 2001 (has links)
A ultra-sonografia obstétrica é um método diagnóstico tradicionalmente utilizado na rotina do atendimento pré-natal, tendo sido estudados de forma ampla suas vantagens e limitações. O advento do diagnóstico intra-uterino de cardiopatias congênitas e de arritmias através da ecocardiografia fetal modificou completamente o prognóstico perinatal dessas afecções, por permitir planejar o adequado manejo cardiológico no período neonatal imediato e, em algumas situações, o tratamento e sua resolução in utero. Sendo muito elevada a prevalência de cardiopatias congênitas durante a vida fetal, sua detecção torna-se fundamental. Considerando a inviabilidade operacional de realizar rotineiramente ecocardiografia fetal em todas as gestações, levando-se em conta as condições locais do sistema de saúde, o encaminhamento para exame por especialista passa a ser otimizado com a possibilidade da suspeita de alterações estruturais ou funcionais do coração e do sistema circulatório durante o exame ultra-sonográfico obstétrico de rotina. Não são conhecidos, em nosso meio, dados que avaliem de forma sistemática a acurácia da ultra-sonografia obstétrica no que se refere à suspeita pré-natal de cardiopatias. A partir deste questionamento, este trabalho foi delineado com o objetivo de avaliar o papel da ultra-sonografia obstétrica de rotina na suspeita pré-natal de cardiopatias congênitas ou arritmias graves e os fatores envolvidos na sua efetividade. A amostra foi constituída de 77 neonatos ou lactentes internados no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / Fundação Universitária de Cardiologia (IC/FUC) no período de maio a outubro de 2000, com diagnóstico pós-natal confirmado de cardiopatia estrutural ou arritmia grave, que tenham sido submetidos, durante a vida fetal, a pelo menos uma ultra-sonografia obstétrica após a 18a semana de gestação. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário padronizado, respondido pelos pais ou responsáveis, após consentimento informado. As variáveis categóricas foram comparadas pelo teste do qui-quadrado ou pelo teste de Fisher, com um alfa crítico de 0,05. Um modelo de regressão logística foi utilizado para determinar variáveis independentes eventualmente envolvidas na suspeita pré-natal de cardiopatia. Em 19 pacientes (24,7%), a ultra-sonografia obstétrica foi capaz de levantar suspeita de anormalidades estruturais ou de arritmias. Ao serem consideradas apenas as cardiopatias congênitas, esta prevalência foi de 19,2% (14/73). Em 73,7% destes, as cardiopatias suspeitadas eram acessíveis ao corte de 4-câmaras isolado. Observou-se que 26,3% das crianças com suspeita pré-natal de cardiopatia apresentaram arritmias durante o estudo ecográfico, enquanto apenas 3,4% dos pacientes sem suspeita pré-natal apresentaram alterações do ritmo (P=0,009). Constituiram-se em fatores comparativos significantes entre o grupo com suspeita pré-natal e o sem suspeita a paridade (P=0,029), o parto cesáreo (P=0,006), a internação em unidade de tratamento intensivo (P=0,046) e a escolaridade paterna (P=0,014). Não se mostraram significativos o número de gestações, a história de abortos prévios, o estado civil, o sexo dos pacientes, o tipo de serviço e a localidade em que foram realizados o pré-natal e a ultra-sonografia obstétrica, a indicação da ecografia, o número de ultra-sonografias realizadas, a renda familiar e a escolaridade materna. À análise multivariada, apenas a presença de alteração do ritmo cardíaco durante a ultra-sonografia obstétrica mostrou-se como variável independente associada à suspeita pré-natal de anormalidade cardíaca. Este trabalho demonstra que a ultra-sonografia obstétrica de rotina ainda tem sido subutilizada no rastreamento pré-natal de cardiopatias congênitas, levantando a suspeita de anormalidades estruturais em apenas um quinto dos casos. Considerando a importância prognóstica do diagnóstico intra-uterino de cardiopatias congênitas e arritmias graves, todos os esforços devem ser mobilizados no sentido de aumentar a eficácia da ecografia obstétrica de rotina para a suspeita de anormalidades cardíacas fetais. O treinamento dirigido dos ultra-sonografistas e a conscientização do meio obstétrico e da própria população são instrumentos para esta ação. / Obstetrical ultrasound scan is a diagnostic method traditionally used in routine prenatal care, its advantages and limitations having been widely discussed. The advent of intrauterine diagnosis of congenital heart diseases and arrhythmias by means of fetal echocardiography has dramatically changed the perinatal prognosis of these disorders, allowing adequate planning of the cardiological approach in the immediate neonatal period, and even, in special situations, “in utero” treatment and resolution. Since the prevalence of congenital heart disease during fetal life is high, its prenatal detection turns out to be of utmost importance. Considering the operational difficulty in performing routinely fetal echocardiography in every gestation, taking in account the local conditions of the health system, the referral to a specialist for a detailed examination would be optimized if structural or functional abnormalities of the fetal heart and the circulatory system could be suspected during standard obstetrical ultrasound scan. Systematic local data evaluating accuracy of routine obstetrical ultrasound in suspecting cardiac abnormalities in the fetus are scarce. For this reason, this study was designed with the purpose of evaluating the role of routine obstetrical ultrasound scan in suspecting the presence of fetal congenital heart diseases and severe arrhythmias, as well as the factors involved in its effectivity. The sample was made up by 77 neonates and infants hospitalized at the Institute of Cardiology of Rio Grande do Sul from May to October of 2000, with confirmed postnatal diagnosis of structural heart disease or severe arrhythmia, whose mothers had been submitted to at least one obstetrical ultrasound scan after 18 weeks of gestation. The parents or responsible persons were asked to answer a customized standard questionnaire, after informed consent. Categorical variables were compared using chi-square test or Fisher’s exact test, with a significance level of 0.05. A logistic regression model was used to determine independent variables possibly involved in the prenatal suspicion of cardiac abnormalities. In 19 patients (24.6%), obstetrical ultrasound was able to rise prenatal suspicion of structural or rhythm abnormalities. Considering only congenital heart diseases, this prevalence was 19.2% (14/73). In 73.7% of these cases, the cardiac disorder was accessible by the four-chamber view alone. Arrhythmias during obstetrical scan were observed in 26.35 of the babies with prenatal suspicion of a heart abnormality, while only 3.4% of the patients without prenatal suspicion showed a rhythm alteration (P=0.009). Significant differences between the groups with and without prenatal suspicion of cardiac abnormalities were observed in relation to parity (P=0.029), delivery by cesarean section (P=0.006), need for intensive therapy (P=0.046) and school education level of the father (P=0.014). There was no significance associated to number of gestations, history of previous fetal losses, marital status, sex of the patients, type of facility and local where prenatal care and ultrasonographic evaluation were performed, indication for obstetrical echography, number of ultrasound scans performed, family income and school education level of the mother. At multivariate analysis, only the presence of a rhythm alteration during ultrasound scan was shown to be an independent variable associated to prenatal suspicion of cardiac abnormalities. This study demonstrates that routine obstetrical ultrasound has been sub-utilized in prenatal screening of congenital heart diseases, rising the suspicion of structural abnormalities only in one fifth of the cases. Considering the prognostic importance of intrauterine diagnosis of congenital cardiac diseases and severe arrhythmias, every effort should be mobilized in order to increase the efficacy of routine obstetrical ultrasound in rising the suspicion of fetal cardiac abnormalities. Adequate training directed to those performing ultrasound examinations and conscientization of the obstetrical caregivers and of the very population are instruments for this action.
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Dopplervelocimetria do fluxo normal da valva tricúspide fetal entre 11 e 13 semanas e 6 dias de gestação / Normal fetal tricuspid valve dopplervelocimetry at 11 to 13 weeks and 6 days

Ninno, Milena Almeida Prado 14 April 2010 (has links)
Objetivo: Determinar os valores dopplervelocimétricos normais do fluxo através da valva tricúspide em gestações únicas, entre 11 e 13 semanas e seis dias. Examinar a reprodutibilidade dos parâmetros avaliados e sua correlação com variáveis clínicas maternas e obstétricas. Métodos: Estudo prospectivo envolvendo 166 gestações únicas, com desfecho normal, examinadas entre 11 e 13 semanas e seis dias, no período de fevereiro de 2006 a agosto de 2008. Foram aferidas as velocidades máximas das ondas E e A, duração do ciclo cardíaco completo e sua fase diastólica e calculadas as relações onda E/onda A e diástole/ciclo. Os valores normais foram descritos pelas respectivas médias e desvio-padrão. Para análise da reprodutibilidade desses parâmetros foi calculado o coeficiente de correlação intra-classes em 12 casos examinados por dois examinadores. Regressão linear simples e multivariada foram empregadas para examinar a correlação dos parâmetros dopplervelocimétricos entre si e com a idade gestacional, a medida da translucência nucal e variáveis maternas. Resultados: Neste intervalo gestacional, os valores normais encontrados foram: onda E, 25 (± 4,6) cm/s; onda A, 42,9 (± 5,9) cm/s; relação E/A, 0,58 (± 0,07); ciclo cardíaco, 390 (± 21,1) ms; diástole, 147 (± 18) ms; relação diástole/ciclo, 0,38 (± 0,04). Entre as variáveis dopplervelocimétricas, foi observada correlação significativa entre o ciclo cardíaco e diástole (r=0,53; p<0,0001), diástole e onda A (r=-0,15; p=0,05), ondas E e A (r=0,77; p<0,0001), onda E e relação D/C (r=0,16; p=0,04), onda A e relação diástole/ciclo (r=-0,17; p=0,03). Todas as variáveis, exceto a velocidade da onda A, correlacionaram-se positivamente com a idade gestacional. Não foi observada correlação significativa das variáveis com a medida da translucência nucal, e, na comparação com as variáveis maternas, apenas a onda E e a idade materna apresentaram correlação significativa (r=-0,18, p=0,04). Os coeficientes de correlação intra-classes para a avaliação interobservador e intra-observador (examinadores um e dois) foram: onda E = 0,53 (0,53 e 0,64); onda A = 0,45 (0,46 e 0,49); ciclo cardíaco = 0,70 (0,79 e 0,84) e diástole = 0,63 (0,85 e 0,82). Conclusão: O presente estudo estabeleceu os valores normais dos parâmetros dopplervelocimétricos do fluxo através da valva tricúspide e demonstrou que tais parâmetros, com exceção da onda A, correlacionaram-se de forma positiva com a idade gestacional, e apresentaram reprodutibilidade boa/moderada. / Objective: To establish the measurements of normal tricuspid valve flow velocities at 11 to 13 weeks and 6 days to determine E-wave, A-wave, E/A ratio, cardiac cycle length, diastole length, diastole/cardiac cycle ratio, and their relationship with gestational age, nuchal translucency thickness, the characteristics of the study population, and to assess the reproducibility of flow measurements. Methods: Between February, 2006, and August, 2008, a total of 166 women with a singleton normal pregnancy between 11 and 13 + 6 weeks of gestation consented to participate in the study. Analysis of the waveforms consisted of calculation of peak velocity (cm/s) of the E-wave and A-wave, E-wave/A-wave ratio, cardiac cycle length (ms), diastole length (ms) and diastole/cardiac cycle ratio. To evaluate the intraobserver and interobserver agreement, a subgroup of 12 patients, chosen randomly, was examined twice by each examiner. For descriptive analysis of the results were calculated average and standard deviation. Simple and multivariate linear regression was used to establish the correlation between dopplervelocimetry among parameters and with gestational age, nuchal translucency thickness and the characteristics of the study population. Results: The average (± standard deviation) for transtricuspid flow-velocities waveforms parameters were: E-wave 25 (± 4.6) cm/s; A-wave 42.9 (± 5.9) cm/s; E/A ratio 0.58 (± 0.07); cardiac cycle length 390 (± 21.1) ms; diastole length 147 (± 18) ms; diastole/cardiac cycle length 0,38 (± 0.04). A statistically significant linear increase relative to gestational age was established for all parameters, except A-wave. Nuchal translucency thickness was not correlated with any parameter. A statistically significant negative regression coefficient was established for E-wave to maternal age (r=-0,18, p=0,04). A statistically significant relationship was established between: cardiac cycle length and diastole length (r=0.53; p<0.0001); diastole length and A-wave velocity (r=-0.15; p=0.05); E-wave and A-wave velocities (r=0.77; p<0.0001); E-wave velocity and D/C ratio (r=0.16; p=0.04); A-wave velocity and D/C ratio (r=-0.17; p=0.03). The intraclass correlation coeficients of interobserver and intraobsever evaluations (examiners 1 and 2) were: Ewave = 0.53 (0.53 and 0.64); A-wave = 0.45 (0.46 and 0.49); cardiac cycle = 0.70 (0.79 and 0.84) and diastole= 0.63 (0.85 and 0.82). Conclusions: These data determine normal parameters for tricuspid valve dopplervelocimetry and shows that these parameters, except A-wave, have positive correlation with gestational age, and good/moderate reproducibility.
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Dopplervelocimetria do fluxo normal da valva tricúspide fetal entre 11 e 13 semanas e 6 dias de gestação / Normal fetal tricuspid valve dopplervelocimetry at 11 to 13 weeks and 6 days

Milena Almeida Prado Ninno 14 April 2010 (has links)
Objetivo: Determinar os valores dopplervelocimétricos normais do fluxo através da valva tricúspide em gestações únicas, entre 11 e 13 semanas e seis dias. Examinar a reprodutibilidade dos parâmetros avaliados e sua correlação com variáveis clínicas maternas e obstétricas. Métodos: Estudo prospectivo envolvendo 166 gestações únicas, com desfecho normal, examinadas entre 11 e 13 semanas e seis dias, no período de fevereiro de 2006 a agosto de 2008. Foram aferidas as velocidades máximas das ondas E e A, duração do ciclo cardíaco completo e sua fase diastólica e calculadas as relações onda E/onda A e diástole/ciclo. Os valores normais foram descritos pelas respectivas médias e desvio-padrão. Para análise da reprodutibilidade desses parâmetros foi calculado o coeficiente de correlação intra-classes em 12 casos examinados por dois examinadores. Regressão linear simples e multivariada foram empregadas para examinar a correlação dos parâmetros dopplervelocimétricos entre si e com a idade gestacional, a medida da translucência nucal e variáveis maternas. Resultados: Neste intervalo gestacional, os valores normais encontrados foram: onda E, 25 (± 4,6) cm/s; onda A, 42,9 (± 5,9) cm/s; relação E/A, 0,58 (± 0,07); ciclo cardíaco, 390 (± 21,1) ms; diástole, 147 (± 18) ms; relação diástole/ciclo, 0,38 (± 0,04). Entre as variáveis dopplervelocimétricas, foi observada correlação significativa entre o ciclo cardíaco e diástole (r=0,53; p<0,0001), diástole e onda A (r=-0,15; p=0,05), ondas E e A (r=0,77; p<0,0001), onda E e relação D/C (r=0,16; p=0,04), onda A e relação diástole/ciclo (r=-0,17; p=0,03). Todas as variáveis, exceto a velocidade da onda A, correlacionaram-se positivamente com a idade gestacional. Não foi observada correlação significativa das variáveis com a medida da translucência nucal, e, na comparação com as variáveis maternas, apenas a onda E e a idade materna apresentaram correlação significativa (r=-0,18, p=0,04). Os coeficientes de correlação intra-classes para a avaliação interobservador e intra-observador (examinadores um e dois) foram: onda E = 0,53 (0,53 e 0,64); onda A = 0,45 (0,46 e 0,49); ciclo cardíaco = 0,70 (0,79 e 0,84) e diástole = 0,63 (0,85 e 0,82). Conclusão: O presente estudo estabeleceu os valores normais dos parâmetros dopplervelocimétricos do fluxo através da valva tricúspide e demonstrou que tais parâmetros, com exceção da onda A, correlacionaram-se de forma positiva com a idade gestacional, e apresentaram reprodutibilidade boa/moderada. / Objective: To establish the measurements of normal tricuspid valve flow velocities at 11 to 13 weeks and 6 days to determine E-wave, A-wave, E/A ratio, cardiac cycle length, diastole length, diastole/cardiac cycle ratio, and their relationship with gestational age, nuchal translucency thickness, the characteristics of the study population, and to assess the reproducibility of flow measurements. Methods: Between February, 2006, and August, 2008, a total of 166 women with a singleton normal pregnancy between 11 and 13 + 6 weeks of gestation consented to participate in the study. Analysis of the waveforms consisted of calculation of peak velocity (cm/s) of the E-wave and A-wave, E-wave/A-wave ratio, cardiac cycle length (ms), diastole length (ms) and diastole/cardiac cycle ratio. To evaluate the intraobserver and interobserver agreement, a subgroup of 12 patients, chosen randomly, was examined twice by each examiner. For descriptive analysis of the results were calculated average and standard deviation. Simple and multivariate linear regression was used to establish the correlation between dopplervelocimetry among parameters and with gestational age, nuchal translucency thickness and the characteristics of the study population. Results: The average (± standard deviation) for transtricuspid flow-velocities waveforms parameters were: E-wave 25 (± 4.6) cm/s; A-wave 42.9 (± 5.9) cm/s; E/A ratio 0.58 (± 0.07); cardiac cycle length 390 (± 21.1) ms; diastole length 147 (± 18) ms; diastole/cardiac cycle length 0,38 (± 0.04). A statistically significant linear increase relative to gestational age was established for all parameters, except A-wave. Nuchal translucency thickness was not correlated with any parameter. A statistically significant negative regression coefficient was established for E-wave to maternal age (r=-0,18, p=0,04). A statistically significant relationship was established between: cardiac cycle length and diastole length (r=0.53; p<0.0001); diastole length and A-wave velocity (r=-0.15; p=0.05); E-wave and A-wave velocities (r=0.77; p<0.0001); E-wave velocity and D/C ratio (r=0.16; p=0.04); A-wave velocity and D/C ratio (r=-0.17; p=0.03). The intraclass correlation coeficients of interobserver and intraobsever evaluations (examiners 1 and 2) were: Ewave = 0.53 (0.53 and 0.64); A-wave = 0.45 (0.46 and 0.49); cardiac cycle = 0.70 (0.79 and 0.84) and diastole= 0.63 (0.85 and 0.82). Conclusions: These data determine normal parameters for tricuspid valve dopplervelocimetry and shows that these parameters, except A-wave, have positive correlation with gestational age, and good/moderate reproducibility.
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Gastrosquise fetal:análise da frequência cardíaca fetal pela cardiotocografia computadorizada no anteparto / Fetal gastroschisis: evaluation of antepartum computerized cardiotocography parameters between 28 and 36 weeks gestation

Walkyria Sampaio Andrade 11 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Gastrosquise é um defeito no fechamento da parede abdominal do feto que está relacionado a elevadas taxas de óbito intrauterino por mecanismos ainda desconhecidos. Em fetos normais, basicamente, todos os parâmetros da frequência cardíaca fetal (FCF) analisados na cardiotocografia computadorizada (CTGc) apresentam uma mudança significativa no decorrer da gestação. OBJETIVO: Descrever as características da FCF e o comportamento dos parâmetros avaliados pela CTGc anteparto, no período de 28 a 36 semanas de gestação. MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2012 a junho de 2015, envolvendo pacientes com gestação única, feto vivo e portador de gastrosquise isolada que foram submetidas à avaliação antenatal pela CTGc (Sistema FetalCare). Os parâmetros avaliados foram: número de movimentos fetais por hora, frequência cardíaca fetal basal (FCF), desacelerações, acelerações, episódios de alta e baixa variação e variação de curto prazo. A análise não paramétrica para medidas repetidas (ANOVA não paramétrica) foi utilizada para análise comparativa dos parâmetros da CTGc em cada idade gestacional avaliada. RESULTADOS: O estudo envolveu 87 gestantes com média de 3,5 (1-9) avaliações cardiotocográficas por paciente. O número de avaliações cardiotocográficas em cada idade gestacional foi >= 20, exceto para a idade de 29 semanas (n = 16). Os principais parâmetros da FCF avaliados pela CTGc como a FCF basal e o STV não apresentaram mudança significativa. Apenas dois parâmetros da CTGc apresentaram mudança significativa no período avaliado: o número de exames com presença de episódios de baixa variação da FCF aumentou no decorrer da gestação (p = 0,019); e o número de acelerações acima de 15 batimentos por minuto aumentou no evoluir das idades gestacionais estudadas (p = 0,001). Nenhum dos outros parâmetros avaliados pela CTGc apresentou mudança significativa no decorrer do período avaliado: o número de movimentos fetais por hora (p = 0,244), a FCF basal (p = 0,606) e o STV (p = 0,145). CONCLUSÃO: O comportamento da FCF dos fetos com gastrosquise difere do padrão apresentado por fetos normais, já que a maioria dos parâmetros da FCF avaliados pela CTGc de fetos com gastrosquise não apresentou mudança significativa no período gestacional avaliado / INTRODUCTION: Fetal gastroschisis is an abdominal wall defect associated with high rates of intrauterine death of unknown mechanisms. In normal fetuses, basically all computerized cardiotocography (cCTG) parameters present a significant change across gestation. OBJECTIVE: To describe the antepartum cCTG parameters between 28 to 36 weeks gestation. METHODS: Retrospective study, accomplished in the Obstetrics Department of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Brazil between January 2012 and June 2015, involving singleton pregnancies, with alive fetus and isolated gastroschisis that underwent to cCTG (System 8002-Sonicaid) during the antenatal care. The cCTG parameters evaluated were: number of fetal movements per hour, baseline fetal heart rate (FHR) decelerations, accelerations, episodes of high and low variation and short-term variation. A non-parametric analysis for repeated measures (nonparametric ANOVA) was used for comparative analysis of the mean distribution of each cCTG parameters throughout the study period. RESULTS: The study involved 84 pregnant women with a mean of 3.5 (1 - 9) cCTG records per patient. The number of records in each gestational age was >= 20 except for the weeks 29 (n = 16). The cCTG parameters that presented significant change during the study period were: increase in the number of records with episodes of low variation (p = 0.019); and increase in the number of accelerations higher than 15 beats per minute (p = 0.001). None of the others analyzed parameters showed significant changes during the study period, the number of movements/hr (p = 0,244), basal FHR (p = 0,606) and the STV (p = 0,145). CONCLUSION: Only two of the cCTG parameters changed significantly during the study period. Therefore, it seems that the behavior patterns of cCTG parameters, in gastroschisis fetuses, are not similar to the normal fetuses
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Gastrosquise fetal:análise da frequência cardíaca fetal pela cardiotocografia computadorizada no anteparto / Fetal gastroschisis: evaluation of antepartum computerized cardiotocography parameters between 28 and 36 weeks gestation

Andrade, Walkyria Sampaio 11 May 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Gastrosquise é um defeito no fechamento da parede abdominal do feto que está relacionado a elevadas taxas de óbito intrauterino por mecanismos ainda desconhecidos. Em fetos normais, basicamente, todos os parâmetros da frequência cardíaca fetal (FCF) analisados na cardiotocografia computadorizada (CTGc) apresentam uma mudança significativa no decorrer da gestação. OBJETIVO: Descrever as características da FCF e o comportamento dos parâmetros avaliados pela CTGc anteparto, no período de 28 a 36 semanas de gestação. MÉTODOS: Estudo retrospectivo realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de janeiro de 2012 a junho de 2015, envolvendo pacientes com gestação única, feto vivo e portador de gastrosquise isolada que foram submetidas à avaliação antenatal pela CTGc (Sistema FetalCare). Os parâmetros avaliados foram: número de movimentos fetais por hora, frequência cardíaca fetal basal (FCF), desacelerações, acelerações, episódios de alta e baixa variação e variação de curto prazo. A análise não paramétrica para medidas repetidas (ANOVA não paramétrica) foi utilizada para análise comparativa dos parâmetros da CTGc em cada idade gestacional avaliada. RESULTADOS: O estudo envolveu 87 gestantes com média de 3,5 (1-9) avaliações cardiotocográficas por paciente. O número de avaliações cardiotocográficas em cada idade gestacional foi >= 20, exceto para a idade de 29 semanas (n = 16). Os principais parâmetros da FCF avaliados pela CTGc como a FCF basal e o STV não apresentaram mudança significativa. Apenas dois parâmetros da CTGc apresentaram mudança significativa no período avaliado: o número de exames com presença de episódios de baixa variação da FCF aumentou no decorrer da gestação (p = 0,019); e o número de acelerações acima de 15 batimentos por minuto aumentou no evoluir das idades gestacionais estudadas (p = 0,001). Nenhum dos outros parâmetros avaliados pela CTGc apresentou mudança significativa no decorrer do período avaliado: o número de movimentos fetais por hora (p = 0,244), a FCF basal (p = 0,606) e o STV (p = 0,145). CONCLUSÃO: O comportamento da FCF dos fetos com gastrosquise difere do padrão apresentado por fetos normais, já que a maioria dos parâmetros da FCF avaliados pela CTGc de fetos com gastrosquise não apresentou mudança significativa no período gestacional avaliado / INTRODUCTION: Fetal gastroschisis is an abdominal wall defect associated with high rates of intrauterine death of unknown mechanisms. In normal fetuses, basically all computerized cardiotocography (cCTG) parameters present a significant change across gestation. OBJECTIVE: To describe the antepartum cCTG parameters between 28 to 36 weeks gestation. METHODS: Retrospective study, accomplished in the Obstetrics Department of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - Brazil between January 2012 and June 2015, involving singleton pregnancies, with alive fetus and isolated gastroschisis that underwent to cCTG (System 8002-Sonicaid) during the antenatal care. The cCTG parameters evaluated were: number of fetal movements per hour, baseline fetal heart rate (FHR) decelerations, accelerations, episodes of high and low variation and short-term variation. A non-parametric analysis for repeated measures (nonparametric ANOVA) was used for comparative analysis of the mean distribution of each cCTG parameters throughout the study period. RESULTS: The study involved 84 pregnant women with a mean of 3.5 (1 - 9) cCTG records per patient. The number of records in each gestational age was >= 20 except for the weeks 29 (n = 16). The cCTG parameters that presented significant change during the study period were: increase in the number of records with episodes of low variation (p = 0.019); and increase in the number of accelerations higher than 15 beats per minute (p = 0.001). None of the others analyzed parameters showed significant changes during the study period, the number of movements/hr (p = 0,244), basal FHR (p = 0,606) and the STV (p = 0,145). CONCLUSION: Only two of the cCTG parameters changed significantly during the study period. Therefore, it seems that the behavior patterns of cCTG parameters, in gastroschisis fetuses, are not similar to the normal fetuses

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