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Além do espectro: A crise da identidade masculina em Limite branco, de Caio Fernando Abreu / Beyond the spectrum: The crisis of male identity in Limite branco, by Caio Fernando AbreuStacul, Juan Filipe 15 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-15 / In the present work I intend to discuss the construction of subjectivity in relation to gender categories, in especial the male case, in Caio Fernando Abreu s first novel Limite branco (1970). Even though it is a text of juvenilia, I believe it already presents elements which will be manifested later in the writer's literary creation, that will carry out the task of destabilizing social conventions. Nurturing itself from a subversive appropriation of the Bildungsroman, or novel of formation, Abreu undertakes a critique of normative models of his time through the young protagonist s point-of-view to be gradually dismantled along the last decades. Thus, the process of maturation of the protagonist of the narrative, takes us to face a fluidity that puts at stake the notions of what is traditionally taken into account as appropriate to the individual. Among relevant analysis operators it is also highlighted the relationship between subject and space. I believe that the learning or un-learning process as proposed here structures itself based upon the interaction/estrangement between man and its social environment, taken either as refuge, or a possible trap in the hands of power. As theoretical guidance, studies on the displacement of the contemporary subject (Hall, Bauman), on gender studies (Foucault, Butler, Lauretis), and on men's studies in particular (Badinter, Nolasco, Sedgwick), sustain the discussions here raised. / No presente trabalho, pretendemos discutir a construção da subjetividade e sua relação com as categorias de gênero, em especial, o caso do masculino no romance Limite branco (1970), de Caio Fernando Abreu. Acreditamos que, embora se trate de um texto de juvenília, sendo seu primeiro romance, este já abrigue elementos que se manifestarão mais tarde na criação literária do escritor, enquanto veiculadores de uma proposta desestabilizadora de convenções sociais. Nutrindo-se de uma apropriação subversiva do Bildungsroman, ou seja, do romance de formação, através do ponto de vista do jovem protagonista da narrativa, Abreu empreende uma crítica sutil dos modelos normativos vigentes em sua época, a serem passo a passo desmantelados ao longo das últimas décadas. Dessa forma, o processo de amadurecimento da personagem nos leva a uma fluidez que coloca em xeque as noções do que se concebe, tradicionalmente, enquanto próprias do indivíduo. Destacamos, também, como importante operador de análise, a relação entre sujeito e espaço. Acreditamos que a aprendizagem, ou des-aprendizagem , conforme propomos, se estrutura a partir da interação/estranhamento do indivíduo para com o ambiente em que vive, o qual se revela ora como refúgio, ora como uma das armadilhas do poder. Enquanto referencial teórico, reflexões sobre o deslocamento do sujeito contemporâneo (Hall, Bauman), sobre os estudos de gênero (Foucault, Butler, Lauretis), e, dentre esses, as levantadas pelos men s studies (Badinter, Nolasco, Sedgwick), amparam as discussões aqui levantadas.
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