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Prevalência de co-infecção pelos vírus linfotrópico de células T humanas do adulto – HTLV e vírus da imunodeficência adquirida – HIV, no Ceará / Prevalence of co-infection with human T-lymphotropic adult - HTLV and acquired immunodeficiency virus - HIV, Ceará

Bezerra, Leila Maria Machado January 2003 (has links)
BEZERRA, Leila Maria Machado. Prevalência de co-infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas do adulto - HTLV e vírus da imunodeficiência adquirida - HIV, no Ceará. 2003. 104 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2003. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-12-19T11:52:03Z No. of bitstreams: 1 2003_dis_lmmbezerra.pdf: 427150 bytes, checksum: 4c1bd16579effd3f556a7249a3bdcb7d (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2013-12-19T11:52:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2003_dis_lmmbezerra.pdf: 427150 bytes, checksum: 4c1bd16579effd3f556a7249a3bdcb7d (MD5) / Made available in DSpace on 2013-12-19T11:52:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2003_dis_lmmbezerra.pdf: 427150 bytes, checksum: 4c1bd16579effd3f556a7249a3bdcb7d (MD5) Previous issue date: 2003 / Several studies carried out in Brazil have shown a serum-prevalence rate of HIV / HTLV (Human Immunodeficiency - virus / Human T-Lymphotropic virus) co-infection of 0.58% to 11.4% among specific groups of individuals. Based on previous data, the State of Ceará is considered an area of low HTLV prevalence in the northeastern Brasil. This study evaluated the clinical and epidemiological aspects of the HIV / HTLV co-infection in a reference hospital for the treatment of HIV infected patients in Ceará. A descriptive, cross sectional study was performed, in the period of May of 2001 to October of 2002. Blood samples were randomly collected from 420 HIV-positive patients, through Elisa and Western Blot tests, that later were serologically tested for HTLV-I/II in the Hematological Center of Ceará - HEMOCE. Interviews were done in 337 patients and 165 files were searched for socio-economic, risk factors for HTLV, sexual practice and clinical aspects. The results confirmed a general seroprevalence value of 0.95%, distributed as 0.23% of HIV-HTLV-I and 0.47% of HIV-HTLV-II, followed by one (0.23%) sample of undetermined serology. Concomitant infection was not evidenced by the viruses HTLV-I and HTLV-II. The population studied was more frequently 30 to 39 years old, had predominantly lower income (67.6%) and educational (44.8%) levels and were heterosexual mainly (67,8%). In 119 patients evaluated, 105 (88.2%) complained of HIV-related diseases, 14 (11.8%) were asymptomatic and 111 (93.3%) were diagnosed with AIDS. An elevated percentage was breast fed (38.5%), few had had tattoos (12.2%), and also did receive blood products (15,9%). The scarce use of intravenous drugs (4.8%), the few numbers of black individuals (5.6%) and higher numbers of heterosexuals (67.8%), were pointed as possible reasons for the low HTLV prevalence found in this research. / No Brasil vários estudos demonstraram prevalência de coinfecção pelos vírus linfotrópico de células T humanas – HTLV e vírus da imunodeficiência humana – HIV, dentre grupos específicos de indivíduos, que variou de 0,58% a 11,4%. O Ceará, segundo dados anteriores, representa dentre os Estados do Nordeste, uma área de baixa endemicidade para a infecção pelos vírus HTLV. Este estudo tem por objetivo estudar aspectos clínicos e epidemiológicos da coinfecção por HTLV e HIV, em Hospital de referência para tratamento de pacientes com HIV do Ceará. Este estudo é descritivo, do tipo transversal, realizado no período de maio de 2001 a outubro de 2002. Foram colhidas 420 amostras de sangue de pacientes soropositivos ao HIV, confirmados por Elisa e Western Blot que posteriormente foram testadas para HTLV-I/II, no Centro de Hematologia do Ceará – HEMOCE. Entrevistou-se 337 pacientes e pesquisou-se 165 prontuários médicos para obtenção de informações referentes à dados sócio-econômicos, fatores de risco para HTLV, práticas sexuais e aspectos clínicos. Os resultados revelaram valor de soroprevalência geral de 0,95%, distribuídos em 0,23% de HIV-HTLV-I e 0,47% de HIV-HTLV-II, seguido de 01 (0,23%) amostra com sorologia indeterminada. Não foi evidenciada concomitância de infecção pelos vírus HTLV-I e HTLV-II. A população estudada concentrou maior número de pacientes na faixa etária de 30 a 39 anos, era predominantemente de baixa renda (67,6%), menor grau de escolaridade (44,8%) e constituída na sua maioria por heterossexuais (67,8%). Quanto às manifestações clínicas pesquisadas em 119 indivíduos, 105 (88,2%) manifestaram doença intercorrente e 14 (11,8%) foram assintomáticos, sendo 111 (93,27%) com definição para diagnóstico de AIDS. Um percentual elevado dos entrevistados amamentou (38,5%), sendo baixa a exposição ao uso de tatuagem (12,2%) e a transfusão de sangue (15,9%). Foi notada que a escassez no uso de drogas intravenosas (4,8%), um menor número de negros (5,6%) e maior número de preferência heterossexual (67,8%), poderiam ser os principais fatores apontados como responsáveis pela baixa prevalência encontrada em nosso Estado.
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Caracterização das variantes genotípicas do HTLV em um grupo de pacientes acompanhados em hospital universitário do Estado do Rio de Janeiro

Felix, Janaína Cardoso January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-28T12:47:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 janaina_felix_ioc_mest_2014.pdf: 2510072 bytes, checksum: f69b1e65e5e80f13661ea75612387326 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2016-01-13 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) foi o primeiro retrovírus identificado em humanos e posteriormente associado à leucemia/linfoma de células T do adulto (LTA). Podem-se encontrar quatro tipos: HTLV-1, HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4, sendo os dois primeiros de maior prevalência. Estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas no mundo e 2,5 milhões no Brasil, estejam infectadas pelo HTLV. O HTLV-1 possui sete subtipos e o HTLV-2, quatro. Recentemente, foi identificado o subtipo HTLV-1b no estado do Rio de Janeiro, sendo anteriormente encontrado somente na África Central. A análise dos subtipos é importante em estudos sobre a origem geográfica e disseminação dos isolados virais. O presente estudo teve como principal objetivo caracterizar as variantes genotípicas do HTLV em um grupo de pacientes acompanhados no Hospital Universitário Pedro Ernesto \2013 UERJ. Objetivou também caracterizar o grupo quanto aos possíveis fatores de risco para infecção pelo HTLV, descrever a ocorrência de doenças associadas com HTLV, caracterizar o grupo quanto aos subtipos de HTLV, descrevendo-os de acordo com a naturalidade dos pacientes e caracterizar os casos de pacientes com sorologia de WB indeterminado utilizando técnicas de biologia molecular. Foram estudados pacientes com a infecção pelo HTLV, sintomática ou assintomática, com sorologia positiva ou indeterminada. As amostras foram submetidas ao teste confirmatório pela PCR A infecção foi confirmada em 31 dos 33 participantes do estudo. Dentre os positivos, 28 foram HTLV-1a e os demais HTLV-2b. O gênero mais frequente foi o feminino. Pacientes adultos, casados e pardos foram os mais frequentes dentro das variáveis de faixa etária, estado civil e grupo étnico, respectivamente. A maioria dos pacientes relatou não saber se manteve contato sexual com portador de HTLV, não fazer uso de drogas injetáveis ou já ter realizado transfusão de sangue. Dentre as co-infecções detectadas, estiveram HIV e HCV. Apenas 9,7% dos pacientes apresentou sintomatologia, sendo todos os casos de mielopatia associada ao HTLV-1. Apenas 29% dos pacientes informaram ter amamentado. Dos seis pacientes com WB indeterminado, cinco foram confirmados para HTLV-1 e um para HTLV-2. O único paciente usuário de drogas injetáveis era portador de HTLV-2b. Recomenda-se novos estudos com populações abertas do Rio de Janeiro, com maior número de participantes, afim de determinar mais precisamente a prevalência do HTLV e seus subtipos na região / The Human T - Cell Lymphotropic Virus (HTLV) was the first human retrovirus identified and associated to leukemia/lymphoma, adult T - cells (ATL). Can be found four types: HTLV - 1, HTLV - 2, HTLV - 3 and HTLV - 4. The first two are the most prevalent. About 10 million people around the world and 2.5 million in Brazil, are infected with HTLV. The HTLV - 1 type is subdivided into seven subtypes and HTLV - 2 in four. Recently, HTLV - 1b was identified in t he state of Rio de Janeiro. This subtype it was found only in Central Africa. The analysis of subtypes is important in studies of geographical origin and dissemination of viral isolates. The present study aimed to characterize the genotypic variants of HTLV in a group of patients treated at University Hospital Pedro Ernesto - UERJ. Aimed to characterize the group as to the possible risk factors for HTLV infection, describing the occurrence of diseases associated with HTLV, characterized the group as to the HTLV subtypes; correlations between subtypes and local of infection; assess risk factors and confirm or exclude cases of patients with indeterminate or not typed serology. This study char acterized the group as to the possible risk factors for HTLV infection, describing the occurrence of diseases associated with HTLV, characterized the group as the subtypes of HTLV, describing them according to the naturalness of patients and characterize t he cases of patients with serology indeterminate WB using molecular biology techniques. Patients were studied with HTLV, symptomatic or asymptomatic, with positive or indeterminate WB serology. The specimens were subjected to confirmatory testing by PCR. T he infection was confirmed in 31 of 33 study participants. Among posit i v e s, 28 were HTLV - 1a and other HTLV - 2b. The most frequent was the female gender. Adult patients, married and browns were the most frequent within the variables of age, marital status and e t h nic group, respectively. Most patients reported not knowing remained sexual contact with HTLV carrier , do not use intravenous drugs or have already done blood transfusion. T he co - infections detected were HIV and HCV. Only 9.7% of patients had symptoms , and all cases of myelopathy associated with HTLV - 1. Only 29% of patients rep orted having breastfed. Of the six patients with indeterminate WB five were confirmed HTLV - 1 and HTLV - 2. The only patient injecting drug user was infected by HTLV - 2b. We recommen d further studies with open populations of Rio de Janeiro, with the largest number of participants in order to more precisely determine the prevalence of HTLV and its subtypes in the region.
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Influência da leucose enzoótica bovina na atividade oxidativa de leucócitos / Influence of bovine enzootic leukosis on respiratory burst activity of leukocytes

Azedo, Milton Ricardo 14 March 2007 (has links)
Diferentes populações de leucócitos desempenham papeis fundamentais na eliminação de agentes invasores através da sua fagocitose e destruição, utilizando-se de mecanismos dependentes (metabolismo oxidativo) e independentes de oxigênio. Baseando-se na hipótese de que o vírus da Leucose Enzoótica Bovina, uma enfermidade crônica, que afeta, particularmente, os órgãos ricos em tecido linfóide destes animais, altera quantitativa e qualitativamente as subpopulações de leucócitos circulantes dos bovinos, influenciando na qualidade da resposta imunológica inata destes animais, o presente estudo avaliou a produção intracelular de peróxido de hidrogênio (H2O2) por leucócitos circulantes, frente estímulo in vitro com forbol 12-miristato 13-acetato (PMA), lipopolissacarídeos de Escherichia coil (LPS) e após fagocitose de Staphylococcus aureus conjugados com iodeto de propídio (Sa-PI). Para tal, células foram obtidas de cinco vacas negativas no diagnóstico para LEB, de cinco vacas naturalmente infectadas pelo vírus da leucose bovina (VLB), alinfocitóticas, e de cinco vacas infectadas, manifestando linfocitose persistente (LP), e analisadas por citometria de fluxo. Foi averiguada a normalidade da distribuição dos resultados, utilizando-se do teste de Anderson-Darling, e sua homoscedasticidade, utilizando-se do teste F ou do teste de Lavene. Para a análise das freqüências observadas, foi utilizado o teste Qui-quadrado. Para a avaliação das diferenças entre as médias dos resultados obtidos, foram feitos os testes de análise de variância (One-way ANOVA), de Tukey-Kramer, teste t de Student, de Mann-Whitney ou de Kruskal-Wallis. A porcentagem média total de células produzindo H2O2, caracterizada pela intensidade de fluorescência da 2,7-diclorofluoresceína, no ensaio sem estímulo in vitro, de 30,60%, foi menor (p=0,005) que aquela observada no ensaio com adição in vitro de LPS, de 52,00%, e que aquela obtida no ensaio com adição in vitro de PMA, de 63,13%. A porcentagem média total de células produzindo H2O2 no ensaio com estímulo por fagocitose in vitro de SaPI, de 47,47%, não diferiu da observada no ensaio sem estímulo. As porcentagens médias totais de células produzindo H2O2 não diferiram entre os ensaios em que houve prévio estímulo in vitro. Não houve diferença na porcentagem de leucócitos que estavam produzindo H2O2, entre os grupos experimentais, todavia, a produção intracelular média de H2O2, sem estímulo in vitro (p=0,007), após adição in vitro de PMA (p<0,001), de LPS (p=0,001) ou após fagocitose (p=0,002), de leucócitos obtidos de animais apresentando LP, foi menor que aquela verificada em células provenientes de animais soronegativos e de animais soropositivos alinfocitóticos. A porcentagem de leucócitos realizando fagocitose, caracterizada pela intensidade de fluorescência do iodeto de propídio, entre as células obtidas de animais com LP, de 7,20%, foi menor que aquela verificada nas amostras coletadas de animais soronegativos, de 12,90%, e soropositivos alinfocitóticos, de 14,70% (p=0,047). Além disso, as células provenientes de animais com LP apresentaram uma menor intensidade de fagocitose que aquela observada em leucócitos de animais soronegativos e soropositivos alinfocitóticos (p<0,001). Assim, os resultados obtidos demonstram uma vulnerabilidade funcional em leucócitos sangüíneos obtidos de animais infectados pelo VLB, manifestando LP. / Different leukocyte populations play key roles on the elimination of foreign antigens through phagocytosis and killing by oxygen-independent and -dependent (respiratory burst) mechanisms. Assuming that Enzootic Bovine Leukosis virus (BLV), that causes a chronic disease, and affects, mainly, lymphoid tissues, alters bovine circulating leukocyte subpopulations quantitatively and qualitatively, and influences the innate immune response, this study evaluated the intracellular production of hydrogen peroxide (H2O2) of circulating leukocytes after in vitro stimuli with phorbol-12-myristate-13-acetate (PMA), Escherichia coli lipopolysaccharides (LPS), or phagocytosis of propidium iodide-labeled Staphylococcus aureus (PI-Sa). Cells were obtained from five BLV-negative cows, five naturally BLV-infected, non-lymphocytotic cows, and five BLV-positive cows with persistent lymphocytosis (PL), and analyzed by flow cytometry. Normality was tested using the Anderson-Darling test, followed by an F test or a Lavene\'s test to analyze the equality of variances. Differences among frequencies were tested using the Qui-square test. Differences among means were verified by a one way analysis of variance (ANOVA), followed by a Turkey-Kramer test, or a Student t-test, a Mann-Whitney U-test, or a Kruskal-Wallis test. Mean total percentage of H2O2-producing cells, characterized by the intensity of 2,7-dichlorofluorescein fluorescence, in the assay without in vitro stimulus (30.60%) was smaller (p=0.005) than that verified in the assay after in vitro addition of LPS (52.00%), and after addition of PMA (63.13%). Mean total percentage of H2O2-producing cells in the assay with stimulus by in vitro phagocytosis of PI-Sa (47.47%) was not different from that verified in the assay without in vitro stimulus. Mean total percentages of H2O2-producing leukocytes did not differ among assays with previous in vitro stimuli. There was no difference in the percentages of H2O2-producing leukocytes, among cells obtained from cows that belonged to different groups. However, mean intracellular H2O2-production of leukocytes obtained from BLV-infected cows, presenting PL, without in vitro stimulus (p=0.007), after in vitro addition of PMA (p<0.001), or LPS (p=0.001), or after phagocytosis (p=0.002) was smaller than that verified in leukocytes obtained from non-infected and from BLV-infected, non-lymphocytotic, cows. The percentage of leukocytes that were carrying out phagocytosis, characterized by the intensity of propidium iodide fluorescence, among cells obtained from BLV-infected cows, presenting PL (7.20%), was smaller (p=0.047) than that verified among cells obtained from non-infected and from BLV-infected (12.90%), non-lymphocytotic (14.70%), cows. Furthermore, leukocytes obtained from BLV-infected cows, presenting PL, showed smaller phagocytosis intensity (p<0.001) than leukocytes obtained from non-infected and from BLV-infected, non-lymphocytotic, cows. Therefore, results show a functional vulnerability of circulating leukocytes obtained from BLV-infected, lymphocytotic cows.
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Influência da leucose enzoótica bovina na atividade oxidativa de leucócitos / Influence of bovine enzootic leukosis on respiratory burst activity of leukocytes

Milton Ricardo Azedo 14 March 2007 (has links)
Diferentes populações de leucócitos desempenham papeis fundamentais na eliminação de agentes invasores através da sua fagocitose e destruição, utilizando-se de mecanismos dependentes (metabolismo oxidativo) e independentes de oxigênio. Baseando-se na hipótese de que o vírus da Leucose Enzoótica Bovina, uma enfermidade crônica, que afeta, particularmente, os órgãos ricos em tecido linfóide destes animais, altera quantitativa e qualitativamente as subpopulações de leucócitos circulantes dos bovinos, influenciando na qualidade da resposta imunológica inata destes animais, o presente estudo avaliou a produção intracelular de peróxido de hidrogênio (H2O2) por leucócitos circulantes, frente estímulo in vitro com forbol 12-miristato 13-acetato (PMA), lipopolissacarídeos de Escherichia coil (LPS) e após fagocitose de Staphylococcus aureus conjugados com iodeto de propídio (Sa-PI). Para tal, células foram obtidas de cinco vacas negativas no diagnóstico para LEB, de cinco vacas naturalmente infectadas pelo vírus da leucose bovina (VLB), alinfocitóticas, e de cinco vacas infectadas, manifestando linfocitose persistente (LP), e analisadas por citometria de fluxo. Foi averiguada a normalidade da distribuição dos resultados, utilizando-se do teste de Anderson-Darling, e sua homoscedasticidade, utilizando-se do teste F ou do teste de Lavene. Para a análise das freqüências observadas, foi utilizado o teste Qui-quadrado. Para a avaliação das diferenças entre as médias dos resultados obtidos, foram feitos os testes de análise de variância (One-way ANOVA), de Tukey-Kramer, teste t de Student, de Mann-Whitney ou de Kruskal-Wallis. A porcentagem média total de células produzindo H2O2, caracterizada pela intensidade de fluorescência da 2,7-diclorofluoresceína, no ensaio sem estímulo in vitro, de 30,60%, foi menor (p=0,005) que aquela observada no ensaio com adição in vitro de LPS, de 52,00%, e que aquela obtida no ensaio com adição in vitro de PMA, de 63,13%. A porcentagem média total de células produzindo H2O2 no ensaio com estímulo por fagocitose in vitro de SaPI, de 47,47%, não diferiu da observada no ensaio sem estímulo. As porcentagens médias totais de células produzindo H2O2 não diferiram entre os ensaios em que houve prévio estímulo in vitro. Não houve diferença na porcentagem de leucócitos que estavam produzindo H2O2, entre os grupos experimentais, todavia, a produção intracelular média de H2O2, sem estímulo in vitro (p=0,007), após adição in vitro de PMA (p<0,001), de LPS (p=0,001) ou após fagocitose (p=0,002), de leucócitos obtidos de animais apresentando LP, foi menor que aquela verificada em células provenientes de animais soronegativos e de animais soropositivos alinfocitóticos. A porcentagem de leucócitos realizando fagocitose, caracterizada pela intensidade de fluorescência do iodeto de propídio, entre as células obtidas de animais com LP, de 7,20%, foi menor que aquela verificada nas amostras coletadas de animais soronegativos, de 12,90%, e soropositivos alinfocitóticos, de 14,70% (p=0,047). Além disso, as células provenientes de animais com LP apresentaram uma menor intensidade de fagocitose que aquela observada em leucócitos de animais soronegativos e soropositivos alinfocitóticos (p<0,001). Assim, os resultados obtidos demonstram uma vulnerabilidade funcional em leucócitos sangüíneos obtidos de animais infectados pelo VLB, manifestando LP. / Different leukocyte populations play key roles on the elimination of foreign antigens through phagocytosis and killing by oxygen-independent and -dependent (respiratory burst) mechanisms. Assuming that Enzootic Bovine Leukosis virus (BLV), that causes a chronic disease, and affects, mainly, lymphoid tissues, alters bovine circulating leukocyte subpopulations quantitatively and qualitatively, and influences the innate immune response, this study evaluated the intracellular production of hydrogen peroxide (H2O2) of circulating leukocytes after in vitro stimuli with phorbol-12-myristate-13-acetate (PMA), Escherichia coli lipopolysaccharides (LPS), or phagocytosis of propidium iodide-labeled Staphylococcus aureus (PI-Sa). Cells were obtained from five BLV-negative cows, five naturally BLV-infected, non-lymphocytotic cows, and five BLV-positive cows with persistent lymphocytosis (PL), and analyzed by flow cytometry. Normality was tested using the Anderson-Darling test, followed by an F test or a Lavene\'s test to analyze the equality of variances. Differences among frequencies were tested using the Qui-square test. Differences among means were verified by a one way analysis of variance (ANOVA), followed by a Turkey-Kramer test, or a Student t-test, a Mann-Whitney U-test, or a Kruskal-Wallis test. Mean total percentage of H2O2-producing cells, characterized by the intensity of 2,7-dichlorofluorescein fluorescence, in the assay without in vitro stimulus (30.60%) was smaller (p=0.005) than that verified in the assay after in vitro addition of LPS (52.00%), and after addition of PMA (63.13%). Mean total percentage of H2O2-producing cells in the assay with stimulus by in vitro phagocytosis of PI-Sa (47.47%) was not different from that verified in the assay without in vitro stimulus. Mean total percentages of H2O2-producing leukocytes did not differ among assays with previous in vitro stimuli. There was no difference in the percentages of H2O2-producing leukocytes, among cells obtained from cows that belonged to different groups. However, mean intracellular H2O2-production of leukocytes obtained from BLV-infected cows, presenting PL, without in vitro stimulus (p=0.007), after in vitro addition of PMA (p<0.001), or LPS (p=0.001), or after phagocytosis (p=0.002) was smaller than that verified in leukocytes obtained from non-infected and from BLV-infected, non-lymphocytotic, cows. The percentage of leukocytes that were carrying out phagocytosis, characterized by the intensity of propidium iodide fluorescence, among cells obtained from BLV-infected cows, presenting PL (7.20%), was smaller (p=0.047) than that verified among cells obtained from non-infected and from BLV-infected (12.90%), non-lymphocytotic (14.70%), cows. Furthermore, leukocytes obtained from BLV-infected cows, presenting PL, showed smaller phagocytosis intensity (p<0.001) than leukocytes obtained from non-infected and from BLV-infected, non-lymphocytotic, cows. Therefore, results show a functional vulnerability of circulating leukocytes obtained from BLV-infected, lymphocytotic cows.
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Linfócitos T infectados pelo vírus HTLV-1 secretam fatores capazes de modular genes relacionados à migração celular em células musculares esqueléticas diferenciadas

Castro, Flavia Madeira Monteiro de January 2011 (has links)
Submitted by Anderson Silva (avargas@icict.fiocruz.br) on 2012-12-03T15:52:09Z No. of bitstreams: 1 flavia_m_m_castro_ioc_bcm_0051_2011.pdf: 1677435 bytes, checksum: f9e5532070b14495eac22a682f175d18 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-12-03T15:52:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 flavia_m_m_castro_ioc_bcm_0051_2011.pdf: 1677435 bytes, checksum: f9e5532070b14495eac22a682f175d18 (MD5) Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / O Vírus linfotrópico humano de células T (HTLV) causa a Paraparesia espástica tropical/mielopatia associada ao HTLV-1 (TSP/HAM). A TSP/HAM é caracterizada por uma paraparesia crônica e progressiva com danos na medula espinhal. Outras doenças inflamatórias podem estar associados à TSP/HAM, como dermatite, meningite, encefalopatia, alveolite pulmonar, uveíte e miopatias. Pacientes com TSP/HAM e miopatias apresentam fraqueza muscular, atrofia e infiltrado inflamatório no tecido muscular, composto por linfócitos T CD4+ infectados pelo HTLV-1 ou não infectados e células T CD8+ HTLV-1 específicas. Isto sugere a participação do sistema imune no desenvolvimento desta doença. Estudos in vitro mostraram que células T HTLV-1+ ou seu sobrenadante podem gerar danos no tecido muscular, sem que o músculo esteja infectado. Neste contexto, nosso projeto visou determinar se ocorre modulação de expressão gênica de moléculas relacionados à migração celular em células musculares humanas após tratamento com sobrenadante concentrado de células T infectadas pelo HTLV-1, quando comparadas ao tratamento com solução salina. Observamos um aumento de expressão em cinco genes de integrinas, de dois genes que codificam cadeias de laminina, e também de três metaloproteinases, em células musculares tratadas com sobrenadante concentrado de células infectadas pelo HTLV-1. Nosso último objetivo foi confirmar a especificidade da modulação da expressão gênica causada por fatores secretados por células T infectadas pelo HTLV-1. A análise comparativa entre as células musculares tratadas com sobrenadante concentrado de célula T infectada versus célula T não infectada mostrou apenas um gene modulado entre esses dois grupos, o gene que codifica a proteína trombospondina-1. Em conclusão, mostramos que linfócitos infectados pelo HTLV-1 podem secretar fatores capazes de modular a expressão de genes relacionados à migração celular, como os genes de integrinas, moléculas de adesão, moléculas de matriz extracelular e metaloproteinases em células musculares esqueléticas. Considerando que dados semelhantes foram observados com sobrenadantes de linfócitos T ativados de linhagem Jurkat (não infectada por HTLV-1), é provável que fatores secretados pelos linfócitos infectados por HTLV-1 decorram de seu estado de ativação. / The human T cell lymphotropic virus (HTLV) can cause HTLV-1-associated myelopathy/tropical spastic paraparesis (HAM/TSP). HAM/TSP is characterized by a chronic and progressive paraparesis with spinal cord damage. Other diseases can be associated with HAM/TSP, such as dermatitis, meningitis, encephalopathy, pulmonary alveolitis, uveitis, and myopathies. HAM/TSP patients with myopathies present muscle weakness, atrophy and inflammatory infiltrate in muscle tissue, composed by infected and uninfected CD4+ T lymphocytes and HTLV-1 specific CD8+ T cells. These findings suggest the participation of the immune system during disease development. In vitro studies showed that HTLV-1-infected cells or their culture supernatants can generate muscle damage, even without muscle infection. In this context, our project aims to determine whether cellular migration-related genes are modulated in human muscle cells treated with culture supernatant from HTLV-1 infected T cells, or exposed only to phosphate buffered saline. We observed increased expression of five integrin, two laminin chain and three matrix metallopeptidases genes in muscle cells treated with supernatants from HTLV-1-infected cells. An additional goal was to confirm the specificity of gene expression modulation caused by soluble factors released by HTLV-1-infected cells. Thus, we analyzed modulation of gene expression in muscle cells treated with supernatants from either T cells infected or not by HTLV- 1. In these assays, we found alteration only in the thrombospondin-1 gene, which was down- regulated. In conclusion, we showed that HTLV-1-infected lymphocytes can secrete factors that are capable to modulate migration-related genes, such as genes of integrins, adhesion molecules, extracellular matrix molecules and matrix metallopeptidases in skeletal muscle cells. Considering that similar data were also observed with supernatant from an activated T lymphocyte lineage not infected by HTLV-1 (Jurkat cells), it is possible that secreted factors from HTLV-1 infected lymphocytes are related to its activation state.
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Coinfecção pelo vírus da hepatite C (VHC) e vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos 1 (HTLV-1) ou 2 (HTLV-2) em ambulatório de referência de São Paulo: avaliação epidemiológica, clínica, laboratorial e histológica / Co-infection with hepatitis C virus (HCV) and human T-lymphotropic virus types 1 (HTLV-1) and 2 (HTLV-2) in a reference outpatient clinic in São Paulo: epidemiologic, clinical, laboratory and histological evaluation

Milagres, Flávio Augusto de Pádua 29 August 2006 (has links)
Por apresentarem mecanismos de transmissão superponíveis, a infecção concomitante pelo vírus da hepatite C (VHC) e pelos vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos 1 (HTLV-1) e 2 (HTLV-2) é esperada. Considerando a relevância dessas infecções em nosso meio e a existência de lacunas no conhecimento da coinfeção VHC/HTLV, conduziu-se este estudo transversal, com o objetivo de comparar uma série de pacientes coinfectados, com indivíduos infectados pelo VHC isoladamente, no tocante a características sócio-demográficas e de exposição aos agentes virais, alterações clínicas e laboratoriais, bem como alterações histológicas do parênquima hepático. Selecionaram-se, com base em algoritmos de diagnóstico sorológico e de biologia molecular, pacientes adultos assistidos em ambulatórios do Hospital das Clínicas da FMUSP entre janeiro de 1993 e agosto de 2005, que apresentaram viremia pelo VHC, associada, ou não, a infecção por HTLV-1 ou HTLV-2, excluindo-se da amostra os coinfectados pelo VHB ou HIV. Coletaram-se dos pacientes selecionados características sócio-demográficas, informações acerca de exposição a vírus de transmissão sexual ou sangüínea, sinais e sintomas clínicos relacionados às infecções causadas pelo VHC ou HTLV, bem como dados laboratoriais hematológicos e de função hepática. Procedeu-se ainda à revisão sistemática dos achados histopatológicos do parênquima hepático, seguindo-se a classificação de Ishak. Compararam-se, então, os grupos VHC, VHC/HTLV-1 e VHC/HTLV-2, empregando-se o teste de X2 para as variáveis categóricas e o teste de Kruskal-Wallis para as variáveis contínuas. Em seguida, pela análise discriminante linear de Fischer, definiram-se funções classificatórias com variáveis que conjuntamente diferenciassem os grupos estudados. Finalmente, a acurácia discriminatória das funções classificatórias foi avaliada por validação cruzada, empregando-se a técnica leave-one-out. Compuseram a população estudada 85 pacientes, sendo 55 no grupo VHC, 24 no grupo VHC/HTLV-1 e 6 no grupo VHC/HTLV-2. À análise bivariada, não se observou diferença significativa entre os grupos no tocante a características sócio-demográficas, hábito de fumar, fatores de exposição às infecções virais, tais como transfusão sangüínea, tatuagem, acupuntura, ou número de parceiros sexuais. Ao contrário, o relato de uso de álcool, drogas endovenosas, ou cocaína inalatória, bem como a parceria sexual com UDEV foi mais freqüente entre os pacientes do grupo VHC/HTLV-2, enquanto o relato de parceiro sexual com hepatite predominou no grupo VHC. Do ponto de vista clínico, apenas a queixa de dor abdominal apresentou-se em freqüência significativamente diferente entre os grupos, sendo mais prevalente no grupo VHC. Em relação aos achados laboratoriais, apesar de contida nos intervalos de normalidade, houve diferença significativa na contagem de plaquetas em sangue periférico, com valores medianos mais elevados nos grupos de coinfectados. As concentrações séricas de aminotransferases e de GGT foram mais altas no grupo VHC. Apesar de freqüentemente encontradas alterações sugestivas de hepatopatia pelo VHC, como fibrose hepática e atividade necroinflamatória, a análise histopatológica não mostrou diferença significativa entre os grupos. À análise discriminante de Fischer, definiram-se funções classificatórias que melhor diferenciam os pacientes estudados, incluindo as variáveis sexo, faixa etária, relato de uso de drogas endovenosas e parceria sexual com indivíduo com hepatite. Por meio de validação cruzada, verificou-se que a acurácia discriminante das funções classificatórias foi alta (87,3%) para a identificação dos infectados pelo VHC isoladamente e intermediária (66,7%) para os coinfectados VHC/HTLV-2. O método não se mostrou, contudo, clinicamente útil na distinção de pacientes com coinfecção VHC/HTLV-1. / Co-infection with hepatitis C virus (HCV) and human T-lymphotropic virus types 1 (HTLV-1) and 2 (HTLV-2) is expected, as these viruses share common infection routes. Due to the relevance of these viral infections in Brazil and the existing gaps in knowledge about HCV/HTLV co-infection, we carried out this cross-sectional survey. A cohort of co-infected patients was compared to HCV-infected subjects, in regard to socio-demographic features, risk factors for viral acquisition, clinical and laboratory data, as well as liver histopathologic findings. Based on established serologic and molecular diagnostic algorithms, we selected HCV-viremic adult patients who attended the Hospital das Clínicas-FMUSP outpatient clinic from January 1993 to August 2005, whether or not they presented co-infection with HTLV-1 or HTLV-2. HBV and HIV-infected individuals were excluded from the sample. We collected patients\' sociodemographic characteristics, risk of exposure to blood-borne or sexually-transmitted viral agents, signs and symptoms related to HCV or HTLV disease, as well as laboratory data that included hematologic counts and liver function tests. Histopathologic findings were systematically reviewed, in accordance to the Ishak\'s scoring system. Patients from the HCV, HCV/HTLV-1 and HCV/HTLV-2 groups, were then compared by means of the X2 or Kruskal-Wallis tests for categorical or continuous variables, respectively. In addition, Fischer\'s linear discriminant analysis was applied to define classification functions that better identified the combined effect of variables important for discrimination of the study groups. Finally, the discriminating accuracy of the model was evaluated by cross-validation, using the leave-one-out technique. The study sample comprised 85 patients, 55 in the HCV group, 24 in the HCV/HTLV-1 group and 6 in the HCV/HTLV-2 group. In bivariable analysis, no significant difference was found among groups in regard to socio-demographic features, smoking, risk factors for viral acquisition, such as blood transfusion, tattooing, acupuncture, or number of sexual partners. In contrast, alcohol consumption, use of intravenous drugs or inhaled cocaine and sexual partnership with an intravenous drug user were more frequent in the HCV/HTLV-2 group, whereas patients in the HCV group more often reported a sexual partner with hepatitis. As far as clinical data are concerned, abdominal pain was the only variable to be reported differently, being more prevalent in the HCV group. Even though within normal ranges, co-infected patients presented higher median platelet counts, whereas aminotransferase and GGT levels were higher among HCV-infected subjects. No significant difference was seen in liver histopathologic findings, though HCV liver disease-associated abnormalities, such as fibrosis and necroinflammatory activity were often found in patients from the three groups. Classification functions, defined by discriminating analysis included as relevant variables sex, age, intravenous drug use and sexual partner with hepatitis. Cross-validation yielded high (87.3%) and intermediate (66,7%) discriminating accuracies for the HCV and HCV/HTLV-2 functions. However, this method was not shown clinically useful to distinguish HCV/HTLV-1 co-infected patients.
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Coinfecção pelo vírus da hepatite C (VHC) e vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos 1 (HTLV-1) ou 2 (HTLV-2) em ambulatório de referência de São Paulo: avaliação epidemiológica, clínica, laboratorial e histológica / Co-infection with hepatitis C virus (HCV) and human T-lymphotropic virus types 1 (HTLV-1) and 2 (HTLV-2) in a reference outpatient clinic in São Paulo: epidemiologic, clinical, laboratory and histological evaluation

Flávio Augusto de Pádua Milagres 29 August 2006 (has links)
Por apresentarem mecanismos de transmissão superponíveis, a infecção concomitante pelo vírus da hepatite C (VHC) e pelos vírus linfotrópicos de células T humanas dos tipos 1 (HTLV-1) e 2 (HTLV-2) é esperada. Considerando a relevância dessas infecções em nosso meio e a existência de lacunas no conhecimento da coinfeção VHC/HTLV, conduziu-se este estudo transversal, com o objetivo de comparar uma série de pacientes coinfectados, com indivíduos infectados pelo VHC isoladamente, no tocante a características sócio-demográficas e de exposição aos agentes virais, alterações clínicas e laboratoriais, bem como alterações histológicas do parênquima hepático. Selecionaram-se, com base em algoritmos de diagnóstico sorológico e de biologia molecular, pacientes adultos assistidos em ambulatórios do Hospital das Clínicas da FMUSP entre janeiro de 1993 e agosto de 2005, que apresentaram viremia pelo VHC, associada, ou não, a infecção por HTLV-1 ou HTLV-2, excluindo-se da amostra os coinfectados pelo VHB ou HIV. Coletaram-se dos pacientes selecionados características sócio-demográficas, informações acerca de exposição a vírus de transmissão sexual ou sangüínea, sinais e sintomas clínicos relacionados às infecções causadas pelo VHC ou HTLV, bem como dados laboratoriais hematológicos e de função hepática. Procedeu-se ainda à revisão sistemática dos achados histopatológicos do parênquima hepático, seguindo-se a classificação de Ishak. Compararam-se, então, os grupos VHC, VHC/HTLV-1 e VHC/HTLV-2, empregando-se o teste de X2 para as variáveis categóricas e o teste de Kruskal-Wallis para as variáveis contínuas. Em seguida, pela análise discriminante linear de Fischer, definiram-se funções classificatórias com variáveis que conjuntamente diferenciassem os grupos estudados. Finalmente, a acurácia discriminatória das funções classificatórias foi avaliada por validação cruzada, empregando-se a técnica leave-one-out. Compuseram a população estudada 85 pacientes, sendo 55 no grupo VHC, 24 no grupo VHC/HTLV-1 e 6 no grupo VHC/HTLV-2. À análise bivariada, não se observou diferença significativa entre os grupos no tocante a características sócio-demográficas, hábito de fumar, fatores de exposição às infecções virais, tais como transfusão sangüínea, tatuagem, acupuntura, ou número de parceiros sexuais. Ao contrário, o relato de uso de álcool, drogas endovenosas, ou cocaína inalatória, bem como a parceria sexual com UDEV foi mais freqüente entre os pacientes do grupo VHC/HTLV-2, enquanto o relato de parceiro sexual com hepatite predominou no grupo VHC. Do ponto de vista clínico, apenas a queixa de dor abdominal apresentou-se em freqüência significativamente diferente entre os grupos, sendo mais prevalente no grupo VHC. Em relação aos achados laboratoriais, apesar de contida nos intervalos de normalidade, houve diferença significativa na contagem de plaquetas em sangue periférico, com valores medianos mais elevados nos grupos de coinfectados. As concentrações séricas de aminotransferases e de GGT foram mais altas no grupo VHC. Apesar de freqüentemente encontradas alterações sugestivas de hepatopatia pelo VHC, como fibrose hepática e atividade necroinflamatória, a análise histopatológica não mostrou diferença significativa entre os grupos. À análise discriminante de Fischer, definiram-se funções classificatórias que melhor diferenciam os pacientes estudados, incluindo as variáveis sexo, faixa etária, relato de uso de drogas endovenosas e parceria sexual com indivíduo com hepatite. Por meio de validação cruzada, verificou-se que a acurácia discriminante das funções classificatórias foi alta (87,3%) para a identificação dos infectados pelo VHC isoladamente e intermediária (66,7%) para os coinfectados VHC/HTLV-2. O método não se mostrou, contudo, clinicamente útil na distinção de pacientes com coinfecção VHC/HTLV-1. / Co-infection with hepatitis C virus (HCV) and human T-lymphotropic virus types 1 (HTLV-1) and 2 (HTLV-2) is expected, as these viruses share common infection routes. Due to the relevance of these viral infections in Brazil and the existing gaps in knowledge about HCV/HTLV co-infection, we carried out this cross-sectional survey. A cohort of co-infected patients was compared to HCV-infected subjects, in regard to socio-demographic features, risk factors for viral acquisition, clinical and laboratory data, as well as liver histopathologic findings. Based on established serologic and molecular diagnostic algorithms, we selected HCV-viremic adult patients who attended the Hospital das Clínicas-FMUSP outpatient clinic from January 1993 to August 2005, whether or not they presented co-infection with HTLV-1 or HTLV-2. HBV and HIV-infected individuals were excluded from the sample. We collected patients\' sociodemographic characteristics, risk of exposure to blood-borne or sexually-transmitted viral agents, signs and symptoms related to HCV or HTLV disease, as well as laboratory data that included hematologic counts and liver function tests. Histopathologic findings were systematically reviewed, in accordance to the Ishak\'s scoring system. Patients from the HCV, HCV/HTLV-1 and HCV/HTLV-2 groups, were then compared by means of the X2 or Kruskal-Wallis tests for categorical or continuous variables, respectively. In addition, Fischer\'s linear discriminant analysis was applied to define classification functions that better identified the combined effect of variables important for discrimination of the study groups. Finally, the discriminating accuracy of the model was evaluated by cross-validation, using the leave-one-out technique. The study sample comprised 85 patients, 55 in the HCV group, 24 in the HCV/HTLV-1 group and 6 in the HCV/HTLV-2 group. In bivariable analysis, no significant difference was found among groups in regard to socio-demographic features, smoking, risk factors for viral acquisition, such as blood transfusion, tattooing, acupuncture, or number of sexual partners. In contrast, alcohol consumption, use of intravenous drugs or inhaled cocaine and sexual partnership with an intravenous drug user were more frequent in the HCV/HTLV-2 group, whereas patients in the HCV group more often reported a sexual partner with hepatitis. As far as clinical data are concerned, abdominal pain was the only variable to be reported differently, being more prevalent in the HCV group. Even though within normal ranges, co-infected patients presented higher median platelet counts, whereas aminotransferase and GGT levels were higher among HCV-infected subjects. No significant difference was seen in liver histopathologic findings, though HCV liver disease-associated abnormalities, such as fibrosis and necroinflammatory activity were often found in patients from the three groups. Classification functions, defined by discriminating analysis included as relevant variables sex, age, intravenous drug use and sexual partner with hepatitis. Cross-validation yielded high (87.3%) and intermediate (66,7%) discriminating accuracies for the HCV and HCV/HTLV-2 functions. However, this method was not shown clinically useful to distinguish HCV/HTLV-1 co-infected patients.

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