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Influência da deficiência ou suplementação com selênio durante o período gestacional de ratas na suscetibilidade da progênie feminina à carcinogênese mamária / Influence of selenium deficiency or supplementation during rat gestational period on the susceptibility of female offspring to mammary carcinogenesis

Rosim, Mariana Papaléo 04 March 2016 (has links)
Fatores dietéticos como o selênio (Se) são apontados como importantes moduladores do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Essa neoplasia pode apresentar sua origem no início do desenvolvimento e, assim, a alimentação materna poderia ter importantes repercussões na programação fetal da doença. A fim de verificar se diferentes concentração de selênio na dieta materna poderiam programar o risco da progênie feminina ao câncer de mama, ratas foram alimentadas com ração contendo 0,15 (CO), 1,0 (SUP) ou 0,05 (DEF) ppm de Se durante a gestação e sua progênie feminina iniciada com DMBA. A progênie do grupo SUP apresentou menor suscetibilidade à carcinogênese, indicado pelo menor número médio e multiplicidade de adenocarcinomas mamários (p< 0,05), enquanto a do grupo DEF apresentou maior suscetibilidade à carcinogênese, indicado pela maior incidência dos mesmos (p< 0,05). Mães do grupo DEF apresentaram menor concentração de Se no sangue (p< 0,05) e sua prole apresentou menor atividade da enzima GPx1 (p< 0,05). Além disso, observou-se na glândula mamária da progênie de 50 dias menor expressão (western blot e qPCR) de ER&#945;, Her-2, EGFR e Ras no grupo SUP em comparação aos grupos CO e DEF (p< 0,05). Analisou-se, ainda, o padrão de metilação global do DNA (HPLC-DAD), expressão das enzimas DNMT1, 3a e 3b (qPCR), o padrão global de modificações pós traducionais em histonas (western blot) e o padrão de metilação da região promotora do gene Er&#945; (modificação com bissulfito e pirossequenciamento) na glândula mamária da progênie de 50 dias. Não houve diferença no padrão de metilação global do DNA e expressão das enzimas DNMTs (p>0,05). Houve aumento na expressão de H4K16 acetilada nos grupos SUP e DEF (p< 0,05). Finalmente, em comparação a progênie do grupo DEF, a do grupo SUP apresentou região promotora de Er&#945; com aumento marginal (p=0,07) na metilação de dois dinucleotídeos CpG. Conclui-se que o consumo de diferentes concentrações de Se na dieta materna tem impacto sobre a suscetibilidade da progênie ao câncer de mama na vida adulta através da modulação da expressão de receptores e oncogenes relacionados ao desenvolvimeto dessa neoplasia, além da influência em processos epigenéticos. Tais resultados apontam para a existência de uma \"janela de programação\" no início do desenvolvimento sensível a ação do Se, resultando em diminuição do risco de câncer de mama quando suplementado na dieta materna e o inverso quando de sua deficiencia. / Based on epidemiological studies and animal models, the essential micronutrient selenium has been highlighted as a promising dietary factor associated to breast cancer risk reduction. Breast cancer may have its origin in early development and thus the maternal diet could have important implications in the fetal programming of the disease. In order to ascertain whether differences in selenium concentration in maternal diet could modulate the susceptibility of female offspring to breast cancer, a biological assay was conducted in which female rats were fed a diet with 0.15 (CO), 1.0 (SUP) or 0.05 (DEF) ppm of selenium during gestational period and the female offspring subjected to a mammary carcinogenesis model induced by DMBA. SUP group offspring presented decreased susceptibility to mammary carcinogenesis, as indicated by lower (p< 0,05) average number and multiplicity od adenocarcinomas, while the DEF group offspring had a greater susceptibility, as indicated by the increase (p< 0,05) in adenocarcinomas incidency. Mothers of the DEF group pesented lower (p< 0,05) Se blood concetrations and their offspring presented lower (p<0,05).GPx1 activity. In addition, there was a decrease (p< 0,05) in ER&#945;, Her-2, EGFR and Ras expression (western blot and qPCR) in the mammary gland of 7 weeks old female SUP group offspring when compared to CO and DEF groups offspring. DNA global methylation pattern (HPLC-DAD), DNMT1, 3a e 3b expression (qPCR), global pattern of post-translational modification in histones (western blot) and methylation status of Er&#945; promoter region (bisulfite modification and pyrosequencing) were also evaluated in the mammary gland of 7 weeks old offspring. There was no diffrence (p>0,05) in DNA global methylation pattern and DNMTs expression. There was an increase in acetilated H4K16 expression in groups SUP and DEF (p< 0,05). Lastly, when compared to DEF offspring, the SUP offspring presented a marginal increase in the methylation of two CpG dinucleotides in the Er&#945; promoter region. In conclusion, the consumption of different selenium concentration in maternal diet plays a role in the progeny\'s breast cancer susceptibility through the modulation of receptors and oncogenes expression, in addition to modifications in epigenetic patterns. These results indicate the presence of a \"programming window\" in the beggining of development susceptible to selenium effects, resulting in decreased breast cancer risk when supplemented and the opposite when deficient.
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Influência da deficiência ou suplementação com selênio durante o período gestacional de ratas na suscetibilidade da progênie feminina à carcinogênese mamária / Influence of selenium deficiency or supplementation during rat gestational period on the susceptibility of female offspring to mammary carcinogenesis

Mariana Papaléo Rosim 04 March 2016 (has links)
Fatores dietéticos como o selênio (Se) são apontados como importantes moduladores do risco de desenvolvimento do câncer de mama. Essa neoplasia pode apresentar sua origem no início do desenvolvimento e, assim, a alimentação materna poderia ter importantes repercussões na programação fetal da doença. A fim de verificar se diferentes concentração de selênio na dieta materna poderiam programar o risco da progênie feminina ao câncer de mama, ratas foram alimentadas com ração contendo 0,15 (CO), 1,0 (SUP) ou 0,05 (DEF) ppm de Se durante a gestação e sua progênie feminina iniciada com DMBA. A progênie do grupo SUP apresentou menor suscetibilidade à carcinogênese, indicado pelo menor número médio e multiplicidade de adenocarcinomas mamários (p< 0,05), enquanto a do grupo DEF apresentou maior suscetibilidade à carcinogênese, indicado pela maior incidência dos mesmos (p< 0,05). Mães do grupo DEF apresentaram menor concentração de Se no sangue (p< 0,05) e sua prole apresentou menor atividade da enzima GPx1 (p< 0,05). Além disso, observou-se na glândula mamária da progênie de 50 dias menor expressão (western blot e qPCR) de ER&#945;, Her-2, EGFR e Ras no grupo SUP em comparação aos grupos CO e DEF (p< 0,05). Analisou-se, ainda, o padrão de metilação global do DNA (HPLC-DAD), expressão das enzimas DNMT1, 3a e 3b (qPCR), o padrão global de modificações pós traducionais em histonas (western blot) e o padrão de metilação da região promotora do gene Er&#945; (modificação com bissulfito e pirossequenciamento) na glândula mamária da progênie de 50 dias. Não houve diferença no padrão de metilação global do DNA e expressão das enzimas DNMTs (p>0,05). Houve aumento na expressão de H4K16 acetilada nos grupos SUP e DEF (p< 0,05). Finalmente, em comparação a progênie do grupo DEF, a do grupo SUP apresentou região promotora de Er&#945; com aumento marginal (p=0,07) na metilação de dois dinucleotídeos CpG. Conclui-se que o consumo de diferentes concentrações de Se na dieta materna tem impacto sobre a suscetibilidade da progênie ao câncer de mama na vida adulta através da modulação da expressão de receptores e oncogenes relacionados ao desenvolvimeto dessa neoplasia, além da influência em processos epigenéticos. Tais resultados apontam para a existência de uma \"janela de programação\" no início do desenvolvimento sensível a ação do Se, resultando em diminuição do risco de câncer de mama quando suplementado na dieta materna e o inverso quando de sua deficiencia. / Based on epidemiological studies and animal models, the essential micronutrient selenium has been highlighted as a promising dietary factor associated to breast cancer risk reduction. Breast cancer may have its origin in early development and thus the maternal diet could have important implications in the fetal programming of the disease. In order to ascertain whether differences in selenium concentration in maternal diet could modulate the susceptibility of female offspring to breast cancer, a biological assay was conducted in which female rats were fed a diet with 0.15 (CO), 1.0 (SUP) or 0.05 (DEF) ppm of selenium during gestational period and the female offspring subjected to a mammary carcinogenesis model induced by DMBA. SUP group offspring presented decreased susceptibility to mammary carcinogenesis, as indicated by lower (p< 0,05) average number and multiplicity od adenocarcinomas, while the DEF group offspring had a greater susceptibility, as indicated by the increase (p< 0,05) in adenocarcinomas incidency. Mothers of the DEF group pesented lower (p< 0,05) Se blood concetrations and their offspring presented lower (p<0,05).GPx1 activity. In addition, there was a decrease (p< 0,05) in ER&#945;, Her-2, EGFR and Ras expression (western blot and qPCR) in the mammary gland of 7 weeks old female SUP group offspring when compared to CO and DEF groups offspring. DNA global methylation pattern (HPLC-DAD), DNMT1, 3a e 3b expression (qPCR), global pattern of post-translational modification in histones (western blot) and methylation status of Er&#945; promoter region (bisulfite modification and pyrosequencing) were also evaluated in the mammary gland of 7 weeks old offspring. There was no diffrence (p>0,05) in DNA global methylation pattern and DNMTs expression. There was an increase in acetilated H4K16 expression in groups SUP and DEF (p< 0,05). Lastly, when compared to DEF offspring, the SUP offspring presented a marginal increase in the methylation of two CpG dinucleotides in the Er&#945; promoter region. In conclusion, the consumption of different selenium concentration in maternal diet plays a role in the progeny\'s breast cancer susceptibility through the modulation of receptors and oncogenes expression, in addition to modifications in epigenetic patterns. These results indicate the presence of a \"programming window\" in the beggining of development susceptible to selenium effects, resulting in decreased breast cancer risk when supplemented and the opposite when deficient.
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Impact of the maternal diet and the intervention with fructooligosaccharide on thehuman milk microbiota / Impacto da dieta materna e da intervenção com fruto-oligossacarídeo sobre a microbiota do leite humano

Padilha, Marina 17 April 2018 (has links)
Human milk is recognized as the main component for growth, metabolism, and immune development in infants. Furthermore, during lactation, human milk is an important source of microorganisms for the intestinal colonization of newborns. Mother-related factors have been associated with the human milk microbiota composition. Nevertheless, apparently, there has not been any study in which the maternal diet was evaluated as a modulator of the human milk microbiota. Therefore, the aim of this study was to investigate the impact of the maternal diet on the human milk microbiota composition of healthy women, and subsequently, to evaluate the effect of fructooligosaccharides supplementation on the human milk microbiota. This study consisted of two parts; the first was a cross-sectional study, including 94 lactating women recruited at the University Hospital of the University of São Paulo (HU/USP), to investigate the association between the maternal nutrient intake during pregnancy and lactation over the first month and the human milk microbiota. The second part consisted of a randomized, placebo-controlled clinical trial with 53 lactating, classified as FOS group (n = 28), which received 4.5 g of fructooligosaccharides + 2 g of maltodextrin or placebo group (n = 25), which received 2 g of maltodextrin, over a period of 20 days. The DNA was isolated and used as template for amplification and sequencing by the Illumina MiSeq&#174; System. Overall, the maternal diet during lactation (\"short-term\" food intake) influenced specific bacterial groups, including positive correlations between polyunsaturated fatty acids/linoleic fatty acids and Bifidobacterium. However, only the maternal diet during pregnancy (\"long-term\" food intake) was statistically significant (p = 0.02) for the clustering analyzes (community structure analyzes), in which higher levels of vitamin C intake during pregnancy was related to cluster 2, driven by the Staphylococcus genus. After the intervention period on the maternal diet, no differences were found for relative abundance of genera between the placebo and the FOS groups. However, the distances of the trajectories covered by the samples from the beginning to the end of the supplementation was higher for the FOS group (p = 0.0007). According to our results, the maternal age affects the response for FOS supplementation (p = 0.02), though no patterns in the differences of relative abundances were found between the groups. Our results suggest that the maternal diet may influence the human milk microbiota, and the diet during pregnancy is a stronger factor over the bacterial community structure. Minor changes were found by the maternal short-term food intake or the maternal intervention with the prebiotic, and the changes seem to be individual-dependent and influenced by the maternal age, particularly in the intervention study. / O leite humano é, reconhecidamente, o principal componente para o crescimento e o desenvolvimento metabólico e imunológico de lactentes. Adicionalmente, durante a lactação, o leite humano consiste em uma importante fonte de micro-organismos para a formação da microbiota intestinal de neonatos. Fatores relacionados à mãe têm sido associados à composição da microbiota do leite humano. Entretanto, poucos estudos avaliaram a dieta materna como componente modulador da microbiota do leite humano. Os objetivos deste estudo foram investigar o impacto da dieta materna sobre a composição da microbiota do leite humano de mães saudáveis e, posteriormente, avaliar a influência da intervenção com fruto-oligossacarídeo na microbiota do leite humano, durante 20 dias de lactação. O estudo foi dividido em duas partes; a primeira parte consistiu de um estudo transversal, com 94 lactantes atendidas no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU/USP), a fim de investigar a associação entre o consumo materno de nutrientes durante a gestação e durante o primeiro mês de lactação e a microbiota do leite humano. A segunda parte consistiu em um ensaio clínico, aleatorizado, placebo-controlado, com 53 lactantes, classificadas em grupo FOS, que recebeu 4.5 g de fruto-oligossacarídeo + 2 g de maltodextrina (n = 28) ou grupo placebo, que recebeu 2 g de maltodextrina (n = 25), suplementados por 20 dias. O DNA das amostras de leite foi isolado e utilizado como molde para amplificação e sequenciamento em Illumina MiSeq&#174; System. Em geral, a dieta materna durante a lactação (consumo a curto prazo) apresentou influência pontual sobre diversos grupos de micro-organismos, incluindo correlações positivas entre ácidos graxos poli-insaturados/linoleico e o gênero Bifidobacterium. No entanto, somente a dieta materna durante a gestação (consumo a longo prazo) foi estatisticamente significante (p = 0.02) para as análises de agrupamento das amostras (análises de estrutura de comunidade), sendo o maior teor de vitamina C consumido durante a gestação relacionado ao agrupamento 2, direcionado por maiores populações do gênero Staphylococcus. Após o período de intervenção na dieta materna, não foram encontradas diferenças entre a abundância relativa de gêneros entre os grupos placebo e FOS. No entanto, as distâncias do percurso das amostras do início até o final da suplementação foram maiores para o grupo FOS (p = 0.0007). De acordo com os resultados, a idade materna influencia essa resposta à suplementação por FOS (p = 0.02), embora, não tenham sido encontrados padrões nítidos nas diferenças de abundância relativa entre os grupos. Os resultados obtidos sugerem que a dieta materna consiste em um fator de modulação da microbiota do leite humano, sendo a dieta durante a gestação um fator mais intenso sobre a estrutura da comunidade bacteriana do leite humano. No entanto, o consumo a curto prazo ou a intervenção alimentar com prebiótico sobre a dieta materna apresentou influência pontual sobre a dinâmica da microbiota do leite, ainda que mudanças observadas sejam indivíduo-dependentes e influenciadas pela idade materna, como no caso do estudo de intervenção.

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