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Custos hospitalares da meningite causada por Streptococcus pneumoniae na cidade de São José dos Campos, SP / Hospital costs of Streptococcus pneumoniae meningitis in the city of São José dos Campos, SP

Lucarevschi, Bianca Rezende 21 September 2010 (has links)
O conhecimento dos custos das doenças imunopreveníveis, em especial os custos hospitalares da meningite pneumocócica, objeto de estudo desta tese, são de grande importância para os processos de tomada de decisão no que se refere a intervenções ou estratégias de saúde pública. O objetivo desta tese foi estimar os custos hospitalares relacionados à meningite pelo Streptococcus pneumoniae em crianças com idade até 13 anos (inclusive), na cidade de São José dos Campos, nos últimos dez anos. Foi realizado um estudo retrospectivo de custo-de-doença, a partir dos casos notificados de meningite pneumocócica ocorridos de janeiro de 1999 a dezembro de 2008. O cálculo da estimativa de custos hospitalares foi realizado de acordo com o método misto para a mensuração das quantidades dos itens de custos identificados e também para atribuição de valor aos itens consumidos, fazendo uso do micro-costing quando este era possível, e do gross-costing, como alternativa de viabilidade. Todos os custos foram calculados com os valores monetários referentes a novembro de 2009, e expressos em reais. Para análise das freqüências e médias, foi usado o programa Epi-Info versão 3.5.1. Resultados: De 1999 a 2008, foram notificados ao núcleo municipal de vigilância epidemiológica 41 casos de meningite pneumocócica em menores com até 13 anos de idade (média = 4,8 anos), a maior parte meninos (65,6%; n=27). A prevalência variou entre 0,48 e 5,96%, ao longo do período de estudo, e o número de casos variou de 1 a 9 por ano. O tempo de internação variou entre 8 e 47 dias (média = 23,1 dias). Dez casos evoluíram para o óbito (24,4%; 95%IC = 12,4% - 40,3%). Dois pacientes evoluíram com hidrocefalia já durante a internação por meningite aguda (11,1%; 95% IC = 1,4% - 34,7%). A complicação mais comum foi a infecção secundária ocorrida em 22,2% dos casos (95% IC = 6,4% - 47,6%), sendo um caso de infecção osteo-articular em paciente com anemia falciforme e deficiência de complemento (fração C2), um caso de pericardite purulenta, e dois casos de pneumonia associada a ventilação mecânica. Os custos hospitalares diretos variaram de R$1.277,9 a R$19.887,56, com média de R$5.666,43. Os custos dos honorários profissionais foram os mais relevantes, e variaram de R$311,00 a R$3.844,95 (média = R$1.211,30), seguidos pelos custos dos medicamentos (de R$60,14 a R$2.602,85; média = R$632,95), procedimentos (de R$7,04 a R$1.655,24; média = R$846,77), materiais (de R$15,42 a R$1.083,08; média = R$210,24), e exames laboratoriais (de R$18,3 a R$ 324,67; média = R$161,32). A falta de padronização nas condutas diagnósticas e terapêuticas, somada às diferenças na gravidade e na evolução clínica entre os casos, fez com que os custos fossem muito variáveis caso a caso, e mesmo ano a ano. Conclui-se, então, que os custos do tratamento hospitalar da meningite pneumocócica em São José dos Campos foram muito variáveis, e dependeram da conduta médica e das variações dos casos quanto a gravidade e evolução clínica. Em todos os casos foram considerados altos, cerca de 10 a 20 vezes maiores que o custo médio de internações pago pelo SUS por AIH / The knowledge of the costs of immuno-preventable diseases, mainly the hospital costs of pneumococcal meningitis, object of study of this thesis, are of great importance to the processes of decision making regarding public health interventions or strategies. The aim of this thesis was to estimate the direct hospital costs related to pneumococcal meningitis in children until 13 years of age, in the city of São José dos Campos, from January 1999 to December 2008. A retrospective cost-of-illness study was performed, from the notified cases of pneumococcal meningitis which happened in the period of study. The estimate calculation of the hospital costs was carried out according to the mixed method for the measurement of the quantities of the items of identified costs, and also to value attribution to the items consumed, making use of micro-costing when this was possible, and of the gross-costing, as a viability alternative. All costs were calculated according to the monetary values of November 2009, and in the Brazilian currency (Real). As for the analysis of frequencies and averages, the Epi-Info program, version 3.5.1, was used. Results: From 1999 to 2008, 41 cases of pneumococcal meningitis in minors until 13 years of age (average = 4.8 years of age), mostly boys (65.6%; n=27) were notified to the municipal nucleus of epidemiological vigilance. The prevalence varied between 0.48 and 5.96%, during the period of study, and the number of cases varied from 1 to 9 per year. The period of permanence in hospital varied between 8 and 47 days (average = 23.1 days). Ten cases resulted in death (24.4%; 95%IC = 12.4% - 40.3%). Two patients acquired hydrocephalus during acute meningitis (11.1%; 95% IC = 1.4% - 34.7%). However, the most common complication was the secondary infection which occurred in 22.2% of the cases (95% IC = 6.4% - 47.6%). There was one case of osteo-articular infection in patient with sickle cell anemia and complement deficiency (C2 fraction), a case of purulent pericarditis, and two cases of pneumonia associated to mechanic ventilation. The direct hospital costs varied from R$1,277.9 to R$19,887.56, with an average of R$5,666.43. Labor costs were more relevant, and varied from R$311.00 to R$3844.95 (average = R$1,211.30), followed by medication costs (from R$60.14 to R$2,602.85; average = R$632.95), procedures (from R$7.04 to R$1,655.24; average = R$846.77), supplies (from R$15.42 to R$1,083.08; average = R$210.24), and lab exams (from R$18.3 to R$ 324.67; average = R$161.32). The lack of standardization in the approach to diagnosis and therapy, added to the differences on the level of seriousness and clinic evolution between the cases, made the costs vary depending on the case, and even to the year. In conclusion, hospital costs for treatment of pneumococcal meningitis in São José dos Campos were very variable, and depend on the medical approach and the variability of clinic conditions. All cases are considered around 10 to 20 times as expensive as the average cost of admissions paid by government for average hospitalization due to other causes
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Custos hospitalares da meningite causada por Streptococcus pneumoniae na cidade de São José dos Campos, SP / Hospital costs of Streptococcus pneumoniae meningitis in the city of São José dos Campos, SP

Bianca Rezende Lucarevschi 21 September 2010 (has links)
O conhecimento dos custos das doenças imunopreveníveis, em especial os custos hospitalares da meningite pneumocócica, objeto de estudo desta tese, são de grande importância para os processos de tomada de decisão no que se refere a intervenções ou estratégias de saúde pública. O objetivo desta tese foi estimar os custos hospitalares relacionados à meningite pelo Streptococcus pneumoniae em crianças com idade até 13 anos (inclusive), na cidade de São José dos Campos, nos últimos dez anos. Foi realizado um estudo retrospectivo de custo-de-doença, a partir dos casos notificados de meningite pneumocócica ocorridos de janeiro de 1999 a dezembro de 2008. O cálculo da estimativa de custos hospitalares foi realizado de acordo com o método misto para a mensuração das quantidades dos itens de custos identificados e também para atribuição de valor aos itens consumidos, fazendo uso do micro-costing quando este era possível, e do gross-costing, como alternativa de viabilidade. Todos os custos foram calculados com os valores monetários referentes a novembro de 2009, e expressos em reais. Para análise das freqüências e médias, foi usado o programa Epi-Info versão 3.5.1. Resultados: De 1999 a 2008, foram notificados ao núcleo municipal de vigilância epidemiológica 41 casos de meningite pneumocócica em menores com até 13 anos de idade (média = 4,8 anos), a maior parte meninos (65,6%; n=27). A prevalência variou entre 0,48 e 5,96%, ao longo do período de estudo, e o número de casos variou de 1 a 9 por ano. O tempo de internação variou entre 8 e 47 dias (média = 23,1 dias). Dez casos evoluíram para o óbito (24,4%; 95%IC = 12,4% - 40,3%). Dois pacientes evoluíram com hidrocefalia já durante a internação por meningite aguda (11,1%; 95% IC = 1,4% - 34,7%). A complicação mais comum foi a infecção secundária ocorrida em 22,2% dos casos (95% IC = 6,4% - 47,6%), sendo um caso de infecção osteo-articular em paciente com anemia falciforme e deficiência de complemento (fração C2), um caso de pericardite purulenta, e dois casos de pneumonia associada a ventilação mecânica. Os custos hospitalares diretos variaram de R$1.277,9 a R$19.887,56, com média de R$5.666,43. Os custos dos honorários profissionais foram os mais relevantes, e variaram de R$311,00 a R$3.844,95 (média = R$1.211,30), seguidos pelos custos dos medicamentos (de R$60,14 a R$2.602,85; média = R$632,95), procedimentos (de R$7,04 a R$1.655,24; média = R$846,77), materiais (de R$15,42 a R$1.083,08; média = R$210,24), e exames laboratoriais (de R$18,3 a R$ 324,67; média = R$161,32). A falta de padronização nas condutas diagnósticas e terapêuticas, somada às diferenças na gravidade e na evolução clínica entre os casos, fez com que os custos fossem muito variáveis caso a caso, e mesmo ano a ano. Conclui-se, então, que os custos do tratamento hospitalar da meningite pneumocócica em São José dos Campos foram muito variáveis, e dependeram da conduta médica e das variações dos casos quanto a gravidade e evolução clínica. Em todos os casos foram considerados altos, cerca de 10 a 20 vezes maiores que o custo médio de internações pago pelo SUS por AIH / The knowledge of the costs of immuno-preventable diseases, mainly the hospital costs of pneumococcal meningitis, object of study of this thesis, are of great importance to the processes of decision making regarding public health interventions or strategies. The aim of this thesis was to estimate the direct hospital costs related to pneumococcal meningitis in children until 13 years of age, in the city of São José dos Campos, from January 1999 to December 2008. A retrospective cost-of-illness study was performed, from the notified cases of pneumococcal meningitis which happened in the period of study. The estimate calculation of the hospital costs was carried out according to the mixed method for the measurement of the quantities of the items of identified costs, and also to value attribution to the items consumed, making use of micro-costing when this was possible, and of the gross-costing, as a viability alternative. All costs were calculated according to the monetary values of November 2009, and in the Brazilian currency (Real). As for the analysis of frequencies and averages, the Epi-Info program, version 3.5.1, was used. Results: From 1999 to 2008, 41 cases of pneumococcal meningitis in minors until 13 years of age (average = 4.8 years of age), mostly boys (65.6%; n=27) were notified to the municipal nucleus of epidemiological vigilance. The prevalence varied between 0.48 and 5.96%, during the period of study, and the number of cases varied from 1 to 9 per year. The period of permanence in hospital varied between 8 and 47 days (average = 23.1 days). Ten cases resulted in death (24.4%; 95%IC = 12.4% - 40.3%). Two patients acquired hydrocephalus during acute meningitis (11.1%; 95% IC = 1.4% - 34.7%). However, the most common complication was the secondary infection which occurred in 22.2% of the cases (95% IC = 6.4% - 47.6%). There was one case of osteo-articular infection in patient with sickle cell anemia and complement deficiency (C2 fraction), a case of purulent pericarditis, and two cases of pneumonia associated to mechanic ventilation. The direct hospital costs varied from R$1,277.9 to R$19,887.56, with an average of R$5,666.43. Labor costs were more relevant, and varied from R$311.00 to R$3844.95 (average = R$1,211.30), followed by medication costs (from R$60.14 to R$2,602.85; average = R$632.95), procedures (from R$7.04 to R$1,655.24; average = R$846.77), supplies (from R$15.42 to R$1,083.08; average = R$210.24), and lab exams (from R$18.3 to R$ 324.67; average = R$161.32). The lack of standardization in the approach to diagnosis and therapy, added to the differences on the level of seriousness and clinic evolution between the cases, made the costs vary depending on the case, and even to the year. In conclusion, hospital costs for treatment of pneumococcal meningitis in São José dos Campos were very variable, and depend on the medical approach and the variability of clinic conditions. All cases are considered around 10 to 20 times as expensive as the average cost of admissions paid by government for average hospitalization due to other causes
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Avaliação do serviço odontológico de autogestão da Fundação de Amparo Social do Hospital Moinhos de Vento

Costa Filho, Luiz Cesar da January 2005 (has links)
Propósito: Avaliar os impactos econômicos e assistenciais de duas estratégias de redução de custos em um plano odontológico de autogestão. Métodos: O presente estudo avaliou a assistência odontológica fornecida a cerca de 4000 usuários de uma empresa. A análise foi dividida em três momentos: 1) linha de base (controle): quando assistência odontológica fornecida aos funcionários era terceirizada por uma empresa que operava com rede credenciada, 2) quando houve uma renegociação de preços com a prestadora original e 3) quando a assistência era feita por um serviço de odontologia próprio sem a intermediação de uma prestadora e com profissionais remunerados através de valores fixos. Foram coletados dados econômicos e sobre o tipo e número de procedimentos realizados. Os dados econômicos foram ajustados para inflação através do índice nacional de preços ao consumidor – ampliado (IPCA). Resultados: A renegociação de preços reduziu os custos em cerca de 37% em relação a linha de base ao passo que o serviço próprio reduziu os custos em 50% . A renegociação de preços provocou uma diminuição de 31% no número de procedimentos realizados sem modificar o perfil da assistência, ao passo que o serviço próprio não causou diminuição na quantidade de serviços, mas modificou o padrão da assistência, onde aumentaram os procedimentos relacionados com as causas das patologias e reduziram-se os procedimentos cirúrgico-restauradores. Conclusão: Entre as duas estratégias de redução de custo, o serviço próprio com protocolos clínicos embasados em evidência atingiu um melhor resultado, pois atingiu uma maior redução de custos, não reduziu os benefícios, mudou o paradigma de atendimento para um perfil de promoção de saúde, ampliou a cobertura e melhorou a satisfação do usuário.
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Avaliação do serviço odontológico de autogestão da Fundação de Amparo Social do Hospital Moinhos de Vento

Costa Filho, Luiz Cesar da January 2005 (has links)
Propósito: Avaliar os impactos econômicos e assistenciais de duas estratégias de redução de custos em um plano odontológico de autogestão. Métodos: O presente estudo avaliou a assistência odontológica fornecida a cerca de 4000 usuários de uma empresa. A análise foi dividida em três momentos: 1) linha de base (controle): quando assistência odontológica fornecida aos funcionários era terceirizada por uma empresa que operava com rede credenciada, 2) quando houve uma renegociação de preços com a prestadora original e 3) quando a assistência era feita por um serviço de odontologia próprio sem a intermediação de uma prestadora e com profissionais remunerados através de valores fixos. Foram coletados dados econômicos e sobre o tipo e número de procedimentos realizados. Os dados econômicos foram ajustados para inflação através do índice nacional de preços ao consumidor – ampliado (IPCA). Resultados: A renegociação de preços reduziu os custos em cerca de 37% em relação a linha de base ao passo que o serviço próprio reduziu os custos em 50% . A renegociação de preços provocou uma diminuição de 31% no número de procedimentos realizados sem modificar o perfil da assistência, ao passo que o serviço próprio não causou diminuição na quantidade de serviços, mas modificou o padrão da assistência, onde aumentaram os procedimentos relacionados com as causas das patologias e reduziram-se os procedimentos cirúrgico-restauradores. Conclusão: Entre as duas estratégias de redução de custo, o serviço próprio com protocolos clínicos embasados em evidência atingiu um melhor resultado, pois atingiu uma maior redução de custos, não reduziu os benefícios, mudou o paradigma de atendimento para um perfil de promoção de saúde, ampliou a cobertura e melhorou a satisfação do usuário.
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Avaliação do serviço odontológico de autogestão da Fundação de Amparo Social do Hospital Moinhos de Vento

Costa Filho, Luiz Cesar da January 2005 (has links)
Propósito: Avaliar os impactos econômicos e assistenciais de duas estratégias de redução de custos em um plano odontológico de autogestão. Métodos: O presente estudo avaliou a assistência odontológica fornecida a cerca de 4000 usuários de uma empresa. A análise foi dividida em três momentos: 1) linha de base (controle): quando assistência odontológica fornecida aos funcionários era terceirizada por uma empresa que operava com rede credenciada, 2) quando houve uma renegociação de preços com a prestadora original e 3) quando a assistência era feita por um serviço de odontologia próprio sem a intermediação de uma prestadora e com profissionais remunerados através de valores fixos. Foram coletados dados econômicos e sobre o tipo e número de procedimentos realizados. Os dados econômicos foram ajustados para inflação através do índice nacional de preços ao consumidor – ampliado (IPCA). Resultados: A renegociação de preços reduziu os custos em cerca de 37% em relação a linha de base ao passo que o serviço próprio reduziu os custos em 50% . A renegociação de preços provocou uma diminuição de 31% no número de procedimentos realizados sem modificar o perfil da assistência, ao passo que o serviço próprio não causou diminuição na quantidade de serviços, mas modificou o padrão da assistência, onde aumentaram os procedimentos relacionados com as causas das patologias e reduziram-se os procedimentos cirúrgico-restauradores. Conclusão: Entre as duas estratégias de redução de custo, o serviço próprio com protocolos clínicos embasados em evidência atingiu um melhor resultado, pois atingiu uma maior redução de custos, não reduziu os benefícios, mudou o paradigma de atendimento para um perfil de promoção de saúde, ampliou a cobertura e melhorou a satisfação do usuário.
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Judicialização no âmbito do Sistema Único de Saúde: um estudo descritivo sobre o custo das ações judiciais na saúde pública do município de Juiz de Fora

Pinheiro Nunes, Rogério 19 February 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-06-16T12:06:51Z No. of bitstreams: 1 rogeriopinheironunes.pdf: 1834294 bytes, checksum: 9e40d1bb8f11aadc444547a7a54f78f9 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-07-13T14:12:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 rogeriopinheironunes.pdf: 1834294 bytes, checksum: 9e40d1bb8f11aadc444547a7a54f78f9 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-13T14:12:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 rogeriopinheironunes.pdf: 1834294 bytes, checksum: 9e40d1bb8f11aadc444547a7a54f78f9 (MD5) Previous issue date: 2016-02-19 / A judicialização da saúde tem provocado discussões sobre a intervenção do Poder Judiciário na governabilidade e na gestão das políticas de saúde. O Poder Público vem sendo obrigado a garantir judicialmente procedimentos e serviços de saúde independentemente de sua cobertura ou incorporação pelo Sistema Único de Saúde, ou, quando cobertos, sem a observância às competências administrativas do gestor local de saúde num sistema público descentralizado e hierárquico. O objetivo desse trabalho foi estimar o custo direto das ações individuais no âmbito do SUS, em especial às competências administrativas do ente municipal, tomando como cenário o município de Juiz de Fora, MG. A amostra se constituiu de 575 processos judiciais (N = 575) que deram entrada num período de seis meses. As demandas judiciais ocorreram para garantia de internação hospitalar, fornecimento de medicamentos e de suplementos e complementos alimentares, além de exames e insumos de enfermagem. Estimou-se o custo pela perspectiva da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora como gestora do SUS e compradora de serviço de saúde, totalizando R$ 3.506.701,95 para o período estudado, ou um custo mensal de R$ 1.016,44. Quanto às suas responsabilidades em ofertar tais serviços de acordo com a organização do Sistema Único de Saúde, estimou-se que 90,26% do custo dos pedidos judiciais para internação hospitalar correspondiam a ações que já eram de sua competência, em que a judicialização veio garantir ao cidadão serviços que já deveriam ser ofertados. Conquanto, os pedidos judiciais de medicamentos que não eram de sua competência fornecer ou dispensar representaram 99,70% do custo estimado para essa categoria, incluindo medicamentos de competência de outro ente federado, não cobertos pelo SUS ou em desacordo com os protocolos clínicos estabelecidos para a doença atestada. Ao final, analisando-se as maiores demandas judiciais contra o poder público municipal, pode-se afirmar que 75,28% do custo estimado para a judicialização se referiram a oferta de serviços que não eram da competência administrativa da Secretaria de Saúde de Juiz de Fora como gestora municipal do SUS. Tal fato levanta uma discussão sobre a judicialização no âmbito da saúde pública. Se por um lado busca a garantia do direito constitucional do cidadão, por outro impõe à esfera municipal o ônus de seu custo sem observar as responsabilidades comuns e privativas de cada ente federado na organização do Sistema Único de Saúde. / The judicialization of health has provoked discussions on the intervention of the judiciary in governance and management of health policies. The Government has been obliged to ensure court procedures and health services regardless of coverage or incorporation by the Unified Health System, or when covered, without complying with the administrative skills of the local health officer in a decentralized and hierarchical public system. The aim of this study was to estimate the direct cost of individual actions under the SUS, especially the administrative powers of the municipal entity, taking the backdrop of the city of Juiz de Fora, MG. The sample consisted of 575 court cases (N = 575) who were admitted within six months. The lawsuits occurred to hospitalization assurance, supply of medicines and supplements and food supplements, as well as examinations and nursing supplies. It estimated the cost from the perspective of Juiz de Fora Health Department as manager of the SUS and purchaser of health services, totaling R$ 3,506,701.95 for the period studied, or a monthly cost of R$ 1,016.44. As to their responsibilities in offering such services in accordance with the organization of the Unified Health System, it was estimated that 90.26% of the cost of judicial requests for hospitalization corresponded to actions that were already under its jurisdiction, where the legalization came assure citizens services that should already be offered. While the judicial requests for medications that were not within its competence to provide or dispense represented 99.70% of the estimated cost for that category, including competence of drugs from another federal entity, not covered by SUS or disagree with the clinical protocols established for attested the disease. Finally, analyzing the major lawsuits against the municipal government, it can be stated that 75.28% of the estimated cost for the legalization referred the provision of services that were not the administrative jurisdiction of the Health Department of Judge off as municipal manager of the SUS. This fact raises a discussion of legalization on public health. On the one hand seeks to guarantee the constitutional right of citizens, on the other requires the municipal level the burden of cost without observing the common and private responsibilities of each federal entity in the organization of the Unified Health System.

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