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Transtornos depressivos em escolares de uma comunidade da cidade do Recife

MARIZ, Leila Maria Rodrigues de Sousa 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:56:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2799_1.pdf: 3739362 bytes, checksum: ac84f8921e3f90e923c0509bf2737519 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / A depressão é hoje relativamente frequente em crianças e adolescentes. O início precoce interfere no relacionamento familiar, escolar e social da criança. O objetivo principal do presente estudo foi estimar a prevalência dos transtornos depressivos (Episódio Depressivo Maior e Transtorno Distímico) e investigar a sintomatologia depressiva em escolares de 7, 8 e 9 anos, da comunidade Sítio do Cardoso, Madalena, Recife-PE, Brasil. Adicionalmente comparamos o desempenho de dois instrumentos na triagem da sintomatologia depressiva. O estudo foi censitário, descritivo e de corte transversal. Estudamos 200 dos 204 escolares (98%) da comunidade. A sintomatologia depressiva foi investigada através de dois instrumentos específicos, o Children s Depression Rating Scale-Revised (CDRS-R) e o Children´s Depression Inventory (CDI), uma entrevista semi-estruturada e um questionário, respectivamente. Para o diagnóstico de transtorno depressivo foi utilizado o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV-TR). Os dados foram tabulados e analisados com a planilha Microsoft Excel® e o adicional EZAnalyze (versão 3.0), mais o programa estatístico XLSTAT®. Dezessete crianças (8,5%) atingiram o ponto de corte em pelo menos um dos instrumentos. Utilizando-se o DSM-IV foram diagnosticados quatro casos de Episódio Depressivo Maior e nove casos de Transtorno Distímico. Quatro crianças não preencheram os critérios para nenhum dos diagnósticos. A prevalência estimada de transtornos depressivos foi de 6,5%, sendo 2,0% Episódio Depressivo Maior e 4,5% Transtorno Distímico. Comparando os dois instrumentos utilizados para a triagem, o Children s Depression Rating Scale-Revised (CDRS-R) foi mais eficiente que o Children´s Depression Inventory (CDI), mostrando uma maior sensibilidade (77% versus 62%) e valor preditivo positivo (100% versus 67%), os dois foram muito específicos (100% versus 98%), no entanto a utilização de ambos foi vantajosa. Alguns sintomas foram mais importantes para sinalizar a presença de transtornos depressivos nos escolares: Baixa auto-estima e ideação mórbida com alta sensibilidade e especificidade e moderado valor preditivo positivo. Em seguida: Sentimentos depressivos, ideação suicida, distúrbios do sono e do apetite, com sensibilidade e valor preditivo positivo moderados e alta especificidade. Aspecto deprimido, culpa excessiva e dificuldade de divertir-se com alta especificidade e valor preditivo positivo, porém com baixa sensibilidade. Irritabilidade foi o sintoma mais prevalente tanto nas crianças sem depressão, quanto nas deprimidas, porém nestas com maior gravidade. Concluímos que a prevalência de transtornos e sintomas depressivos é relatividade alta na população infantil de 7 a 9 anos, o que leva a prejuízo em vários domínios. É importante que os profissionais da área de saúde fiquem atentos, pois o diagnóstico precoce, além de reduzir o impacto da depressão na criança e na família, reduz o risco de suicídio e de abuso de substâncias na adolescência e a persistência ou recorrência destes transtornos na fase adulta
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ESTUDO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS.

Oliveira, Lorena de Melo Mendonça 24 November 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T14:20:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lorena de Melo Mendonca Oliveira.pdf: 963293 bytes, checksum: f42977e9d37ec6e5017a5abdf5e6c001 (MD5) Previous issue date: 2014-11-24 / The present essay is organized in two sections, which main target is studying child depression in institutionalized children. The first section consists of a systematic bibliographic review to examine or analyze the scientific production, concerning the studies where assessments tools were used to evaluate child depression in the last ten years. To make it possible, a search in the following national and international database files was made (September 2003 to August 2013.): Virtual Library in Health- BVS Psi Scielo, Lilacs, Index Psi Magazines and Pepsic, using different combination among keywords. The results showed that the studies were in conducted various areas of knowledge, and that the predominant method of descriptive research with quantitative data analyzes. A total of twenty-eight articles were brought up. The results showed that the studies were in conducted various areas of knowledge, and that the predominant method of descriptive research with quantitative data analyzes. Considerable proportion of articles aimed to investgate the factors that cause childhood depression (N=10; 35,7%) and related to such pathology symptoms (N=7; 25%). Ten different instruments to analyze child depression were found. The Child Depression Inventory CDI was the instrument of major incidence (N=21; 75%) and presented good intern consistency with the selected studies. The second section is about an empiric article which aims at analyzing depressive symptoms in institutionalized sheltered children, compared to children living with their families. Fifty male and female children were part of this study aged between 7 and 11 years old. Twentythree of these children lived in institutions-shelter and twenty-seven lived with their families. To analyze children depressive symptoms, the following instruments or resources were used; CDI, CBCL and the Rorschach-SC. The results showed that institutionalized children reveal more depressive symptoms, present more emotional distress, have affective expression with no modulation, are immature and inopportune, they also have more aggressive behavior and present difficulty in following rules. Significant correlation between depressive symptoms and externalizing behavior was found (r = 0,43; p<0,05). In general, both sections of this dissertation bring up the importance of considering psychological aspects that influence in the appearing, the symptoms and investigation of child depression. / A presente dissertação está organizada em dois capítulos que têm como objetivo principal estudar sintomas depressivos em crianças institucionalizadas. O primeiro capítulo consiste em uma revisão bibliográfica sistematizada a fim de analisar a produção científica acerca dos estudos que fizeram uso de instrumentos de avaliação dos sintomas depressivos em crianças no Brasil, nos últimos dez anos (2004 2013). Para isso, foi realizada uma busca na Biblioteca Virtual de Saúde, na área específica de Psicologia (BVS-PSI), utilizando as seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs, Index Psi Revistas e Pepsic, utilizando diferentes combinações entre palavras-chave. Foram levantados, no total, 28 artigos. Os resultados mostraram que os estudos foram realizados por diversas áreas do conhecimento e que predominou o método de pesquisa descritivo com análise quantitativa de dados. Considerável parte dos artigos teve como objetivo investigar os fatores que causam a depressão infantil (N=10, 35,7%) e sintomas relacionados a tal patologia (N=7; 25%). Foram encontrados 10 instrumentos diferentes que foram utilizados para avaliar sintomas depressivos em criança. O Inventário de Depressão infantil CDI foi o instrumento de maior incidência (N=21; 75%) e apresentou boa consistência interna nos estudos selecionados. O segundo capítulo trata-se de um artigo empírico que tem por objetivo analisar sintomas depressivos em crianças em situação de acolhimento institucional comparadas com crianças que vivem com suas famílias. Participaram deste estudo 50 crianças, do sexo masculino e feminino, com idades entre sete e onze anos, sendo que 23 crianças residiam em instituições e 27 crianças residiam com suas famílias. Foram utilizados para avaliar sintomas de depressão infantil os seguintes instrumentos: CDI, CBCL e o Rorschach SC. Os resultados revelaram que as crianças institucionalizadas apresentavam mais sintomas depressivos, desconforto emocional, expressões afetivas mais imaturas e sem modulação, mais comportamentos agressivos e dificuldade em seguir regras. Foi encontrada correlação significativa entre sintomas depressivos e comportamentos externalizantes (r = 0,43; p<0,05). De maneira geral, os dois capítulos da Dissertação realçam a importância de se considerar aspectos psicológicos que influenciam no surgimento, na sintomatologia e na investigação da depressão infantil.
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O brincar e o bem-estar da criança abrigada: sua influência no combate à depressão e ao baixo rendimento escolar

Zogaib, Maria Teresa Bertoncini 10 February 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T16:34:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MARIA TERESA BERTONCINI ZOGAIB.pdf: 466160 bytes, checksum: 624e42c58288056d900efadfbcef4c1f (MD5) Previous issue date: 2006-02-10 / This study examines the effectiveness of play intervention among institutionalized children with learning problems and depression symptoms, analyzing the influence of play in their well being and quality of life. The study was carried out using as methodology clinical intervention among eight children of both gender, aged eight, low income group, living in support homes for 2 years, first grade of elementary public school, with school complaint. After the characterization of the institution, individually assesses children s cognitive level using Raven s Progressive Colored Matrices, Piagetian tests of conservation, classification and series and verifies the school material. Following applies the Children s Depression Inventory CDI, standardized to Brazil. Based on this information, carry out eight weekly ninety-minute group play session using sensory-motor, symbolic and social strategies with room for spontaneous activity. After the play intervention, re-assesses the children using the same instruments from previous evaluation. The results show better school performance and decrease of depressive symptoms, with increase of self-steam and emotional confidence, reflecting in their life in general, including at school. The experiences lived during the play situations contributed for a better subjective self-evaluation from children, as well as a better school evaluation in their integrated cognitive and affective-emotional aspects. The results point out the importance of early recognition of depressive symptoms by technical team to start intervention programs, using the play to facilitate institutionalized children to overcome cognitive and affective difficulties / Este estudo verifica a eficácia de intervenções lúdicas junto a crianças abrigadas com problemas de aprendizagem e quadros de depressão, analisando a influência do brincar em seu bem-estar e qualidade de vida. Realiza-se através de metodologia clínica-interventiva, junto a oito crianças de ambos os sexos, de 8 anos, de classe de baixa renda, abrigadas há dois anos, cursando a 1ª. série de escola pública, com queixa escolar. Após caracterização da instituição, avalia-se individualmente o nível cognitivo das crianças através das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven, das Provas Piagetianas de conservação, classificação e seriação e verifica o material escolar. Aplica a seguir o Inventário de Depressão Infantil CDI, normatizado para o Brasil. Com base nesses dados, realiza oito sessões lúdicas grupais, semanais, de noventa minutos cada, através de estratégias sensório-motoras, simbólicas e sociais, com espaço para atividades espontâneas. Após as intervenções lúdicas, reavalia as crianças com os mesmos instrumentos da avaliação anterior. Os resultados indicam melhora no desempenho escolar e diminuição dos sintomas depressivos, com aumento da auto-estima e da segurança emocional, com reflexos em sua vida em geral, inclusive na escolar. As experiências vivenciadas nas situações lúdicas contribuíram para uma auto-avaliação subjetiva mais positiva pelas crianças, assim como para uma avaliação escolar melhor, em seus aspectos cognitivos e afetivo-emocionais integrados. Os dados apontam a importância da equipe técnica ao reconhecer precocemente os sintomas depressivos para realização de programas interventivos, utilizando o lúdico como facilitador para superação das dificuldades cognitivas e afetivas das crianças abrigadas
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Intervenção psicológica com mandalas: técnica do desenho de mandala em um grupo de crianças de 8 a 12 anos, vítimas de abandono, moradoras em casa de abrigo

Dibo, Monalisa 27 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T19:20:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Monalisa Dibo.pdf: 8578899 bytes, checksum: e6b04c9d6921e238c351a219b3250593 (MD5) Previous issue date: 2011-05-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The mandala, as a religious symbol, has the objective of enhancing the encounter of the conscience with the Self, through a religious posture. This paper uses a religious instrument to benefit the mental health of some children. The goal of this thesis is to study the effects of mandala drawings in children between the ages of 8 and 12, victimized by abandonment, living in shelters. The effects studied here refer to stress, anxiety and worrying, depressive moods, interest in social and school activities and cognitive and physical fatigue. It is a qualitative as well as quantitative research that highlights the meanings and the processes measured both in terms of quantity and frequency. The tools utilized were: the CAD Clinical Assessment of Depression; Child Stress Symptoms Inventory (Escala Stress Infantil), questionnaires for the technical staff; printed religious mandalas; printed coloring drawings; and printed drawings of a circle. The sample included 34 children, 12 males and 22 females. All children were sheltered at Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior (AMEM) in São Paulo at the time of the research. These children were enrolled in the elementary school from 2nd to 6ª grade, corresponding to the third and seventh grade in 2009. The children were divided into two groups: a control group (doing coloring of printed drawings) and experimental group (doing mandala painting). Each group comprised 17 children. The data obtained confirmed the hypothesis, i.e. the mandala drawings induced changes in the children s behavior, promoting meaningful improvements regarding children stress, depression, anxiety and worrying, in their school and social interests as well as in their cognitive and physical behavior. Hence, we could say that the mandala drawing technique was an enriching and efficient activity for the psychic life of these children. It allowed access to the creative ludic world of the children, encouraged a way of self-discovery and enlivenment of their creative ability, enabled a more balanced relationship between self and ego, generated serenity and well-being, lessened stress and depression, which resulted in moments of emotional transformation, inner contact, order, stabilization and harmony, therefore allowing better integration. This thesis demonstrates that a religious tool, developed by millennial cultures, aiming the connection of the individual with their center and with God, can be applied to a group of children, generating that connection. This confirmation could be observed from the tests and as narrated by the children / A mandala, como símbolo religioso, tem o objetivo de promover, através de uma atitude religiosa, o encontro da consciência com o Self. Este trabalho faz uso de um instrumento religioso para beneficiar a saúde mental de algumas crianças. O objetivo desta tese é estudar os efeitos da técnica do desenho da mandala em crianças de 8 a 12 anos, vítimas de abandono, moradoras em casas abrigo. Os efeitos aqui estudados referem-se ao stress, à ansiedade e à preocupação, ao humor depressivo, ao interesse pelas atividades sociais e escolares e à fadiga cognitiva e física. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, que privilegia os significados e os processos mensurados em termos de quantidade e de freqüência. Os instrumentos utilizados foram: teste CAD Clinical Assessment of Depression; teste ESI Escala Stress Infantil; questionário para equipe técnica; desenho impresso de mandalas religiosas; desenho impresso de figuras para colorir; e desenho impresso de um círculo. A amostra foi de 34 crianças, sendo 12 do sexo masculino e 22 do sexo feminino. Todas as crianças estavam abrigadas na Associação dos Amigos do Menor pelo Esporte Maior (AMEM) na cidade de São Paulo no momento da pesquisa. Essas crianças encontram-se matriculadas no ensino fundamental da 2ª à 6ª série que corresponde ao 3º ano e ao 7º ano de 2009. As crianças foram divididas em dois grupos: grupo controle (realização de pintura de desenhos impressos) e grupo experimental (realização de pintura de mandalas). Ambos eram formados por 17 crianças. Os dados obtidos confirmam a hipótese, isto é, o desenho da mandala proporciona uma mudança no comportamento nas crianças, promovendo melhoras significativas no quadro de stress infantil, de depressão, de ansiedade e de preocupação, nos interesses sociais e escolares e na atitude cognitiva e física. Portanto, podemos dizer que a técnica do desenho da mandala foi uma atividade enriquecedora e eficiente para a vida psíquica destas crianças. Ela proporcionou acesso ao mundo lúdico criativo da criança, promoveu um meio de autodescoberta e um avivamento da capacidade criativa, possibilitou um relacionamento mais equilibrado entre ego-Self, gerou tranqüilidade e bem-estar, diminuiu o stress e a depressão, o que acarretou momentos de transformação emocional, de contato interior, de ordem, de centramento e de harmonia, o que implica em uma maior integração. Esta tese demonstrou que um instrumento religioso, desenvolvido por culturas milenares com objetivo de proporcionar uma ligação do indivíduo com seu centro e com Deus, pode ser aplicado em um grupo de crianças, gerando essa ligação. Tal constatação pode ser percebida através da sensação de bem-estar e de tranqüilidade observados nos testes e relatados pelas crianças
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Desenvolvimento psicossocial de crianças expostas à violência contra a mãe cometida por parceiro íntimo

SILVA, Elisabete Pereira 28 April 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-11-07T14:34:33Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE Elisabete Pereira Silva.pdf: 4339773 bytes, checksum: a63860d706be2142c5fba55b6d59af12 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-07T14:34:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) TESE Elisabete Pereira Silva.pdf: 4339773 bytes, checksum: a63860d706be2142c5fba55b6d59af12 (MD5) Previous issue date: 2016-04-28 / A violência contra a mulher por parceiro íntimo (VPI) é considerada um sério e complexo problema de saúde pública, por desencadear, a curto e longo prazo, consequências bastante negativas para a saúde da mulher e dos seus filhos, que estão expostos aos episódios violentos, mesmo quando não são o alvo direto da violência. Os eventos negativos da vida, decorrentes da família, incluindo VPI e suas consequências maternas, têm sido considerados fatores de risco para o surgimento de problemas nas várias dimensões do desenvolvimento da criança. Em cada estágio do desenvolvimento, da lactância à adolescência, a VPI pode causar impactos diferentes, que englobam problemas comportamentais, emocionais, cognitivos, sociais e físicos. Esses problemas podem persistir durante a vida adulta, inclusive com a possibilidade da vítima se tornar agressor, que é um dos pressupostos da transmissão intergeracional da violência. O objetivo deste estudo foi investigar as consequências da exposição da criança à VPI, para o desenvolvimento psicossocial. Este estudo é a 3ª etapa de uma coorte prospectiva que vem sendo conduzida desde 2005, com mulheres cadastradas em todas as Unidades de Saúde da Família do Distrito Sanitário II da cidade do Recife, Pernambuco. Foram avaliados 614 pares de mães-filhos. As mães já tinham sido avaliadas na gravidez e no pós-parto. Os problemas psicossociais da criança foram avaliados usando o Questionário de Capacidades e Dificuldades (Strengths and Difficulties Questionnaire – SDQ) e o Short Mood and Feelings Questionnaire (SMFQ). Entre as mulheres estudadas, 319 (52,0%; IC95%: 48,0%-55,9%) referiram algum tipo de violência (psicológica, física ou sexual) em algum período (durante a gravidez, no pós-parto ou nos últimos 7 anos). Violência durante a gravidez foi referida por 28,0% das mulheres (IC95%: 24,4%-31,5%); no pós-parto, por 22,0% (IC95%: 18,8%-25,4%); e nos últimos 7 anos, por 32,6% (IC95%: 28,9%-36,4%). Para 55% (IC95%: 44%-65%) das mulheres, com relatos de violência na gravidez e no pós-parto, houve continuidade nos últimos 7 anos. Foram avaliados 10 tipos de exposição da criança à VPI e as mães referiram que 60,6% das crianças foram expostas a algum tipo. Encontrou-se nas crianças uma incidência de 46,7% de problemas de comportamento e 15,3% de depressão. Mesmo depois de controlar os efeitos das possíveis variáveis de confundimento (do contexto familiar, da violência e individual da criança), os problemas de comportamento e depressão, em escolares, se mantiveram associados com exposição à VPI sofrida pela mãe. Os resultados também mostraram que a chance da criança ter problemas de comportamento e depressão foi maior quando vivenciou múltiplos tipos de exposição à VPI. A idade de início da exposição de maior comprometimento para problemas de comportamento, na idade escolar, foi a faixa etária de 1 a 2 anos e para depressão foi a exposição na fase pré-natal e de 0 a 11 meses. A influência do ambiente das relações mostra que o bem-estar emocional das crianças está diretamente associado ao funcionamento emocional dos seus cuidadores e das suas famílias. Portanto, se faz necessário, identificação e intervenção precoces, para interromper o ciclo da violência e prevenir futuras gerações de crianças expostas à VPI. / Intimate partner violence (IPV) against women is considered a serious and complex problem of public health, by triggering the short and long term consequences negative for women's health and their children, who are exposed to violent episodes, even when they are not the direct target of the violence. Negative life events, arising from the family, including IPV and maternal effects, have been considered risk factors for the emergence of problems in the various dimensions of the development of the child. At every stage of development, from newborn to adolescence, IPV can cause different impacts, including behavioral problems, emotional, cognitive, physical and social. These problems may persist throughout adult life, including the possibility of the victim become aggressor, which is one of the assumptions of intergenerational transmission of violence. The objective of this study was to investigate the consequences of the child's exposure to IPV to the psychosocial development. This study is the third step of a prospective cohort which has been conducted since 2005, with women enrolled in all family health units Health District II of the city of Recife, Pernambuco. Were evaluated 614 pairs of mothers-children. The mothers had already been assessed in pregnancy and postpartum. The psychosocial problems of children were evaluated using the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) e o Short Mood and Feelings Questionnaire (SMFQ). Among the women studied, 319 (52.0%; 95% CI: 48.0%-55.9%) reported some kind of violence (physical, psychological or sexual) in some period (during pregnancy, postpartum or over the last 7 years). Violence during pregnancy was 28.0% (95% CI: 24.4%-31.5%); in the postpartum, 22.0% (95% CI: 18.8%-25.4%); and in the past 7 years, 32.6% (95% CI: 28.9%- 36.4%). To 55% (95% CI: 44%-65%) of women with reports of violence in pregnancy and postpartum, there was continuity in the last 7 years. Were evaluated 10 types of exposure of the child to the IPV and the mothers reported that 60.6% of the children were exposed to some form. The incidence of behavioral problems was 46.7% and of the depression was 15.3%. Even after controlling the effects of possible confounding variables (family, violence, and individual child’s context), the behavior problems and depression in schoolchildren, remained associated with IPV exposure suffered by the mother. The results also showed that the chance of the child having behavior problems and depression was higher when experienced multiple types of exposure to IPV. The age of onset of exposure of greater commitment to behavioral problems, in school age, was the age range of 1 to 2 years and for depression was exposure in prenatal phase and 0 to 11 months. The influence of the environment of relations shows how the emotional well-being of children is directly associated with the emotional functioning of their caregivers and their families. Therefore, it is necessary, early identification and intervention, to stop the cycle of violence and prevent future generations of children exposed to IPV.

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