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Estudo da hipertrofia cardiaca no recem-nascido macrossomico, filho de mae diabetica e sua relacao com os niveis sericos dos fatores de crescimento semelhantes a insulina

Barrios, Patricia Martins Moura January 1997 (has links)
A hipertrofia cardíaca é comumente observada em recém-nascidos de mães diabéticas (RNMD), podendo levar a um quadro de insuficiência cardíaca nas primeiras horas de vida (57, 81, 16, 127, 163, 180, 181). Esta hipertrofia pode acometer todas as paredes cardíacas, mas localiza-se preferencialmente no septo interventricular e no ventrículo esquerdo (52, 81, 87, 128, 140, 180, 181 ). Vários autores observaram padrões ecocardiográficos de disfunção diastólica e hipercontratilidade miocárdica nestes recém-nascidos (52, 128, 136, 185). A causa deste crescimento cardíaco exagerado permanece obscura, já que não há um aumento da pós-carga, que justifique uma resposta adaptativa hipertrófica do miocárdio. A hipótese atualmente aceita é a de que o estímulo desencadeante desta hipertrofia miocárdica seja metabólico. Os fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) são pepetídeos mitogênicos capazes de sintetizar proteínas em vários tecidos, através de um mecanismo autócrino ou parácrino (4, 8, 10, 16, 20, 22, 27, 30, 32, 38, 44, 54, 56, 61, 70, 97, 106, 134, 177, 178, 179, 219). O RNA mensageiro de IGF-1 (RNAmiGF-1) é produzido em uma variedade de tecidos, incluindo o miocárdio e os músculos esqueléticos. Embora existam vários estudos demonstrando a participação dos IGFs na hipertrofia cardíaca provocada por um aumento da pós-carga em animais de laboratório, não existem trabalhos demonstrando a participação dos IGFs na hipertrofia cardíaca em RNMD, "in vivo". Os objetivos do presente estudo foram, verificar se havia associação entre os níveis plasmáticos dos IGFs e suas proteínas ligadoras (IGFBP) e hipertrofia cardíaca nos RNMD e se esta hipertrofia estava associada à macrossomia neonatal, refletindo uma resposta generalizada a um aumento de substrato metabólico. Exame físico, antropometria e coleta sangüínea foram realizados em 140 RNs nas primeiras três horas de vida. Destes, 111 (79%) foram examinados por ecocardiografia uni e bidimensional com Doppler e mapeamento de fluxo a cores. Dosagens dos IGFs, IGFBPs foram obtidas em 90 (64%) dos RN e dosagens de glicose em todos os pacientes. Dos 111 RN estudados, 61 (55%) eram adequados para a idade gestacional (AIG), 40 (36%) eram grandes para a idade gestacional e 10 (9%) pequenos para a idade gestacional (PIG). Diabetes estava presente em 44 (39%) das mães durante o pré-natal. O nível médio de IGF-1 foi 24,5 (± 15,4)ng/ml nos AIG, 42,59 (± 21,5)ng/ml nos GIG e 8,2 (± 4,02)ng/ml nos PIG (p<0,001 ). O nível médio de IGFBP-1 não foi diferente nos três grupos. O nível médio de IGFBP-3 foi 641,88 (± 155,9)ng/ml nos AIG, 754,34 (± 207,35)ng/ml nos GIG e 399,1 (± 202,49)ng/ml nos PIG (p<0,001 ). Hipertrofia do septo interventricular (HSIV) foi encontrada em 18 RN (16%) do total da amostra. Destes, 16 (89%) eram RNMD. Sete (39%) dos pacientes com hipertrofia septal eram AIG e 11 (61%) eram GIG. A média de peso dos RN sem HSIV foi 3,29 (± 0,64) kg e dos RN com HSIV foi 4,07 (± 0,67) kg (p<0,001 ). As médias da razão E:A mitral e da razão E:A tricúspide não foram diferentes nos três grupos assim com não foram diferentes entre os RN com e sem hipertofia septal. O tempos médios de desaceleração mitral e tricúspide também não foram diferentes nos três grupos assim como não foram diferentes entre os RN com e sem hipertrofia septal. Os níveis médios de IGF-1 nos RN sem HSIV foi 25,97 (± 18, 17) ng/ml e dos RN com HSIV foi 48,26 (± 21,89)ng/ml (p<0,001 ). O coeficiente de correlação entre IGF-1 e diâmetro septal (OS) foi de 0,57 (p<0,01) e entre o peso de nascimento e o OS foi de 0,48 (p<0,01 ). O coeficiente de correlação entre IGF-1 e o peso de nascimento foi 0,55 (p<0,001 ), entre IGF-1 e IGFBP-1 foi- 0,40 (p<0,001) e entre IGF-1 e IGFBP-3 foi 0,57 (p<0,001 ). Na análise das variáveis por regressão linear múltipla, apenas IGF-1 e a presença de diabetes materna contribuíram significativamente para a hipertrofia do septo interventricular. Os resultados encontrados permitem concluir que os níveis de IGF-1 e a presença de diabetes durante a gestação estão diretamente relacionados à espessura do septo interventricular, que os níveis de IGF-1 estão diretamente relacionados com o peso de nascimento e que o peso de nascimento não tem influência significativa na espessura do septo interventricular. Os resultados também nos permitem concluir que não há diferença nos índices ecocardiográficos de função diastólica em RN com e sem hipertrofia septal transitória, na primeira semana de vida. / Cardiac hypertrophy is a frequent finding in newborns of diabetic mothers (NBDM) and can lead to congestive heart failure in the first few hours of life (57, 81, 16, 127, 163, 180, 181 ). This hypertrophy preferentially involves the interventricular septum and the left ventricle but it can be found in the entire myocardium (52, 81, 87, 128, 140, 180, 181). Different observations have identified echocardiographic patterns of diastolic dysfunction and myocardial hypercontractility in these newborns (52, 128, 136, 185). The reason for this hypertrophy remains unclear as there is no increased afterload to justify and adaptive hypertrophic myocardial response. The current hypothesis points towards a metabolic stimulus as responsible for this myocardial hypertrophy. lnsulin Growth Factors (IGFs) are mitogenic peptides that through autocrine or paracrine mechanisms are able to induce protein synthesis in different tissues (4, 8, 10, 16, 20, 22, 27, 30, 32, 38, 44, 54, 56, 61, 70, 97, 106, 134, 177, 178, 179, 219). Messenger RNA for IGF-1 (RNAm IGF-1) has been identified in a variety of tissues including myocardium and esqueletal muscle. Although there is evidence demonstrating a role for IGFs in the cardiac hypertrophy caused by an increased afterload in laboratory animais, there is no work addressing the role of IGFs in the cardiac hypertrophy of NBDM "in vivo". The objective of this work is to identify a possible correlation between plasma leveis of IGFs, their binding proteins (IGFBP) and the cardiac hypertrophy in newborns of diabetic mothers. Furthermore, we attempt to relate this hypertrophy to neonatal macrossomia, possibly reflecting a generalized response to an increase in a metabolic substrate. Physical Exam, antrophometry and blood sampling were performed in 140 newborns in the first three hours of life. Of these, 111 (79%) were examined with uni and bi dimensional echocardiography with Colar Doppler. Plasma leveis of IGFs and IGFBPs were obtained in 90 (64%) of the newborns and glucose leveis in ali of them. Of the 111 RN studied, 61 (55%) were appropriate for gestational age (AGA), 40 (36%) were large for gestational age (LGA) and 1 O (9%) were small for gestational age (SGA). In 44 (39%) of the mothers gestational diabetes had been documented during pre-natal care. The median IGF-1 levei was 24,5 (± 15,4) ng/ml in the AGA, 42,59 (± 21 ,5) in the LGA and 8,2 (± 4,02) in the SGA (p<0,001). The median levei of IGFBP-1 was 224,73 (± 98,08) ng/ml in the AGA, 168,89 (± 93,89) in the LGA and 256 (± 61 ,67) in the SGA {p=0,008). The mediai levei of IGFBP-3 was 641,88 (± 155,9) in the AGA, 754,34 (± 207,35) in the LGA and 399,1 O (± 202,49) in the SGA group (p<0,001 ). Septal hypertrophy was found in 18 (16%) newborns. Of these, 16 (89%) were NBDM. Seven (39%) of the patients with septal hypertrophy were AGA and 11 (61 %) were LGA. The median weight of the newborns without interventricular septal hypertrophy was 3,29 (± 0,64) kg, while the median weight of those with septal hypertrophy was 4,07 (± 0,67) kg {p<0,001 ). The ABSTRACT median of the mitral and tricuspid E:A ratios were not different in the three groups of patients. There was no difference also in the E:A ratios in the newborns with or without septal hypertrophy. The median mitral and tricuspid deceleration times were not different in the three groups. Also, there was no difference in the DT in the newborns with or without septal hypertrophy. The median leveis of IGF-1 in newborns without septal hypertrophy was 25,97 (± 18, 17) ng/ml while it was 48,26 (± 21 ,89) ng/ml in those with hypertrophy (p<0,001 ). The correlation coefficient between IGF-1 e and the septal diameter was 0,57 (p<0,01) and between birth weight and septal diameter it was 0,48 (p<0,01 ). The correlation coefficient between IGF-1 and birth weight was 0,55 (p<0,001 ), between IGF-1 and IGFBP-1 was 0,40 (p<0,001) and between IGF-1 and IGFBP-3 was 0,57 (p<0,001 ). In the multiple regression analysis, only IGF-1 and maternal diabetes contributed significantly for interventricular septal hypertrophy. Our results indicate that IGF-1 leveis and gestational diabetes are directly related to septal thickness at birth. Furthermore, IGF-1 leveis are directly related to birth weight and birth weight has no significant relation to septal thickness. We also found no difference in the echocardiographic ratios of diastolic function in newborns with or without transient septal. hypertrophy in the first week of life.
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Macrossomia no Brasil : tendências temporais e epidemiologia espacial

Seligman, Luiz Carlos January 2007 (has links)
Macrossomia fetal significa feto grande ou com sobrepeso, mais recentemente chamado de recém-nascido grande para idade gestacional. Diversos fatores afetam a distribuição do peso corporal fetal tais como a idade gestacional, tamanho materno, hereditariedade, estado socioeconômico, origem étnica entre tantos outros. Conseqüentemente, observa-se uma morbidade aumentada nesta situação. A tendência temporal da macrossomia foi avaliada em estudos realizados em outros países e mostrou aumento gradativo de sua prevalência, além de uma distribuição geográfica heterogênea. Objetivos: Avaliar a tendência temporal da macrossomia fetal em todo território brasileiro considerando fatores determinantes reconhecidamente responsáveis por interferirem no peso dos recém-nascidos. Mapear e identificar conglomerados de macrossomia fetal no território brasileiro e fatores espacialmente correlacionados.Para investigação da tendência temporal foram realizados levantamentos descritivos sobre 14.509.859 declarações de nascidos vivos do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 26 Unidades da Federação mais o Distrito Federal. As estatísticas descritivas foram apresentas sob a forma de tabelas para freqüências absolutas e relativas, médias aritméticas e descrições geométricas através de gráficos. Dados de 2.858.627 declarações de nascidos vivos do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) do ano de 2004 foram usados para realizar a parte da pesquisa sobre análise geográfica. A estatística espacial foi a metodologia utilizada para testar a presença de conglomerados e identificar sua localização aproximada. A contextualização geográfica espacial foi feita com o modelo Conditional Auto Regressive (CAR) sobre o mapa do Brasil desagregado em microrregiões. A prevalência geral da macrossomia entre 2000 e 2004 foi de 5,4%, iniciando com 6,0 % no ano 2000 e terminando com 5,1 % em 2004. A tendênciatemporal do percentual de macrossomia diminuiu ao longo dos anos, entretanto, o percentual de cesariana mostrou crescimento gradativo entre os estratos de peso de recém-nascidos. As demais variáveis estudadas foram percentuais de pós-termo, mãe adolescente, grau de instrução inferior, situação conjugal, cor da pele e consulta de prénatal infreqüente que mostraram redução gradativa a cada ano entre os estratos de peso dos recém-nascidos. Análises espaciais de 558 microrregiões brasileiras com os dados do SINASC de 2004 mostraram que o índice global de Moran do percentual de macrossomia fetal foi de 0,40. Foram identificados conglomerados de microrregiões com altos percentuais de macrossomia relacionadas com vizinhos de altos percentuais nas regiões norte-nordeste do país, entretanto os conglomerados de baixos percentuais foram encontrados nas regiões sul-sudeste. O modelo final da regressão comprovou a presença de dependência espacial do percentual de macrossomia com as variáveis percentuais de cesariana e grau de instrução inferior mantidas no modelo. A estratégia de especificação clássica foi usada para seleção do modelo final, indicando o modelo de erro espacial para verificação da autocorrelação espacial nos termos de erros. Conclusão: A tendência temporal da macrossomia no Brasil está em declínio, acompanhando tendências favoráveis em vários indicadores de saúde materno-infantil. No entanto, houve aumento de 10% no percentual de cesariana e de 6% no percentual de microssomia no período estudado. Conglomerados geográficos de macrossomia com dependência espacial foram caracterizados nas microrregiões brasileiras com percentuais de cesarianas e grau de instrução inferior contribuindo de forma significativa para este relacionamento espacial. / Fetal macrosomia means large or overweight fetus, more recently called large for gestational age. The birth weight is affected by many conditions such as gestational age, maternal size, hereditary factors, socioeconomic status, and ethnicity among others. Consequently, an increased morbidity is observed in this situation. The macrosomia temporal trend was investigated in studies conducted in other countries and showed gradual increased prevalence with a heterogeneous geographic distribution. Objectives: To evaluate the temporal trends of fetal macrosomia in the Brazilian territory considering the well known determinants that affect birth weight. To map and identify clusters of macrosomia in the Brazilian territory and its spatial correlation factors. Methods: Descriptive data of 14.509.859 birth registries were collected in the Brazilian Live Births Information System from 26 states and the Federal District. Statistics were shown in tables for absolute and relative frequencies, arithmetic means and graphics for geometric descriptions. Data of 2.858.627 birth registries from 2004 were used for the geographic analysis. Spatial statistics methodology was used to identify the clusters and their approximate location. The geographic contextualization was performed with Conditional Auto Regressive (CAR) model over disaggregated map of Brazilian microregions. Macrosomia overall prevalence was 5.4% starting with 6.0% in 2000 and finishing with 5.1% in 2004. The temporal trends of macrossomia percentage decreased during the study period, however, the cesarean percentage increased gradually over the birth weight stratus. The reminded studied variables, post-term delivery percentage, adolescent pregnancy, less than a full elementary education, married status, skim color and infrequent pre-natal care visits shown annual reduction over the birth weightstratus. SINASC 2004 spatial analysis of 558 Brazilian micro regions displayed macrosomia Moran’s I percentage of 0.40. Clusters of high percentage macrosomia micro-regions related to high percentage neighbors were identified in the northnortheast regions of the country, although clusters with low percentage were located in the south-southeast regions. The final regression model showed spatial dependence of macrosomia percentage maintaining cesarean and education variables in the model. The spatial error model was indicated to test the spatial autocorrelation in the terms of error in the final model using the classical specification strategy.The Brazilian macrosomia temporal trend is decreasing accompanied by favorable tendencies in nearly all maternal-infant health indicators, but an increase of 10% in the cesarean percentage and of 6% in microsomia was observed during the study period. Geographic macrosomia clusters with spatial dependence were characterized in the Brazilian micro regions with percentages of cesarean and less than a full elementary education significantly affecting this spatial relationship.
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Macrossomia no Brasil : tendências temporais e epidemiologia espacial

Seligman, Luiz Carlos January 2007 (has links)
Macrossomia fetal significa feto grande ou com sobrepeso, mais recentemente chamado de recém-nascido grande para idade gestacional. Diversos fatores afetam a distribuição do peso corporal fetal tais como a idade gestacional, tamanho materno, hereditariedade, estado socioeconômico, origem étnica entre tantos outros. Conseqüentemente, observa-se uma morbidade aumentada nesta situação. A tendência temporal da macrossomia foi avaliada em estudos realizados em outros países e mostrou aumento gradativo de sua prevalência, além de uma distribuição geográfica heterogênea. Objetivos: Avaliar a tendência temporal da macrossomia fetal em todo território brasileiro considerando fatores determinantes reconhecidamente responsáveis por interferirem no peso dos recém-nascidos. Mapear e identificar conglomerados de macrossomia fetal no território brasileiro e fatores espacialmente correlacionados.Para investigação da tendência temporal foram realizados levantamentos descritivos sobre 14.509.859 declarações de nascidos vivos do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 26 Unidades da Federação mais o Distrito Federal. As estatísticas descritivas foram apresentas sob a forma de tabelas para freqüências absolutas e relativas, médias aritméticas e descrições geométricas através de gráficos. Dados de 2.858.627 declarações de nascidos vivos do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) do ano de 2004 foram usados para realizar a parte da pesquisa sobre análise geográfica. A estatística espacial foi a metodologia utilizada para testar a presença de conglomerados e identificar sua localização aproximada. A contextualização geográfica espacial foi feita com o modelo Conditional Auto Regressive (CAR) sobre o mapa do Brasil desagregado em microrregiões. A prevalência geral da macrossomia entre 2000 e 2004 foi de 5,4%, iniciando com 6,0 % no ano 2000 e terminando com 5,1 % em 2004. A tendênciatemporal do percentual de macrossomia diminuiu ao longo dos anos, entretanto, o percentual de cesariana mostrou crescimento gradativo entre os estratos de peso de recém-nascidos. As demais variáveis estudadas foram percentuais de pós-termo, mãe adolescente, grau de instrução inferior, situação conjugal, cor da pele e consulta de prénatal infreqüente que mostraram redução gradativa a cada ano entre os estratos de peso dos recém-nascidos. Análises espaciais de 558 microrregiões brasileiras com os dados do SINASC de 2004 mostraram que o índice global de Moran do percentual de macrossomia fetal foi de 0,40. Foram identificados conglomerados de microrregiões com altos percentuais de macrossomia relacionadas com vizinhos de altos percentuais nas regiões norte-nordeste do país, entretanto os conglomerados de baixos percentuais foram encontrados nas regiões sul-sudeste. O modelo final da regressão comprovou a presença de dependência espacial do percentual de macrossomia com as variáveis percentuais de cesariana e grau de instrução inferior mantidas no modelo. A estratégia de especificação clássica foi usada para seleção do modelo final, indicando o modelo de erro espacial para verificação da autocorrelação espacial nos termos de erros. Conclusão: A tendência temporal da macrossomia no Brasil está em declínio, acompanhando tendências favoráveis em vários indicadores de saúde materno-infantil. No entanto, houve aumento de 10% no percentual de cesariana e de 6% no percentual de microssomia no período estudado. Conglomerados geográficos de macrossomia com dependência espacial foram caracterizados nas microrregiões brasileiras com percentuais de cesarianas e grau de instrução inferior contribuindo de forma significativa para este relacionamento espacial. / Fetal macrosomia means large or overweight fetus, more recently called large for gestational age. The birth weight is affected by many conditions such as gestational age, maternal size, hereditary factors, socioeconomic status, and ethnicity among others. Consequently, an increased morbidity is observed in this situation. The macrosomia temporal trend was investigated in studies conducted in other countries and showed gradual increased prevalence with a heterogeneous geographic distribution. Objectives: To evaluate the temporal trends of fetal macrosomia in the Brazilian territory considering the well known determinants that affect birth weight. To map and identify clusters of macrosomia in the Brazilian territory and its spatial correlation factors. Methods: Descriptive data of 14.509.859 birth registries were collected in the Brazilian Live Births Information System from 26 states and the Federal District. Statistics were shown in tables for absolute and relative frequencies, arithmetic means and graphics for geometric descriptions. Data of 2.858.627 birth registries from 2004 were used for the geographic analysis. Spatial statistics methodology was used to identify the clusters and their approximate location. The geographic contextualization was performed with Conditional Auto Regressive (CAR) model over disaggregated map of Brazilian microregions. Macrosomia overall prevalence was 5.4% starting with 6.0% in 2000 and finishing with 5.1% in 2004. The temporal trends of macrossomia percentage decreased during the study period, however, the cesarean percentage increased gradually over the birth weight stratus. The reminded studied variables, post-term delivery percentage, adolescent pregnancy, less than a full elementary education, married status, skim color and infrequent pre-natal care visits shown annual reduction over the birth weightstratus. SINASC 2004 spatial analysis of 558 Brazilian micro regions displayed macrosomia Moran’s I percentage of 0.40. Clusters of high percentage macrosomia micro-regions related to high percentage neighbors were identified in the northnortheast regions of the country, although clusters with low percentage were located in the south-southeast regions. The final regression model showed spatial dependence of macrosomia percentage maintaining cesarean and education variables in the model. The spatial error model was indicated to test the spatial autocorrelation in the terms of error in the final model using the classical specification strategy.The Brazilian macrosomia temporal trend is decreasing accompanied by favorable tendencies in nearly all maternal-infant health indicators, but an increase of 10% in the cesarean percentage and of 6% in microsomia was observed during the study period. Geographic macrosomia clusters with spatial dependence were characterized in the Brazilian micro regions with percentages of cesarean and less than a full elementary education significantly affecting this spatial relationship.
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Macrossomia no Brasil : tendências temporais e epidemiologia espacial

Seligman, Luiz Carlos January 2007 (has links)
Macrossomia fetal significa feto grande ou com sobrepeso, mais recentemente chamado de recém-nascido grande para idade gestacional. Diversos fatores afetam a distribuição do peso corporal fetal tais como a idade gestacional, tamanho materno, hereditariedade, estado socioeconômico, origem étnica entre tantos outros. Conseqüentemente, observa-se uma morbidade aumentada nesta situação. A tendência temporal da macrossomia foi avaliada em estudos realizados em outros países e mostrou aumento gradativo de sua prevalência, além de uma distribuição geográfica heterogênea. Objetivos: Avaliar a tendência temporal da macrossomia fetal em todo território brasileiro considerando fatores determinantes reconhecidamente responsáveis por interferirem no peso dos recém-nascidos. Mapear e identificar conglomerados de macrossomia fetal no território brasileiro e fatores espacialmente correlacionados.Para investigação da tendência temporal foram realizados levantamentos descritivos sobre 14.509.859 declarações de nascidos vivos do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) de 26 Unidades da Federação mais o Distrito Federal. As estatísticas descritivas foram apresentas sob a forma de tabelas para freqüências absolutas e relativas, médias aritméticas e descrições geométricas através de gráficos. Dados de 2.858.627 declarações de nascidos vivos do Sistema Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) do ano de 2004 foram usados para realizar a parte da pesquisa sobre análise geográfica. A estatística espacial foi a metodologia utilizada para testar a presença de conglomerados e identificar sua localização aproximada. A contextualização geográfica espacial foi feita com o modelo Conditional Auto Regressive (CAR) sobre o mapa do Brasil desagregado em microrregiões. A prevalência geral da macrossomia entre 2000 e 2004 foi de 5,4%, iniciando com 6,0 % no ano 2000 e terminando com 5,1 % em 2004. A tendênciatemporal do percentual de macrossomia diminuiu ao longo dos anos, entretanto, o percentual de cesariana mostrou crescimento gradativo entre os estratos de peso de recém-nascidos. As demais variáveis estudadas foram percentuais de pós-termo, mãe adolescente, grau de instrução inferior, situação conjugal, cor da pele e consulta de prénatal infreqüente que mostraram redução gradativa a cada ano entre os estratos de peso dos recém-nascidos. Análises espaciais de 558 microrregiões brasileiras com os dados do SINASC de 2004 mostraram que o índice global de Moran do percentual de macrossomia fetal foi de 0,40. Foram identificados conglomerados de microrregiões com altos percentuais de macrossomia relacionadas com vizinhos de altos percentuais nas regiões norte-nordeste do país, entretanto os conglomerados de baixos percentuais foram encontrados nas regiões sul-sudeste. O modelo final da regressão comprovou a presença de dependência espacial do percentual de macrossomia com as variáveis percentuais de cesariana e grau de instrução inferior mantidas no modelo. A estratégia de especificação clássica foi usada para seleção do modelo final, indicando o modelo de erro espacial para verificação da autocorrelação espacial nos termos de erros. Conclusão: A tendência temporal da macrossomia no Brasil está em declínio, acompanhando tendências favoráveis em vários indicadores de saúde materno-infantil. No entanto, houve aumento de 10% no percentual de cesariana e de 6% no percentual de microssomia no período estudado. Conglomerados geográficos de macrossomia com dependência espacial foram caracterizados nas microrregiões brasileiras com percentuais de cesarianas e grau de instrução inferior contribuindo de forma significativa para este relacionamento espacial. / Fetal macrosomia means large or overweight fetus, more recently called large for gestational age. The birth weight is affected by many conditions such as gestational age, maternal size, hereditary factors, socioeconomic status, and ethnicity among others. Consequently, an increased morbidity is observed in this situation. The macrosomia temporal trend was investigated in studies conducted in other countries and showed gradual increased prevalence with a heterogeneous geographic distribution. Objectives: To evaluate the temporal trends of fetal macrosomia in the Brazilian territory considering the well known determinants that affect birth weight. To map and identify clusters of macrosomia in the Brazilian territory and its spatial correlation factors. Methods: Descriptive data of 14.509.859 birth registries were collected in the Brazilian Live Births Information System from 26 states and the Federal District. Statistics were shown in tables for absolute and relative frequencies, arithmetic means and graphics for geometric descriptions. Data of 2.858.627 birth registries from 2004 were used for the geographic analysis. Spatial statistics methodology was used to identify the clusters and their approximate location. The geographic contextualization was performed with Conditional Auto Regressive (CAR) model over disaggregated map of Brazilian microregions. Macrosomia overall prevalence was 5.4% starting with 6.0% in 2000 and finishing with 5.1% in 2004. The temporal trends of macrossomia percentage decreased during the study period, however, the cesarean percentage increased gradually over the birth weight stratus. The reminded studied variables, post-term delivery percentage, adolescent pregnancy, less than a full elementary education, married status, skim color and infrequent pre-natal care visits shown annual reduction over the birth weightstratus. SINASC 2004 spatial analysis of 558 Brazilian micro regions displayed macrosomia Moran’s I percentage of 0.40. Clusters of high percentage macrosomia micro-regions related to high percentage neighbors were identified in the northnortheast regions of the country, although clusters with low percentage were located in the south-southeast regions. The final regression model showed spatial dependence of macrosomia percentage maintaining cesarean and education variables in the model. The spatial error model was indicated to test the spatial autocorrelation in the terms of error in the final model using the classical specification strategy.The Brazilian macrosomia temporal trend is decreasing accompanied by favorable tendencies in nearly all maternal-infant health indicators, but an increase of 10% in the cesarean percentage and of 6% in microsomia was observed during the study period. Geographic macrosomia clusters with spatial dependence were characterized in the Brazilian micro regions with percentages of cesarean and less than a full elementary education significantly affecting this spatial relationship.
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Influência do controle glicêmico no potencial de crescimento fetal em pacientes com diabetes melito gestacional / Influence of glycemic control on fetal growth potential in patients with gestational diabetes

Trindade, Thatianne Coutheux 31 October 2012 (has links)
O Diabetes melito gestacional (DMG) está relacionado ao crescimento fetal exagerado. Entender a influência do controle glicêmico no padrão do crescimento fetal auxilia na identificação dos fetos com maior risco de desvios da normalidade. Objetivo: comparar o crescimento fetal em pacientes com DMG segundo o controle glicêmico. Método: estudo retrospectivo com 89 gestantes da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de maio de 2005 a junho de 2011. Foram incluídas apenas pacientes com gestações únicas e com DMG diagnosticado pelo teste de tolerância oral à glicose de 100 gramas ou 75 gramas, sem doenças maternas que interferem no ganho de peso fetal, sem malformações fetais ou tabagismo. Todas as gestantes realizaram retornos semanais no pré-natal especializado, dieta para diabetes, controle glicêmico diário e uso de insulina quando necessário. Foi introduzida insulina quando 30% ou mais das glicemias capilares aferidas em uma semana eram superiores a: jejum> 95 mg/dl, 1hora pós-prandial> 140 mg/dl ou 2 horas pós-prandial> 120 mg/dl. As gestantes foram divididas para análise dos dados em dois grupos: se apresentassem menos de 30% de hiperglicemias em todas as glicemias capilares aferidas eram alocadas no grupo 1 (n= 65), e caso contrário no grupo 2 (n=24). Elas realizaram três ultrassonografias (USG): USG 0 (entre 18 a 24 semanas), USG 1 (início do tratamento do DMG) e USG 2 (final do tratamento). Foram analisadas as médias dos percentis do peso e da circunferência abdominal fetal para avaliação do padrão do crescimento fetal, e o ganho de peso fetal entre os USG. Resultados: Não houve diferenças quanto à: idade materna e índice de massa corpórea pré-gestacional; ganho de peso materno no pré-natal; idade gestacional do diagnóstico do DMG e do início do tratamento; idade gestacional da realização das USG. As médias glicêmicas foram de 98,7 mg/dl no grupo 1 e de 111,9 mg/dl no grupo 2 (p<0,001). O uso de insulina foi de 16,9% vs. 87,5%; p<0, 001 nos grupos 1 e 2, respectivamente. O valor da hemoglobina glicada no diagnóstico de DMG foi maior no grupo 2 (5,52% vs. 5,93%; p<0,001). Os percentis do peso fetal foram semelhantes entre os grupos no USG 0 e no USG 1, porém significativamente maiores no grupo 2 no USG 2 (p=0,02). Os percentis da circunferência abdominal fetal foram significativamente maiores no grupo 2 no USG 1 e USG 2. O grupo 2 apresentou um maior ganho de peso fetal (27,53 gramas/dia vs. 33,43gramas/dia; p=0,001) e um maior peso ao nascer (3247g. vs. 3499g.; p=0,025). Conclusões: O controle glicêmico influenciou no peso fetal, as gestantes que apresentaram mais de 30% de hiperglicemia durante o pré-natal apresentaram maior velocidade de ganho de peso fetal durante o tratamento e recém-nascidos com maior peso ao nascer. O percentil da circunferência abdominal fetal parece modificar antes que o percentil do peso fetal e seria um marcador mais sensível de alterações no potencial de crescimento fetal. / Gestational diabetes (GDM) is related to overgrowth fetal. Objective: To evaluate fetal growth in patients with gestational diabetes (GD) according to glycemic control. Methods: Eighty-nine pregnant women seen at the Obstetric Clinic of the University Hospital, University of São Paulo School of Medicine, between May 2005 and June 2011 were studied retrospectively. The study included non-smoking women with singleton pregnancies and GD diagnosed by the 100- or 75-g oral glucose tolerance test. The patients had no maternal disease interfering with fetal weight gain and there were no fetal malformations. All women attended weekly specialized prenatal care, consumed a diabetes diet, performed daily glycemic control, and used insulin when necessary. Insulin was introduced when >=30% of the capillary glucose measurements obtained in one week were >95 mg/dl (fasting), >140 mg/dl (1 h postprandial), or >120 mg/dl (2 h postprandial). The women were divided into two groups according to the frequency of hyperglycemic episodes in all capillary glucose measurements obtained during treatment: group 1 (n = 65, <=30%), and group 2 (n = 24, >30%). Ultrasound (US) was performed at three time points for the comparison of mean fetal weight and abdominal circumference percentiles and fetal weight gain (g/day): US0 (18 to 24 weeks), US1 (at the beginning of treatment of GD), and US2 (at the end of treatment) Results: The two groups did not differ in terms of maternal age, pregestational BMI, prenatal maternal weight gain, gestational age at the diagnosis of GD, time of onset of treatment, or gestational age at US. Mean glycemia was 98.7 mg/dl in group 1 and 111.9 mg/dl in group 2 (p<0.001). Insulin was used by 16.9% of the patients of group 1 vs. 87.5% of group 2 (p<0.001). HbA1c at diagnosis of GD was higher in group 2 (5.52% vs. 5.93%; p<0.001). Fetal weight percentiles were similar in the two groups at US0 and US1, but significantly higher in group 2 at US2 (p=0.02). Abdominal circumference percentiles were significantly higher in group 2 at US1 and US2. Fetal weight gain (27.5 vs. 33.4 g/day; p=0.001) and birthweight (3247 vs. 3499 g; p=0.025) were higher in group 2. Conclusions: The pattern of fetal growth in patients with GD varies according to glycemic control. The fetal growth velocity and newborn birthweight were higher in women who presented >30% of hyperglycemic episodes during treatment of GD. The abdominal circumference percentile seems to change before the weight percentile and would be a more sensitive marker of altered fetal growth.
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Influência da alimentação no ganho de peso materno e fetal / Dietary influence on weight gain among pregnant women and birthweight

COSTA, Bárbara Miranda Ferreira 14 May 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:25:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese de doutorado defesa.pdf: 1219655 bytes, checksum: bb244fe0e4ca29c64351abdf496f188b (MD5) Previous issue date: 2012-05-14 / Introduction: The excessive gestational weight gain can cause harmful consequences for both the mother and for the fetus. The feeding of the pregnant women may be responsible for this weight gain above the recommendations. Objectives: to evaluate the techniques for control of the weight gain during pregnancy, the food groups related to an increased weight gain during pregnancy and the association between gestational weight gain and fetal birth weight. Methods: Article 1: a systematic review of the techniques used to control weight gain. The Medline, Scielo, Pubmed and Cochrane databases were evaluated between November and December 2011 for the selection of randomized trials on the control of maternal weight gain in healthy pregnant women. Articles 2 and 3: case-control and cohort studies that included 200 low-risk pregnant women in two public obstetric hospitals in Goiás, Brazil. The women that agreed to this study were divided in two groups: cases with excessive weight gain (> 16Kg) and controls within the recommended weight gain for eutrophic pregnant (11.50 < a < 16Kg), matched on age. The women were inquired about their food intake during the gestational period, by means of a quantitative and qualitative food-frequency questionnaire validated and adapted to the low income regional people. The software for statistical analyze were the SPSS version 17.0. Were used the folowing tests: Kolmogorov-Smirnov, Fisher, Student´s t, chi-square (x²), Mann-Whitney and Spearman´s correlation coefficient. Results: Article 1: among the techniques applied by the authors highlight individualized dietary prescription, general dietary guidelines, frequent consultations with a nutritionist or doctor, and physical activity. Article 2: the median age was 25.00 (22.00-29.00) years-old for cases and 24.00 (22.00-28.00) years-old for controls (p=0.52). The educational level was quite similar in the studied sample, and the median in the case group was 10.50 (9.00 to 12.00) years and 11.00 in controls (9.00 to 12.00) years (p=0.77). The median per capita income was 0.85 (0.56 1.20) for the cases and 0.80 (0.48 1.18) for controls (p=0.37). The group of sugar and sweets (p=0.04) was associated with greater weight gain during pregnancy. Conclusion: The articles analyzed recommend the association of different control techniques to gain weight satisfactorily and still gets early prenatal care and the introduction of these measures. Among the food groups studied, the excessive consumption of sweets was associated with greater weight gain among pregnant women. There is a direct association between excessive maternal weight gain and the fetal birth weight and a high incidence of macrosomia. / Introdução: O ganho ponderal excessivo na gestação pode trazer consequências maléficas tanto para a mãe quanto para o feto. A alimentação da gestante pode ser responsável por este ganho de peso acima das recomendações. Objetivos: avaliar as técnicas para o controle do ganho de peso na gestação, os grupos alimentares associados ao ganho de peso excessivo e a associação entre o ganho de peso materno e fetal. Metodologia: Artigo 1: revisão sistemática das técnicas empregadas para o controle do ganho de peso. As bases de dados Medline, Scielo, Pubmed e Cochrane foram avaliadas entre novembro e dezembro de 2011 para a seleção de estudos randomizados sobre o controle do ganho de peso materno em gestantes saudáveis. Artigos 2 e 3: estudo de caso-controle e de coorte, respectivamente, que incluiu 200 gestantes de baixo risco obstétrico de 2 maternidades públicas do Estado de Goiás. Todas as gestantes que concordaram em participar do estudo foram divididas em dois grupos: casos com ganho de peso excessivo (> 16Kg) e controles com ganho de peso dentro do recomendado (11,50 < a < 16Kg), pareados por idade. As mulheres foram entrevistadas com relação ao seu consumo alimentar durante o período gestacional por meio de um questionário quantitativo e qualitativo de frequência de consumo alimentar validado e adaptado à população regional de baixa renda. A análise estatística foi realizada através do programa SPSS, versão 17.0. Foram aplicados os testes de Kolmogorov-Smirnov, Fisher, t de Student, qui-quadrado (x²), Mann-Whitney e coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Artigo 1: Dentre as técnicas aplicadas pelos autores se destacam a prescrição dietética individualizada, orientações alimentares gerais, consultas frequentes com nutricionista ou médico e a prática de atividade física. Artigo 2: a mediana da idade das pacientes foi 25,00 (22,00-29,00) anos para os casos e 24,00 (22,00-28,00) anos para os controles (p=0,52). O nível de escolaridade foi bastante semelhante na amostra estudada, sendo que a mediana no grupo de casos foi de 10,50 (9,00-12,00) anos e nos controles 11,00 (9,00-12,00) anos (p=0,77). A mediana da renda per capita em salários mínimos para os casos foi de 0,85 (0,56 1,20) e 0,80 (0,48 1,18) para controles (p=0,37). O grupo dos açúcares e doces (p=0,04) esteve associado ao maior ganho ponderal na gestação. Artigo 3: A média de peso fetal ao nascer foi 3388,83g (+ 514.44 g) no grupo de ganho de peso excessivo e 3 175.86 g (+ 413.70 g) no grupo de ganho de peso normal (p< 0,01). A incidência de macrossomia foi de 6,5%. Conclusão: A análise dos estudos randomizados revelou a necessidade da associação de diferentes técnicas para resultados satisfatórios além de se começar precocemente o pré-natal e a introdução dessas medidas. O consumo excessivo de açúcares e doces esteve associado ao maior ganho ponderal entre as gestantes. Há uma associação direta entre o ganho de peso materno e fetal e uma alta incidência de macrossomia.
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Influência do controle glicêmico no potencial de crescimento fetal em pacientes com diabetes melito gestacional / Influence of glycemic control on fetal growth potential in patients with gestational diabetes

Thatianne Coutheux Trindade 31 October 2012 (has links)
O Diabetes melito gestacional (DMG) está relacionado ao crescimento fetal exagerado. Entender a influência do controle glicêmico no padrão do crescimento fetal auxilia na identificação dos fetos com maior risco de desvios da normalidade. Objetivo: comparar o crescimento fetal em pacientes com DMG segundo o controle glicêmico. Método: estudo retrospectivo com 89 gestantes da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de maio de 2005 a junho de 2011. Foram incluídas apenas pacientes com gestações únicas e com DMG diagnosticado pelo teste de tolerância oral à glicose de 100 gramas ou 75 gramas, sem doenças maternas que interferem no ganho de peso fetal, sem malformações fetais ou tabagismo. Todas as gestantes realizaram retornos semanais no pré-natal especializado, dieta para diabetes, controle glicêmico diário e uso de insulina quando necessário. Foi introduzida insulina quando 30% ou mais das glicemias capilares aferidas em uma semana eram superiores a: jejum> 95 mg/dl, 1hora pós-prandial> 140 mg/dl ou 2 horas pós-prandial> 120 mg/dl. As gestantes foram divididas para análise dos dados em dois grupos: se apresentassem menos de 30% de hiperglicemias em todas as glicemias capilares aferidas eram alocadas no grupo 1 (n= 65), e caso contrário no grupo 2 (n=24). Elas realizaram três ultrassonografias (USG): USG 0 (entre 18 a 24 semanas), USG 1 (início do tratamento do DMG) e USG 2 (final do tratamento). Foram analisadas as médias dos percentis do peso e da circunferência abdominal fetal para avaliação do padrão do crescimento fetal, e o ganho de peso fetal entre os USG. Resultados: Não houve diferenças quanto à: idade materna e índice de massa corpórea pré-gestacional; ganho de peso materno no pré-natal; idade gestacional do diagnóstico do DMG e do início do tratamento; idade gestacional da realização das USG. As médias glicêmicas foram de 98,7 mg/dl no grupo 1 e de 111,9 mg/dl no grupo 2 (p<0,001). O uso de insulina foi de 16,9% vs. 87,5%; p<0, 001 nos grupos 1 e 2, respectivamente. O valor da hemoglobina glicada no diagnóstico de DMG foi maior no grupo 2 (5,52% vs. 5,93%; p<0,001). Os percentis do peso fetal foram semelhantes entre os grupos no USG 0 e no USG 1, porém significativamente maiores no grupo 2 no USG 2 (p=0,02). Os percentis da circunferência abdominal fetal foram significativamente maiores no grupo 2 no USG 1 e USG 2. O grupo 2 apresentou um maior ganho de peso fetal (27,53 gramas/dia vs. 33,43gramas/dia; p=0,001) e um maior peso ao nascer (3247g. vs. 3499g.; p=0,025). Conclusões: O controle glicêmico influenciou no peso fetal, as gestantes que apresentaram mais de 30% de hiperglicemia durante o pré-natal apresentaram maior velocidade de ganho de peso fetal durante o tratamento e recém-nascidos com maior peso ao nascer. O percentil da circunferência abdominal fetal parece modificar antes que o percentil do peso fetal e seria um marcador mais sensível de alterações no potencial de crescimento fetal. / Gestational diabetes (GDM) is related to overgrowth fetal. Objective: To evaluate fetal growth in patients with gestational diabetes (GD) according to glycemic control. Methods: Eighty-nine pregnant women seen at the Obstetric Clinic of the University Hospital, University of São Paulo School of Medicine, between May 2005 and June 2011 were studied retrospectively. The study included non-smoking women with singleton pregnancies and GD diagnosed by the 100- or 75-g oral glucose tolerance test. The patients had no maternal disease interfering with fetal weight gain and there were no fetal malformations. All women attended weekly specialized prenatal care, consumed a diabetes diet, performed daily glycemic control, and used insulin when necessary. Insulin was introduced when >=30% of the capillary glucose measurements obtained in one week were >95 mg/dl (fasting), >140 mg/dl (1 h postprandial), or >120 mg/dl (2 h postprandial). The women were divided into two groups according to the frequency of hyperglycemic episodes in all capillary glucose measurements obtained during treatment: group 1 (n = 65, <=30%), and group 2 (n = 24, >30%). Ultrasound (US) was performed at three time points for the comparison of mean fetal weight and abdominal circumference percentiles and fetal weight gain (g/day): US0 (18 to 24 weeks), US1 (at the beginning of treatment of GD), and US2 (at the end of treatment) Results: The two groups did not differ in terms of maternal age, pregestational BMI, prenatal maternal weight gain, gestational age at the diagnosis of GD, time of onset of treatment, or gestational age at US. Mean glycemia was 98.7 mg/dl in group 1 and 111.9 mg/dl in group 2 (p<0.001). Insulin was used by 16.9% of the patients of group 1 vs. 87.5% of group 2 (p<0.001). HbA1c at diagnosis of GD was higher in group 2 (5.52% vs. 5.93%; p<0.001). Fetal weight percentiles were similar in the two groups at US0 and US1, but significantly higher in group 2 at US2 (p=0.02). Abdominal circumference percentiles were significantly higher in group 2 at US1 and US2. Fetal weight gain (27.5 vs. 33.4 g/day; p=0.001) and birthweight (3247 vs. 3499 g; p=0.025) were higher in group 2. Conclusions: The pattern of fetal growth in patients with GD varies according to glycemic control. The fetal growth velocity and newborn birthweight were higher in women who presented >30% of hyperglycemic episodes during treatment of GD. The abdominal circumference percentile seems to change before the weight percentile and would be a more sensitive marker of altered fetal growth.
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Fatores de risco para macrossomia fetal em gestações complicadas por diabete ou hiperglicemia diária

Kerche, Luciane Teresa Rodrigues Lima [UNESP] January 2004 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:27:44Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2004Bitstream added on 2014-06-13T20:36:11Z : No. of bitstreams: 1 kerche_ltrl_me_botfm.pdf: 560618 bytes, checksum: 73e382097a4197d2e252b34f5a64a0f0 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Identificar fatores de risco para a macrossomia fetal na população de gestantes portadoras de diabete ou hiperglicemia diária. Método - Estudo retrospectivo, tipo caso-controle, incluindo 803 pares de mães e recém-nascidos desta população específica, distribuídos em dois grupos - macrossômicos (casos, n = 242) e não-macrossômicos (controles, n = 561). Foram comparadas variáveis relativas à idade, paridade, peso e índice de massa corporal (IMC), ganho de peso (GP), antecedentes de diabete, hipertensão arterial e tabagismo, tipo e classificação do diabete e indicadores do controle glicêmico no terceiro trimestre. As médias foram avaliadas pelo teste F e as variáveis categorizadas foram submetidas à análise univariada, utilizando-se o teste do qui-quadrado (c²). Os resultados significativos foram incluídos no modelo de regressão múltipla, para identificação do risco independente de macrossomia, considerando-se OR, IC95% e valor de p. Para todas as análises foi estabelecido o limite de significância estatística de 5% (p < 0,05). Resultados - Observou-se associação significativa entre macrossomia e GP > 16kg, IMC = 25kg/m2, antecedentes pessoais, obstétricos e, especificamente, o de macrossomia, classificação nos grupos de Rudge (IB e IIA + IIB), média glicêmica (MG) ³120mg/dL e média de glicemia pósprandial (MPP) ³ 130mg/dL no terceiro trimestre. Na análise de regressão múltipla, o GP > 16kg (OR = 1,79; IC95% = 1,23 ¾ 1,60), o IMC = 25kg/m² (OR = 1,83; IC95% = 1,27 ¾ 2,64), o antecedente pessoal de diabete (OR = 1,56; IC95% = 1,05 ¾ 2,31) e de macrossomia (OR = 2,37; IC95% = 1,60 ¾ 3,50) e a MG ³120mg/dL no terceiro trimestre (OR = 1,78; IC95% = 1,13 ¾ 2,80) confirmaram risco independente para macrossomia nestas gestações de risco. Conclusão - O GP > 16Kg, o IMC ³ 25Kg/m2, a MG ³ 120mg/dL no terceiro trimestre e a presença... / To identify risk factors for fetal macrosomia in pregnant women having diabetes or daily hyperglycemia. Method – Retrospective study, control-case, including 803 pairs of mothers and newborns belonging to this specific population, distributed in two groups- macrosomic (cases, n = 242) and non-macrosomic (controls, n = 561). Variables related to age, parity, weight and body mass index (BMI), weight gain (WG), diabetes history, high blood pressure and tabagism, diabetes type and classification and glycemic control indicators in the third trimester were compared. The means were evaluated by the F test and the categorized variables were submitted to univariate analysis using the chi square test (c²). The significative results were included in the multiple regression model for the identification of macrosomia independent risk considering OR, 95% CI and p value. The statistical significance limit of 5% was established for all the analysis. Results – There was significative association between macrosomia and WG > 16kg, BMI = 25kg/m², personal, obstetric and macrosomic history, classification in the Rudge groups (IB and IIA + IIB), glycemic mean (GM) = 120mg/dL and postprandial glycemic mean (PPGM) = 130mg/dL in the third trimester. In the multiple regression analysis, the WG > 16kg (OR= 1,79; 95%CI= 1,23 - 1,60), the BMI ³ 25kg/m² (OR = 1,83; 95% CI = 1,27 - 2,64), the diabetes personal history (OR = 1,56; 95%CI = 1,05 - 2,31), and of macrossomia (OR = 2,37; 95%CI= 1,60- 3,50) and the GM ³ 120mg/dL in the third trimester (OR = 1,78; 95%= 1,13 - 2,80) confirmed independent risk for macrossomia in these risk pregnancies. Conclusion – The WG > 16kg, the BMI ³ 25kg/m², the GM = 120mg/dL in the third trimester and macrosomia and diabetes personal history were identified as risk factors for fetal macrosomia in pregnant women having diabetes or daily hyperglycemia.
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Avaliação da curva glicêmica gestacional para predição de macrossomia fetal em gestantes com rastreamento positivo para diabetes / Assesment of curve gestational glucose challenge test in prediction fetal macrosomia on pregnant women with positive screening for diabetes

Rehder, Patricia Moretti, 1973- 17 August 2018 (has links)
Orientador: João Luiz de Carvalho Pinto e Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T23:07:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rehder_PatriciaMoretti_D.pdf: 1866616 bytes, checksum: 49b75f5f19ec3fe077d8154a0e8696e3 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: O Diabetes mellitus quando associado à gestação resulta em complicações gestacionais e perinatais, portanto recomenda-se a pesquisa do diabetes a todas as gestantes através da identificação dos fatores de risco para a doença e glicemia de jejum. Quando houver pelo menos um fator de risco presente ou glicemia de jejum alterada, isto é, rastreamento positivo, deve-se realizar a curva glicêmica gestacional (CGG) com sobrecarga de glicose para confirmação diagnóstica. Os pontos de corte para diagnóstico de diabetes são elevados de tal forma que algumas gestantes com curvas glicêmicas normais, mas com o rastreamento positivo, apresentam os resultados similares aos de mães diabéticas. Assim, começaram a surgir trabalhos analisando resultados de gestantes com essas características. Objetivo: Avaliar os resultados gestacionais e perinatais de mulheres com rastreamento positivo para diabetes mellitus e curvas glicêmicas normais. Pacientes e Método: Trata-se de estudo longitudinal retrospectivo e descritivo com componente de validação de testes de diagnóstico. Foram incluídas 409 gestantes, atendidas no Hospital da Mulher Prof. Dr. José A. Pinotti Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher - CAISM\UNICAMP, no período de 2000 a 2009, com rastreamento positivo e diagnóstico negativo para DMG. Foram analisadas as prevalências das variáveis demográficas, gestacionais e neonatais e calculadas a sensibilidade e a especificidade da CGG para predizer macrossomia e recém-nascido grande para idade gestacional e com esses valores desenhadas as curvas "ROC" tendo a curva glicêmica como teste diagnóstico. Resultados: Os fatores de risco que foram mais prevalentes para realização da CGG foram obesidade ou sobrepeso, hipertensão arterial crônica, idade materna avançada e antecedente familiar de DM. Os resultados neonatais e gestacionais com maior prevalência foram maior taxa de cesárea, recém-nascidos grandes para idade gestacional e prematuridade. Na curva ROC, a glicemia de jejum da CGG foi menor que a da literatura em predição de RN GIG. Já a glicemia de jejum de início do pré-natal sem associação a fatores de risco teve baixa prevalência a resultados adversos gestacionais e perinatais. Conclusões: A prevalência de recém-nascido grande para idade gestacional, taxa de cesárea e prematuridade foi alta em gestantes com rastreamento positivo para DM e CGG normal. O ponto da curva glicêmica que melhor se associou a esses resultados foi a glicemia de jejum com valor entre 87mg/dL, pela curva ROC / Abstract: Diabetes mellitus when associated with pregnancy, results in high frequency gestational and perinatal complications. Recommended search of gestational diabetes to all pregnant women through the identification of risk factors for disease and fasting plasma glucose and in case there is at least one risk factor or plasma glucose value over than 90mg%, must be the confirmation of the diagnosis by oral glucose challenge test (OGCT). The cut-off points for diagnosis are high so that some pregnant women have normal OGCT and positive screening with results similar to those of diabetic. Thus began to appear work analyzing results of pregnant women with these characteristics. Objective: to evaluate the accuracy of the OGCT in predicting adverse perinatal outcomes in women screened positive for diabetes mellitus and to estimate cut-off thresholds related to these outcomes. Patients and methods: retrospective study and longitudinal prevalence with component validation of diagnostic tests. The sample was constituted of 409 women, in Women's Hospital Prof. Dr. José A. Pinotti Center for Integral Women's Health of State University of Campinas - CAISM\UNICAMP, in the period of 2000 to 2009, with screening positive and negative diagnosis for DMG. Were analysed the prevalence of gestational demographic variables, and neonatal diseases and sensitivity and specificity were calculated for each of the OGCT to predict macrossomia and newborn large for gestational age and with these values drawn on curves "ROC" having the OGCT as diagnostic testes. Results: the risk factors that were more prevalent for realization of OGCT were overweight or obesity, chronic hypertension, advanced maternal age and family antecedent of DM. the results of neonatal and gestational with higher prevalence were higher rate of c-section, newborn large for gestational age (LGA) and prematurity. In the ROC curve, the GCT fasting which best joined the ability of predicting newborn LGA was smaller than the literature. Already the fasting of early prenatal without association with risk factors had low Association regarding adverse perinatal and gestational outcomes. Conclusion: the pregnant women with positive screening for DM and CGG normal higher prevalence of newborns large for gestational age, Cesarean sections and premature and the point of the curve which best joined this fact was the fasting plasma glucose value of 87 mg% / Doutorado / Saúde Materna e Perinatal / Doutor em Ciências da Saúde
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Estimativa do peso do recem-nascido por meio de medidas ultrassonograficas bidimensionais e do volume da coxa fetal / Birth weight precition by two-dimensional ultrasound measurements and fetal thigh volume

Bennini Junior, João Renato, 1978- 27 November 2018 (has links)
Orientadores: Cleisson Fabio Andrioli Peralta, Ricardo Barini / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-11-27T11:44:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BenniniJunior_JoaoRenato_M.pdf: 1809698 bytes, checksum: 399e6ab502353af527e35953428d5e09 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Introdução: Alguns estudos demonstram que a predição do peso fetal usando a volumetria dos membros fetais é mais precisa do que quando se usam medidas bidimensionais (2D). Até hoje, somente o método multiplanar foi utilizado para a volumetria dos membros fetais. Desta forma, a utilidade do método rotacional (VOCAL®) para este fim nunca foi testada. Objetivos: Avaliar as variabilidades intra e interobservadores e a concordância entre as medidas do volume da coxa fetal realizadas com os métodos multiplanar e VOCAL®. Comparar as acurácias das fórmulas com medidas do volume da coxa fetal com as acurácias das fórmulas com medidas 2D. Comparar as acurácias das fórmulas deste estudo com as acurácias das fórmulas já publicadas. Métodos: 210 pacientes foram avaliadas, formando um grupo para gerar as fórmulas (n = 150) e um grupo para validá-las (n = 60). Os pacientes utilizados para gerar as fórmulas também foram utilizados para avaliar as variabilidades intra e interobservadores e a concordância entre as medidas realizadas pelos métodos multiplanar e VOCAL®. Foram utilizadas análises de regressão polinomial para criar uma equação com medidas 2D, uma com o volume da coxa fetal medido pelo método multiplanar (CoxaM) e uma com o volume da coxa fetal medido pelo método VOCAL® (CoxaV). Utilizaram-se testes t de Student pareados para comparar as acurácias das equações deste estudo com as acurácias das fórmulas já publicadas. Foram utilizadas análises proporcionais de Bland e Altman para avaliar as variabilidades intra e interobservadores e a concordância entre as medidas realizadas pelos métodos multiplanar e VOCAL®. Resultados: A diferença média percentual entre as medidas pelos métodos multiplanar e VOCAL® foi de -0,04 com limites de concordância de 95% de -8,17 e 8,09. A diferença média percentual e os limites de concordância de 95% entre as medidas na avaliação das variabilidades intra e interobservadores foram -1,10 (-7,67 to 5,47) e 0,61 (-7,68 to 8,91) para o método VOCAL® e 1,03 (-6,35 to 8,41) e -0,68 (-11,42 to 10,06) para o multiplanar. As melhores fórmulas para cálculo do peso fetal estimado (PFE) foram: PFE = -562.824 + 11.962 x CA x CF + 0,009 x DBP² x CA² (CA: circunferência abdominal; CF: comprimento femoral; DBP: diâmetro biparietal); PFE = 1033.286 + 12.733 x CoxaM; PFE = 1025.383 + 12.775 x CoxaV. Tanto no grupo que gerou as fórmulas como no grupo utilizado para validá-las não houve diferença significativa entre as acurácias das fórmulas com medidas 2D ou tridimensionais (3D). Quando aplicadas nas pacientes deste estudo, as acurácias das fórmulas 2D e 3D já publicadas foram significativamente piores dos que as das novas fórmulas. Conclusões: Os métodos VOCAL® e multiplanar são intercambiáveis para a volumetria da coxa fetal. Possivelmente as maiores fontes de discrepâncias na estimativa do peso fetal são as diferenças fenotípicas entre as pacientes utilizadas para criar as fórmulas. Os dados deste estudo reforçam a necessidade de fórmulas específicas para cada população, independentemente do uso de medidas 2D ou 3D. / Abstract: Introduction: Some authors have demonstrated that the prediction of birth weight using fetal limb volumetry is more precise than with two-dimensional ultrasound (2DUS). To date, only the multiplanar method has been used for fetal limb volumetry, so the usefulness of the rotational technique (VOCALTM - Virtual Organ Computer- aided AnaLysis) for this purpose has never been tested. Objectives: To evaluate the repeatability, reproducibility and agreement of measurements performed with multiplanar and VOCALTM techniques for total fetal thigh volumetry. To compare the accuracies of birth-weight-predicting models with total fetal thigh volumetry with models derived from 2DUS parameters. To compare the performances of our new formulas with those of previously published equations. Methods: 210 patients were prospectively evaluated to compose a formula-generating group (n = 150) and a prospective-validation group (n = 60). The patients of the formula-generating group were also used to evaluate the repeatability, reproducibility and the agreement of the measurements of multiplanar and VOCALTM techiniques for fetal thigh volumetry. Polynomial regression analysis was performed in the formula-generating group to generate one equation with 2DUS measurements, one with fetal thigh volume measured by the multiplanar technique (ThiM) and one with fetal thigh volume obtained by the VOCALTM method (ThiV). Paired samples t-tests were used to compare the accuracies of our equations with those of previously published 2D and three-dimensional (3D) equations. Proportionate Bland and Altman analyses were performed to determine the agreement between the two methods and to evaluate intra- and inter-observer variability. Results: The mean percentage difference between measurements performed with the VOCALTM and multiplanar techniques was -0.04 and the 95% limits of agreement were -8.17 and 8.09. The mean percentage difference and 95% limits of agreement between paired measurements in the assessment of intra- and inter-observer variability were -1.10 (-7.67 to 5.47) and 0.61 (-7.68 to 8.91) for the VOCALTM technique and 1.03 (-6.35 to 8.41) and -0.68 (-11.42 to 10.06) for the multiplanar method. The formulas with the best fit for the prediction of birth weight (EFW) were: EFW = -562.824 + 11.962 x AC x FL + 0.009 x BPD² x AC² (AC: abdominal circumference; FL: femur length; BPD: biparietal diameter); EFW = 1033.286 + 12.733 x ThiM; EFW = 1025.383 + 12.775 x ThiV. For both the formula-generating and the rospective-validation groups, there was no significant difference between the accuracies of the new 2DUS and 3DUS models. When applied to our population, the accuracies of previously published 2DUS and 3DUS formulas were significantly worse than our models. Conclusions: The VOCALTM and multiplanar techniques can be used interchangeably for total fetal thigh volumetry. We believe that the greatest sources of discrepancies in estimation of birth weight are the phenotypic differences among patients used to create each of the formulas mentioned in this study. Our data reinforce the need for customized birth weight prediction formulas, regardless of whether 2DUS or 3DUS measurements are employed. / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia

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