A análise do Efeito Solo ainda na fase preliminar do projeto ée importante devido ao impacto no desempenho em pista das aeronaves. O desempenho em pistas curtas ée um dos fatores primordiais na aceitação das aeronaves no mercado. No presente trabalho avalia-se e comparam-se diferentes metodologias para estimativa do efeito do solo durante o projeto preliminar de aeronaves comercias. Implementaram-se metodologias semi-empíricas: Torenbeek, DATCOM e ESDU, e o método da Linha Sustentadora Estendida. As metodologias implementadas são comparadas com dados de ensaios em túnel de vento. A partir da análise comparativa pretende-se verificar a aplicabilidade dos métodos de modo a definir-se um processo rápido e comprovado para estimativa do efeito solo nas aeronaves, ainda na fase preliminar do projeto.

A partir de uma exposição sucinta dos principais fatores relacionados com capacidade de sistemas de pistas; este trabalho apresenta os principais modelos utilizados para estimar capacidade junto com a apresentação de técnicas de simulação computacional. Propõe um modelo de simulação para cálculo de capacidade de pista implementado no software de simulação de processos ARENA. A seguir, mostra a aplicação do modelo proposto nos sistemas de pista dos aeroportos da CTR São Paulo. Conclui que a simulação computacional é uma ferramenta poderosa para a análise de capacidade de sistemas de pista.

Os administradores dos aeroportos rotineiramente promovem avaliações em suas pistas para verificar a situação do pavimento em condições de pista molhada. Este trabalho concentra resultados de 52 (cinqüenta e dois) aeroportos brasileiros que tiveram suas pistas de pouso e decolagem avaliados quanto ao atrito pneu-pavimento. Associou-se aos valores numéricos dos ensaios de atrito à variação sazonal (precipitação e temperatura) para compreender a variação de atrito de uma mesma pista em dias diferentes. Nos aeroportos de São Paulo e Mato Grosso do Sul foram coletados dados de ocorrência de acidentes e associados aos valores de atrito encontrados e concluiu-se que o valor = 0.50, estipulado para identificar o momento de fazer uma intervenção na pista, não pode ser o resultado direto gerado pelo equipamento pontualmente. Deve-se analisar sob que condições climáticas o ensaio foi realizado, se a pista estava limpa ou com excesso de agentes contaminantes como poeira e borracha dos pneus. A realização do ensaio deveria ser programada em função da ocorrência de precipitação, que foi a informação que provocou de forma mais significativa melhoria dos resultados de medição de atrito.

A redução dos impactos ambientais ocasionados pela operação de aeronaves vem sendo alvo de interesse. Neste contexto, insere-se a redução dos níveis de ruído permitidos em pousos e decolagens devido ao crescimento do número de residências próximas a aeroportos. Nessas regiões, há sensores estrategicamente localizados capazes de medir o ruído, acarretando pesadas multas aos operadores caso desrespeitem certos limites. Isto exige que sejam encontradas alternativas para aeronaves cujos projetos são antigos, quando limites impostos pelas autoridades aeronáuticas eram mais brandos. Uma medida é atuar sobre os comandos da aeronave, executando procedimentos de decolagem e pouso com nível de ruído percebido EPNL ("Effective Perceived Noise Level") em dB reduzido. Neste trabalho analisa-se a trajetória de decolagem em busca de uma solução ótima que minimiza o ruído no ponto de interesse nesta fase de vôo. A dinâmica do problema é modelada através de equações diferenciais de movimento tridimensional e massa da aeronave concentrada, sem levar em conta sua dinâmica de corpo rígido já que esta não influencia no modelo de predição de ruído. Considera-se como fonte de ruído apenas os motores. Através de restrições não lineares, garante-se que a trajetória otimizada respeita limites físicos da aeronave. A atmosfera é modelada sem vento e segue o modelo de atmosfera padrão da ICAO, amplamente utilizado pela indústria em cálculos de desempenho. Por sua vez, o modelo dos motores é construído com curvas de tração em função de altitude e Mach de vôo, as quais provêm de dados conhecidos de motores reais, cujos valores serviram para ajustar um modelo termodinâmico teórico de motor turbojato. Parâmetros do modelo como a massa da aeronave, suas dimensões e suas características aerodinâmicas foram tomadas de um avião bimotor a jato de pequeno porte, cujos dados foram encontrados na literatura. Isto torna o modelo fisicamente similar à aeronave Bombardier Learjet 25.

Uma das fases mais importantes do projeto de terraplenagem de um aeroporto é a determinação do traçado da pista de pouso em função das características topográficas do terreno. Estas pistas não são necessariamente planas, podendo ser constituídas por trechos de comprimentos e declividades diferentes, desde que satisfaçam a uma série de recomendações técnicas estabelecidas no Anexo 14 da ICAO (International Civil Aviation Organization), que têm por objetivo garantir, às aeronaves, condições de segurança durante as operações de pouso e decolagem. Neste trabalho, desenvolvemos um Modelo de Programação Matemática com a finalidade de substituir os métodos empíricos utilizados atualmente pra determinar o traçado de pistas de pouso. Este Modelo minimiza o custo total de terraplenagem, definido como o somatório de custos de corte, aterro, depósito ("bota-fora"), empréstimo e de transporte de material, observando às restrições técnicas mencionadas.

A manutenção de um nível de segurança operacional de pistas de pouso e decolagem, nos aeroportos brasileiros é, conforme regulamentação vigente, responsabilidade da administração aeroportuária. No caso específico da segurança operacional a aquaplanagem, a monitoração dos níveis de atrito apresentado pelas pistas torna-se tarefa imprescindível para a administração aeroportuária para adotar medidas apropriadas e oportunas visando conservar ou reconstituir as características de atrito ideais, geralmente, tomando como referência os padrões estabelecidos pelo órgão regulador da aviação civil. Neste sentido, este trabalho se destina a elaboração de um manual básico de planejamento para medição de atrito e retirada de borracha de pistas de pouso e decolagem de aeroportos, visando garantir a segurança à aquaplanagem.

Acidentes causados por incursões em pista são eventos raros e catastróficos, entretanto, uma série de incidentes acontecem com maior frequência e podem ser indicativo de graves problemas na segurança operacional. Ignorar condições de risco que contribuem para incursões em pista, em um cenário de elevada perspectiva de crescimento da aviação brasileira, certamente resultará no aumento do número de ocorrências mais graves. A implementação de um modelo de SMS especificamente desenvolvido para a prevenção de incursões em pista reforçará proativamente a segurança operacional por meio de um sistema de gerenciamento estruturado para controlar riscos nas operações. Baseado nos princípios preconizados pelo SMS da ICAO, na cultura de segurança positiva e em práticas e procedimentos voltados à prevenção de incursões em pista que obtiveram êxito em diversos países, o modelo de SMS proposto objetiva auxiliar a comunidade aeronáutica brasileira a lidar de forma mais eficiente e segura com os problemas relacionados a esse tipo de ocorrência. O resultado mostra que uma abordagem organizada, integrada e sistêmica para o trato dessa questão, apoiada em políticas de segurança que envolvam toda a comunidade aeronáutica brasileira, constitui componente vital para a segurança de voo nas pistas de pouso e decolagem.

As operações de pousos e decolagens de aeronaves podem ser, direta e negativamente, afetadas devido às más condições do pavimento da pista, em especial as irregularidades que provocam formação de lâmina d';água, com espessura tal que provoque risco de aquaplanagem. Aos órgãos normativos ainda não foi possível estabelecer as regras para normatizar a atividade de monitoramento do pavimento, no que diz respeito a este problema, já que não estão identificadas as melhores práticas ou equipamentos a serem utilizados. Os operadores aeroportuários, a quem cabe a tarefa de monitoramento das condições do pavimento, também enfrentam sérias dificuldades para pôr em prática metodologias que garantam a segurança das operações, ao mesmo tempo em que causem o menor tempo de interrupção na pista. Sendo assim, resulta uma lacuna entre o que é previsto na normatização e o que efetivamente é praticado nos aeroportos, gerando riscos às operações aéreas e responsabilidades aos administradores. Neste sentido, o presente trabalho propõe apresentar questões relativas ao tema aquaplanagem e às dificuldades para realizar a medição de lâmina d';água em pistas de aeroportos. Busca, também, identificar práticas e equipamentos disponíveis no mercado, os quais permitam realizar tal medição. Ao final do trabalho, uma metodologia própria é apresentada, combinando práticas proativas e reativas de monitoramento, com a utilização do perfilômetro inercial a laser, para o levantamento do perfil transversal da pista, e de um aparelho portátil para a medição da espessura da lâmina d';água, seguido da geração de relatórios que comprovem a real situação do pavimento da pista durante a ocorrência de chuvas. A adoção desta metodologia certamente contribuirá para o aumento da segurança operacional, minimizando os transtornos gerados ao tráfego aéreo de um aeroporto, com o menor tempo possível de interrupção da pista de pousos e decolagens. O presente trabalho baseou-se em pesquisa bibliográfica e na avaliação de equipamentos que foram identificados no mercado.

Este trabalho apresenta uma ferramenta para tratamento do problema de congestionamento no tráfego aéreo brasileiro. Com o contínuo crescimento das operações aéreas no Brasil, acentuam-se os problemas de congestionamento, com conseqüente aumento de custos e riscos operacionais. Uma das alternativas é a aplicação de técnicas de Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo, implementadas através de uma política de alocação de slots. Uma ferramenta para o auxílio à alocação de slots, visando a redução dos seus inconvenientes é necessária. Essa ferramenta, basicamente, propõe uma alteração na programação dos horários de partida dos vôos, de forma a se evitar um desbalanceamento entre a demanda e a capacidade nos diversos elementos da rede. A alocação de slots de aeroporto (em solo) propicia uma redução nos atrasos em vôo, como conseqüência, garante uma maior segurança e economia para seus diversos usuários. Essas alterações das programações dos horários de partida seguem o princípio de manter as aeronaves em solo de forma a reduzir os atrasos em vôo, dentro de uma política de prioridades previamente conhecida pelos usuários do sistema. Para finalizar, este estudo apresenta resultados gerados pela ferramenta aplicada a elementos únicos e, também, a múltiplos elementos envolvidos no tráfego aéreo, sugerindo soluções para as saturações provocadas nas programações originais dos vôos.

Este trabalho aborda o problema dos atrasos de pousos e decolagens de aeronaves devido à sobrecarga dos Aeroportos Brasileiros, principalmente na Terminal São Paulo isto é, Aeroportos de Campo de Marte, Congonhas e Guarulhos. Dentro desta grande área é bem conhecido o descompasso entre os horários previstos para pouso e decolagem e os horários reais. Descompasso esse que por tornar-se cada vez maior passa a ser crítico aos operadores do sistema aéreo, implicando ainda em um maior consumo de combustível e assim como em um aumento, sempre maior, da poluição atmosférica. O trabalho oferece duas contribuições ao problema do seqüenciamento de aeronaves, sob o ponto de vista econômico na redução do consumo de combustível fóssil, uma vez que as filas de aeronaves nas áreas terminais podem ser diminuídas. Mais ainda, o consumo total de combustível do Brasil pode ser reduzido devido ao fato do combustível usado por este setor ter grande impacto no consumo total do País. A outra contribuição tem cunho social, podendo ser traduzida na menor quantidade de emissão de poluentes. Lembrando que a emissão de poluentes está se tornando crítica, principalmente nas vizinhanças de São Paulo onde os aeroportos estão em operação.