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"Ansiedade e angioplastia coronária transluminal percutânea (ACTP): uma contribuição para a enfermagem" / Anxiety and Percutaneous Transluminal Coronary Angioplasty (PTCA): A contribution to nursingDaniela Sarreta Ignacio 28 June 2004 (has links)
Estudo descritivo, desenvolvido por método de estudo de caso, de múltiplos casos, enfocando o fenômeno da ansiedade. Objetivos: identificar a presença e quantificar o nível de ansiedade em cardíacos isquêmicos antes e após, dez minutos, das orientações ao procedimento de angioplastia coronariana transluminal percutânea (ACTP); mensurar o nível de ansiedade desses clientes, dez minutos antes do indivíduo entrar em sala de procedimentos para sua realização, e identificar a presença de sintomas de ansiedade. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com coleta de dados realizada por demanda espontânea conforme conveniência do pesquisador. A amostra compôs-se de vinte sujeitos cardíacos isquêmicos, adultos, encaminhados via Sistema Único de Saúde ao primeiro procedimento de ACTP. Composto por observação participativa e três momentos de mensuração da pressão arterial, freqüência cardíaca e respiratória e aplicação do Inventário de Ansiedade TraçoEstado de Spielberger (IDATE) para Estado, no primeiro momento também foi aplicado o IDATETraço. Para obtenção dos resultados aplicou-se métodos de análise estatística simples. Os resultados encontrados foram que a pressão arterial sistólica se manteve acima dos valores limites, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, nas três etapas em mais de 60% dos casos, sendo realizado o tratamento anti-hipertensivo; os padrões observados para freqüência cardíaca se mantiveram na faixa de normalidade para 85% dos casos, porém, em 70% dos casos faziam-se uso associado de betabloqueadores; a freqüência respiratória mostrou-se ascendente durante o evoluir das etapas, com taquipnéia em 50% dos casos no segundo momento e em 70% no terceiro momento. Os valores, segundo categorização do IDATE, tiveram as médias do estado de ansiedade em faixa moderada nos três momentos, sendo que entre o segundo e terceiro momentos houve variação de, mais ou menos, seis pontos, levando alguns clientes ao nível elevado. Para ansiedade traço a faixa também foi moderada. As orientações de enfermagem realizadas por cinco profissionais diferentes produziu, em 60% dos clientes, aumento da pontuação do IDATE, sendo percebido e relatado por alguns como aumento do nervosismo após as orientações. O conteúdo das observações demonstra que comportamentos característicos à ansiedade foram mantidos em todos os clientes, tendo maior número e variedade sem relação ao tempo de espera. Conclui-se que a ansiedade, provocada pela ACTP, já vem alterada (moderada), mantendo-se ou agravando-se ao longo da espera, e as orientações de enfermagem não produzem a redução da ansiedade, em alguns casos a eleva mais. Mesmo utilizando medicações anti-hipertensivas, os clientes desenvolvem hipertensão leve a severa, acompanhada por elevação da freqüência respiratória e manutenção da freqüência cardíaca na normalidade nos três momentos. O ambiente ao qual o indivíduo é exposto contribui para desencadear ansiedade, agravando-a também. Considera-se a amostra do estudo pequena, permitindo apenas a generalização naturalística. Expôs-se a realidade vivida pelo cardíaco, suscitando novos questionamentos e demonstrando a necessidade de intervenções ambientais locais. Espera-se com este trabalho o desencadear de outros estudos com populações maiores, aprofundando-se na compreensão da ansiedade. / This descriptive study was developed by mens of the case study method, of various cases, focusing the anxiety phenomena. Goals: identify the presence and qualify the level of anxiety in ischemic cardiac patients before and after (ten minutes) giving out instructions about the procedure of the percutaneous transluminal corornary angioplasty (PTCA); measure the level of anxiety of these clients ten minutes before they entered in the procedure room for itscompletion. The Research EthicsCommittee approved this study, and data collection was performed through spontaneous demand according to researchers convenience. The sample: considered of twenty ischemic cardiac patients, all adults, which had been forwarded by the Single Health Sistem for the first PTCA proceduce. The study was compound which a structured partivipative observation and three moments for measuring arterial pressure, cardiac and respiratory frequency, and the application of Spielbergers (STAXI) State-Trait Anxiety Inventory. In the first moment there was also the application of the STAXI-Trait. Methods of simple statistical analisys were used to obtain the results. Results: showed that the sytolic arterial pressure was maintained above limit values, according to the Cardiology Brazilian Society, in all threee moments for more than 60% of the cases, anti-hypertensive treatment was performed; the observed satandarts for cardiac frequency were kept within the normality rank for 85% of the cases, however, 70% of the individuals form the sample made use of beta-blockers; the respiratory frequency showed to rise during the evolutionof the moments. With increased respitation rate in 50% of the cases in the second moment and 70% in the third. The values, according to the score and categorization of STAXI, had the measures of state of anxiety in a moderate rank in the three moments, being that there was a variation between the sencond and third moments of up to approximately six points, whichled some clientsto wrong level. For trait anxiety, the rank was also moderate. The nursing instructions were performed by five different professionals and produced an increase of STAXI pontuaction in 60% of the clients. This was obseved and reported by someas an increase of nervousness after the instruction. The content of the observations shows that the characteristic behaviors related to anxiety were maintained in all clients, with a higher number and variety disproportional to the waiting time. The study allows us to conclude that the anxiety caused by PTCA is already altered (moderate), and is kept at this level or worsens during the waiting period, and the nursisng instructions do not make this anxiety decrease, and, in some cases, it even increase. Despite using anti-hypetensive medication, the clientdevelop slight to severe hypertension accompained by an elevation of respiratory frequency and maintenance of cardiac frequency at normal rates from the first to the third moment. The environment to which the individual is exposed contributes to the manifestation of anxiety, worsening it was well. The studys sample is considerate to be small, allowing only the naturalistic generalization. The realy experienced by cardiac patient has been exposed, raising new questionings and showing the need for local environmental interventions. It is hoped to, throught this study, incite new studieswith larger populations, increasing the comprehension of anxiety.
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COUPLED OXYGEN TRANSPORT ANALYSIS IN THE AVASCULAR WALL OF A CORONARY ARTERY STENOSIS DURING ANGIOPLASTYVAIDYA, VINAYAK S. 27 September 2005 (has links)
No description available.
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Achados ultrassonográficos em lesões de bifurcação coronária tratadas com stent único versus estratégia com dois stents / Intravascular ultrasound findings in coronary bifurcation lesions treated with single stenting versus double stenting strategiesCosta, Ricardo Alves da 10 August 2011 (has links)
Estudos comparativos prévios com inclusão de lesões de bifurcação selecionadas sugerem ausência de benefício de implante eletivo de dois versus stent único. No entanto, a aplicabilidade do técnica provisional parece ser dependente da complexidade da lesão de bifurcação. A área luminar da lesão após tratamento percutâneo, conforme medida pelo ultrassom intracoronário, tem demonstrado valor preditivo significante na evolução tardia dos pacientes submetidos a ICP. Os objetivos desta análise foram avaliar as dimensões luminares de lesões de bifurcação coronária complexas tratadas por ICP, conforme a análise pelo ultrassom, e correlacionar os achados com os resultados imediatos e tardios. Também objetivou-se identificar preditores angiográficos e ultrassonográficos de falência do ramo lateral nos diferentes passos do tratamento e seguimento. Entre maio de 2008 e agosto de 2009, 59 pacientes portadores de lesão de bifurcação complexa, com comprometimento significativo (estenose > 50%) dos dois ramos e lesão no ramo lateral extendendo-se além do óstio, foram abordados inicialmente com pré-dilatação do ramo lateral, a qual foi realizada com sucesso (estenose < 50%, fluxo TIMI 3, sem dissecção) em 54 pacientes (91,5%). Esse pacientes foram então randomizados para tratamento com stent único (estratégia provisional) (n = 27) versus stent duplo (n = 27). Durante o procedimento, 6 pacientes alocados no grupo stent único apresentaram falência do tratamento no ramo lateral (estenose residual >50%, fluxo TIMI < 3 ou dissecção), sendo que, 5 pacientes receberam stent adicional no ramo lateral para otimizar o resultado angiográfico. Ao final do procedimento, os valores médios e desvios padrão (DP) da área mínima do lúmen no óstio do ramo lateral (desfecho primário) foram 3,37 (1,62) mm2 no grupo stent único versus 5,50 (1,41) mm2 no grupo stent duplo (p < 0,001), conforme a alocação randômica. No seguimento angiográfico de 9 meses, as taxas de reestenose no ramo lateral foram 21,7% no grupo stent único versus 4% no grupo stent duplo (p = 0,06), sendo que, todas as recorrências envolveram a localização ostial. Considerando-se o tratamento recebido, a taxa de reestenose no ramo lateral foi significantemente maior nos pacientes tratados com stent único versus stent duplo (27,8% versus 3,3%, p = 0,01). Os preditores de falência da estratégia provisional foram: excêntricidade da lesão (p = 0,02), área mínima do lúmen (p = 0,08) e diâmetro mínimo do lúmen no óstio do ramo lateral (p = 0,06), extensão da lesão (p = 0,09) e percentual de estenose (p = 0,07) do ramo lateral. Com relação a reestenose angiográfica no ramo lateral, os preditores foram: área mínima do lúmen no óstio do ramo lateral ao final do procedimento (p = 0,03), tratamento com stent duplo (p = 0,02), diâmetro mínimo do lúmen (p = 0,03) e percentual de estenose (p = 0,02) no óstio do ramo lateral ao final do procedimento, ganho imediato no óstio do ramo lateral (p = 0,09) e diâmetro de referência do ramo lateral (p = 0,03). Estes resultados sugerem que lesões de bifurcação coronária complexas beneficiam-se de tratamento percutâneo com abordagem inicial com estratégia de dois stents, sendo que, tal benefício esteve relacionado a obtenção de maior área luminar no óstio do ramo lateral. / Previous comparative studies including selected bifurcation lesions have shown no advantage of elective double stenting implantation versus single stenting. However, the applicability of the provisional technique appears to be dependent on the bifurcation lesion complexity. The lesion luminal area after percutaneous treatment, as assessed by intravascular ultrasound, has demonstrated significant predictive value in the late follow-up of patients undergoing PCI. The objectives of this analysis were to evaluate the lesion luminal dimensions of complex coronary bifurcation lesions, as assessed by intravascular ultrasound, and to correlate such findings with acute and late outcomes. Also, it was aimed to identify angiographic and intravascular ultrasound predictors of side branch failure throughout the procedural steps and follow-up. Between may 2008 and august 2009, 59 patients with complex bifurcation lesions, including significant involvement (> 50% stenosis) of both branches and side branch lesion length extending from its ostium, were approached initially with side branch predilatation, which was successful (< 50% stenosis, TIMI 3 flow, no dissection) in 54 patients (91.5%). These patients were then randomized for treatment with single stenting (provisional strategy) (n = 27) versus double stenting (n = 27). During procedure, 6 patients allocated in the single stenting arm presented side branch failure (> 50% residual stenosis, TIMI flow < 3 or dissection), given that 5 patients received an additional stent in the side branch in order to optimize the angiographic result. At final procedure, the mean value and standard deviation (SD) for minimum lumen area at the side branch ostium (primary endpoint) were 3.37 (1.62) mm2 in single stenting versus 5.50 (1.41) mm2 in double stenting (p < 0.001), according to the randomized allocation. In the angiographic follow-up at 9 months, the restenosis rates in the side branch were 21.7% in single stenting versus 4% in double stenting (p = 0.06), given that all recurrences involved the ostial location. Considering the treatment received, the side branch restenosis rate was significantly increase among patients treated with single stenting versus double stenting (27.8% versus 3.3%, p = 0.01). The predictors of provisional strategy failure were: lesion eccentricity (p = 0.02), minimum lumen area (p = 0.08) and minimum lumen diameter in the side branch ostium (p = 0.06), lesion length (p = 0.09) and percent diameter stenosis (p = 0.07) of the side branch. Regarding angiographic restenosis in the side branch, predictors were: minimum lumen area in the side branch ostium at final procedure (p = 0.03), treatment with double stenting (p = 0.02), minimum lumen diameter (p = 0.03) and percent diameter stenosis (p = 0.02) in the side branch ostium at final procedure, acute gain at the side branch ostium (p = 0.09) and side branch reference diameter (p = 0.03). These results suggest that complex coronary bifurcation lesions may benefit from a primary percutaneous approach with double stenting strategy, given that most such benefit was associated with a larger lumen area obtained at the side branch ostium.
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Développement d'une nouvelle technique séquentielle d'optimisation proximale des angioplasties de bifurcations coronaires avec implantation d'un seul stent nommée rePOT : concept, validations expérimentales et cliniques / Development of a new sequential technique of proximal optimization for the coronary bifurcations angioplasty with implantation of only one stent named rePOT : concept, experimental and clinical validationsDerimay, François 24 January 2019 (has links)
La bifurcation coronaire est un site privilégié d’athérosclérose. Jusqu’alors aucune des techniques de stenting provisionnel percutanées avec juxtaposition de ballons n’a démontré de bénéfice clinique. Ces échecs peuvent être expliqués par le non-respect de la géométrie fractale des bifurcations qui pourtant doit toujours guider la revascularisation (correction de la malapposition et optimisation de l’ostium de la branche collatérale). Fort de ce constat, nous avons imaginé une nouvelle technique séquentielle et simple, en 3 temps, le rePOT, associant Proximal Optimizing Technique (POT) initial, ouverture de la branche collatérale et POT final. Son évaluations s’est voulue progressive en 4 étapes : 1) concept, 2) preuve expérimentale de concept, 3) confirmation des bénéfices mécaniques in vivo, et 4) validation clinique. Dans ce travail nous avons donc d’abord expérimentalement démontré la supériorité du résultat mécanique final du rePOT par rapport aux techniques non séquentielles de provisional stenting (manuscrit # 1). Ainsi, le rePOT effondre la malapposition globale du stent, conserve la circularité proximale physiologique et optimise l’obstruction ostiale résiduelle de la branche accessoire. Ces excellents résultats sont confirmés indépendamment du design ou de la composition des stents (manuscrits # 2, 4). Nous avons par ailleurs démontré l’importance de chacune des 3 étapes du rePOT: POT initial (manuscrit # 1), ouverture de SB et POT final (manuscrit # 3). Enfin, fort de ces démonstrations expérimentales, nous avons confirmé in vivo avec mesures OCT itératives à la fois les excellents résultats expérimentaux et la bonne évolution clinique à moyen terme (manuscrit # 5). Ce travail démontre donc étape par étape, de l’expérimentale à la clinique, l’ensemble des bénéfices de cette nouvelle technique séquentielle de stenting provisionnel "rePOT", devenue une référence en Europe dans la revascularisation percutanée des bifurcations coronaires / Coronary bifurcations are a preferential location for atherosclerosis development. Until now, no technic with balloons juxtaposition demonstrated a clinical benefit in percutaneous coronary bifurcation revascularization by provisional stenting (with 1 stent). Successive failures could be explained by the absence of respect of the bifurcations fractal geometry, which need to be systematically followed during all revascularization (correction of the malapposition and optimization of the side branch ostium). Thus, we imagined a new technique, simple and sequential, in 3 steps, named rePOT. It is combining initial Proximal Optimizing Technique (POT), side-branch opening and final POT. We proposed a demonstration in 4 steps : 1) concept, 2) experimental proofs of concept, 3) confirmation of the clinical benefits in vivo, and 4) clinical validation. In this work, we experimentally demonstrated the superiority of the final mechanical results of the rePOT compared to all non-sequential provisional stenting (manuscript # 1). Thus, rePOT decreased stent global malapposition, maintained the initial proximal circularity and optimized the final ostial side branch obstruction. These excellent results were confirmed independently of stent design or material (manuscripts # 2, 4). Moreover, we demonstrated the specific benefits of each steps of the rePOT : initial POT (manuscript # 1), SB opening, and final POT (manuscript # 3). Finally, we confirmed in vivo, with serial OCT analysis, these excellent mechanical results and the good clinical outcome at mid-term. (manuscript # 5). Thank to this step by step demonstration, from experimental to clinic, we confirmed all benefits of this new provisional stenting sequential technique "rePOT". Thereby, before the last step of the demonstration, rePOT became a reference in Europe for the percutaneous revascularization of coronary bifurcations
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Avaliação dos níveis séricos de troponina I em pacientes submetidos à angioplastia coronariana com implante de stent / Evaluation of cardiac troponin I in patients undergoing coronary angioplasty with stent implantationVIEIRA, Nancy Helena Lopes da Silva 23 November 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-11-23 / Bakground: The presence of an increase in troponin I (cTnI) is common in patients who have undergone a percutaneous coronary intervention (PCI), but it is questionable if the myocardial lesion occurring in the intervention allows one to identify patients with a greater risk of presenting adverse cardiac events (ACE) .Objective : The overall objective of the study was to evaluate the immediate evolution of cardiac troponin I (cTnI) in patients undergoing elective coronary angioplasty with stenting, and also compare patients with serum changes after the procedure of coronary angioplasty stenting, with the clinical variables and the occurrence of adverse cardiac events (ACE) following 12 months.. Methods: This is a study of a prospective cut, which evaluates 49 consecutive patients who underwent coronary angioplasty with stent implantation. A cTnI serum dosage was done both before and after the procedure. Patients with a cut off >1.0 ng/mL before implantation were excluded. All the others received follow up for one year, to record the presence of ACE (death, acute myocardial infarction, another angioplasty). Results: cTnI serum elevations occurred in 21(45.7%) of the patients after the PCI. At the end of the follow up period, 11(23.9%) of the patients presented adverse cardiac events. There was no association between the cTnI serum elevation and the presence of ACE in the follow up. Conclusions: The elevation of cTnI found after a coronary angioplasty with stent implantation was frequent in our sample, but these elevations in serum did not show any association with clinical variables and the occurrence of adverse cardiac events following 12 months / A presença da elevação da troponina I(cTnI) é comum em pacientes submetidos a uma intervenção coronariana percutânea (ICP), porém é questionado se a lesão miocárdica
ocorrida na intervenção permite identificar pacientes com maior risco de apresentar eventos cardíacos adversos. Objetivo: O objetivo geral do estudo foi avaliar o comportamento evolutivo imediato dos níveis séricos de troponina I (cTnI), em pacientes submetidos eletivamente à angioplastia coronária com implante de stent , e também, comparar pacientes com alterações séricas pós-procedimento de angioplastia coronária com implante de stent, com as variáveis clínicas e a ocorrência de eventos cardíacos adversos (ECA) no seguimento de 12 meses. Metodologia: Este é um estudo de coorte prospectivo, que avaliou 49 pacientes consecutivos, submetidos à angioplastia coronariana com implante de stent. Fez-se dosagens séricas de cTnI antes e após o procedimento. Pacientes com cut off > 1,0 ng/mL antes do implante foram excluídos, e os demais foram acompanhados em um ano de seguimento, para
registro da presença de ECA (óbito, infarto do miocárdio e nova angioplastia). Resultados: Ocorreram elevações séricas de cTnI em 21(45,7%) dos pacientes após a ICP. Ao término do seguimento 11(23,9%) dos pacientes apresentaram eventos cardíacos adversos. A correlação entre a elevação sérica da cTnI e a presença de ECA no seguimento não mostrou associação.
Conclusão: A elevação da cTnI encontrada após uma angioplastia coronariana com o implante de stent foi freqüente em nossa amostra, porém estas elevações séricas não apresentaram nenhuma associação com as variáveis clínicas e a ocorrência de eventos cardíacos adversos no seguimento de 12 meses
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Achados ultrassonográficos em lesões de bifurcação coronária tratadas com stent único versus estratégia com dois stents / Intravascular ultrasound findings in coronary bifurcation lesions treated with single stenting versus double stenting strategiesRicardo Alves da Costa 10 August 2011 (has links)
Estudos comparativos prévios com inclusão de lesões de bifurcação selecionadas sugerem ausência de benefício de implante eletivo de dois versus stent único. No entanto, a aplicabilidade do técnica provisional parece ser dependente da complexidade da lesão de bifurcação. A área luminar da lesão após tratamento percutâneo, conforme medida pelo ultrassom intracoronário, tem demonstrado valor preditivo significante na evolução tardia dos pacientes submetidos a ICP. Os objetivos desta análise foram avaliar as dimensões luminares de lesões de bifurcação coronária complexas tratadas por ICP, conforme a análise pelo ultrassom, e correlacionar os achados com os resultados imediatos e tardios. Também objetivou-se identificar preditores angiográficos e ultrassonográficos de falência do ramo lateral nos diferentes passos do tratamento e seguimento. Entre maio de 2008 e agosto de 2009, 59 pacientes portadores de lesão de bifurcação complexa, com comprometimento significativo (estenose > 50%) dos dois ramos e lesão no ramo lateral extendendo-se além do óstio, foram abordados inicialmente com pré-dilatação do ramo lateral, a qual foi realizada com sucesso (estenose < 50%, fluxo TIMI 3, sem dissecção) em 54 pacientes (91,5%). Esse pacientes foram então randomizados para tratamento com stent único (estratégia provisional) (n = 27) versus stent duplo (n = 27). Durante o procedimento, 6 pacientes alocados no grupo stent único apresentaram falência do tratamento no ramo lateral (estenose residual >50%, fluxo TIMI < 3 ou dissecção), sendo que, 5 pacientes receberam stent adicional no ramo lateral para otimizar o resultado angiográfico. Ao final do procedimento, os valores médios e desvios padrão (DP) da área mínima do lúmen no óstio do ramo lateral (desfecho primário) foram 3,37 (1,62) mm2 no grupo stent único versus 5,50 (1,41) mm2 no grupo stent duplo (p < 0,001), conforme a alocação randômica. No seguimento angiográfico de 9 meses, as taxas de reestenose no ramo lateral foram 21,7% no grupo stent único versus 4% no grupo stent duplo (p = 0,06), sendo que, todas as recorrências envolveram a localização ostial. Considerando-se o tratamento recebido, a taxa de reestenose no ramo lateral foi significantemente maior nos pacientes tratados com stent único versus stent duplo (27,8% versus 3,3%, p = 0,01). Os preditores de falência da estratégia provisional foram: excêntricidade da lesão (p = 0,02), área mínima do lúmen (p = 0,08) e diâmetro mínimo do lúmen no óstio do ramo lateral (p = 0,06), extensão da lesão (p = 0,09) e percentual de estenose (p = 0,07) do ramo lateral. Com relação a reestenose angiográfica no ramo lateral, os preditores foram: área mínima do lúmen no óstio do ramo lateral ao final do procedimento (p = 0,03), tratamento com stent duplo (p = 0,02), diâmetro mínimo do lúmen (p = 0,03) e percentual de estenose (p = 0,02) no óstio do ramo lateral ao final do procedimento, ganho imediato no óstio do ramo lateral (p = 0,09) e diâmetro de referência do ramo lateral (p = 0,03). Estes resultados sugerem que lesões de bifurcação coronária complexas beneficiam-se de tratamento percutâneo com abordagem inicial com estratégia de dois stents, sendo que, tal benefício esteve relacionado a obtenção de maior área luminar no óstio do ramo lateral. / Previous comparative studies including selected bifurcation lesions have shown no advantage of elective double stenting implantation versus single stenting. However, the applicability of the provisional technique appears to be dependent on the bifurcation lesion complexity. The lesion luminal area after percutaneous treatment, as assessed by intravascular ultrasound, has demonstrated significant predictive value in the late follow-up of patients undergoing PCI. The objectives of this analysis were to evaluate the lesion luminal dimensions of complex coronary bifurcation lesions, as assessed by intravascular ultrasound, and to correlate such findings with acute and late outcomes. Also, it was aimed to identify angiographic and intravascular ultrasound predictors of side branch failure throughout the procedural steps and follow-up. Between may 2008 and august 2009, 59 patients with complex bifurcation lesions, including significant involvement (> 50% stenosis) of both branches and side branch lesion length extending from its ostium, were approached initially with side branch predilatation, which was successful (< 50% stenosis, TIMI 3 flow, no dissection) in 54 patients (91.5%). These patients were then randomized for treatment with single stenting (provisional strategy) (n = 27) versus double stenting (n = 27). During procedure, 6 patients allocated in the single stenting arm presented side branch failure (> 50% residual stenosis, TIMI flow < 3 or dissection), given that 5 patients received an additional stent in the side branch in order to optimize the angiographic result. At final procedure, the mean value and standard deviation (SD) for minimum lumen area at the side branch ostium (primary endpoint) were 3.37 (1.62) mm2 in single stenting versus 5.50 (1.41) mm2 in double stenting (p < 0.001), according to the randomized allocation. In the angiographic follow-up at 9 months, the restenosis rates in the side branch were 21.7% in single stenting versus 4% in double stenting (p = 0.06), given that all recurrences involved the ostial location. Considering the treatment received, the side branch restenosis rate was significantly increase among patients treated with single stenting versus double stenting (27.8% versus 3.3%, p = 0.01). The predictors of provisional strategy failure were: lesion eccentricity (p = 0.02), minimum lumen area (p = 0.08) and minimum lumen diameter in the side branch ostium (p = 0.06), lesion length (p = 0.09) and percent diameter stenosis (p = 0.07) of the side branch. Regarding angiographic restenosis in the side branch, predictors were: minimum lumen area in the side branch ostium at final procedure (p = 0.03), treatment with double stenting (p = 0.02), minimum lumen diameter (p = 0.03) and percent diameter stenosis (p = 0.02) in the side branch ostium at final procedure, acute gain at the side branch ostium (p = 0.09) and side branch reference diameter (p = 0.03). These results suggest that complex coronary bifurcation lesions may benefit from a primary percutaneous approach with double stenting strategy, given that most such benefit was associated with a larger lumen area obtained at the side branch ostium.
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Estudo comparativo entre os tratamentos: médico, angioplastia ou cirurgia em portadores de doença coronária multiarterial: estudo randomizado (MASS II) / Comparative study among three treatments: medicine, angioplasty, or surgery in patients with multivessel coronary artery disease: a randomized study (MASS II)Rocha, Antonio Sérgio Cordeiro da 01 December 2009 (has links)
Não há evidência conclusiva da vantagem da revascularização cirúrgica do miocárdio (RCM) ou angioplastia percutânea coronária (APC) sobre o tratamento clínico (TC) em pacientes sintomáticos, com doença arterial coronária (DAC) multiarterial e função ventricular esquerda (FVE) preservada. O objetivo deste estudo foi comparar os resultados em longo prazo da RCM ou APC com o TC em pacientes portadores de DAC em múltiplos vasos e FVE preservada. Os desfechos primários do estudo foram a combinação de morte por qualquer origem, infarto do miocárdio não fatal (IAM) e angina refratária com necessidade de intervenção mecânica. O desfecho secundário foi o estado anginoso ao final do estudo. Todos os eventos foram analisados de acordo com o princípio de intenção de tratar. De 2.077 pacientes elegíveis para randomização dentre 20.769 pacientes avaliados para participar do estudo, 611 foram efetivamente randomizados para se submeterem à RCM (n=203), APC (n=205) ou TC (n=203). Em 10 anos de seguimento desfechos primários ocorreram em 37,9% dos pacientes submetidos à RCM em comparação a 56,1% dos submetidos à APC e 69% dos que receberam TC (p<0,0001). Não foi encontrada nenhuma diferença com relação à morte por qualquer origem entre RCM (25,1%), APC (23,9%) e TC (31%) (p=0,230). Intervenção mecânica por causa de angina refratária foi necessária em 38,9% dos que receberam TC, comparada a 40% dos submetidos à APC e 7,4% dos que se submeteram à RCM (p<0,0001). Em adição, 20,7% dos pacientes que receberam TC tiveram IAM, em comparação a 13,2% dos submetidos à APC e 9,9% dos submetidos à RCM (p=0,008). Pacientes submetidos à TC tiveram maior incidência de morte por origem cardíaca (20,7%) do que os submetidos à APC (14,1%) e RCM (10,8%) (p=0,021), no entanto, essa diferença só foi significativa entre RCM e TC (p=0,009). Nenhuma diferença significativa foi encontrada na incidência de AVE entre os três grupos de tratamento (p=0,303). Ao final do seguimento, angina estava presente em 14,8% dos pacientes alocados para TC em comparação a 9,3% dos submetidos à APC e 6,4% dos submetidos à RCM (p=0,022). A RCM reduziu de modo significativo e independente a incidência de eventos combinados em comparação ao TC (HR=0,449; IC95%=0,346 - 0,583) e à APC (HR=0,560; IC95%=0,431 0,726), sobretudo à custa de redução da intervenção mecânica em comparação ao TC (HR=0,162; IC95%=0,113-0,232) e à APC (HR=0,150;IC95%=0,111-0,228). A RCM também reduziu significativamente a incidência de IAM e o estado anginoso em comparação ao TC (HR=0,467; IC95%=0,280 0,780; p=0,013 e HR=0,397; IC95=0,200 0,785; p=0,009, respectivamente). O estudo revelou que os três tipos de tratamento alcançaram índices elevados e semelhantes de sobrevivência em 10 anos de seguimento. Todavia, a cirurgia foi superior ao tratamento clínico na prevenção do infarto do miocárdio não fatal, na diminuição da incidência de angina e na prevenção da intervenção mecânica guiada por angina refratária. A angioplastia e o tratamento clínico mostraram resultados semelhantes em relação ao alívio dos sintomas anginosos e na prevenção dos eventos combinados definidos como morte por qualquer origem, infarto do miocárdio não fatal e a necessidade de intervenção mecânica / There was no conclusive evidence that coronary artery bypass graft surgery (CABG) or percutaneous coronary intervention (PCI) is superior to medical therapy (MT) alone in symptomatic patients with multivessel coronary artery disease (CAD), and preserved left ventricular function. The objective of this study is to compare the long-term results of CABG or PCI versus MT in patients with multivessel CAD and preserved left ventricular function. The primary end-points were the combination (MACE) of overall mortality, non fatal acute myocardial infarction (AMI), and refractory angina requiring revascularization. Secondary end-point was the angina status at the end of follow-up. All events were analyzed according to the intention to treat principle. From 2.077 eligible patients for randomization among 20.769 patients screened for the trial, 611 could be randomized to CABG (n=203), PCI (n=205), and MT (n=203). At 10-year follow-up, MACE occurred in 69% of patients who underwent MT, compared to 56% treated with PCI, and 37.9% receiving CABG (p<0.0001). There were no statistical differences in overall mortality among the three groups (31% in MT, 23.9% in PCI, and 25.1% in CABG; p=0.230). Mechanical intervention driven by refractory angina were necessary in 38.9% of patients in the MT, compared to 40% in the PCI, and 7.4% in the CABG group (p<0.0001). In addition, non-fatal acute myocardial infarction (AMI) were experienced by 20.7% of patients receiving MT, in comparison to 13.2% of patients submitted to PCI and 9.9% of those submitted to CABG (p=0.008). Patients who underwent MT had higher cardiac mortality (20.7%), than patients receiving PCI (14.1%) or CABG (10.8%) (p=0.021), however this difference was significant only between CABG and MT (p=0,009). No statistical differences were observed in the incidence of stroke among the three groups of treatment (p=0.303). At the end of follow-up angina was present in 14.8% of MT patients, compared to 9.3% of PCI patients, and 6.4% of CABG patients (p=0.022). CABG independently reduced the incidence of MACE in comparison to MT (HR=0.449; CI95%=0.346 0.583) and PCI (HR=0.560; CI95%=0.431 0.726). This reduction is mainly driven by reduction in the rate of mechanical intervention in comparison to MT (HR=0.162; CI95%=0.113-0.232), and PCI (HZ=0.150; CI95%=0.111-0.228). CABG also reduced the incidence of AMI and angina status in comparison to MT (HR=0.150; IC95%=0.280 0.780; p=0.013; HR=0.397; IC95%=0.200 0.785; p=0.009, respectively). Our study has shown that the three treatment options yielded comparable and elevated rates of survival in 10-year follow-up. However, CABG was superior to MT in the prevention of AMI, in the reduction of the angina incidence, and in the prevention of mechanical intervention. Angioplasty and MT have shown similar results in relation to angina alleviation and prevention from MACE defined as the combination of all cause mortality, AMI, and the need of mechanical intervention
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Difusão da angioplastia coronariana / Coronary angioplsty diffusionFernando Luiz Benevides da Rocha Gutierrez 30 March 2010 (has links)
Apesar de um aumento progressivo do investimento em saúde, a demanda crescente de recursos vem criando um déficit significativo e progressivamente maior, mesmo nos países desenvolvidos. A elevação dos custos em saúde representa, portanto, um desafio para as fontes pagadoras governamentais e privadas. A doença aterosclerótica coronariana (DAC), resultado da obstrução das artérias coronarianas, é uma das principais causas de incapacidade e morte no mundo atual. Uma projeção para 2020 coloca estas patologias como responsáveis por 25 milhões de mortes ao ano. Além do tratamento medicamentoso, uma parte dos pacientes com esta doença vai se beneficiar de algum tipo de intervenção mecânica. A angioplastia coronariana transluminal percutânea (ACTP) é uma tecnologia empregada para restaurar o fluxo nas artérias coronarianas obstruídas, dilatando regiões de estreitamento destes vasos. Esta tecnologia foi utilizada inicialmente como alternativa para os pacientes que deveriam ser submetidos à revascularização miocárdica cirúrgica. Nas últimas três décadas, com o avanço tecnológico, a ACTP se difundiu rapidamente, com uma ampliação da população candidata a esta tecnologia, promovendo mudanças no tratamento da doença aterosclerótica coronariana. O objetivo deste trabalho é, através de uma revisão narrativa, descrever e discutir alguns aspectos associados a difusão da ACTP como terapêutica para o tratamento da DAC. Foi realizada uma busca de evidencias cientificas, de língua inglesa, na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (United States National Library of Medicine U.S.NLM and National Center of Biotechnology Information NCBI / MEDLINE), entre 1960 e 2010, com os descritores: Angioplasty, Transluminal, Percutaneous Coronary, stents e diffusion e também nos relatórios de Agências de Avaliação de Tecnologia em Saúde de outros países sobre a introdução e difusão da ACTP. Posteriormente foi realizada uma revisão manual dos resumos de cada artigo, priorizando os artigos obtidos dentro do acervo de Periódicos CAPES. Espera-se que a melhor compreensão da difusão desta tecnologia possa ajudar numa melhor alocação de recursos e na formulação de políticas de saúde. / Despite a gradual increase in health investment, even in developed countries, the growing demand for resources has created a significant and gradually increased deficit. The rise in health costs therefore represents a challenge for government and private payers. Even with the increased longevity of the population, most of this spending appears to be the result of the development and diffusion of new medical technologies applied at all stages of health care (diagnosis, prognosis, therapy and prevention). Atherosclerotic coronary artery disease (CAD), resulting from obstruction of the coronary arteries is a major cause of disability and death in the world today. A projection for 2020 puts these pathologies as responsible for 25 million deaths a year. Besides drug treatment, some patients with this disease will benefit from some type of mechanical intervention. Percutaneous transluminal coronary angioplasty (PTCA) is a technology used to restore flow in clogged coronary arteries, dilating regions of narrowing of these vessels. This technology was initially used as an alternative for patients who should undergo coronary artery bypass graft (CABG) surgery. In the last three decades, with technological advances, PTCA spread rapidly, with an expansion of candidate population for this technology, promoting changes in the treatment of coronary atherosclerosis. The objective of this work is to review and discuss the evidence related to the diffusion of PTCA, trying to identify factors as potential determinants of diffusion and its consequences. We performed a literature search of evidence on the introduction and diffusion of PTCA also considering review articles, editorials and discussion on the subject. A manual review of abstracts of each article was done later, prioritizing items obtained inside of CAPES journals site. It is hoped that better understanding of this technology diffusion may help in better resource allocation and formulation of health policies.
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Difusão da angioplastia coronariana / Coronary angioplsty diffusionFernando Luiz Benevides da Rocha Gutierrez 30 March 2010 (has links)
Apesar de um aumento progressivo do investimento em saúde, a demanda crescente de recursos vem criando um déficit significativo e progressivamente maior, mesmo nos países desenvolvidos. A elevação dos custos em saúde representa, portanto, um desafio para as fontes pagadoras governamentais e privadas. A doença aterosclerótica coronariana (DAC), resultado da obstrução das artérias coronarianas, é uma das principais causas de incapacidade e morte no mundo atual. Uma projeção para 2020 coloca estas patologias como responsáveis por 25 milhões de mortes ao ano. Além do tratamento medicamentoso, uma parte dos pacientes com esta doença vai se beneficiar de algum tipo de intervenção mecânica. A angioplastia coronariana transluminal percutânea (ACTP) é uma tecnologia empregada para restaurar o fluxo nas artérias coronarianas obstruídas, dilatando regiões de estreitamento destes vasos. Esta tecnologia foi utilizada inicialmente como alternativa para os pacientes que deveriam ser submetidos à revascularização miocárdica cirúrgica. Nas últimas três décadas, com o avanço tecnológico, a ACTP se difundiu rapidamente, com uma ampliação da população candidata a esta tecnologia, promovendo mudanças no tratamento da doença aterosclerótica coronariana. O objetivo deste trabalho é, através de uma revisão narrativa, descrever e discutir alguns aspectos associados a difusão da ACTP como terapêutica para o tratamento da DAC. Foi realizada uma busca de evidencias cientificas, de língua inglesa, na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (United States National Library of Medicine U.S.NLM and National Center of Biotechnology Information NCBI / MEDLINE), entre 1960 e 2010, com os descritores: Angioplasty, Transluminal, Percutaneous Coronary, stents e diffusion e também nos relatórios de Agências de Avaliação de Tecnologia em Saúde de outros países sobre a introdução e difusão da ACTP. Posteriormente foi realizada uma revisão manual dos resumos de cada artigo, priorizando os artigos obtidos dentro do acervo de Periódicos CAPES. Espera-se que a melhor compreensão da difusão desta tecnologia possa ajudar numa melhor alocação de recursos e na formulação de políticas de saúde. / Despite a gradual increase in health investment, even in developed countries, the growing demand for resources has created a significant and gradually increased deficit. The rise in health costs therefore represents a challenge for government and private payers. Even with the increased longevity of the population, most of this spending appears to be the result of the development and diffusion of new medical technologies applied at all stages of health care (diagnosis, prognosis, therapy and prevention). Atherosclerotic coronary artery disease (CAD), resulting from obstruction of the coronary arteries is a major cause of disability and death in the world today. A projection for 2020 puts these pathologies as responsible for 25 million deaths a year. Besides drug treatment, some patients with this disease will benefit from some type of mechanical intervention. Percutaneous transluminal coronary angioplasty (PTCA) is a technology used to restore flow in clogged coronary arteries, dilating regions of narrowing of these vessels. This technology was initially used as an alternative for patients who should undergo coronary artery bypass graft (CABG) surgery. In the last three decades, with technological advances, PTCA spread rapidly, with an expansion of candidate population for this technology, promoting changes in the treatment of coronary atherosclerosis. The objective of this work is to review and discuss the evidence related to the diffusion of PTCA, trying to identify factors as potential determinants of diffusion and its consequences. We performed a literature search of evidence on the introduction and diffusion of PTCA also considering review articles, editorials and discussion on the subject. A manual review of abstracts of each article was done later, prioritizing items obtained inside of CAPES journals site. It is hoped that better understanding of this technology diffusion may help in better resource allocation and formulation of health policies.
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Estudo comparativo entre os tratamentos: médico, angioplastia ou cirurgia em portadores de doença coronária multiarterial: estudo randomizado (MASS II) / Comparative study among three treatments: medicine, angioplasty, or surgery in patients with multivessel coronary artery disease: a randomized study (MASS II)Antonio Sérgio Cordeiro da Rocha 01 December 2009 (has links)
Não há evidência conclusiva da vantagem da revascularização cirúrgica do miocárdio (RCM) ou angioplastia percutânea coronária (APC) sobre o tratamento clínico (TC) em pacientes sintomáticos, com doença arterial coronária (DAC) multiarterial e função ventricular esquerda (FVE) preservada. O objetivo deste estudo foi comparar os resultados em longo prazo da RCM ou APC com o TC em pacientes portadores de DAC em múltiplos vasos e FVE preservada. Os desfechos primários do estudo foram a combinação de morte por qualquer origem, infarto do miocárdio não fatal (IAM) e angina refratária com necessidade de intervenção mecânica. O desfecho secundário foi o estado anginoso ao final do estudo. Todos os eventos foram analisados de acordo com o princípio de intenção de tratar. De 2.077 pacientes elegíveis para randomização dentre 20.769 pacientes avaliados para participar do estudo, 611 foram efetivamente randomizados para se submeterem à RCM (n=203), APC (n=205) ou TC (n=203). Em 10 anos de seguimento desfechos primários ocorreram em 37,9% dos pacientes submetidos à RCM em comparação a 56,1% dos submetidos à APC e 69% dos que receberam TC (p<0,0001). Não foi encontrada nenhuma diferença com relação à morte por qualquer origem entre RCM (25,1%), APC (23,9%) e TC (31%) (p=0,230). Intervenção mecânica por causa de angina refratária foi necessária em 38,9% dos que receberam TC, comparada a 40% dos submetidos à APC e 7,4% dos que se submeteram à RCM (p<0,0001). Em adição, 20,7% dos pacientes que receberam TC tiveram IAM, em comparação a 13,2% dos submetidos à APC e 9,9% dos submetidos à RCM (p=0,008). Pacientes submetidos à TC tiveram maior incidência de morte por origem cardíaca (20,7%) do que os submetidos à APC (14,1%) e RCM (10,8%) (p=0,021), no entanto, essa diferença só foi significativa entre RCM e TC (p=0,009). Nenhuma diferença significativa foi encontrada na incidência de AVE entre os três grupos de tratamento (p=0,303). Ao final do seguimento, angina estava presente em 14,8% dos pacientes alocados para TC em comparação a 9,3% dos submetidos à APC e 6,4% dos submetidos à RCM (p=0,022). A RCM reduziu de modo significativo e independente a incidência de eventos combinados em comparação ao TC (HR=0,449; IC95%=0,346 - 0,583) e à APC (HR=0,560; IC95%=0,431 0,726), sobretudo à custa de redução da intervenção mecânica em comparação ao TC (HR=0,162; IC95%=0,113-0,232) e à APC (HR=0,150;IC95%=0,111-0,228). A RCM também reduziu significativamente a incidência de IAM e o estado anginoso em comparação ao TC (HR=0,467; IC95%=0,280 0,780; p=0,013 e HR=0,397; IC95=0,200 0,785; p=0,009, respectivamente). O estudo revelou que os três tipos de tratamento alcançaram índices elevados e semelhantes de sobrevivência em 10 anos de seguimento. Todavia, a cirurgia foi superior ao tratamento clínico na prevenção do infarto do miocárdio não fatal, na diminuição da incidência de angina e na prevenção da intervenção mecânica guiada por angina refratária. A angioplastia e o tratamento clínico mostraram resultados semelhantes em relação ao alívio dos sintomas anginosos e na prevenção dos eventos combinados definidos como morte por qualquer origem, infarto do miocárdio não fatal e a necessidade de intervenção mecânica / There was no conclusive evidence that coronary artery bypass graft surgery (CABG) or percutaneous coronary intervention (PCI) is superior to medical therapy (MT) alone in symptomatic patients with multivessel coronary artery disease (CAD), and preserved left ventricular function. The objective of this study is to compare the long-term results of CABG or PCI versus MT in patients with multivessel CAD and preserved left ventricular function. The primary end-points were the combination (MACE) of overall mortality, non fatal acute myocardial infarction (AMI), and refractory angina requiring revascularization. Secondary end-point was the angina status at the end of follow-up. All events were analyzed according to the intention to treat principle. From 2.077 eligible patients for randomization among 20.769 patients screened for the trial, 611 could be randomized to CABG (n=203), PCI (n=205), and MT (n=203). At 10-year follow-up, MACE occurred in 69% of patients who underwent MT, compared to 56% treated with PCI, and 37.9% receiving CABG (p<0.0001). There were no statistical differences in overall mortality among the three groups (31% in MT, 23.9% in PCI, and 25.1% in CABG; p=0.230). Mechanical intervention driven by refractory angina were necessary in 38.9% of patients in the MT, compared to 40% in the PCI, and 7.4% in the CABG group (p<0.0001). In addition, non-fatal acute myocardial infarction (AMI) were experienced by 20.7% of patients receiving MT, in comparison to 13.2% of patients submitted to PCI and 9.9% of those submitted to CABG (p=0.008). Patients who underwent MT had higher cardiac mortality (20.7%), than patients receiving PCI (14.1%) or CABG (10.8%) (p=0.021), however this difference was significant only between CABG and MT (p=0,009). No statistical differences were observed in the incidence of stroke among the three groups of treatment (p=0.303). At the end of follow-up angina was present in 14.8% of MT patients, compared to 9.3% of PCI patients, and 6.4% of CABG patients (p=0.022). CABG independently reduced the incidence of MACE in comparison to MT (HR=0.449; CI95%=0.346 0.583) and PCI (HR=0.560; CI95%=0.431 0.726). This reduction is mainly driven by reduction in the rate of mechanical intervention in comparison to MT (HR=0.162; CI95%=0.113-0.232), and PCI (HZ=0.150; CI95%=0.111-0.228). CABG also reduced the incidence of AMI and angina status in comparison to MT (HR=0.150; IC95%=0.280 0.780; p=0.013; HR=0.397; IC95%=0.200 0.785; p=0.009, respectively). Our study has shown that the three treatment options yielded comparable and elevated rates of survival in 10-year follow-up. However, CABG was superior to MT in the prevention of AMI, in the reduction of the angina incidence, and in the prevention of mechanical intervention. Angioplasty and MT have shown similar results in relation to angina alleviation and prevention from MACE defined as the combination of all cause mortality, AMI, and the need of mechanical intervention
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