Em uma consulta a gramáticas já desde fins do século XVIII , a livros didáticos e a manuais de morfologia da língua portuguesa, encontra-se, geralmente, uma lista de vários sufixos considerados diminutivos. Contudo, muito raramente se encontram explicações acerca das mudanças linguísticas que possibilitaram que tais sufixos alcançassem as formas que possuem, ou sobre o comportamento sincrônico desses sufixos sobretudo quando a sincronia em questão é uma sincronia pretérita , ou, ainda, quanto à descrição diacrônica ou histórica desses sufixos, no período que se estende do século XIII ao XX, quer tendo como foco a forma, quer o funcionamento, quer a semântica. Desse modo, a partir da identificação dos sufixos que atuam como diminutivos em língua portuguesa e considerando o fato de essa língua ser uma língua românica, esta pesquisa apresenta, inicialmente, uma caracterização de sufixos diminutivos latinos quanto à origem, à forma e à significação, ao que segue a descrição das principais mudanças ocorridas nesses sufixos desde o latim vulgar até algumas línguas românicas, como o português, o espanhol, o francês, o provençal e o italiano, sendo as formas resultantes nestas últimas quatro línguas ainda descritas em relação à sua forma e à sua semântica. Na sequência, os sufixos diminutivos existentes em português foram caracterizados desde o século XIII ao XX, século a século em seus aspectos formais (fonéticos e morfológicos), funcionais e semânticos, fase essa em que se identificaram, também, características que esses sufixos possuem em comum com os latinos e com os românicos, em especial com os das línguas mencionadas. Para isso, foram constituídos corpora de diminutivos relativos a cada um dos séculos aqui contemplados, tendo por base a análise de palavras encontradas em dois corpora eletrônicos, o Corpus Informatizado do Português Medieval (CIPM) para textos compreendidos entre os séculos XIII e XV e o Corpus do Português para textos entre os séculos XIV e XX. Com base na análise dos diminutivos identificados, foi possível concluir que os sufixos diminutivos existentes em português são provenientes da língua latina quer por herança, quer por empréstimo a outras línguas românicas ou ao latim clássico , os quais conservam, ainda, algumas das características dos diminutivos naquela língua, como manutenção do gênero da palavra primitiva, diversidade semântica e formação de nomes próprios diminutivos. Os dados analisados indicam, também, que, embora sejam muitos, os sufixos diminutivos em português são muito pouco produtivos nessa língua, com exceção dos sufixos em -t- a partir do século XIX e, principalmente, do sufixo -inho, muito frequente e o mais produtivo em todas as sincronias descritas, podendo, assim, ser caracterizado como o sufixo diminutivo por excelência da língua portuguesa, com previsão de que ainda continuará sendo por muitos séculos. / Consulting grammars since the end of the eighteenth century , textbooks and manuals on morphology of the portuguese language, a list of several suffixes, considered as diminutives, is usually presented. Nevertheless, explications not only on linguistic changes, that justify the current forms of such suffixes, but also on their synchronic functioning particularly when the synchrony concerned is a past one , or on their diachronic or historical description, from the 13th to the 20th century, are rare, focusing either on form, functioning or semantics. Thus, from the identification of the suffixes, that function as diminutives in portuguese language, a romance language, this research presents, in a first moment, a characterization of the latin diminutive suffixes, concerning origin, form and signification; in a second one, it describes the main changes occurred in these suffixes, from vulgar latin to portuguese, spanish, french, provencal and italian, whose forms except in portuguese are described concerning form and semantics; then, the portuguese diminutive suffixes were characterized, from the 13th to the 20th century, one century at a time considering the formal aspects (phonetics and morphology), functional and semantical aspects, moment in which the portuguese diminutive suffixes were compared to latin and to its mentioned sister romance languages, in order to verify the features they have in common. For this comparison, corpora about diminutive suffixes were established, from the 13th to the 20th century, century by century. Such corpora, from which the words analyzed were taken, included the Corpus Informatizado do Português Medieval (CIPM) concerning the texts from the 13th to the 15th century and the Corpus do Português concerning the texts from the 14th to the 20th century. After the analysis of the portuguese diminutive suffixes identified in such corpora, it was verified that the portuguese diminutive suffixes come from the latin language either through heritage or through loan of other romance languages or classical latin , still keeping some features of the diminutives of the popular latin, such as: preservation of the gender of the primitive word, semantic diversity and composition of diminutive proper name. These analyzed data show as well that the diminutive suffixes, although plentiful, are very little productive in portuguese, except the suffixes in -t-, from the 19th century on, and, chiefly, the suffix -inho, very frequent and the most productive in all described synchronies, being considered, therefore, as the diminutive suffix of the portuguese language par excellence, with great probability to continue for ages.

Em uma consulta a gramáticas já desde fins do século XVIII , a livros didáticos e a manuais de morfologia da língua portuguesa, encontra-se, geralmente, uma lista de vários sufixos considerados diminutivos. Contudo, muito raramente se encontram explicações acerca das mudanças linguísticas que possibilitaram que tais sufixos alcançassem as formas que possuem, ou sobre o comportamento sincrônico desses sufixos sobretudo quando a sincronia em questão é uma sincronia pretérita , ou, ainda, quanto à descrição diacrônica ou histórica desses sufixos, no período que se estende do século XIII ao XX, quer tendo como foco a forma, quer o funcionamento, quer a semântica. Desse modo, a partir da identificação dos sufixos que atuam como diminutivos em língua portuguesa e considerando o fato de essa língua ser uma língua românica, esta pesquisa apresenta, inicialmente, uma caracterização de sufixos diminutivos latinos quanto à origem, à forma e à significação, ao que segue a descrição das principais mudanças ocorridas nesses sufixos desde o latim vulgar até algumas línguas românicas, como o português, o espanhol, o francês, o provençal e o italiano, sendo as formas resultantes nestas últimas quatro línguas ainda descritas em relação à sua forma e à sua semântica. Na sequência, os sufixos diminutivos existentes em português foram caracterizados desde o século XIII ao XX, século a século em seus aspectos formais (fonéticos e morfológicos), funcionais e semânticos, fase essa em que se identificaram, também, características que esses sufixos possuem em comum com os latinos e com os românicos, em especial com os das línguas mencionadas. Para isso, foram constituídos corpora de diminutivos relativos a cada um dos séculos aqui contemplados, tendo por base a análise de palavras encontradas em dois corpora eletrônicos, o Corpus Informatizado do Português Medieval (CIPM) para textos compreendidos entre os séculos XIII e XV e o Corpus do Português para textos entre os séculos XIV e XX. Com base na análise dos diminutivos identificados, foi possível concluir que os sufixos diminutivos existentes em português são provenientes da língua latina quer por herança, quer por empréstimo a outras línguas românicas ou ao latim clássico , os quais conservam, ainda, algumas das características dos diminutivos naquela língua, como manutenção do gênero da palavra primitiva, diversidade semântica e formação de nomes próprios diminutivos. Os dados analisados indicam, também, que, embora sejam muitos, os sufixos diminutivos em português são muito pouco produtivos nessa língua, com exceção dos sufixos em -t- a partir do século XIX e, principalmente, do sufixo -inho, muito frequente e o mais produtivo em todas as sincronias descritas, podendo, assim, ser caracterizado como o sufixo diminutivo por excelência da língua portuguesa, com previsão de que ainda continuará sendo por muitos séculos. / Consulting grammars since the end of the eighteenth century , textbooks and manuals on morphology of the portuguese language, a list of several suffixes, considered as diminutives, is usually presented. Nevertheless, explications not only on linguistic changes, that justify the current forms of such suffixes, but also on their synchronic functioning particularly when the synchrony concerned is a past one , or on their diachronic or historical description, from the 13th to the 20th century, are rare, focusing either on form, functioning or semantics. Thus, from the identification of the suffixes, that function as diminutives in portuguese language, a romance language, this research presents, in a first moment, a characterization of the latin diminutive suffixes, concerning origin, form and signification; in a second one, it describes the main changes occurred in these suffixes, from vulgar latin to portuguese, spanish, french, provencal and italian, whose forms except in portuguese are described concerning form and semantics; then, the portuguese diminutive suffixes were characterized, from the 13th to the 20th century, one century at a time considering the formal aspects (phonetics and morphology), functional and semantical aspects, moment in which the portuguese diminutive suffixes were compared to latin and to its mentioned sister romance languages, in order to verify the features they have in common. For this comparison, corpora about diminutive suffixes were established, from the 13th to the 20th century, century by century. Such corpora, from which the words analyzed were taken, included the Corpus Informatizado do Português Medieval (CIPM) concerning the texts from the 13th to the 15th century and the Corpus do Português concerning the texts from the 14th to the 20th century. After the analysis of the portuguese diminutive suffixes identified in such corpora, it was verified that the portuguese diminutive suffixes come from the latin language either through heritage or through loan of other romance languages or classical latin , still keeping some features of the diminutives of the popular latin, such as: preservation of the gender of the primitive word, semantic diversity and composition of diminutive proper name. These analyzed data show as well that the diminutive suffixes, although plentiful, are very little productive in portuguese, except the suffixes in -t-, from the 19th century on, and, chiefly, the suffix -inho, very frequent and the most productive in all described synchronies, being considered, therefore, as the diminutive suffix of the portuguese language par excellence, with great probability to continue for ages.

The aim of this diploma thesis is to prove that augmentative and diminutive suffixes are not always just bearers of senses "big" / "of big size", in the case of augmentative suffixes, and "small" / "of small size", in the case of diminutive suffixes, and that they can also be accompanied by various connotations. The thesis is divided into several parts. The first part is concentrated on the topic of the morpheme in Portuguese in general. The next two parts are dedicated to particular augmentative and diminutive suffixes, concretely to their origin and especially to their specifics. Fundamental is the last part which focuses on the systematization of the senses of suffixes mentioned in previous chapters. Key words: word-formation, derivation, suffixes, augmentative suffixes, diminutive suffixes, connotation

Hur språkspecifika ord ska översättas mellan två språk är inte alltid självklart. Därför har denna uppsats i syfte att undersöka hur ryska diminutiva vanliga substantiv översätts till svenska. Svårigheten vid översättning uppstår bland annat av att ryska är ett språk rikt på diminutiv medan användning av diminutiv i svenska är sällsynt. På grund av denna skillnad är det inte givet att det finns en lexikal motsvarighet i svenska för ryska diminutiv och översättningen måste anpassas om den ska få med den diminutiva innebörden.  Genom att undersöka hur ryska diminutiv brukar översättas till svenska, och om ryska diminutiv uppstår vid översättning från svenska, kan den rysk-svenska språkspecificiteten för diminutiv kartläggas. Med hjälp av en parallellkorpus kan genuina texter och deras översättningar undersökas i en kvalitativ analys för att kategorisera de vanligaste översättningsstrategierna och huruvida den diminutiva innebörden bevaras vid översättning.  Denna uppsats undersökning visar att ryska diminutiv av vanliga substantiv är språkspecifika gentemot svenska. Detta då innebörden oftast går förlorad vid översättning till svenska, medan diminutiv ofta uppstår vid översättning till ryska, trots att den svenska källtexten helt saknar diminutiva ord. / Каким образом лингвоспецифичные слова должны быть переведены между двумя языками, не всегда очевидно. Цель этой диссертации исследовать, как русские уменьшительно-ласкательные существительные переводятся на шведский язык. Трудности при переводе возникают, помимо прочего, из-за того, что в русском языке диминутивы широко распространены, тогда как в шведском языке они используются редко. По причине этих различий нельзя полноправно утверждать, что в шведском языке существует лексический эквивалент русских диминутивов, следовательно, любой перевод должен быть адаптирован, если он включает уменьшительно-ласкательные слова. Путем анализа того, как русские диминутивы обычно переводятся на шведский язык и как возникают русские уменьшительные формы при переводе со шведского, можно выявить русско-шведскую лингвистическую специфику уменьшительно-ласкательных. С помощью параллельного корпуса в этой работе анализируются самые распространенные стратегии перевода. Исследование в данном дипломном сочинении показывает, что русские уменьшительно-ласкательные формы имён нарицательных являются лингвоспецифичными, поскольку значение чаще всего теряется. При переводе со шведского на русский часто появляются диминутивы, хотя в шведских текстах они могут полностью отсутствовать. / How language specific words should be translated between two languages is not always obvious. Therefore, this thesis has the intention to examine how Russian diminutive common nouns are translated into Swedish. The difficulties of translation, inter alia, arise from the fact that the Russian language is rich in diminutives, whereas the usage of diminutives in Swedish is rare. Because of this difference, it is not guaranteed that there is a lexical counterpart in Swedish for Russian diminutives, and the translation must be adapted to retain the diminutive meaning. By examining how Russian diminutives usually are translated into Swedish, and whether Russian diminutives emerge during translation from Swedish, the Russian-Swedish language specificity for diminutives could be mapped. With the help of a parallel corpus, native texts and their translations can be examined in a qualitative analysis to categorise the most common translation strategies, and whether the diminutive meaning is retained during translation. The findings presented in this thesis demonstrate that Russian diminutives of common nouns are exceedingly language specific toward Swedish, as the meaning frequently is lost. During translation from Swedish to Russian diminutives usually emerge, despite that the Swedish original text completely lacks diminutive words.