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Corpo vivido e corpo pulsional: uma leitura de Merleau-Ponty e Freud.Lucena, Francisco Almeida de 18 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Empiricism and intellectualism are distinct perspectives which, taking as a starting point the modernity with the thought of Rene Descartes and the English empiricists, guide the epistemological statute of various areas of scientific knowledge. In the contemporaneity, such perspectives are observed in areas such as anatomy, physiology, medicine, biology, psychology, among others. The comprehension of the body, which is influenced by the cited perspectives, often suffers from a reductionism which one moment tends to the psychologism, and one another to physicism. An approach which proposes an integral understanding of the body needs to take into account the various and complex aspects which compose it. The thought of Maurice Merleau-Ponty and of Sigmund Freud allows a reading of the body as a live and pulsatory instance which resists to the pretension of an objective definition of the body. The subjectivity which permeates all the corporal parts and mechanisms, as well as the pulsional forces which act on them, subvert all and any pretension of a reductionist framework, and impose on the corporeity a living and amazing character. / Empirismo e intelectualismo são perspectivas distintas que, sobretudo a partir da modernidade com o pensamento de Rene Descartes e dos empiristas ingleses, norteiam o estatuto epistemológico de diversas áreas do conhecimento científico. Na contemporaneidade, tais perspectivas se fazem perceber em áreas como a anatomia, fisiologia, medicina, biologia, psicologia, dentre outras. Não raro a compreensão do ser humano que advém dessas perspectivas padece de um reducionismo que hora tende ao psicologismo, hora ao fisicismo. A compreensão e a abordagem do corpo, por exemplo, padecem desse reducionismo. Uma abordagem que pretenda uma compreensão integral do corpo carece levar em conta os diversos e complexos aspectos que o compõem. O pensamento de Maurice Merleau-Ponty e de Sigmund Freud possibilita uma leitura do corpo como uma instância viva e pulsional que resiste a pretensão de uma definição objetiva do corpo. A subjetividade que permeia todas as partes e mecanismos corporais, bem como as forças pulsionais que agem sobre os mesmos, subvertem toda e qualquer pretensão de enquadramento reducionista, e impõem à corporeidade um caráter vivido e surpreendente.
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A epidemia de Fitness: uma questão de saúde pública / The epidemic of Fitness: a public health issueBastos, Wanja de Carvalho January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / A proposta desse estudo é provocar um estranhamento a respeito de uma condição naturalizada e disseminada, principalmente pelos campos da saúde, política e economia, contudo apenas percebida, inicialmente, nos espaços de atuação da educação física. O fato em questão refere-se à transformação dos hábitos e comportamentos dos indivíduos, alvo de controle por parte de especialistas interessados em promover, a qualquer preço, a saúde, a beleza e o vigor dessas pessoas. No entanto, como o significado da saúde para esse conjunto de profissionais e leigos ficou reduzido aos seus aspectos biológicos, o corpo no século XXI se transformou em terreno favorável às ações obsessivas na ordem da prevenção. Outro ponto abordado no estudo é a rede estabelecida entre este fato e os empreendimentos criados por parte de empresas atuantes no mercado de bens destinados a otimizar a vida e a beleza; tudo isso com o endosso da ciência e da mídia de massa. O estudo, então, parte da visão foucaultiana de biopoder, acompanhando, ainda, as reformulações propostas para o nosso século, por Nikolas Rose, no que se refere a este poder sobre a vida dos indivíduos. É nesse sentido que traduzo a participação dos governos liberais avançados, na engrenagem de responsabilização do sujeito pela vida em si, como também interpreto o ambiente social estabelecido em decorrência desse processo de desqualificação do espaço público, incrementando projetos voltados à ampliação de estilos de vida individualizantes, ou seja, focados no próprio corpo. Dessa maneira, quando explano o interesse dos poderes oficiais e privados em incutir nos indivíduos a responsabilidade pela vida em si e todas as nuances embutidas nesse universo, emergem assuntos alinhados com as frequentes crises de insegurança, medo generalizado da morte e o lamentável perfil egoísta das relações modernas. Portanto, a atuação das autoridades engajadas com a biopolítica do indivíduo, não mais das populações, forja uma situação de sofrimento pouco considerada pela área da saúde. Foi por meio da articulação de conceitos como globalização, história da beleza, longevidade, hedonismo e o pensamento nietzscheano, que criei a base para construir a discussão teórica necessária que apontasse para o que denomino epidemia de fitness. O caminho realizado para atingir as fontes e o método empregado, dos saberes indiciários, partiu de um estudo de caso da Expo Wellness Rio 2009. E ainda, fazendo contraponto a este ambiente ascético, repleto de moralismo, em que as pessoas são impelidas ao autocontrole incessante, adoto a filosofia de Nietzsche para relativizar as certezas e ameaças sentidas pelo homem doente , expressão incessantemente empregada pelo filósofo em seu livro Genealogia da Moral. / The proposal of this study is to create a sensation of weirdness about a condition naturalized and widespread mainly in the fields of health, politics and economics, however, initially only perceived in the activities of physical education. The fact in question relates to the transformation of the habits and behaviors of individuals, subject to control by experts interested in promoting health, beauty and vigor of those people, no matter what it takes. However, as the meaning of health for this group of professionals and lay persons was reduced to its biological aspects, the body in the XXI century became a favorable terrain to obsessed actions in the field of prevention. Another topic is the network established between this fact and the enterprises created by companies whose field of action lies in the production of goods destinated to optimize life and beauty, all of this with the endorsement of science and mass media. Therefore, the study takes support on Foucault’s vision of biopower and follows the reformulations proposed for our century, by Nikolas Rose, with regard to such power on the lives of individuals. That is why I translate the participation of advanced liberal governments in the gear of the subject’s responsibility for life itself, but also I interpret the established social environment as a result of this process of disqualification of the public space, improving projects aimed at the increase of individualizing life styles, which means focused on the body. Thus, when speaking of the interest of official and private powers to instill in individuals the responsibility for life itself and all the nuances embedded in that universe, some issues emerge, in line with the frequent bouts of insecurity, widespread fear of death and the unfortunate selfish profile of modern relations. Therefore, the actions of the authorities concerned with the biopolitics of the individual, and no more of the populations, forge a situation of suffering poorly regarded by the health field. It was through the articulation of concepts such as globalization, history, beauty, longevity, hedonism and the nietzschean thought, that I created the foundation for building the necessary theoretical discussion that would point to what I call a “fitness epidemic”. The way I chose to achieving sources and the methods applied, indiciary knowledge, came from a case study of Expo Wellness Rio 2009. And yet, as a counterpart to this ascetic atmosphere, filled with moralism, in which people are driven to unceasing self-control ; I adopt the philosophy of Nietzsche to the relativize the certainties and threats experienced by the "sick man", a term constantly used by the philosopher in his book Genealogy of Morals.
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