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Uma possível leitura de Julio CortázarScos, Acacio 12 December 2012 (has links)
Resumo: Esta dissertação objetiva investigar o desenvolvimento conceitual da arte da performance na obra do escritor argentino Julio Cortázar. Para isso, realizamos um recorte de sua obra selecionando romance, conto, poemas e inclusive dois tangos. Para proceder às análises, valemo-nos das reflexões de autores que abordam a performance e escritura. Em um primeiro momento, apresentamos um breve mapeamento histórico e de características da arte performática. Alinhavado a isso estudamos os conceitos de escritura e jogo. Finalizamos com as análises que levam em consideração os graus de performance propostos por Paul Zumthor (2005). Portanto, propomos o performático como chave para realizar as leituras das obras de Cortázar, que junto com a sua escritura atingirá o leitor em distintos planos, no do pensamento e do corporal, já que um texto para ser considerado performático exige a presença do corpo em ação, para recuperar uma forma textual com a utilização da voz ou com os dois em parceria.
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Julio Cortázar: de pontes e duplosSantoro, Cristina Rosa January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Em quase toda a obra de Julio Cortázar percebe-se uma particularidade: o duplo. Paris x Buenos Aires, o rio de La Plata x o rio Sena, as pontes, um lado e outro das margens dos rios e do oceano que separam lugares de vivência do autor e que se tornam as chamadas dos orillas. O duplo, em Cortázar, adota diversas manifestações – espelhos, reflexos, imagens, visões – e o tema do desdobramento deriva de vivências do autor. O duplo, figura central de nossas reflexões, temática presente nos estudos literários e nas abordagens psicanalíticas rankianas, freudianas e lacanianas, pode ser aplicado ao ato tradutório, na medida em que muitos esperam do texto traduzido a construção de uma imagem apenas especular, esquecendo o duplo que todo ser (texto) carrega na sua essência mais profunda: um duplo que precede. Outros, no entanto entendem a tradução como ponte entre línguas e linguagens: de um ser para um outro, de uma margem para a outra, de um texto de partida (o ‘original’) para o seu texto duplo, o texto traduzido. A analogia ‛ser-texto’ nos abrirá as portas para esse jogo da amarelinha onde a primeira pedra será jogada a partir do texto de partida, para vivenciar a angústia na passagem, mimese, identificação e repulsa diante do outro – o duplo – na tentativa de atingir o Céu: o texto de chegada. / Salvador
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O fantástico nos contos de Murilo Rubião e de Julio Cortázar: entre o mito literário e a polimetáforaBoranelli, Valdemir 23 April 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-04-23 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / In the 19th century the fantastic literature has opened itself to its own
invention and from that fact emerged arbitrariness and inconsequence. From
this point on the purpose of the study is the relation between two aspects the
real and the fantastic - building up the narrative action in the short stories by
Murilo Rubião and their literary value.
The objective of the study will be the analysis of some short stories by
Murilo Rubião: A fila (1974); A noiva da casa azul (1947); Bárbara (1947);
O lodo (1974); Teleco, o coelhinho (1965). The analysis of these short
stories focus the main research subject: to recognize how verisimilitude works
in fiction and the way metaphor and hyperbole are applied as multimetaphors,
taken as a poetic work, in the light of the short stories by Julio Cortázar.
We have searched some of the short stories by the Argentinian writer
Julio Cortázar: Carta a una señorita en Paris (1951); Cartas de Mamá
(1970); En nombre de Boby (1977); La autopista del sur (1966); Las manos
que crecen (1945).
Since Cortázar introduced the fantastic genre in the short story, to verify
likelihood and dissimilarity among the narrative proceedings, trying to determine
their viability and the results from theoretical presuppositions and to identify
their validity applied to the theoretical reading of the fantastic genre.
In face of these objectives we consider the challenging transparency of
the fantastic like an imaginary fiction that cannot be translated except by
ambiguity and for the eye s inquisitive and renewed time transposition to reality.
These concernings are about the function performed by the multimetaphor from
an analogical matrix elaborated between both the entities, and this fact
materializes the myth being transferred to reality the myth as a multimetaphor.
The corpus is analysed and described according to three of the structural
features proposed by Todorov (2004): the verbal, the syntatical and the
semantical matter through which a study has been done on the tropes metaphor
and hyperbole those articulate as key-figures both in Murilo Rubião and Julio
Cortázar s short stories.
The last consideration refers to the analysis and acknowledgement of
conceptions of these elements that structure the modern fantastic narrative by
Murilo Rubião, producing as a result the realism of the multimetaphor as a
phenomenon of language, concerning to the conception of Erdal Jordan
presented in La narrativa fantástica (1998) / A literatura fantástica, no século XIX, abriu-se para sua própria invenção,
surgindo assim, o arbitrário e o inconseqüente. A partir daí, o objeto de estudo
é a relação real e fantástico construindo a ação narrativa nos contos de Murilo
Rubião, e o seu valor literário.
O foco de estudo será a análise de alguns contos de Murilo
Rubião: A f ila (1974); A noiva da casa azul (1947); Bárbara
(1947); O lodo (1974); Teleco, o coelhinho (1965). A análise
desses contos investe no problema central de pesquisa: reconhecer o
trabalho da verossimilhança na ficção e no modo como a metáfora e a
hipérbole são aplicadas como polimetáforas na qualidade de fenômeno poético,
à luz dos contos de Julio Cortázar.
Recorremos a alguns contos do escritor argentino Julio
Cortázar: Carta a una señorita en París (1951); Cartas de Mamá
(1970); En nombre de Boby (1977); La autopista del sur (1966);
Las manos que crecen (1945).
Justif ica-se o apoio formal de Cortázar, por ser o pioneiro do
fantástico no gênero conto, para verif icar aproximações e
distanciamentos entre os procedimentos narrat ivos, procurando
detectar a viabilidade e os efeitos dos pressupostos teóricos e
para detectar a sua validade em aplicação na leitura especulat iva
do gênero fantástico.
Diante destes objetivos, consideramos que a transparência
desafiadora do fantástico é um imaginário que não se deixa traduzir, senão
pela ambigüidade e pelo deslocamento temporal inquisitivo e renovado do olhar
para o real. Trata-se da função exercitada pela figura da polimetáfora, a partir
de uma matriz analógica elaborada entre as duas entidades, fato que
concretiza o mito em transferência para o real o mito como polimetáfora.
O corpus é analisado e descrito segundo três traços estruturais
propostos por Todorov (2004): o verbal, o sintático e o semântico, por meio dos
quais faz-se um estudo sobre as figuras de retórica, metáfora e hipérbole, as
quais se articulam como figuras-chave e modificadores, tanto nos contos
murilianos, quanto nos cortazarianos.
O último passo remete à análise e à interpretação conceitual destes
elementos que estruturam a narrativa fantástica muriliana moderna, efetivando
o realismo da polimetáfora como fenômeno de linguagem, segundo a
concepção de Erdal Jordan apresentada em La narrativa fantástica (1998)
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