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Ser enfermeiro negro na perspectiva da transculturalidade do cuidado / Being Black Nurses in the Transcultural Care Perspective.

Bonini, Bárbara Barrionuevo 17 December 2010 (has links)
O presente estudo teve como objetivo central descrever questões da identidade do ser enfermeiro negro formado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, a partir da perspectiva da Teoria da Enfermagem Transcultural através da análise de situações de preconceito vividas por esses enfermeiros frente a sua escolha profissional, sua formação acadêmica e a sua inserção no mercado de trabalho. Por ser o presente trabalho de natureza descritiva, histórico-social e exploratória, optou-se pelo método da História Oral, que é um método de pesquisa que utiliza a técnica da entrevista e outros procedimentos articulados entre si, no registro de narrativa da experiência humana. Optou-se também pelo método da História Oral Temática pelo fato desse ser um método que possibilita que as pessoas falem livremente, em seus respectivos contextos. A Escola de Enfermagem da USP formou, no período de 1947 a 2006, 2.886 enfermeiros, dos quais, 128 se declararam como não brancos. Foram localizados, no estado de São Paulo, 45 dos acima identificados, dos quais 14 cederam entrevistas para a presente investigação. Pode-se observar que a terminologia moreno(a) foi a mais utilizada para a autodeclaração e que, dos entrevistados, todos afirmam ter sofrido preconceito racial em algum momento de suas trajetórias de vida, em especial de forma velada, forma essa mais difícil de ser enfrentada. A presente investigação propiciou fazer da História uma atividade mais democrática a cargo das próprias comunidades, uma vez que permitiu construir a História a partir das próprias palavras daqueles que a vivenciaram e que participaram de um determinado período, mediante suas referências e, também, do seu imaginário, possibilitando o registro de reminiscências das memórias individuais ou a reinterpretação do passado. / This study aimed to describe the central issues of being a black nurse graduated by the School of Nursing, University of São Paulo, from the perspective of the Theory of Transcultural Nursing trough the analysis situations of prejudice experienced by these nurses facing their career choice, their academic training and their integration into the labor market. As the study has a descriptive, historical, social and exploratory character, was chosen the method of Oral History, which is a method that uses the interview and other processes linked together in the narrative record of human experience. It was also chosen the method of Oral History Thematic considering the fact that this method helps people to speak freely in their respective contexts. The School of Nursing graduated, in the period of 1947 to 2006, 2,886 nurses, of which 128 identified themselves as non-whites. Located, in the state of São Paulo, 45 of the above identified, of which 14 were interviewed for this research. It was noted that the terminology \"moreno\" was the most used for self reporting and that of those interviewed, all stated have suffered racial discrimination at some point in their life trajectories, especially in hidden form, which is the harder form to face. This research led to a more democratic history over the view of its own communities, because it allows the construction of history from the very words of those who participated and experienced, in a given period of time, through its references and imagination, allowing the registration of reminiscences of individual memories or the reinterpretation of the past.
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Representa??es sociais sobre a pr?tica do cuidado para enfermeiros da sa?de ind?gena: um estudo transcultural

Fernandes, Maria Neyrian de F?tima 16 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T14:46:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaNFF_DISSERT.pdf: 2703676 bytes, checksum: 0a6535bf05102a424a0070968ed1d915 (MD5) Previous issue date: 2011-05-16 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The desire to research on this subject arisen from the experience as nursing in the indigenous health, where I observed that many professionals from all regions of Brazil chose to work within this zone. It was notorious the nurse s difficult to settle in only one place for a long length of time. Probably due to health care in indigenous zones happens from a cultural confront. This confront materialize because both sides are imbued with their own culture: in one hand the nurse professional with its scientific knownledgment on the other the indigenous with their rituals and peculiars habits. In this context nurses should delineate and negotiate the reality through symbolic representations of life, and then make questions on the new reality. In this way, this study set out with the aim of apprehends the nurse s social representations of transcultural care in indigenous health. This knownledgment is important to avoid possible conflicts, shocks, difficulties and health care incongruence within this context. The data collect was carried out on a range of non structured interview guided by a pre-elaborated questionnaire with four questions and a hand drawing related to nurse s health care in the indigenous health. This research had a sample of 17 nurses from the Indigenous Sanitary District of Manaus in the Amazon State. To interpret data we used the Discourse of the Collective Subject, which findings were presented in three chapters: characterization of participants, discussion on themes prevalent in discourse; social representation of nursing care through infographics. The analysis revealed that the care in the indigenous health is challenging because the native people imbued in its world are perceived and processed according to the nurse s cultural lens, leading to materialize of some strangeness and adaptation difficulties, especially in the first contacts. The Social Representation on nursing practice, in many cases, is projected and contrived on the basis of scattered believes and on perception derived from common sense. The findings shows that representions are essential to mitigating the initial strangeness and help nurses to better situate themselves in the new universe. The nurse s practice in the indigenous health care should merge into each other. From the Social Representations is possible to perceive that assimilation, also comprehension on indigenous health system and its traditional knowledge are important to developing strategies to improve access and quality of care for indigenous peoples. After analysis the nurse s discourses and drawings, it is possible to represent the nurse s practice in the indigenous health as anthropophagism, since nurses should literally consuming its patients culture, digesting it and seize it as means to provide culturally congruent care. We highlight the urgent need for preparation and training of professionals to work more effectively with indigenous peoples / A realiza??o deste estudo surgiu a partir da experi?ncia como enfermeira na sa?de ind?gena, ao observar que muitos profissionais oriundos das mais diversas regi?es do Brasil optavam por esta ?rea de atua??o. Era not?ria a dificuldade que o enfermeiro tinha em fixar-se por muito tempo em um ?nico local de servi?o. Provavelmente porque o cuidado de sa?de na ?rea ind?gena acontece a partir de um confronto de culturas diversas, pois traz o profissional, de um lado, com todo o seu conhecimento acad?mico e cultura pr?pria e, do outro lado, o ?ndio com seus ritos, usos e costumes peculiares. Neste contexto, o enfermeiro deve definir e negociar a realidade atrav?s de representa??es simb?licas da vida, para, em seguida, questionar a nova realidade. Assim, este estudo busca apreender as representa??es sociais sobre o cuidado transcultural na sa?de ind?gena para os profissionais enfermeiros. Conhecimento, este, importante para evitar poss?veis conflitos, choques, dificuldades e incongru?ncia do cuidado nesse contexto. A coleta de dados foi realizada atrav?s de entrevista n?o-estruturada guiada por um roteiro contendo quatro quest?es norteadoras e elabora??o de um desenho que fosse relacionado ao cuidado do enfermeiro na sa?de ind?gena. A pesquisa contou com a participa??o volunt?ria de 17 enfermeiros do Distrito Sanit?rio Ind?gena de Manaus, no Estado do Amazonas. Para o tratamento dos dados foi utilizada a T?cnica de An?lise do Discurso do Sujeito Coletivo, sendo os resultados apresentados em tr?s momentos, a saber: caracteriza??o dos participantes do estudo, discuss?o das categorias predominantes nos discursos e representa??o social do cuidado de enfermagem atrav?s de infogr?ficos. A an?lise revelou que o cuidado na sa?de ind?gena ? desafiador porque o ind?gena e seu mundo s?o percebidos e processados de acordo com a lente cultural dos enfermeiros, levando ao surgimento de alguns estranhamentos e dificuldades de adapta??o, principalmente nos primeiros contatos. A RS da pr?tica de enfermagem na sa?de ind?gena, em muitos casos, ? projetada e idealizada com base nas cren?as disseminadas e nas percep??es originadas do senso comum. Percebe-se, pois, que o trabalho de representar ? essencial em atenuar as estranhezas iniciais e ajudar o enfermeiro a situar-se melhor no novo universo. A pr?tica de enfermagem na sa?de ind?gena deve ser a fus?o das culturas do ind?gena e do enfermeiro. A partir da Representa??o Social reconhece-se que a assimila??o, a compreens?o do sistema de sa?de ind?gena e o uso dos conhecimentos dessas pr?ticas s?o elementos essenciais para o desenvolvimento de estrat?gias que podem melhorar o acesso e a qualidade do cuidado aos povos ind?genas. Ap?s a an?lise dos discursos e desenhos realizados pelos enfermeiros, pode-se representar a pr?tica de enfermagem na sa?de ind?gena atrav?s do antropofagismo, no qual o enfermeiro deve literalmente devorar a cultura dos seus pacientes, digeri-la e apoderar-se dela para prestar um cuidado culturalmente congruente. No entanto, ressalta-se a necessidade urgente do preparo e treinamento desses profissionais para uma atua??o mais eficaz com os povos ind?genas
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Ser enfermeiro negro na perspectiva da transculturalidade do cuidado / Being Black Nurses in the Transcultural Care Perspective.

Bárbara Barrionuevo Bonini 17 December 2010 (has links)
O presente estudo teve como objetivo central descrever questões da identidade do ser enfermeiro negro formado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, a partir da perspectiva da Teoria da Enfermagem Transcultural através da análise de situações de preconceito vividas por esses enfermeiros frente a sua escolha profissional, sua formação acadêmica e a sua inserção no mercado de trabalho. Por ser o presente trabalho de natureza descritiva, histórico-social e exploratória, optou-se pelo método da História Oral, que é um método de pesquisa que utiliza a técnica da entrevista e outros procedimentos articulados entre si, no registro de narrativa da experiência humana. Optou-se também pelo método da História Oral Temática pelo fato desse ser um método que possibilita que as pessoas falem livremente, em seus respectivos contextos. A Escola de Enfermagem da USP formou, no período de 1947 a 2006, 2.886 enfermeiros, dos quais, 128 se declararam como não brancos. Foram localizados, no estado de São Paulo, 45 dos acima identificados, dos quais 14 cederam entrevistas para a presente investigação. Pode-se observar que a terminologia moreno(a) foi a mais utilizada para a autodeclaração e que, dos entrevistados, todos afirmam ter sofrido preconceito racial em algum momento de suas trajetórias de vida, em especial de forma velada, forma essa mais difícil de ser enfrentada. A presente investigação propiciou fazer da História uma atividade mais democrática a cargo das próprias comunidades, uma vez que permitiu construir a História a partir das próprias palavras daqueles que a vivenciaram e que participaram de um determinado período, mediante suas referências e, também, do seu imaginário, possibilitando o registro de reminiscências das memórias individuais ou a reinterpretação do passado. / This study aimed to describe the central issues of being a black nurse graduated by the School of Nursing, University of São Paulo, from the perspective of the Theory of Transcultural Nursing trough the analysis situations of prejudice experienced by these nurses facing their career choice, their academic training and their integration into the labor market. As the study has a descriptive, historical, social and exploratory character, was chosen the method of Oral History, which is a method that uses the interview and other processes linked together in the narrative record of human experience. It was also chosen the method of Oral History Thematic considering the fact that this method helps people to speak freely in their respective contexts. The School of Nursing graduated, in the period of 1947 to 2006, 2,886 nurses, of which 128 identified themselves as non-whites. Located, in the state of São Paulo, 45 of the above identified, of which 14 were interviewed for this research. It was noted that the terminology \"moreno\" was the most used for self reporting and that of those interviewed, all stated have suffered racial discrimination at some point in their life trajectories, especially in hidden form, which is the harder form to face. This research led to a more democratic history over the view of its own communities, because it allows the construction of history from the very words of those who participated and experienced, in a given period of time, through its references and imagination, allowing the registration of reminiscences of individual memories or the reinterpretation of the past.

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