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"Estudo comparativo da função erétil em pacientes portadores da forma digestiva da Doença de Chagas" / Study comparative of the erectile function in patient bearers in the digestive way of the Chagas' diseaseBezerra, Valdi Camarcio 10 December 2003 (has links)
O objetivo deste estudo foi correlacionar as alterações causadas pela doença de Chagas no sistema nervoso autônomo e a possibilidade destas alterações provocarem disfunção erétil. Foram incluídos 60 pacientes, do sexo masculino, entre 40 e 70 anos, sendo 30 com a forma digestiva da doença de Chagas e 30 como grupo controle negativos para tripanossomíase; foram utilizados o questionário auto-aplicável do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) e o algoritmo de pontuação para análise e interpretação do questionário.Os resultados obtidos neste estudo comprovaram que a doença de Chagas não afetou a função erétil dos pacientes, que não há diferença significativa se a lesão é do esôfago ou de esôfago e cólon e que a doença de Chagas não deve ser considerada um fator de risco para a disfunção erétil / The objective of this study was to correlate the alterations caused by the Chagas'disease in the autonomous nervous system and the possibility of these alterations they provoke erectile dysfunction. Sixty men - between 40 and 70 years-old - were selected for the stydy: 30 men with the digestive form of the Chagas'disease and 30 of them had negative serologic findings for T. Cruzi. It was used the questionnaire of the International Index of Erectile Function (IIEF) and the punctuation algorithm for interpretation of the questionnaire. The results this study they proved that the Chagas'disease didn't affect the patients' erectile function, that there is not significant difference if the lesion is of esophagus or esophagus and colon and Chagas'disease should not be considered a risk factor for the erectile dysfunction
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Avaliação do risco cirúrgico no paciente portador de megaesôfago chagásico e sua relação com o grau de dilatação / Assessing of surgical risk in patients with Chagasic megaesophagus and correlating it to the degree of esophagus dilationGarcia Neto, José 14 October 2003 (has links)
As escalas de risco cirúrgico pretendem identificar pacientes de alto risco para complicações cardiovasculares no pós-operatório. As escalas de Goldman e da Sociedade Americana de Anestesia, que não consideram a cardiopatia chagásica e suas peculiaridades, são as mais utilizadas em nosso meio. O objetivo do estudo foi analisar o risco cirúrgico do paciente portador de megaesôfago chagásico e correlacionar esse risco com o grau de dilatação do órgão. Foram analisados 124 pacientes, sendo 68 (54,83%) do sexo masculino e 56(45,16%) do sexo feminino, portadores de megaesôfago chagásico, operados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2000. A média de idade foi de 39 anos. Todos os pacientes foram submetidos a: 1) anamnese para definição da classe funcional cardíaca (NYHA); 2) radiografia de tórax para avaliar área cardíaca; 3) eletrocardiograma convencional de repouso em 12 derivações e 4) estudo contrastado do esôfago Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico do megaesôfago chagásico. Foram analisadas as complicações pós-operatórias diretamente relacionadas ao aparelho cardiovascular na fase de internação hospitalar. A classificação funcional (Cf) da insuficiência cardíaca dos pacientes portadores de megaesôfago chagásico no 15 período pré-operatório mostrou que 67 pacientes (54,03%) estavam na classe funcional I (Cf I), 46 pacientes (37,09%) na classe Funcional II (Cf II) e 11 pacientes (8,87%) em Classe Funcional III (Cf III). Nenhum paciente estava em classe funcional IV (Cf IV). Em relação ao eletrocardiograma, observamos os seguintes resultados (n= 124): eletrocardiograma normal em 44 pacientes (35,48%); extrassístoles ventriculares isoladas em 58 pacientes (37,09%); bloqueio completo de ramo direito (BCRD) em 35 pacientes (28,22%); alteração primária da repolarização ventricular em 12 pacientes (9,67%); bloqueio atrioventricular do primeiro grau (BAV 1.º grau) em 16 pacientes (12,9%); bloqueio atrioventricular do segundo grau (BAV 2.º grau) Mobitz I em 02 pacientes (1,61%); bloqueio atrioventricular do segundo grau (BAV 2.º grau) Mobitz II em 03 pacientes (2,41%); bloqueio atrioventricular total (BAVT) em 08 pacientes (6,4%); bloqueio divisional ântero-superior (BDAS) em 11 pacientes (8,87%); bloqueio completo de ramo esquerdo (BCRE) em 03 pacientes (2,41%); extrassístoles ventriculares pareadas em 09 pacientes (7,25%); extrassístoles supraventriculares em 06 pacientes (4,83%) e fibrilação/flutter atrial (FA) em 04 pacientes (3,22%). Um mesmo paciente pode apresentar mais de uma alteração, sendo que a associação freqüente foi de BCRD associado à extrassístole ventricular, observada em 28 pacientes (22,58%). A radiografia de tórax, realizada em todos os pacientes, mostrou os seguintes resultados: em 75 pacientes a radiografia era normal (60,48%); 34 pacientes (27,41%) apresentavam área cardíaca aumentada +; 12 pacientes (9,67%) com área cardíaca aumentada ++ e 03 pacientes (2,41%) com área cardíaca aumentada +++. Nenhum paciente apresentava área cardíaca aumentada ++++. As complicações cardiovasculares, definida como toda e 16 qualquer alteração deste sistema ocorrida no pós-operatório até a alta hospitalar, foram: insuficiência cardíaca congestiva descompensada em 12 pacientes (9,67%), choque cardiogênico em 03 pacientes (2,41%), extrassistolia ventricular em 58 pacientes (46,77%); bradicardia sinusal em 22 pacientes (17,74%), taquicardia ventricular não-sustentada em 12 pacientes (9,67%), taquicardia ventricular sustentada em 01 paciente (0,80%), fibrilação atrial aguda em 05 pacientes (4,03%), taquicardia supraventricular em 03 pacientes (2,41%), bloqueio atrioventricular total temporário em 01 paciente (0,80%). Quatro pacientes (3,22%) apresentaram oclusão arterial aguda. Houve desenvolvimento de acidente vascular cerebral em 03 pacientes (2,41%). Dois pacientes (1,67%) apresentaram embolia pulmonar, enquanto que insuficiência renal aguda foi observada em 02 pacientes (1,67%). Cinco pacientes evoluíram para óbito (4,03%); as causas foram: choque cardiogênico em 2 pacientes, embolia pulmonar em um paciente e acidente vascular cerebral em um paciente. Um paciente apresentou morte súbita de causa não definida (suspeita de taquiarritmia) no quinto dia de pós-operatório. Houve correlação do grau de dilatação com o aumento de complicações pós-operatórias, sendo que quanto maior a dilatação esofágica maior o risco de complicações: megaesôfago Grau II x Grau III: p<0,001; megaesôfago Grau II x Grau IV: p<0,001 e megaesôfago Grau III x Grau IV: p = 0,017. A partir destes resultados foi proposta uma escala de risco por análise de regressão multivariada associada à análise probabilística de decisão, com aplicação direta e específica ao paciente portador de megaesôfago chagásico. Os seguintes pontos foram atribuídos aos principais fatores de risco: megaesôfago grupo II - 9 pontos; megaesôfago grupo III - 13 pontos; megaesôfago grupo IV - 17 pontos; alteração da repolarização ventricular - 15 pontos; arritmias - 12 pontos; classe funcional 1 - 6 pontos; classe funcional 2 - 12 pontos; classe funcional 3 - 24 pontos. Na classificação de risco pré-operatório: até 21 pontos - risco leve; de 22 a 34 pontos - risco moderado e maior que 34 pontos - risco elevado. A probabilidade de acerto é 82,4% para risco leve e de 94,6% para risco elevado. A análise dos resultados obtidos permitiu as seguintes conclusões: há correlação positiva entre o grau de dilatação do esôfago e as complicações no pós-operatório. A escala de risco proposta, com considerável grau de confiança, é capaz de prever adequadamente a probabilidade de ocorrência de complicações cardiovasculares no pós-operatório da cirurgia para tratamento do megaesôfago chagásico / Surgical risk scales identify high-risk patients for cardiovascular complications during the postoperative period. The Goldman and the American Society of Anesthesia scales are the most commonly used but do not take into consideration Chagasic cardiopathy. The goal of the study was to analyze the surgical risk of patients with Chagasic megaesophagus and its correlation with the degree of esophageal dilation. Our study analyzed 124 patients, which included 68 (54.83%) males and 56 (45.16%) females with Chagasic megaesophagus submitted to surgical treatment at the Teaching Hospital, of the Federal University of Goiás, between January 1995 and December 2000. The mean age was 39 years. All patients were submitted to: 1) anamnese to determine the cardiac functional class (NYHA); 2) chest x-ray to evaluate the cardiac area; 3) conventional 12-lead electrocardiogram at rest and 4) contrast imaging of the esophagus. All the patients were submitted to surgical treatment for the Chagasic megaesophagus. The postoperative complications directly related to the cardiovascular system during the hospitalization period were analyzed. An assessment of the heart failure functional class (FC) in patients with Chagasic megaesophagus during the preoperative period determined that 67 patients (54.03%) were assigned functional class I (Fc I), 46 patients (37.09%) functional class II (Fc II), and 11 patients (8.87%) were assigned functional class III (Fc III). None of the patients were assigned to functional class IV (Fc IV). The electrocardiogram showed the following results: normal electrocardiogram in 44 patients (35.48%); isolated ventricular extra systoles in 58 patients (37.09%); complete right bundle branch block in 35 patients (28.22%); primary change in ventricular repolarization in 12 patients (9.67%); first-degree atrioventricular block in 16 patients (12.9%); second-degree atrioventricular block Mobitz I in 02 patients (1.61%); second-degree atrioventricular block Mobitz II in 03 patients (2.41%); complete atrioventricular block in 08 patients (6.4%); upper anterior divisional block in 11 patients (8.87%); complete left bundle branch block in 03 patients (2.41%); paired ventricular extra systoles in 09 patients (7.25%); supraventricular extra systoles in 06 patients (4.83%) and atrial flutter (AF) in 04 patients (3.22%). In a single patient it was possible to see more than one of these changes and the most frequently observed association was complete right bundle branch block and ventricular extra systole, in 28 patients (22.58%). All the patients had chest x-ray images taken and the results were the following: normal for 75 patients (60.48%); + cardiac enlargement, in 34 patients (27.41%); ++ cardiac enlargement, in 12 patients (19.67%) and +++ cardiac enlargement, in 03 patients (2.41%). None of the patients had a ++++ cardiac enlargement. Cardiovascular complications, defined as any change in this system during the postoperative period until the patient was discharged were: congestive heart failure in 12 patients (9.67%) and cardiogenic shock in 03 patients (2.41%), ventricular extra systole in 58 patients (46.77%) and sinus bradycardia in 22 patients (17.74%). Non-sustained ventricular tachycardia was observed in 12 patients (9.67%) and sustained ventricular tachycardia in 01 patient (0.80%). Five patients (4.03%) developed acute atrial flutter during the postoperative period, while 03 patients (2.41%) had episodes of supraventricular tachycardia. A temporary complete atrioventricular block was observed 01 patient (0.80%). Four patients (3.22%) had acute arterial occlusion. Three patients (2.41%) suffered a stroke. Two patients (1.67%) had pulmonary embolism and acute renal failure was present in 02 patients (1.67%). Five patients (4.03%) died. The cause of death was cardiogenic shock in 2 patients, pulmonary embolism in one patient and a stroke in another patient. One patient died suddenly five days after surgery of non-defined causes, although the presence of tachyarrhythmias was suspected. There was a positive correlation between the degree of esophageal dilation and the increase in postoperative complications. The higher the degree of esophageal dilation, the higher the risk of cardiovascular complications: Grade II x Grade III megaesophagus: p<0.001; Grade II x Grade IV megaesophagus: p<0.001 and Grade III x Grade IV megaesophagus: p = 0.017. We proposed a scale using a multivariate regression analysis associated to the probability decision analysis, with direct and specific application to the Chagasic megaesophagus patient. The following points were attributed to the main risk factors: Group II megaesophagus - 9 points; Group III megaesophagus - 13 points; Group IV megaesophagus - 17 points; primary alteration in ventricular repolarization - 15 points; arrhythmias - 12 points; functional class 1 - 6 points; functional class 2 - 12 points; functional class 3 - 24 points. In terms of classifying preoperative risk, this was the scale: up to 21 points - low risk; from 22 to 34 points - moderate risk and more than 34 points - high risk. The scale has a 82.4% predictive value for low risk patients and up to 94.6%, for high-risk cases. In conclusion, there is a positive correlation between the degree of dilation of the esophagus and postoperative complications. The risk scale that is being proposed, with a considerable degree of confidence, is able to provide an adequate and reliable predictor of cardiovascular complications during the postoperative period, for the surgical treatment of the Chagasic megaesophagus
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Microbiota no megaesôfago chagásico. / Microbiota in chagasic megaesophagusPajecki, Denis 26 November 2001 (has links)
A estase de secreção salivar e alimentos deglutidos na luz esofágica de pacientes com megaesôfago chagásico traz como consequências: (1) supercrescimento bacteriano na luz do órgão, (2) episódios de aspiração pulmonar e infecções respiratórias de repetição, (3) aumento do risco dos procedimentos terapêuticos cirúrgicos ou endoscópicos em caso de perfuração pela maior possibilidade de contaminação, (4) desenvolvimento de processos inflamatórios crônicos na mucosa esofágica, que podem predispor ao aparecimento de displasia e câncer. Apesar disto, a microbita esofágica no megaesôfago nunca foi estudado. Esse estudo teve o objetivo de analisar qualitativa e quantitativamente a microbiota presente no líquido de estase esofágico de pacientes portadores de megaesôfago chagásico, comparando-a com a existente em indivíduos sadios. Foram estudados prospectivamente 25 pacientes (10 homens e 15 mulheres) com idades variando de 24 a 74 anos (  = 49,1a). Quinze pacientes eram portadores de esofagopatia chagásica, sendo 5 portadores de mega grau I (MG1), 5 portadores de mega grau II (MG2) e 5 portadores de mega grau III (MG3), segundo a classificação de Rezende; e 10 indivíduos sadios, agrupados no Grupo Controle (GC). Utilizou-se método de coleta que permitia aspiração de líquido através de sonda de Levine diretamente da luz esofágica, evitando-se a contaminação com microrganismos da orofaringe. Após análise microbiológica qualitativa e quantitativa, foi feita a descrição dos microrganismos encontrados nos vários grupos e sua classificação em aeróbios Gram positivos, aeróbios Gram negativos, anaeróbios e fungos. A análise estatística visou avaliar diferenças quantitativas entre os microrganismos nos diferentes grupos, sendo para tanto utilizado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, com nível de rejeição menor 0,05 (5%). A positividade das culturas no Grupo Controle foi 40%, com predomínio do gênero Streptococcus sp, em concentrações que variaram de 101 a 102 ufc/ml. No Grupo Megaesôfago 93,3% da culturas foram positivas, com grande variedade de bactérias, mas predomínio de aeróbios Gram positivos (Streptococcus sp. foi o mais comum) e anaeróbios (Veillonella sp foi a mais freqüente) em concentrações que variaram de 101 a 105 ufc/ml. As concentrações foram geralmente mais elevadas em MG3, quando comparado com MG1, MG2 e GC (p<0,05). Concluiu-se que no megoesôfago, diferentemente dos indivíduos sadios, existe a presença de rica microflora bacteriana, constituída principalmente por aeróbios Gram positivos e anaeróbios, em concentrações tanto maiores quanto maior o seu grau de dilatação. Parte desta microbiota tem capacidade de metabolizar nitratos, etapa importante na formação de nitrosaminas. / The stasis of saliva and swallowed food in the esophageal lumen of patients with chagasic megaesophagus causes: (1) bacterial overgrowth in the esophageal lumen, (2) recurring pulmonary aspirations and respiratory infections, (3) increased risk of surgical or endoscopic procedures if perforation occurs by the major possibility of contamination, and (4) the development of chronic inflammatory process in esophageal mucosa, that can predispose to the development of dysplasia and cancer. In spite of this, esophageal microbiota in the megaesophagus has never been studied. The aim of this study was to analyze qualitatively and quantitatively the microbiota in chagasic megaesophagus in comparison to the normal esophagus. Twenty-five patients (10 men and 15 women) were prospectively studied, with ages varying from 24 to 74 years (=49,1), from March to September 2000. Fifteen patients with chagasic megaesophagus (MG), were divided into three sub- groups according to the grade of esophageal dilation: MG1 5 patients with megaesophagus grade I; MG2- 5 patients with megaesophagus grade II; MG3- 5 patients with megaesophagus grade III. Another group of ten patients without any esophageal disease was constituted in the Control Group (CG). The sample collection was performed using a method specially developed to avoid contamination with microorganisms of the oral cavity and oropharynx. After qualitative and quantitative analysis, the microorganisms found were described and classified as Gram positive aerobes, Gram negative aerobes, anaerobes and fungus. Statistical analysis using Kruskal-Wallis non-parametric test was performed in order to find quantitative differences of microorganisms in the different groups. In CG 40% of the cultures were positive with predominance of the genus Streptococcus sp, in concentrations that varied from 101 to 102 cfu/ml. In MG, 93,3% of the cultures were positive, with great bacterial variability and predominance of a variety of aerobic Gram-positive (Streptococcus sp was the most common) and anaerobic bacteria (Veillonella sp was the most frequent), in concentrations that varied from 101 to 105 cfu/ml. The bacterial concentrations were generally more elevated in MG3 in comparison to MG1, MG2 and CG (p<0,05). It was concluded that patients with megaesophagus present a varied microbiota constituted mostly of aerobic Gram positive and anaerobic bacteria, in concentrations that vary with the megaesophagus dilatation degree. Some of the bacteria found in MG are able to metabolize nitrates intro nitrites, an important step in the formation of nitrosamines.
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Avaliação do risco cirúrgico no paciente portador de megaesôfago chagásico e sua relação com o grau de dilatação / Assessing of surgical risk in patients with Chagasic megaesophagus and correlating it to the degree of esophagus dilationJosé Garcia Neto 14 October 2003 (has links)
As escalas de risco cirúrgico pretendem identificar pacientes de alto risco para complicações cardiovasculares no pós-operatório. As escalas de Goldman e da Sociedade Americana de Anestesia, que não consideram a cardiopatia chagásica e suas peculiaridades, são as mais utilizadas em nosso meio. O objetivo do estudo foi analisar o risco cirúrgico do paciente portador de megaesôfago chagásico e correlacionar esse risco com o grau de dilatação do órgão. Foram analisados 124 pacientes, sendo 68 (54,83%) do sexo masculino e 56(45,16%) do sexo feminino, portadores de megaesôfago chagásico, operados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2000. A média de idade foi de 39 anos. Todos os pacientes foram submetidos a: 1) anamnese para definição da classe funcional cardíaca (NYHA); 2) radiografia de tórax para avaliar área cardíaca; 3) eletrocardiograma convencional de repouso em 12 derivações e 4) estudo contrastado do esôfago Todos os pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico do megaesôfago chagásico. Foram analisadas as complicações pós-operatórias diretamente relacionadas ao aparelho cardiovascular na fase de internação hospitalar. A classificação funcional (Cf) da insuficiência cardíaca dos pacientes portadores de megaesôfago chagásico no 15 período pré-operatório mostrou que 67 pacientes (54,03%) estavam na classe funcional I (Cf I), 46 pacientes (37,09%) na classe Funcional II (Cf II) e 11 pacientes (8,87%) em Classe Funcional III (Cf III). Nenhum paciente estava em classe funcional IV (Cf IV). Em relação ao eletrocardiograma, observamos os seguintes resultados (n= 124): eletrocardiograma normal em 44 pacientes (35,48%); extrassístoles ventriculares isoladas em 58 pacientes (37,09%); bloqueio completo de ramo direito (BCRD) em 35 pacientes (28,22%); alteração primária da repolarização ventricular em 12 pacientes (9,67%); bloqueio atrioventricular do primeiro grau (BAV 1.º grau) em 16 pacientes (12,9%); bloqueio atrioventricular do segundo grau (BAV 2.º grau) Mobitz I em 02 pacientes (1,61%); bloqueio atrioventricular do segundo grau (BAV 2.º grau) Mobitz II em 03 pacientes (2,41%); bloqueio atrioventricular total (BAVT) em 08 pacientes (6,4%); bloqueio divisional ântero-superior (BDAS) em 11 pacientes (8,87%); bloqueio completo de ramo esquerdo (BCRE) em 03 pacientes (2,41%); extrassístoles ventriculares pareadas em 09 pacientes (7,25%); extrassístoles supraventriculares em 06 pacientes (4,83%) e fibrilação/flutter atrial (FA) em 04 pacientes (3,22%). Um mesmo paciente pode apresentar mais de uma alteração, sendo que a associação freqüente foi de BCRD associado à extrassístole ventricular, observada em 28 pacientes (22,58%). A radiografia de tórax, realizada em todos os pacientes, mostrou os seguintes resultados: em 75 pacientes a radiografia era normal (60,48%); 34 pacientes (27,41%) apresentavam área cardíaca aumentada +; 12 pacientes (9,67%) com área cardíaca aumentada ++ e 03 pacientes (2,41%) com área cardíaca aumentada +++. Nenhum paciente apresentava área cardíaca aumentada ++++. As complicações cardiovasculares, definida como toda e 16 qualquer alteração deste sistema ocorrida no pós-operatório até a alta hospitalar, foram: insuficiência cardíaca congestiva descompensada em 12 pacientes (9,67%), choque cardiogênico em 03 pacientes (2,41%), extrassistolia ventricular em 58 pacientes (46,77%); bradicardia sinusal em 22 pacientes (17,74%), taquicardia ventricular não-sustentada em 12 pacientes (9,67%), taquicardia ventricular sustentada em 01 paciente (0,80%), fibrilação atrial aguda em 05 pacientes (4,03%), taquicardia supraventricular em 03 pacientes (2,41%), bloqueio atrioventricular total temporário em 01 paciente (0,80%). Quatro pacientes (3,22%) apresentaram oclusão arterial aguda. Houve desenvolvimento de acidente vascular cerebral em 03 pacientes (2,41%). Dois pacientes (1,67%) apresentaram embolia pulmonar, enquanto que insuficiência renal aguda foi observada em 02 pacientes (1,67%). Cinco pacientes evoluíram para óbito (4,03%); as causas foram: choque cardiogênico em 2 pacientes, embolia pulmonar em um paciente e acidente vascular cerebral em um paciente. Um paciente apresentou morte súbita de causa não definida (suspeita de taquiarritmia) no quinto dia de pós-operatório. Houve correlação do grau de dilatação com o aumento de complicações pós-operatórias, sendo que quanto maior a dilatação esofágica maior o risco de complicações: megaesôfago Grau II x Grau III: p<0,001; megaesôfago Grau II x Grau IV: p<0,001 e megaesôfago Grau III x Grau IV: p = 0,017. A partir destes resultados foi proposta uma escala de risco por análise de regressão multivariada associada à análise probabilística de decisão, com aplicação direta e específica ao paciente portador de megaesôfago chagásico. Os seguintes pontos foram atribuídos aos principais fatores de risco: megaesôfago grupo II - 9 pontos; megaesôfago grupo III - 13 pontos; megaesôfago grupo IV - 17 pontos; alteração da repolarização ventricular - 15 pontos; arritmias - 12 pontos; classe funcional 1 - 6 pontos; classe funcional 2 - 12 pontos; classe funcional 3 - 24 pontos. Na classificação de risco pré-operatório: até 21 pontos - risco leve; de 22 a 34 pontos - risco moderado e maior que 34 pontos - risco elevado. A probabilidade de acerto é 82,4% para risco leve e de 94,6% para risco elevado. A análise dos resultados obtidos permitiu as seguintes conclusões: há correlação positiva entre o grau de dilatação do esôfago e as complicações no pós-operatório. A escala de risco proposta, com considerável grau de confiança, é capaz de prever adequadamente a probabilidade de ocorrência de complicações cardiovasculares no pós-operatório da cirurgia para tratamento do megaesôfago chagásico / Surgical risk scales identify high-risk patients for cardiovascular complications during the postoperative period. The Goldman and the American Society of Anesthesia scales are the most commonly used but do not take into consideration Chagasic cardiopathy. The goal of the study was to analyze the surgical risk of patients with Chagasic megaesophagus and its correlation with the degree of esophageal dilation. Our study analyzed 124 patients, which included 68 (54.83%) males and 56 (45.16%) females with Chagasic megaesophagus submitted to surgical treatment at the Teaching Hospital, of the Federal University of Goiás, between January 1995 and December 2000. The mean age was 39 years. All patients were submitted to: 1) anamnese to determine the cardiac functional class (NYHA); 2) chest x-ray to evaluate the cardiac area; 3) conventional 12-lead electrocardiogram at rest and 4) contrast imaging of the esophagus. All the patients were submitted to surgical treatment for the Chagasic megaesophagus. The postoperative complications directly related to the cardiovascular system during the hospitalization period were analyzed. An assessment of the heart failure functional class (FC) in patients with Chagasic megaesophagus during the preoperative period determined that 67 patients (54.03%) were assigned functional class I (Fc I), 46 patients (37.09%) functional class II (Fc II), and 11 patients (8.87%) were assigned functional class III (Fc III). None of the patients were assigned to functional class IV (Fc IV). The electrocardiogram showed the following results: normal electrocardiogram in 44 patients (35.48%); isolated ventricular extra systoles in 58 patients (37.09%); complete right bundle branch block in 35 patients (28.22%); primary change in ventricular repolarization in 12 patients (9.67%); first-degree atrioventricular block in 16 patients (12.9%); second-degree atrioventricular block Mobitz I in 02 patients (1.61%); second-degree atrioventricular block Mobitz II in 03 patients (2.41%); complete atrioventricular block in 08 patients (6.4%); upper anterior divisional block in 11 patients (8.87%); complete left bundle branch block in 03 patients (2.41%); paired ventricular extra systoles in 09 patients (7.25%); supraventricular extra systoles in 06 patients (4.83%) and atrial flutter (AF) in 04 patients (3.22%). In a single patient it was possible to see more than one of these changes and the most frequently observed association was complete right bundle branch block and ventricular extra systole, in 28 patients (22.58%). All the patients had chest x-ray images taken and the results were the following: normal for 75 patients (60.48%); + cardiac enlargement, in 34 patients (27.41%); ++ cardiac enlargement, in 12 patients (19.67%) and +++ cardiac enlargement, in 03 patients (2.41%). None of the patients had a ++++ cardiac enlargement. Cardiovascular complications, defined as any change in this system during the postoperative period until the patient was discharged were: congestive heart failure in 12 patients (9.67%) and cardiogenic shock in 03 patients (2.41%), ventricular extra systole in 58 patients (46.77%) and sinus bradycardia in 22 patients (17.74%). Non-sustained ventricular tachycardia was observed in 12 patients (9.67%) and sustained ventricular tachycardia in 01 patient (0.80%). Five patients (4.03%) developed acute atrial flutter during the postoperative period, while 03 patients (2.41%) had episodes of supraventricular tachycardia. A temporary complete atrioventricular block was observed 01 patient (0.80%). Four patients (3.22%) had acute arterial occlusion. Three patients (2.41%) suffered a stroke. Two patients (1.67%) had pulmonary embolism and acute renal failure was present in 02 patients (1.67%). Five patients (4.03%) died. The cause of death was cardiogenic shock in 2 patients, pulmonary embolism in one patient and a stroke in another patient. One patient died suddenly five days after surgery of non-defined causes, although the presence of tachyarrhythmias was suspected. There was a positive correlation between the degree of esophageal dilation and the increase in postoperative complications. The higher the degree of esophageal dilation, the higher the risk of cardiovascular complications: Grade II x Grade III megaesophagus: p<0.001; Grade II x Grade IV megaesophagus: p<0.001 and Grade III x Grade IV megaesophagus: p = 0.017. We proposed a scale using a multivariate regression analysis associated to the probability decision analysis, with direct and specific application to the Chagasic megaesophagus patient. The following points were attributed to the main risk factors: Group II megaesophagus - 9 points; Group III megaesophagus - 13 points; Group IV megaesophagus - 17 points; primary alteration in ventricular repolarization - 15 points; arrhythmias - 12 points; functional class 1 - 6 points; functional class 2 - 12 points; functional class 3 - 24 points. In terms of classifying preoperative risk, this was the scale: up to 21 points - low risk; from 22 to 34 points - moderate risk and more than 34 points - high risk. The scale has a 82.4% predictive value for low risk patients and up to 94.6%, for high-risk cases. In conclusion, there is a positive correlation between the degree of dilation of the esophagus and postoperative complications. The risk scale that is being proposed, with a considerable degree of confidence, is able to provide an adequate and reliable predictor of cardiovascular complications during the postoperative period, for the surgical treatment of the Chagasic megaesophagus
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Microbiota no megaesôfago chagásico. / Microbiota in chagasic megaesophagusDenis Pajecki 26 November 2001 (has links)
A estase de secreção salivar e alimentos deglutidos na luz esofágica de pacientes com megaesôfago chagásico traz como consequências: (1) supercrescimento bacteriano na luz do órgão, (2) episódios de aspiração pulmonar e infecções respiratórias de repetição, (3) aumento do risco dos procedimentos terapêuticos cirúrgicos ou endoscópicos em caso de perfuração pela maior possibilidade de contaminação, (4) desenvolvimento de processos inflamatórios crônicos na mucosa esofágica, que podem predispor ao aparecimento de displasia e câncer. Apesar disto, a microbita esofágica no megaesôfago nunca foi estudado. Esse estudo teve o objetivo de analisar qualitativa e quantitativamente a microbiota presente no líquido de estase esofágico de pacientes portadores de megaesôfago chagásico, comparando-a com a existente em indivíduos sadios. Foram estudados prospectivamente 25 pacientes (10 homens e 15 mulheres) com idades variando de 24 a 74 anos (  = 49,1a). Quinze pacientes eram portadores de esofagopatia chagásica, sendo 5 portadores de mega grau I (MG1), 5 portadores de mega grau II (MG2) e 5 portadores de mega grau III (MG3), segundo a classificação de Rezende; e 10 indivíduos sadios, agrupados no Grupo Controle (GC). Utilizou-se método de coleta que permitia aspiração de líquido através de sonda de Levine diretamente da luz esofágica, evitando-se a contaminação com microrganismos da orofaringe. Após análise microbiológica qualitativa e quantitativa, foi feita a descrição dos microrganismos encontrados nos vários grupos e sua classificação em aeróbios Gram positivos, aeróbios Gram negativos, anaeróbios e fungos. A análise estatística visou avaliar diferenças quantitativas entre os microrganismos nos diferentes grupos, sendo para tanto utilizado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, com nível de rejeição menor 0,05 (5%). A positividade das culturas no Grupo Controle foi 40%, com predomínio do gênero Streptococcus sp, em concentrações que variaram de 101 a 102 ufc/ml. No Grupo Megaesôfago 93,3% da culturas foram positivas, com grande variedade de bactérias, mas predomínio de aeróbios Gram positivos (Streptococcus sp. foi o mais comum) e anaeróbios (Veillonella sp foi a mais freqüente) em concentrações que variaram de 101 a 105 ufc/ml. As concentrações foram geralmente mais elevadas em MG3, quando comparado com MG1, MG2 e GC (p<0,05). Concluiu-se que no megoesôfago, diferentemente dos indivíduos sadios, existe a presença de rica microflora bacteriana, constituída principalmente por aeróbios Gram positivos e anaeróbios, em concentrações tanto maiores quanto maior o seu grau de dilatação. Parte desta microbiota tem capacidade de metabolizar nitratos, etapa importante na formação de nitrosaminas. / The stasis of saliva and swallowed food in the esophageal lumen of patients with chagasic megaesophagus causes: (1) bacterial overgrowth in the esophageal lumen, (2) recurring pulmonary aspirations and respiratory infections, (3) increased risk of surgical or endoscopic procedures if perforation occurs by the major possibility of contamination, and (4) the development of chronic inflammatory process in esophageal mucosa, that can predispose to the development of dysplasia and cancer. In spite of this, esophageal microbiota in the megaesophagus has never been studied. The aim of this study was to analyze qualitatively and quantitatively the microbiota in chagasic megaesophagus in comparison to the normal esophagus. Twenty-five patients (10 men and 15 women) were prospectively studied, with ages varying from 24 to 74 years (=49,1), from March to September 2000. Fifteen patients with chagasic megaesophagus (MG), were divided into three sub- groups according to the grade of esophageal dilation: MG1 5 patients with megaesophagus grade I; MG2- 5 patients with megaesophagus grade II; MG3- 5 patients with megaesophagus grade III. Another group of ten patients without any esophageal disease was constituted in the Control Group (CG). The sample collection was performed using a method specially developed to avoid contamination with microorganisms of the oral cavity and oropharynx. After qualitative and quantitative analysis, the microorganisms found were described and classified as Gram positive aerobes, Gram negative aerobes, anaerobes and fungus. Statistical analysis using Kruskal-Wallis non-parametric test was performed in order to find quantitative differences of microorganisms in the different groups. In CG 40% of the cultures were positive with predominance of the genus Streptococcus sp, in concentrations that varied from 101 to 102 cfu/ml. In MG, 93,3% of the cultures were positive, with great bacterial variability and predominance of a variety of aerobic Gram-positive (Streptococcus sp was the most common) and anaerobic bacteria (Veillonella sp was the most frequent), in concentrations that varied from 101 to 105 cfu/ml. The bacterial concentrations were generally more elevated in MG3 in comparison to MG1, MG2 and CG (p<0,05). It was concluded that patients with megaesophagus present a varied microbiota constituted mostly of aerobic Gram positive and anaerobic bacteria, in concentrations that vary with the megaesophagus dilatation degree. Some of the bacteria found in MG are able to metabolize nitrates intro nitrites, an important step in the formation of nitrosamines.
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"Estudo comparativo da função erétil em pacientes portadores da forma digestiva da Doença de Chagas" / Study comparative of the erectile function in patient bearers in the digestive way of the Chagas' diseaseValdi Camarcio Bezerra 10 December 2003 (has links)
O objetivo deste estudo foi correlacionar as alterações causadas pela doença de Chagas no sistema nervoso autônomo e a possibilidade destas alterações provocarem disfunção erétil. Foram incluídos 60 pacientes, do sexo masculino, entre 40 e 70 anos, sendo 30 com a forma digestiva da doença de Chagas e 30 como grupo controle negativos para tripanossomíase; foram utilizados o questionário auto-aplicável do Índice Internacional de Função Erétil (IIFE) e o algoritmo de pontuação para análise e interpretação do questionário.Os resultados obtidos neste estudo comprovaram que a doença de Chagas não afetou a função erétil dos pacientes, que não há diferença significativa se a lesão é do esôfago ou de esôfago e cólon e que a doença de Chagas não deve ser considerada um fator de risco para a disfunção erétil / The objective of this study was to correlate the alterations caused by the Chagas'disease in the autonomous nervous system and the possibility of these alterations they provoke erectile dysfunction. Sixty men - between 40 and 70 years-old - were selected for the stydy: 30 men with the digestive form of the Chagas'disease and 30 of them had negative serologic findings for T. Cruzi. It was used the questionnaire of the International Index of Erectile Function (IIEF) and the punctuation algorithm for interpretation of the questionnaire. The results this study they proved that the Chagas'disease didn't affect the patients' erectile function, that there is not significant difference if the lesion is of esophagus or esophagus and colon and Chagas'disease should not be considered a risk factor for the erectile dysfunction
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Avaliação do dano miocárdico e inervação autonômatica do ventrículo esquerdo por imagens de ressonância magnética e medicina nuclear, em pacientes com doença de Chagas / -Oliveira, Paulo Fabiani de 05 August 2005 (has links)
A fibrose miocárdica (FM) secundária à doença isquêmica pode ser observada por imagens de ressonância magnética (RM) com a técnica de realce tardio miocárdico (RTM). A função autonômica cardíaca pode ser avaliada através da medicina nuclear (MN). A doença cardíaca chagásica (DCC) caracteriza-se por fibrose miocárdica (FM) e desautonomia cardíaca (DC) progressivas, podendo refletir na gravidade e no prognóstico da doença. Avaliamos a presença, localização e freqüência de FM, sua relação com a função e com a inervação autonômica simpática do ventrículo esquerdo (VE), em pacientes (pts) com DCC, nos diversos graus de gravidade da doença. Trinta e seis pts foram divididos em 3 grupos: 1 - assintomáticos; 2 - com eletrocardiograma (ECG) alterado e função do VE normal; 3 - com alteração do ECG e disfunção de VE. Todos realizaram estudo de ressonância magnética cardiovascular (RMC) para avaliar a função do VE e, após uso de meio de contraste à base de Gadolínio, a FM. Foi realizado ainda estudo de medicina nuclear (MN) para avaliar a DC com metaiodobenzilguanidina (MIBG). A FM esteve presente em 68,6% dos pacientes (25% - grupo1; 81,8% - grupo2; 100% - grupo3; p<0,001). A DC esteve presente em 83,3% dos pacientes (58,3% - grupo1; 75% - grupo2; 91,6% - grupo 3; p<0,001). Os segmentos apical e ínfero-lateral são os locais mais freqüentes de FM (66,6%;p<0,001) e de DC (65,7%; p<0,001). A quantidade de FM aumenta quanto maior a gravidade da doença (p>0,001). A função do VE piora com o aumento da porcentagem de FM (r= -0,74, p<0,001). Quanto maior a extensão de defeitos de captação de MIBG, maior é a presença de FM no VE (r=-0,56, p<0,001). Em concluão, a RMC mostra FM em pacientes chagásicos e, quanto maior a gravidade da doença, mais FM está presente, pior é a função do VE e maior é a DC / Myocardial fibrosis (MF) secondary to ischemic disease can be imaged by magnetic resonance images (MRI) myocardial delayed enhancement (MDE). The cardiac autonomy function can be assessed by nuclear medicine (MN). Advanced Chagas\' heart disease (CHD) is characterized by MF and heart autonomic dysfunction (HAD), and may reflect severity and prognosis. Objective: We evaluated the relationship of MF, left ventricular function (LVF) and HAD in Chagas\' patients, over several degrees of desease severity. Methods: Thirth six patients divided in 3 groups: 1 - asymptomatic; 2 - arrythmia and normal LVF; 3 - arrythmia and LV dysfunction. MRI evaluated MF and nuclear medicine (metaiodobenzylguanidine) HAD. Results: We found MF in 68.6% and HAD in 83.3% of all pts (p<0.001). MF and HAD were more frequent in apical and inferolateral segments (66.6% and 65.7%, p<0.001). The amount of MF increased with the severity of CHD (r=-0.74, p<0.001) and also increased whith a longer extension of MIBG LV defects (r=-0.56, p<0.001). Conclusions: MRI demonstrates MF in pts with Chagas\' disease, and the more MF, the worse LVF, and the greater HAD
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Avaliação nutricional pré e pós-operatória de pacientes portadores de megaesôfago chagásico / Pre and postoperative nutritional evaluation in patients with chagasic megaesophagusPenhavel, Felix André Sanches 19 November 2003 (has links)
O megaesôfago é manifestação clínica freqüente, em pacientes na fase crônica da doença de Chagas, na região Central do Brasil. Cursa com disfagia progressiva que pode levar a desnutrição protéico-calórica. O melhor tratamento para o megaesôfago é o cirúrgico. Pacientes desnutridos têm maior probabilidade de desenvolver complicações e mortalidade pósoperatória. Megaesôfago avançado ou recidivado podem ser tratados com a operação de Serra Dória, que consiste de cardioplastia, associada à gastrectomia parcial e anastomose gastrojejunal em alça exclusa, tipo Y de Roux. Torna-se de interesse avaliar o estado nutricional de pacientes portadores de megaesôfago chagásico no pré e pós-operatório, averiguando a repercussão que o estado nutricional pré-operatório possa ter sobre a evolução cirúrgica, assim como as conseqüências nutricionais da operação de Serra Dória. No presente trabalho foi realizada avaliação nutricional préoperatória em 27 pacientes portadores de magaesôfago chagásico, candidatos à operação Serra Dória. Após o 90º dia de pós-operatório, 19 pacientes foram reavaliados. Do total de pacientes, 75% tinham magaesôfago grupo IV; o restante, megaesôfago recidivado. O estado nutricional foi avaliado por meio de avaliação nutricional subjetiva global, antropometria, exames laboratoriais, além da análise de ingestão alimentar. No período pré-operatório observou-se, em mais de 60% dos doentes, desnutrição calórico-protéica do tipo marasmática caracterizada: por redução do índice de massa corpórea; pelo déficit ponderal em relação aos valores padrões; pela depleção acentuada da prega cutânea do tríceps, com preservação da circunferência muscular do braço, da albumina e da transferrina. De acordo com a avaliação nutricional subjetiva global, 2/3 dos pacientes apresentavam desnutrição. A desnutrição diagnosticada no préoperatório pela avaliação nutricional subjetiva global associou-se com o sintoma regurgitação. O estado nutricional pré-operatório não se associou a complicação ou mortalidade pós-operatória. Na avaliação pós-operatória observou-se aumento da ingestão protéica. Houve aumento do índice de massa corpórea e da prega cutânea do tríceps, além de redução dos níveis de hemoglobina no sangue periférico. Em conclusão, pacientes com megaesôfago chagásico grupo IV e recidivado, apresentam alta freqüência de desnutrição protéico-calórica. A desnutrição pré-operatória não se associa à morbimortalidade pós-operatória. No pós-operatório os pacientes apresentam recuperação da massa gordurosa corpórea / Chagasic megaesophagus is a frequent clinical manifestation in patients in a chronic phase of Chagas disease in Central Brazil. The main sympton is progressive dysphagia that can lead to protein-calorie malnutrition. Surgical intervention is the best treatment for megaesophagus. Undernourished patients present a greater probability of developing complications and postoperative mortality. Advanced or recurrent megaesophagus can be treated with Serra Dória\'s surgical procedure, which consists of cardioplasty, associated with partial gastrectomy and gastrojejunal Roux-en-Y anastomosis. An evaluation is worthwhile of the nutritional state of patients with chagasic megaesophagus in the pre- and postoperative period, as the findings have repercussions on the surgical course. The nutritional consequences of Serra Dória operation should also be observed. In the present work, a preoperative nutritional evaluation was performed in 27 patients with chagasic megaesophagus who were candidates for the Serra Dória operation. After postoperative day 90, 19 patients were reevaluated. Of the total patients, 75% presented megaesophagus group IV and the remainder recurrent megaesophagus. The nutritional state was assessed through subjective global assessment, anthropometry and laboratorial exams, besides the analysis of alimentary ingestion. In the preoperative period it was observed that over 60% of the patients had protein-calorie malnutrition of the marasmic type, characterized by: reduction in the body mass index; ponderal index deficit in relation to the standard values; marked depletion in the skin fold of the triceps, with preservation of the muscular circumference of the arm and of the albumin and transferrin levels. In agreement with the global subjective nutritional evaluation, 2/3 of the patients presented malnutrition. The diagnosis of malnutrition in the preoperative by subjective global assessment was associated with the symptom of regurgitation. The preoperative nutritional state did not correlate with complications or postoperative mortality. The postoperative evaluation showed an increase in the ingestion of proteins. There was an increase in the body mass index and the tricipital skin fold, besides a reduction in the hemoglobin levels of the peripheral blood. In conclusion, patients with group IV and recurrent chagasic megaesophagus presented a high frequency of protein-calorie malnutrition. Preoperative malnutrition was not associated to postoperative morbidity and mortality. In the postoperative the patients presented a recovery in the body fat mass
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Avaliação da morbi-mortalidade do tratamento cirúrgico do volvo colônico de sigmóide na urgência / Assessment of outcomes in surgical treatment of the acute sigmoid volvulusGabriel, Andressa Guterres 24 November 2003 (has links)
O volvo colônico de sigmóide, juntamente com o fecaloma e a perfuração de cólon, representam as principais complicações do megacólon chagásico. O volvo do cólon sigmóide é definido como a torção axial da alça sobre seu meso, num ângulo maior que 180 graus, e leva a um quadro clínico de obstrução intestinal clássico que pode ainda ser complicado pela associação de fecaloma, perfuração e necrose. Estudou-se retrospectivamente os prontuários de 130 doentes, 55 mulheres e 75 homens com idade média de 58,1 anos com diagnóstico de volvo de cólon sigmóide, os quais foram tratados cirurgicamente na urgência. Os doentes foram selecionados em dois grupos, sendo o grupo I submetido a tratamento derivativo na urgência, compreendendo subgrupos: grupo IA: Destorção e colostomia em alça; grupo IB: Procedimento de Hartmann; grupo IC: Colectomia total. No grupo II foram avaliados os doentes submetidos a tratamento definitivo na urgência - operação de Duhamel-Haddad. Foram analisados dados referentes aos diagnósticos clínico, radiológico, etiológico, às complicações pós-operatórias e à mortalidade. A taxa de morbidade geral foi de 17,7%; a mortalidade na urgência foi de 6,2%. A morbi-mortalidade do tratamento cirúrgico de urgência foi: grupo IA = 7,8%; grupo IB = 20,8%; grupo IC = 22,2% e grupo II = 27,3%. A permanência hospitalar média foi de 5,6 dias, sendo a maior no grupo II, com média de 10 dias. Quando se analisa os doentes que foram submetidos eletivamente à operação de Duhamel-Haddad para reconstrução do trânsito intestinal, obtém-se uma taxa de morbi-mortalidade de 38,8% e permanência hospitalar de 9,9 dias (14,1 dias no total) no grupo submetido à destorção com colostomia em alça (grupo IA). No grupo que sofreu cirurgia de Hartmann (grupo IB) de 46,2% e a permanência hospitalar foi de 11,1 dias (17,2 dias no total). Concluiu-se que: 1) o ideal é associar o tratamento definitivo do megacólon ao do volvo colônico na urgência, quando as condições clínicas o permitirem, por implicar em menor tempo de internação e menor morbi-mortalidade total; 2) a operação de Duhamel-Haddad realizada ulteriormente associou-se a maior número de complicações do que quando feita na urgência / Acute sigmoid volvulus, fecal impaction and colonic perforation are the major complications of chagasic megacolon. Sigmoid volvulus is defined as the torsion of the sigmoid colon over its mesenteric axis more than 180 degrees. Clinically, patients present signs and symptoms of bowel obstruction that may be worsen if occurs isquemia, necrosis and perforation. Files of 130 cases admitted at emergency unit and diagnosed as having sigmoid volvulus was reviewed: 55 women and 75 men with age ranging from 26 to 89 years. Patients were divided into two groups: Group I: submitted to derivative colostomy; Group IA - volvulus detorsion and loop colostomy; Group IB - Hartmann\'s procedure and Group IC - total colectomy. Group II: submitted to Duhamel-Haddad procedure, i.e., simultaneous treatment of volvulus and its cause, the megacolon. Data concerning to clinical and radiological diagnosis, etiologic factors, surgical treatment and outcomes were analyzed. Overall morbidity rate were 17.7% and mortality were 6.2%. Morbi-mortality of the surgical treatment in urgency was: Group IA= 7.8%; Group IB = 20.8%; Group IC = 22.2% and Group II = 27.3%. Median hospital stay was 5.6 and 10 days for groups I and II, respectively. Elective intestinal transit reconstruction in groups IA and IB showed: morbidity of 38% and 46.2%, median hospital stay of 9.9 and 11.1 days, respectively. Conclusions: Duhamel-Haddad procedure as a surgical option for the treatment of sigmoid volvulus is associated with short hospital stay and less outcomes; Duhamel- Haddad procedure, as an emergency operation, was associated with fewer complications than programmed ones
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"Avaliação de pacientes assintomáticos com formas cardíacas iniciais da doença de Chagas, através da análise do eletrocardiograma dinâmico, ecocardiograma e peptídeo natriurético tipo B" / Evaluation of asymptomatic patients with initial cardiac forms of Chagas' disease through the analysis of dynamic electrocardiography, echocardiography and Type-B natriuretic peptidesMarques, Divina Seila de Oliveira 08 October 2004 (has links)
Para avaliar as características clínicas e evolutivas em pacientes com formas cardíacas iniciais assintomáticas da doença de Chagas, realizou-se estudo prospectivo em 108 pacientes com idade entre 18 e 50 anos, atendidos entre abril e novembro de 2002 no ambulatório de doença de Chagas da Universidade Estadual de Londrina. Os pacientes foram submetidos a 1)avaliação clínica, 2)eletrocardiograma (ECG), 3)radiografia de tórax e cálculo do índice cardio-torácico (ICT), 4)eletrocardiografia dinâmica de 24 horas, 5)ecocardiografia bidimensional com Doppler tecidual e 6)dosagem plasmática do peptídeo natriurético tipo B (BNP). Os pacientes foram divididos em 3 grupos: 50 no GI - ECG e ICT normais, 31 no GIIA - ECG com alterações características de doença de Chagas e 25 no GIIB - ECG com alterações não características de doença de Chagas / To evaluate clinical and evolutive features in patients with initial asymptomatic cardiac Chagas' disease, a prospective study was carried out with 108 patients, age 18 and 50, at the Londrina State University Chagas' disease outpatient clinic, from April to November 2002. Patients were submitted to: 1) clinical evaluation, 2) electrocardiography (EKG), 3) chest radiography and cardiothoracic index (CTI), 4)24-hour dynamic electrocardiography, 5) bi-dimensional echocardiography with tissued Doppler imaging and 6) type-B natriuretic peptide (BNP) plasmatic dosage. Patients were divided into 3 groups: GI - normal EKG and CTI (50 patients), GIIA - EKG with typical Chagas' disease alterations (31 patients) and GIIB - EKG with alterations not characteristic of Chagas´ disease (25 patients)
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