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Geologia, Petrografia e Litogeoquímica dos Diques Máficos da Porção Sudeste do Bloco Gavião, Bahia, BrasilVarjão, Lílian Mercês Pereira January 2011 (has links)
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DISSERTACAO_LILIAN_Varjão_2011.pdf: 15356860 bytes, checksum: 57b1f5c75a81a48469adf7b559b89d34 (MD5) / O magmatismo basáltico que ocorre na porção sudeste do Bloco Gavião (BG), Estado da Bahia, compreende rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques máficos. Essas rochas intrudem unidades geológicas pertencentes ao embasamento arqueano do BG, situado na porção setentrional do Cráton do São Francisco.
Os diques máficos apresentam-se, de maneira geral, de cor preta a cinza, granulação fina a média e são dominantemente isotrópicos e maciços, ocorrendo raramente tipos mais diferenciados em porções mais centrais dos corpos. Possuem espessuras variando de poucos centímetros a dezenas de metros, predominando os menos espessos, de até 3 metros. Apresentam-se orientados, preenchendo fraturas distensivas de direção predominantemente NNE-SSW e, secundariamente na direção NS.
As rochas máficas apresentam texturas variando entre ofítica a subofítica e intergranular. A mineralogia é composta predominantemente por clinopiroxênio (augita) e plagioclásio (andesina a labradorita). Minerais opacos, esfeno, zircão e apatita são acessórios. Anfibólio, carbonato, epídoto e biotita estão presentes como minerais secundários. Quartzo forma intercresimento granofírico com feldspato alcalino.
Os diques máficos são subalcalinos, de natureza toleítica. O número de magnésio mg# [MgO/(MgO + FeOt), assumindo Fe2O3/FeO igual a 0,15] varia de 0,25 a 0,45, caracterizando-os como originados de magmas evoluídos. Com o fracionamento magmático Cr, Ni, Al2O3 e CaO decrescem, enquanto que SiO2, FeOt, K2O, Na2O, P2O5 e TiO2 e os elementos incompatíveis aumentam. Os padrões de distribuição dos elementos terras raras (ETR) apresentam padrão levemente enriquecido em ETRl (leve) em relação aos ETRp (pesados). O padrão de distribuição dos elementos terras raras normalizados para condrito aproxima-se dos valores entre E-MORB (Enriched-Mid-Ocean Ridge Basalt) e OIB (Ocean Island Basalt). O Zr versus elementos incompatíveis indica fonte relativamente homogênea. Os padrões dos elementos incompatíveis, de maneira geral, apresentam anomalias negativas Nd, Nb e Sm e positivas de Sr, Ba e La. Quando comparados com os diques máficos da porção sudeste da Chapada Diamantina (CHD) apresentam aspectos de campo, petrográficos e geoquímicos similares. No entanto, os diques máficos da CHD mostram-se menos evoluídos (mg# variando entre 0,56-0,66) e com padrões de ETR menos diferenciados que aqueles diques do BG. / ABSTRACT – The basaltic magmatism of the southeast of the Gavião Block (GB), Bahia State is formed by dykes. These rocks intrude the geologic units of the Archaean crystalline basement of the Gavião Block, located in the São Francisco Craton.
The mafic dykes show typically medium, fine-grained exhibiting gray to black in color and are massive and isotropic rocks, therefore occur more differentiated types in the core portions. They have widths vary from a few centimeters to tens of meters, with predominance between 3 meters. They are predominantly oriented NNE-SSW and more rarely N-S. The mafic dykes have subophitic to ophitic and intergranular textures. The predominat minerals are clinopyroxene (augite) and plagioclase (labradorite and andesine). Opaque minerals, sphene, zircon, apatite are accessory minerals. Amphibole, carbonate, epidote and biotite are secondary minerals. Quartz occurs in granophiric intergrowth with alkali feldspar.
The mafic dykes are subalkaline of tholeiitic nature. The mg# [MgO/(MgO + FeOt), Fe2O3/FeO = 0,15 ] values varies from 0.25 to 0.45, characterizing it as evolved magmas. During differentiation magmatic Cr, Ni, CaO e Al2O3 decrease while SiO2, TiO2, FeOt, K2O, Na2O and incompatible elements increase. The geochemical behavior of the major elements suggests the strong control of the plagioclase and pyroxene in the magmatic fractionation. Condrite normalized rare earth element (REE) patterns show slightly enriched in light REE to the heavy REE. The REE pattern closer to the values between E-MORB (Enriched-Mid-Ocean Ridge Basalt) and OIB (Ocean Island Basalt). The incompatible elements versus Zr suggest that source composition was relatively homogeneous. The incompatible elements patterns, in general, have Nd, Nb and Sm negative anomalies and Sr, Ba and La positive. When compared with the mafic dykes of the southeastern portion of the Chapada Diamantina (CHD) present field, petrographic and geochemical aspects quite similar. However, the mafic dykes of CHD have been less evolved (mg # ranging from 0.56 to 0.66) and REE patterns less differentiated than those of BG dikes.
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Caracterização petrológica dos diques máficos da orla de Salvador, BahiaSilva, Sâmia de Oliveira 30 January 2018 (has links)
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Dissertação.Sâmia.pdf: 4721687 bytes, checksum: 7ed1120c9bc58cee0f712140effa110b (MD5) / Approved for entry into archive by NUBIA OLIVEIRA (nubia.marilia@ufba.br) on 2018-04-27T19:28:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação.Sâmia.pdf: 4721687 bytes, checksum: 7ed1120c9bc58cee0f712140effa110b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-27T19:28:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação.Sâmia.pdf: 4721687 bytes, checksum: 7ed1120c9bc58cee0f712140effa110b (MD5) / A região da cidade de Salvador está inserida no contexto geológico da confluência do Cinturão
Salvador-Esplanada-Boquim com a Faixa Salvador-Esplanada. Os diques máficos da área de estudo
estão inseridos na parte sul do Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim, no domínio dos migmatitos e
granulitos da Zona Salvador-Conde, na parte leste do Cráton do São Francisco. Apesar dos inúmeros
estudos realizados nos diques máficos da orla de Salvador e de seu interior, faz-se necessário ainda o
estudo da caracterização petrológica dessas rochas para um melhor entendimento dos processos
genéticos, bem como na reconstituição geodinâmica da colocação desses corpos. Trabalhos recentes
abordaram dados de campo, petrográficos e retrabalhamento de dados geoquímicos dos diques
máficos metamórficos e não metamórficos da orla marítima de Salvador. Trabalhos relacionados às
rochas encaixantes desses filões máficos, também, foram utilizados como base de dados. Deste modo,
nesta pesquisa, foram estudados os diques máficos não metamorfizados localizados em cinco praias na
orla marítima de Salvador, compreendidos entre o Farol da Barra e o Farol de Itapuã, nos aspectos de
campo, petrográficos e geoquímicos. Esses diques estão inseridos na Província Litorânea de Salvador.
De modo geral, preenchem fraturas distensivas na rocha encaixante granulítica, principalmente, em
direções NNW-SSE e E-W, são de cor preta, finos a afaníticos, tabulares, verticais com contatos retos,
curvos a sinuosos com a encaixante e suas espessuras que podem variar de poucos centímetros a
dezenas de metros. Os objetivos específicos do trabalho consistiram em: levantamento bibliográfico;
missões de campo; estudos petrográficos e estudos geoquímicos de elementos maiores e traço, visando
definir o comportamento destes elementos com a evolução magmática e caracterizar a fonte mantélica.
Os diques são importantes marcadores de ambiente tectônico e permitem que se faça um estudo da
variação química que o manto sofreu durante sua formação, auxiliando na reconstrução da dinâmica
evolutiva de dada região, por isso é de extrema importância o estudo dos mesmos. A principal
contribuição no estudo dos diques máficos da orla de Salvador, está no entendimento da composição
do manto litosférico subcontinental, sua evolução e conseqüente variação composicional ao longo do
tempo, bem como das várias fases magmáticas envolvidas. O estudo petrográfico permitiu identificar
de texturas porfiríticas com matriz afanítica até fanerítica fina; ofítica, subofítica e intergranular que,
mineralogicamente, são compostas por plagioclásio, augita e subordinadamente têm-se hornblenda,
biotita, minerais opacos e apatita, além de feições de sericitização e uralitização. O tratamento
litogeoquímico foi baseado em 25 amostras de diques máficos, coletadas ao longo da orla marítima de
Salvador. Os estudos geoquímicos permitiram classificá-los como basaltos toleíticos, constituídos por
magmas evoluídos (#mg 0,15-0,55), sugerindo uma diferenciação do tipo gabro em uma única fonte
mantélica, em ambiente intraplaca. / ABSTRACT - The region of Salvador is embedded in the geological context of the confluence of the SalvadorEsplanada-Boquim Belt with the Salvador-Esplanada Range. The mafic dams of the study area are
located in the southern part of the Salvador-Esplanada-Boquim Belt, in the area of the migmatites and
granulites of the Salvador-Conde Zone, in the eastern part of the São Francisco Craton. In spite of the
numerous studies carried out in the mafic dikes of Salvador and its interior, it is necessary to study the
petrographic characterization of these rocks for a better understanding of the genetic processes, as well
as in the geodynamic reconstitution of the placement of these bodies. Recent works have dealt with
field data, petrographic data and reworking of geochemical data of metamorphic and non -
metamorphic mafic levees along Salvador 's seafront. Works related to the nesting rocks of these mafic
lodes were also used as a database. In this research, the non - metamorphic mafic dykes located in five
beaches along Salvador 's seafront, comprised between the Barra Lighthouse and the Itapuã
Lighthouse, were studied in the field, petrographic and geochemical aspects. These dikes are located
in the Coastal Province of Salvador. In general, they fill distensive fractures in the granulitic nesting
rock, mainly in NNW-SSE and EW directions, they are black in color, fine to aphanitic, tabular,
vertical with straight contacts, curved to sinuous with the nesting and their thicknesses that may vary
from a few centimeters to tens of meters. The specific objectives of the study were: bibliographic
survey; field missions; petrographic studies and geochemical studies of major elements and trace,
aiming to define the behavior of these elements with the magmatic evolution and characterize the
mantle source. Dams are important markers of tectonic environment and allow a study of the chemical
variation that the mantle suffered during its formation, helping in the reconstruction of the
evolutionary dynamics of a given region, so it is extremely important to study them. The main
contribution in the study of the mafic dykes of the Salvador border is the understanding of the
composition of the subcontinental lithosphere mantle, its evolution and consequent compositional
variation over time, as well as of the various magmatic phases involved. The petrographic study
allowed the identification of porphyritic textures with an aphanitic matrix until fine phyeretic; subitic
and intergranular, which, mineralogically, are composed of plagioclase, augite and subordinately have
hornblende, biotite, opaque minerals and apatite, as well as features of sericitization and uralitization.
The litogeochemical treatment was based on 25 samples of mafic dykes, collected along Salvador 's
seafront. The geochemical studies allowed to classify them as toleitic basalts, constituted by evolved
magmas (#mg 0,15-0,55), suggesting a gabro type differentiation in a single mantle source, in an
intraplate environment.
Keywords: Mafic dykes; Petrography; Geochemistry; Salvador.
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Geologia, Petrografia, Química Mineral e Litogeoquímica do Enxame de Diques Máficos de Itapé, Estado da BahiaPinheiro, Ana Carolina Oliveira 06 1900 (has links)
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Dissertação_Ana_pinheiro_2012.pdf: 9768696 bytes, checksum: a98965bfccd1adfb134577bfb4b803fc (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-19T21:05:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação_Ana_pinheiro_2012.pdf: 9768696 bytes, checksum: a98965bfccd1adfb134577bfb4b803fc (MD5) / O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do estado da Bahia, compreende rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte integrante do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, no Cráton do São Francisco e intrudiram terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos do sul do Estado da Bahia.
O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo básico fissural da Província Itabuna-Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de Cisalhamento ItabunaItaju do Colônia (ZCIIC). Os corpos filonianos são de idade neoproterozoica (entre 0,66 e 0,55 Ga, K-Ar). Apresenta-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas, mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na direção NESW, embora também ocorram corpos na direção NW-SE.
Os diques máficos foram classificados quimicamente como álcali-basaltos, havaiitos, mugearitos e lati-basaltos. As características texturais e mineralógicas dos quatro grupos são semelhantes. São rochas mesocráticas com texturas hipocristalina, inequigranular e fortemente porfirítica, ofítica e subofítica e intergranular. Ocorrem fenocristais de plagioclásio, piroxênios (clino e orto) e olivina que juntos perfazem cerca de 75-85% do volume total das rochas, imersos numa matriz de granulação variando de fina a média. Secundariamente ocorrem anfibólio, micas, epídoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e carbonato que correspondem a produtos de alteração de plagioclásios, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos, titanita e raramente quartzo.
No contato entre o dique máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material de vítreo, entretanto à medida em que se afasta do contato, é possível perceber o crescimento dos cristais e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de plagioclásio, piroxênios e olivina. O resfriamento gradativo do magma gera o processo deutérico-hidrotermal, no qual há a alteração mineralógica dos principais minerais, além de zoneamento dos plagioclásios e piroxênios.
Análises geoquímicas realizadas em onze amostras coletadas na área de estudo indicam que esses copos filonianos possuem tendência alcalina, apresentando número mg# [MgO/(MgO+FeOt)] de 0,36 no latibasalto, de 0,37 a 0,45 nos álcali-basaltos, de 0,31 a 0,44 nos havaiitos e de 0,27 a 0,31 nos mugearitos sugerindo que as rochas de Itapé correspondem a litotipos mais evoluídos. De um modo geral, os padrões de distribuição dos ETR são muito semelhantes entre os quatro grupos, apresentando ETRl (leves) médio a fortemente enriquecidos.
Os padrões para os diferentes grupos são aproximadamente paralelos entre si, e esse comportamento revela que a fonte geradora pode ser a mesma para os vários litotipos observados. Todos os grupos de diques máficos de Itapé possuem valores aproximados para o padrão OIB. Os latibasaltos e os álcali-basaltos são os litotipos menos evoluídos, enquanto os havaiitos e mugearitos são os mais evoluídos. / ABSTRACT - The basaltic magmatism in the Itape region, southeast of Bahia, comprises rocks of intrusive character in the form of dykes. This set of rocks is part of Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, in the São Francisco Craton, and intruded archean and paleoprotherozoic granulitic polydeformed terrains of the southern Bahia state.
The mafic dykes swarm is part of the fissural basic magmatism of Itabuna-Itaju do Colônia Province (IICP), which is situated in the Itabuna-Itaju do Colônia Shear Zone (IICSZ). The mafic veins are neoprotherozoic age (between 0.66 and 0.55 Ga, K-Ar, according to LIMA et al. 1981). They present in a significant way along the Colônia river, with varying dimensions, arises tabular bodies almost always emerged ridges, but also submerged. These are vertical to subvertical and have the preferred trend in the NE-SW direction, although some bodies also occur in the NW-SE direction.
The mafic dykes are chemically classified as alkali-basalts, hawaiites, mugearites and latibasalts. The mineralogical and textural characteristics of the four groups are similar. These rocks are mesocratic with hipocrystalline, inequigranular, strongly porphiritic, ophitic, subophitic and intergranular textures. Occur phenocrysts of plagioclase, pyroxene (clino and ortho) and olivine, which together make up about 75-85% of the total volume of rocks, immersed in a matrix with a grain size ranging from fine to medium. Secondly, there amphibole, white mica, biotite, epidote, serpentine, idingsite, bowlingite, talc and carbonate that correspond to alteration products of plagioclase, pyroxene and olivine. Some opaque minerals occur as accessory mineral.
In the contact between the mafic dike and enclosing granulitic observed the formation of glassy material. However, as we move away from contact, it was possible to see the growth of crystals and formation of texture holocrystalline supporting micro, macro and phenocrysts of plagioclase, pyroxene and olivine. The gradual cooling of the magma generates deuteric/hydrothermal process in which is the mineralogical alteration, as well as zoning of plagioclase and pyroxene.
Geochemical analyzes made in eleven samples collected in the study area indicate that these mafic veins have a alkaline tendency showing the number mg# [MgO/(MgO+FeOt)] in latibasalt of 0.36, 0.37 to 0.45 in alkali-basalts, from 0.31 to 0.44 in hawaiites, and from 0.27 to 0.31 in mugearites, suggesting that the rocks of Itapé correspond to more evolved rock types. In general, the distribution patterns of REE are very similar to the for the four groups, with LREE (lights) medium to strongly enriched.
The patterns for the different groups are approximately parallel to each other, and this behavior show that the generating source can be the same observed for the various rock types. All groups of mafic dykes of Itapé have approximate values for the standard OIB. The latibasalts and alkali-basalts are less evolved rock types, while hawaiites and mugearites are more evolved.
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Geologia, Petrografia e Geoquímica dos Diques Máficos da Folha Caetité (Sd.23-Z-B-III)Damasceno, Giselle Chagas January 2013 (has links)
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DISSERTACAO_Giselle_C_Damasceno.pdf: 27922679 bytes, checksum: a26b2a52c516369383b7468893851c73 (MD5) / Os diques máficos localizados na folha Caetité, sudeste do Estado da Bahia, encontram-se inseridos no Cráton do São Francisco, na região que compõem uma das maiores e mais expressivas províncias de diques máficos do Estado da Bahia, denominada de Província de Diques Máficos Chapada Diamantina – Paramirim. Os diques máficos estudados apresentam posicionamento cronológico duvidoso, mas podem ser relacionados e associados aos diques máficos da Chapada Diamantina, de idade Mesoproterozóica. Os filões máficos foram agrupados em dois grupos: um que é intrusivo no ortognaisse Lagoa da Macambira (DILM) e o outro grupo que corta rochas do complexo Gavião (Greenstone Belt Ibitira-Ubiraçaba e ortognaisse Gama) e do complexo Lagoa Real (ortognaisse Lagoa Real e charnockito Lagoa Real) e foram denominados de diques externos ao ortognaisse Lagoa da Macambira (DELM). De modo geral, os diques máficos dos dois grupos se apresentam sob forma de lajedos, localizados em sua maioria em margens e leitos de rios, apresentam granulometria entre fina a média, são maciços, isotrópicos, possuem morfologia retilínea com pequenas sinuosidades, preenchendo fraturas distensivas segundo orientação preferencial WNW-ESE, espessuras que variam de poucos centímetros a dezenas de metros e extensões variáveis de até 3 km. Petrograficamente são equigranulares, possuem granulação que varia de fanerítica fina a média e texturas como ofítica, subofítica, intergranular e poiquilítica. Apresentam ainda feições como zoneamento, saussuritização, sericitização, cloritização, uralitização e biotitização. Os diques máficos foram classificados em sua grande maioria como gabronoritos com afinidade toleítica. A partir do estudo geoquímico utilizando o MgO como índice de variação notou-se que a evolução magmática gerou empobrecimento de CaO e Al2O3 e enriquecimento de SiO2, TiO2, FeOt, K2O, Na2O e elementos incompatíveis. O comportamento geoquímico dos elementos maiores sugere um forte controle dos minerais plagioclásio e piroxênio no processo de cristalização fracionada sofrido pelo magma. Os diques máficos (DILM) são mais primitivos (apresentam valores de mg# entre 0,32-0,44%), em relação aos diques máficos (DELM) os quais apresentam valores mg# variando de 0,26-0,36%. No entanto, ambos apresentam magmas relativamente mais evoluídos. Apresentam (DILM e DELM) padrões de ETR com disposição espacial quase retilínea, moderadamente fracionado, com anomalias levemente negativas de Eu. Mostram características químicas semelhantes a reservatórios mantélicos entre o E-MORB e OIB, mostrando, a priori, padrões que sugerem contaminação diferencial pela crosta. Fazendo uma comparação dos diques máficos estudados com os diques máficos da Chapada Diamantina e de Brumado, que compõem a província de Diques Máficos Chapada Diamantina-Paramirim, é possível observar similaridades geológicas (direção de colocação dos diques, espessuras, extensões), petrográficas e geoquímicas (comportamento dos elementos maiores, traço e terras raras e fonte mantélica). / ABSTRACT - The mafic dykes located on the sheet Caetité southeast of Bahia, are inserted in the Craton, the region comprising one of the largest and most significant provinces of mafic dykes of the State of Bahia, named Province Mafic Dykes Chapada Diamantina - Paramirim. The dikes have uncertain studied chronological placement, but may be related and associated with mafic dykes of the Chapada Diamantina on Mesoproterozoic age. The mafic veins were grouped into two groups: one that is intrusive orthogneiss Lagoa da Macambira (DILM) and another group that cuts rocks of the complex Gavião (Greenstone Belt Ibitira-Ubiraçaba and orthogneiss Gama) and the complex Lagoa Real (Lagoa Real orthogneiss and charnockite Lagoa Real) and were named to the external levees orthogneiss Lagoa da Macambira (DMLE). In general, the mafic dikes present in the form of sheets are located mostly in river beds and banks, have an average particle size between fine to medium, are solid, isotropic, having rectilinear morphology with small sinuosities, filling extensional secondary fractures, with preferred orientation WNW- ESE, thicknesses ranging from a few centimeters to tens of meters and variable length of up to 3 km. Petrographically, they are equigranular, have granulation ranging from fine to medium and textures as ophitic, subophitic, intergranular and Poikilitic. They also feature textures as zoning, saussuritization, sericitization, chloritization, uralitization and biotitization. The mafic dykes were classified mostly as gabbronorites with tholeiitic affinity. From the geochemical study using MgO as an index of variation was noted that the magmatic evolution caused depletion of CaO and Al2O3 and enrichment of SiO2, TiO2, FeOt, K2O, Na2O and incompatible elements. Geochemical behavior of major elements suggests a strong control of the plagioclase mineral and pyroxene in fractional crystallization processes undergone by magma. The mafic dykes (DILM) are more primitive (present values of mg# between 0.32-0.44%), compared to mafic dykes (DELM) which have values ranging from 0.26-0.36% mg#. However, both have relatively more developed melts. Present (DILM DELM) EMORB patterns with spatial layout almost straight, moderately fractionated, with slightly negative anomalies of Eu. They show chemical characteristics similar to reservoirs mantle between E- MORB and OIB, showing a priori patterns that suggest contamination differential the crust. Making a comparison of the studied mafic dykes with mafic dikes of the Chapada Diamantina and Brumado that make up the of Chapada Diamantina - Paramirim Mafic Dykes province is possible to observe geological similarities (direction of insertion of the dikes, thicknesses, extensions), petrographic and geochemical (behavior of major, trace and rare earth and mantle source).
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Petrologia dos Enxames de Diques Máficos Ectasiano de Itajú do Colônia e Criogeniano de Itapé, Sudeste do Estado da BahiaAmorim, Ana Carolina Pinheiro 10 1900 (has links)
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Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf: 16657465 bytes, checksum: e7a94e31a869b2b6b4ba4db736d535d6 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-12T17:31:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese_ANACAROLINAPINHEIROAMORIM2017.pdf: 16657465 bytes, checksum: e7a94e31a869b2b6b4ba4db736d535d6 (MD5) / O magmatismo anorogênico basáltico meso e neoproterozoico na porção sudeste do Estado da Bahia,
borda leste do Cráton do São Francisco, compreende rochas de caráter intrusivo que constituem os
enxames de diques máficos das regiões de Itajú do Colônia e Itapé (DMIC e DMIT, respectivamente).
Esses enxames se inserem no domínio do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, alojados nos terrenos
granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozoicos, nos domínios da Zona de Cisalhamento
Itabuna-Itajú do Colônia e da Província Alcalina do Sul da Bahia. Os DMIC e DMIT fazem parte do
magmatismo básico fissural das Províncias Litorânea (PL) e Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC) e datam,
respectivamente, do Ectasiano (1,38 Ga) e Criogeniano (0,697 Ga). São constituídos por gabros e basaltos,
que ocorrem predominantemente ao longo do leito do rio Colônia, aflorando como corpos tabulares de
dimensões variadas quase sempre em cristas emersas, subverticais a verticais, com trends preferenciais
nas direções NE-SW e NW-SE. Os DMIC foram quimicamente classificados em álcali-gabros, gabros,
gabrodioritos, monzogabros e sienogabros, enquanto os DMIT classificam-se em álcali-basaltos,
latibasaltos, hawaiitos e mugearitos. Suas características mineralógicas e texturais são, de modo geral,
semelhantes. São rochas mesocráticas, cujas principais texturas são holo a hipocristalina, afanítica a
fanerítica, porfirítica, glomeroporfirítica, ofítica, subofítica e intergranular. A mineralogia principal é
marcada por cristais de plagioclásio, augita e diopsídio, embora também ocorram, por vezes, hiperstênio e
enstatita em menores quantidades, além de olivina. Secundariamente verifica-se a presença de hornblenda,
clorita, micas, epidoto, serpentina, idingsita, bowlingita, talco e calcita que correspondem a produtos de
alteração de plagioclásio, piroxênios e olivina. Ocorrem ainda minerais opacos e, raramente, apatita,
riebeckita e quartzo. A investigação geotermométrica indica para os DMIC temperaturas médias de
cristalização entre 1000o e 1400oC, e para os DMIT entre 800o a 1400oC. Nos contatos entre os diques
máficos e as suas rochas encaixantes observa-se, frequentemente, as chilled margins. Análises
geoquímicas e isotópicas revelam para DMIC e DMIT, respectivamente, caráter predominantemente
subalcalino de afinidade toleítica e alcalino. Os DMIT exibem padrão de ETR compatíveis com a
assinatura de fonte mantélica tipo OIB, assim como os DMIC, que também exibem características do EMORB, sendo os padrões dos dois enxames bastante semelhantes, sugerindo fontes geradoras com
características semelhantes para ambos. Os processos de fusão parcial e cristalização fracionada atuaram
na gênese desses diques. A evolução geodinâmica desses enxames remete à instalação de prováveis
plumas mantélicas na base do Cráton São Francisco-Congo, que registrou diversos eventos magmáticos
associados à tectônica extensional. / ABSTRACT
The meso and neoproterozoic anorogenic basaltic magmatism in the southeast portion of the State of
Bahia, the eastern border of the São Francisco Craton, comprises intrusive rocks that constitute the
swarms of mafic dikes in the regions of Itajú do Colônia and Itapé (DMIC and DMIT, respectively). These
swarms fall within the domain of the Itabuna-Salvador-Curaçá Orogen, housed in the polideformed
archaean and paleoproterozoic granulitic terrains, in the domains of the Itabuna-Itajú do Colonia Shear
Zone and the Alkaline Province of South Bahia. DMIC and DMIT are part of the basic fissural
magmatism of the Litorânea (PL) and Itabuna-Itajú do Colônia (PIIC) Provinces, and date respectively to
the Ectasian (1.38 Ga) and Cryogenian (0.697 Ga). They consist of gabbros and basalts, occurring
predominantly along the bed of the Colônia River, emerging as tabular bodies of varying dimensions
almost always in emerged crests, subvertical to vertical, with preferential trends in the NE-SW and NWSE directions. DMIC were chemically classified in alkali-gabbros, gabbros, gabbrodiorites, monzogabbros
and syenogabbros, while DMIT are classified into alkali-basalts, latibasalts, hawaiites and mugearites. Its
mineralogical and textured characteristics are, in general, similar. They are mesocratic rocks, whose main
textures are holo to hypocrystalline, aphanitic to phaneritic, porphyritic, glomeroporphyritic, ophitic,
subophitic and intergranular. The principal mineralogy is marked by crystals of plagioclase, augite and
diopside, although hyperstene and enstatite are also sometimes present in smaller amounts, in addition to
olivine. Secondly, the presence of hornblende, chlorite, micas, epidote, serpentine, idingsite, bowlingite,
talc and calcite corresponding to products of alteration of plagioclase, pyroxenes and olivine are verified.
Opaque minerals and, rarely, apatite, riebeckite and quartz occur. The geothermometric investigation
indicates for DMIC average crystallization temperatures between 1000oC and 1400oC, and for DMIT
between 800oC and 1400oC. In the contacts between mafic dikes and their nesting rocks, chilled margins
are often observed. Geochemical and isotopic analyzes reveal for DMIC and DMIT, respectively,
predominantly subalkaline character of toleitic affinity and alkaline. The DMIT show REE patterns
compatible with the signature of OIB type mantle source, as well as the DMIC, which also exhibit EMORB characteristics, with the patterns of the two swarms being very similar, suggesting generating
sources with similar characteristics for both. The processes of partial melting and fractional crystallization
acted in the genesis of these dikes. The geodynamic evolution of these swarms refers to the installation of
probable mantle plumes at the base of the São Francisco-Congo Craton, which recorded several magmatic
events associated with extensional tectonics.
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“Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro leste de Rondônia – sudoeste do Cráton Amazônico” / Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro leste de Rondônia – sudoeste do Cráton AmazônicoTrindade Netto, Gil Barreto 16 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-07-16 / Dois tipos de diques máficos ocorrem na porção centro-leste de Rondônia, a sudoeste do Craton Amazônico. Os enxames posicionam-se na interface entre duas províncias geocronológicas e terrenos tectônicos distintos (Província Rio Negro-Juruena e Sunsás-Aguapeí, individualizadas no Terreno Jamari e Terreno Nova Brasilândia, respectivamente), separados pelo gráben paleozoico de Pimenta Bueno. Eles são denominados diabásio I e diabásio II. Diabásio I orienta-se preferencialmente segundo WNW-ESE, subordinadamente segundo NW-SE, e cortam rochas Proterozóicas das Formações Migrantinópolis e Terra Boa, e da Suíte Intrusiva Serra da Providência. Diabásio II é mais abundante na região e orienta-se preferencialmente segundo N-S e NNE-SSW, e subordinadamente segundo WSW-ESE. Esse enxame intrude rochas Paleozoicas das Formações Pedra Redonda e Pimenta Bueno. As principais diferenças petrográficas consistem na presença de ortopiroxênio somente nas amostras do diabásio II, e em diferentes texturas, predominantemente equigranular no diabásio II, e frequentemente porfirítica e microporfirítica no diabásio I. Geoquimicamente, as rochas de ambos os tipos classificam-se como basaltos toleíticos. Diabásio I (mg# 0,35-0,71) é mais enriquecido em FeO, TiO2, K2O, P2O5 e elementos incompatíveis em comparação a diabásio II (mg# 0,40-0,60). A diferença em grau de enriquecimento de ambos os magmas e a nítida distinção entre razões de elementos incompatíveis indicam que diabásio I e diabásio II são provenientes de diferentes mantos progenitores. A grande similaridade entre as médias e intervalos das razões de elementos incompatíveis dos diabásios I, Rb/Sr (0,03-0,39), K/Nb (197,42 - 1273,92), La/Nb (0,73 - 3,55), P/Nb (42,54 - 272,13), Ce/Zr (0,21 - 0,41), Ce/Yb (11,12 - 21,22), La/Yb (4,91 – 9,56), Zr/Th (61,05 – 140,54), Nb/Hf (1,34 – 7,48), Ce/Ta (36,20 – 199,65), Ba/Sr (0,65 – 2,15), Zr/Ti (75,85 – 203,08), Zr/Y (3,70 – 6,17) e metagabros do Grupo Nova Brasilândia (1,10 Ga), Rb/Sr (0,05-0,26), K/Nb (340,35 - 1304,49), La/Nb (1,68 - 3,23), P/Nb (74,20 - 264,74), Ce/Zr (0,19 - 0,67), Ce/Yb (7,04 – 57,85), La/Yb (2,86 – 25,23), Zr/Th (19,91 – 162,34), Nb/Hf (1,05 – 10,52), Ce/Ta (66,74 – 134,23), Ba/Sr (0,71 – 3,21), Zr/Ti (109,74 – 261,71), Zr/Y (2,96 – 6,16) sugere que ambos os magmas originaram-se de fontes mantélicas semelhantes, devendo-se levar em conta para futuras pesquisas, a possibilidade da proximidade das respectivas idades de intrusão. As características geológicas do enxame de diabásio II sugere idade Mesozoica, uma vez que cortam unidades paleozóicas. Os dados geológicos e geoquímicos indicam ambiente intracratônico para ambos os enxames / Two types of mafic dykes occur in the central eastern portion of Rondônia State, In the SW Amazonian Craton. They are located at the interface between two geochronological provinces and distinct tectonic terrains (Rio Negro Juruena and Sunsas Aguapei Provinces, and Jamari Terrain and Nova Brasilandia Terrain, respectively) and are separated by the Pimento Bueno Paleozoic graben. They are named diabase I and diabase II. Diabase I trends predominantly WNW-ESE, and subordinately NW-SE, and crosscut Proterozoic rocks from Migrantopolis and Terra Boa Formations and from the Intrusive Suite of Serra da Providência. Diabase II is more widespread in the region and trends mainly N-S and NNE-SSW, and subordinately WSW-ESE. This swarm crosscuts both Proterozoic (Migrantinópolis and Terra Boa Formations), and Paleozoic rocks (Pedra Redonda and Pimenta Bueno Formations). The main petrographic differences refers to the presence of orthopyroxene only in the diabase II samples, and different textures, predominately equigranular in diabase II, and frequently porphyritic and microporphyritic in diabase I. Geochemically both types are classified as tholeiitic basalts. Diabase I (mg# 0.35-0.71) is more enriched in FeO, TiO2, K2O, P2O5 and in incompatible elements in comparison with diabase II (mg# 0.40-0.60). The difference between enrichment degree of both melts and the clear distinction between incompatible element ratios indicate that diabase I and diabase II originate from different progenitor mantles. The great similarity between the means and ranges of incompatible element ratios of diabase I dykes, Rb/Sr (0.03-0.39), K/Nb (197.42 – 1273.92), La/Nb (0.73 – 3.55), P/Nb (42.54 – 272.13), Ce/Zr (0.21 – 0.41), Ce/Yb (11.12 – 21.22), La/Yb (4.91 – 9.56), Zr/Th (61.05 – 140.54), Nb/Hf (1.34 – 7.48), Ce/Ta (36.20 – 199.65), Ba/Sr (0.65 – 2.15), Zr/Ti (75.85 – 203.08), Zr/Y (3.70 – 6.17) and metagabbros from the Nova Brasilândia Group (1.10 Ga), Rb/Sr (0.05-0.26), K/Nb (340.35 – 1304.49), La/Nb (1.68 – 3.23), P/Nb (74.20 – 264.74), Ce/Zr (0.19 – 0.67), Ce/Yb (7.04 – 57.85), La/Yb (2.86 – 25.23), Zr/Th (19.91 – 162.34), Nb/Hf (1.05 – 10.52), Ce/Ta (66.74 – 134.23), Ba/Sr (0.71 – 3.21), Zr/Ti (109.74 – 261.71), Zr/Y (2.96 – 6.16) suggest that both melts originate from similar sources, and forthcoming researches should take into account the possibility of similar intrusion ages. The geological setting of the diabase II swarm suggests that these intrusions could be Mesozoic, since intrude in Paleozoic units. Geologic and geochemical data indicate an intracontinental setting for both swarms
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Distribuição do tamanho de cristais (DTC) e trama de plagioclásio em diques máficos Mesozóicos das Praias das Conchas e de Lagoinha (Municípios de Cabo Frio e Arraial de Búzios, RJ) / Crystal size distribution (CSD) and plagioclase fabrics in Mesozoic mafic dykes of the Beaches of Conchas and Lagoinha, (Municipalities of Cabo Frio and Armação dos Búzios, RJ)Ngonge, Emmanuel Donald 28 April 2011 (has links)
A técnica da Distribuição do Tamanho de Cristais - DTC (Crystal Size Distribution - CSD), que relaciona a densidade de cristais com a distribuição do tamanho, foi aplicada à população de plagioclásio de diques máficos do Enxame de Cabo Frio - Búzios (RJ). Os diques possuem larguras variáveis, de alguns centímetros a 20 metros, e orientação em torno de N45E. A textura dos diques é geralmente fina, localmente microporfirítica e intergranular no centro dos diques mais largos. Bordas resfriadas de alguns centímetros de largura são frequentes nos contatos com as rochas metamórficas encaixantes. Foram estudados dois diques na Praia das Conchas com espessura de 0,8m e 8,2m e, um outro na Praia da Lagoinha, com 2m de largura. As amostras foram coletadas junto às margens (~10 cm do contato) e no centro dos diques. O tamanho médio dos cristais de plagioclásio varia de 0,07 a 0,13 mm na borda dos diques mais finos (<= 2 m de largura) e de 0,09 a 0,20 mm na borda do dique mais largo. No centro do dique de Lagoinha e no dique largo de Praia das Conchas o tamanho de plagioclásio é da ordem de 0,19 ± 0,02 mm e 0,60 ± 0,07 mm, respectivamente. As DTCs nas bordas dos diques, independentemente de sua largura, mostraram um padrão tipicamente encurvado, e que tem sido atribuído na literatura como evidência para misturas de magmas com populações de cristais de tamanhos distintos. No entanto, no centro do dique largo (8,2m) de Praia das Conchas, a DTC é log-linear consistente com uma cristalização magmática simples. A química mineral mostrou que os cristais maiores (precoces) de plagioclásio apresentam um teor mais elevado em An (bytownita-labradorita) que os cristais menores (tardios) da matriz (labradorita-andesina). Além disso, a olivina é mais rica em Fo na borda que no centro do dique e, respectivamente, o piroxênio mais enriquecido em Ca. Esses resultados indicam que as margens resfriadas são mais máficas que o centro sugerindo uma evolução química normal com o resfriamento do magma. Portanto, as DTCs encurvadas provavelmente refletem taxas de cristalização heterogêneas possivelmente induzidas pela despressurização durante a ascensão do magma basáltico seguida de rápido resfriamento. O padrão da DTC log-linear no centro do dique de 8,2m de largura é atribuído ao maior tempo de residência do magma que favoreceria os processos de difusão química e re-equilíbrio textural. Os cálculos da taxa de resfriamento utilizando a inclinação da DTC permitiram estimar que o centro do dique largo da Praia das Conchas estaria completamente cristalizado (~ 900 °C) em torno de 73 dias. O estudo da Orientação Preferencial de Forma (OPF) de plagioclásio mostrou que a petrotrama tende a isotrópica nas margens dos diques com largura menor que 2 metros, o que poderia refletir uma rápida cristalização de plagioclásio por despressurização. Quando a trama é localmente definida, como no dique largo da Praia das Conchas, a lineação de plagioclásio é subhorizontal sugerindo que o fluxo magmático moveu-se predominantemente na lateral do dique. / The method of Crystal Size Distribution (CSD), which relates crystal density with size distribution, has been applied on the plagioclase population of the Mafic Dyke Swarm of Cabo Frio-Búzios (RJ). The dykes are NE-trending with widths from a few centimetres to 20m. The texture is generally fine grained and locally microporphyritic and intergranular at the center of the larger dykes. Chilled margins of a few centimetres in width are common at contacts with the metamorphic basement. Two dykes of 0.8m and 8.2m in width of the Conchas Beach and another of 2m in width at the Lagoinha Beach have been studied. Samples were collected at the margins (~10cm from the contact) and at the center of the dykes. The average characteristic size of the plagioclase crystals varies from 0.07 to 0.13mm at the margins of the narrow dykes (<=2m of width) and from 0.09 to 0.20mm at the margins of the large dyke. At the center of the Lagoinha and Conchas dykes the plagioclase size varies from 0.19 ±0.02mm and 0.60±0.07mm respectively. The CSDs at the dyke margins, irrespective of the dyke width, are typically concave-up, and in literature such patterns have been attributed as evidence of magma mixing with distinct crystal populations. However, at the center of the largest dyke (8.2m) of Conchas Beach, the CSD is log-linear, consistent with simple steady-state crystallization pattern. The mineral chemistry shows that the plagioclase phenocrysts have a high An content (bytownite-labradorite) than the groundmass grains (labradorite-andesine). At the margins olivine is richer in Fo than at the center, and respectively, pyroxene is richer in Ca. These results indicate that the chilled margin is more mafic than the center suggesting a normal chemical evolution in a cooling magma. Nevertheless, the concave-up CSDs probably depict heterogeneous crystallization rates possibly induced by depressurization during the ascent of the basaltic magma followed by rapid cooling. The log-linear CSD pattern at the center of the Conchas dyke (8.2m width) is attributed to a higher residence time of the magma which favors the processes of chemical diffusion and textural re-equilibration. The calculated cooling rates using the CSD slope enables us to estimate that the larger dyke of Conchas would be completely crystallized (at ~900oC) in 73 days. The study of the Shape Preferred Orientation (SPO) in plagioclase shows an isotropic petrofabric at the margins of the dykes <=2m, which could reflect a rapid crystallization of plagioclase by depressurization. When the fabric is defined, as in the larger Conchas Beach dyke, the plagioclase lineation is subhorizontal, suggesting that the magma flow was predominantly lateral to the dyke plane.
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Soleiras e enxames de diques máficos do Sul-Sudoeste do Cráton AmazônicoLIMA, Gabrielle Aparecida de 19 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-19 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMAT - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso / FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo / GEOCIAM - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Geociências da Amazônia / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Soleiras e enxames de diques máficos constituem importante ferramenta para o entendimento dos processos geodinâmicos, especialmente por marcarem o início de grandes eventos tectônicos extensionais, além de serem indicadores importantes da natureza e evolução das fontes mantélicas no tempo geológico. Na porção S-SW do Cráton Amazônico, ocorrências de soleiras e enxames de diques proterozoicos são relatadas no oriente boliviano, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Como exemplos têm-se os enxames de diques das suítes intrusivas Huanchaca, Rancho de Prata e Rio Perdido, bem como as soleiras máficas Huanchaca, Salto do Céu e Rincón del Tigre. O objetivo desta pesquisa é caracterizar natureza, evolução petrológica e tectônica do episódio magmático máfico, relacionado a eventos tafrogênicos responsáveis pela ruptura ou tentativa de ruptura da crosta continental. Para tal propósito foi feita uma abordagem multidisciplinar, envolvendo o mapeamento geológico, a realização de análises petrográfica, litoquímica e geocronológica (U-Pb ID-TIMS e Ar-Ar). As unidades estudadas estão localizadas nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Conquista D‟Oeste e Salto do Céu, em Mato Grosso, Porto Murtinho e Caracol, no Mato Grosso do Sul. As rochas da Suíte Salto do Céu ocorrem na região dos municípios de Salto do Céu e Rio Branco (MT) e afloram como soleiras e derrames. As soleiras encontram-se alojadas em rochas pelíticas, até então inseridas como parte do Grupo Aguapeí, com baixos valores de mergulho, quase sempre para WSW. Os derrames recobrem a mesma unidade sedimentar e apresentam estruturas verticais internas e de topo, típicas de fluxos basálticos de pequena espessura. Vesículas e amígdalas, além de feições como dobras de fluxo e brechas são comumente observadas. Petrograficamente, essas rochas são mesocráticas a melanocráticas, cinza-esverdeadas a pretas, equigranulares variando, em geral, de muito finas até médias. As soleiras são compostas por diabásios e gabros maciços que ao microscópio apresentam texturas ofítica, subofítica, intergranular e coronítica. Constituem-se, essencialmente, por plagioclásio e piroxênio, tendo como minerais acessórios: opacos, cristais aciculares de apatita e subédricos de titanita. Os derrames constituem-se de basaltos e diabásios com texturas ofítica, subofítica, hialofítica, porfirítica ou amigdaloidal em matriz pseudo-traquítica e, em alguns exemplares, vitrofírica. Os componentes principais correspondem a cristais de plagioclásio e piroxênio, além de vidro reliquiar. As amígdalas são arredondadas a elipsoidais, preenchidas por material fibroso a fibro-radiado, composto por zeólitas, clorita, fluorita e opacos. As soleiras e derrames têm afinidade toleítica, sendo classificadas como basaltos gerados em ambiente intraplaca continental. Essa unidade apresenta idade U-Pb (ID-TIMS), obtida em badeleíta, de 1439 ± 4 Ma. Dados geocronológicos Ar-Ar em plagioclásio e anfibólio, forneceram idades plateau de 1021 ± 5 Ma e integrada de 1385 ± 9 Ma, respectivamente. Os diques máficos da Suíte Intrusiva Rancho de Prata foram identificados em diversos sítios nas regiões de Nova Lacerda e Conquista D‟Oeste (MT), ao longo de uma faixa com direção NNW, de aproximadamente 30 km de largura e 150 km de extensão, se apresentando como enxame de intrusões paralelas, orientadas segundo a direção N30°–40°W com mergulhos íngremes. Exibem-se isentos de deformação e metamorfismo e mantêm contato intrusivo com as rochas gnáissicas, graníticas e metavulcanossedimentares do embasamento. As rochas dessa unidade caracterizam-se como gabros, diabásios e basaltos, faneríticos, afaníticos a porfiríticos, de granulação muito fina a média. Apresentam-se melanocráticas de cor cinza-escuro a preta, exibindo estrutura maciça, por vezes com foliação discreta paralela às paredes do dique. Microscopicamente, essas rochas são holo a hipocristalinas, e apresentam textura porfirítica, intergranular, sub-ofítica a ofítica, sendo constituídas, dominantemente, por plagioclásio, clino e ortopiroxênio, olivina e anfibólio. Nos basaltos encontra-se esporadicamente vidro intergranular de cor marromescuro. Litoquimicamente classificam-se como basaltos e andesi-basaltos. O magmatismo é do tipo subalcalino e toleítico que, pelas características químicas, se assemelham a basaltos continentais. Os padrões de distribuição dos elementos terras raras (ETR) estão em dois grupos: um fortemente fracionado e enriquecido em ETR leves e outro com pouco fracionamento, com razões médias La/Yb, respectivamente, iguais a 3,22 e 1,26. Idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1387 ± 17 Ma foi obtida para este enxame. Dados Ar-Ar em plagioclásio apresentam idades plateaus de 967 ± 5 Ma e 980 ± 7 Ma. Já os dados em anfibólio são heterogêneos, com idades integradas de 1495 ± 8 Ma e 1509 ± 7 Ma. As soleiras e os diques máficos da Suíte Intrusiva Huanchaca estão inseridos no contexto geológico do Terreno Paraguá, em sua porção não afetada pelos efeitos da Orogenia Sunsás (1,1 a 0,9 Ga). Os diques têm como encaixantes rochas do embasamento do Grupo Aguapeí, representadas pelos granitos mesoproterozoicos do Complexo Granitoide Pensamiento, e ortognaisses paleoproterozoicos Shangri-lá e Turvo, do Complexo Metamórfico Chiquitania; enquanto as soleiras encontram-se alojadas nos pelitos e arenitos da Formação Vale da Promissão, Grupo Aguapeí. As soleiras afloram como blocos e lajedos com contatos sempre abruptos e paralelos ao acamamento das rochas sedimentares. Os diques afloram em pequenas e descontínuas cristas orientadas segundo a direção ENE ou como blocos arredondados a angulosos, isolados no terreno granítico-gnáissico, cuja direção preferencial varia entre N70°-90°E. As soleiras, caracterizadas por gabros e diabásios, exibem cor cinza-esverdeado a preta e granulação fina a média. Opticamente, são rochas holocristalinas de textura sub-ofítica a ofítica e, mais raramente, intergranular. Rochas cumuláticas, de ocorrência restrita, foram identificadas com paragênese e texturas semelhantes diferenciando-se pela presença de olivina e grande quantidade de minerais máficos. As rochas das soleiras consistem, essencialmente, de plagioclásio, piroxênio, anfibólio, opacos, e em algumas delas, feldspato alcalino e quartzo com intercrescimento gráfico. Os diques apresentam cor cinza-escuro a cinza-esverdeado, granulação variando da margem para a porção central do corpo de muito fina ou vítrea a média, respectivamente. Classificam-se como diabásios e basaltos, respectivamente holo e hipocristalinos, constituídos essencialmente por plagioclásios, piroxênios e olivina. Ao exame óptico, os diabásios apresentam texturas inequigranular, sub-ofítica e subordinadamente ofítica, granulação fina a média, enquanto nos basaltos domina textura porfirítica, glomeroporfirítica, vitrofírica e, mais raramente, intersertal e hialofítica. Litoquimicamente, os diques e soleiras classificam-se como basaltos andesíticos de magmatismo subalcalino do tipo toleítico, de ambiente intraplaca continental. Os ETR mostram que as rochas das soleiras são mais enriquecidas em ETRtotais do que as dos diques e apresentam uma considerável variação vertical ao envelope, no entanto a ele paralelizada. Idades plateaus Ar-Ar foram obtidas para as soleiras, tanto para o plagioclásio (948 ± 5 Ma) como para o anfibólio (1113 ± 11 Ma). Ainda para as soleiras, foi conseguida uma idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1111,5 ± 1,9 Ma. O enxame de diques da Suíte Intrusiva Rio Perdido ocorre encaixado em rochas paleoproterozoicas, ao longo do Terreno Rio Apa (SW do MS) e no Paraguai. Os diques são tabulares a lenticulares, com espessura entre 1 e 30 m, são preferencialmente paralelos segundo as direções N70°-90°E e N70º-90ºW, exibem contatos abruptos e discordantes ao trend geral NS. São compostos por diabásios de granulação muito fina a fina e microgabros finos a médios, isotrópicos, sem quaisquer vestígios de deformação dúctil e metamorfismo. Ao microscópio, classificam-se como holocristalinos, com textura ofítica a subofítica, intergranular, por vezes porfirítica, e localmente quenching, com morfologia do tipo “cauda de andorinha”. Constituem-se essencialmente por plagioclásio, piroxênios e olivina. Apresentam trend toleítico, com enriquecimento em FeOt em relação ao MgO para valores de álcalis relativamente constantes. Classificam-se como basaltos e basaltos andesíticos e quanto à ambiência tectônica, se assemelham à basaltos intraplaca fanerozoicos. O comportamento dos ETR, mostra forte fracionamento de ETR pesados em relação aos ETR leves, com razões La/Yb entre 2,8 e 6,2, com anomalia pouco expressiva ou inexistente de Eu. Dados recentes U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, forneceram idade de 1110 Ma. O Complexo Ígneo Rincón del Tigre corresponde a uma intrusão acamadada, espessa, alojada em rochas do Grupo Sunsás (abaixo) e Grupo Vibosi (acima). Foi denominado na região de Rincón del Tigre (Bolívia), e caracterizado como um registro ígneo relacionado à Orogenia Sunsás. As rochas que compõem esse complexo foram litoestratigraficamente divididas em três unidades: Ultramáfica (basal), Máfica (intermediária) e Félsica (superior). A Unidade Ultramáfica constitui-se por dunito serpentinizado, harzburgito, olivina bronzitito, bronzita picrito e melanorito, enquanto a Unidade Máfica por norito e gabro. A Unidade Félsica está representada por granófiro. Idade U-Pb (ID-TIMS), em badeleíta, de 1110,4 ± 1,8 Ma, obtida a partir de amostra coletada da Unidade Félsica, demonstram similaridade cronológica com rochas de suítes graníticas sin e pós-orogênicas que ocorrem na província Sunsás-Aguapeí, na Bolívia e no Brasil. Com base em dados K-Ar com valores entre 875 e 1006 Ma, todas as unidades acima descritas eram agrupadas a um evento magmático e interpretadas como uma LIP associada à tentativa de ruptura do supercontinente Rodínia. Com base nos novos dados geocronológicos de precisão (U-Pb TIMS em badeleíta e Ar-Ar em anfibólio e plagioclásio) e informações de campo e petrológicas, essa hipótese não se confirma. Existem dois episódios de magmatismo fissural anteriores a aglutinação desse supercontinente: o mais antigo entre 1387 e 1439 Ma e o mais jovem em torno de 1110 Ma. Considerando a evolução do sudoeste do Cráton Amazônico, o episódio mais velho, marcado pelo enxame de diques Rancho de Prata e derrames e soleiras Salto do Céu, provavelmente esteja associado aos estágios pósorogênicos do Arco Magmático Santa Helena do Terreno Jauru; o evento mais jovem, restrito aos Terrenos Paraguá e Rio Apa, representado pelas suítes Huanchaca, Rio Perdido e pelo Complexo Rincón del Tigre, integra uma LIP esteniana na porção sul-sudoeste do Cráton Amazônico, evoluída durante uma tentativa de ruptura continental responsável pelo desenvolvimento do Aulacógeno Aguapeí. As Faixas Sunsás e Aguapeí, marcam o período de aglutinação do supercontinente Rodínia e afetam metamórfica e deformacionalmente parte desta LIP esteniana. / Sills and mafic dyke swarms are an important tool for understanding geodynamic processes once they mark the beginning of large extensional tectonic events, but also they are fundamental indicators of nature and evolution of mantle sources through geological time. In the S-SW Amazon Craton, Proterozoic sills and dyke swarms are reported in Eastern Bolivia, and in the Brazilian states of Mato Grosso and Mato Grosso do Sul. There are examples, such as the dyke swarms of the Huanchaca, Rancho de Prata, and Rio Perdido intrusive suites as well as mafic sills of the Huanchaca, and Salto do Céu suites, and Rincón del Tigre Complex. This work aims to characterize the nature, petrological evolution and tectonics of the mafic magmatic event related to tafrogenetic events that are responsible for the break-up or attempted break-up of continental crust. Several tools were used in order to clarify this issue, such as geological mapping, petrographic, lithogeochemical and geochronological (U-Pb IDTIMS and Ar-Ar) analysis. The studied units are sited in the municipalities of Vila Bela da Santíssima Trindade, Nova Lacerda, Conquista D‟Oeste, and Salto do Céu in Mato Grosso, and in Porto Murtinho and Caracol in Mato Grosso do Sul. Rocks of the Salto do Céu suite occur in the municipalities of Salto do Céu and Rio Branco (MT), and outcrop as sills and lava flows. Sills are emplaced into pelitic rocks of the Aguapeí Group usually with shallow dips towards WSW. Lava flows overly the same sedimentary unit and show internal vertical structures and flow-top structures that are typical of thin basaltic flows. Vesicles and amygdales are commonly observed along with flow-folds and breccias. Petrographically, these rocks are mesocratic to melanocratic, greenish-gray to black, and equigranular varying from very fine- to medium-grained. Sills consist of diabases and massif gabbros that under the microscope show ophitic, sub-ophitic, intergranular, and coronitic textures. They are essentially composed of plagioclase and pyroxene having its accessory assemblage represented by opaques, acicular apatite and subhedral sphene. Lava flows, in turn, consist of basalts and diabases that commonly displays ophitic, sub-ophitic, hyalophitic, porphyritic or amygdaloidal textures in a pseudo-trachytic groundmass; some samples exhibit vitrophyric texture. The main components are plagioclase, pyroxene, and relict glass. Amygdales are rounded to ellipsoidal filled with fibrous to fibro-radiated material which is composed of zeolites, chlorite, fluorite, and opaques. Sills and lava flows have tholeiitic affinity, and are classified as intraplate basalts. This suite shows a U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1439 ± 4 Ma. 40Ar-39Ar analysis of plagioclase and amphibole provided a plateau age of 1021 ± 5 Ma, and an integrated age of 1385 ± 9 Ma, respectively. Numerous mafic dykes of the Rancho de Prata Intrusive Suite occur in the surroundings of Nova Lacerda and Conquista D‟Oeste (MT) along an array about 30 km-wide and 150 km-long trending NNW. They occurs as parallel dyke swarms striking N30°–40°W with steep dips. There are no records of deformation or metamorphism on these rocks which occur in intrusive contact with gneissic, granitic and metavulcanossedimentary rocks of the basement. These mafic dykes consist of gabbros, diabases, and basalts, very fine to medium-grained, which exhibits phaneritic, aphanitic to porphyritic textures. They are melanocratic dark-gray to black, with massif structure, in places with discrete foliation parallel to the dyke walls. Microscopically, these rocks are holo- to hypocrystalline, and show porphyritic, intergranular, and subophitic to ophitic textures, and are essentially composed of plagioclase, clinopyroxene and orthopyroxene, olivine and amphibole. Dark-brown intergranular glass is seldom observed in basalts. Lithogeochemical studies allow us to classify these rocks as basalts and andesiticbasalts. The magmatism is sub-alkaline to tholeiitic whose chemical affinity is compatible with continental basalts. Two groups are observed in rare earth elements distribution patterns: one strongly fractionated and enriched in light ETR, and another one weakly fractionated with medium La/Yb ratios, respectively, 3.22 and 1.26. A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1387 ± 17 Ma was obtained for the dyke swarms. 40Ar-39Ar analysis of plagioclase provided plateau ages of 967 ± 5 Ma and 980 ± 7 Ma. However, 40Ar-39Ar age-spectrum data for amphibole is heterogeneous, therefore provide integrated ages of 1495 ± 8 Ma and 1509 ± 7 Ma. Sills and mafic dykes of the Huanchaca Intrusive Suite are sited in the portion of the Paraguá Terrane which is not affected by the Sunsás Orogeny (1.1 to 0.9). Dykes occur emplaced into the basement rocks underlying the Aguapeí Group that are represented by the Mesoproterozoic granites Guaporeí and Passagem that form part of the Pensamiento Granitoid Complex, as well as by the Paleoproterozoic orthogneisses Shangri-lá and Turvo that occur within the Chiquitania Metamorphic Complex; sills, in turn, are emplaced into the pelites and sandstones of the Vale da Promissão Formation (Aguapeí Group). Sills outcrop as blocks and low-lying outcrops in abrupt and parallel contacts to the layering of sedimentary rocks. On the other hand, dykes outcrop as small and discontinuous trending-ENE crests, or as single, rounded and angular blocks in the granitic-gnaissic terrane whose main orientation varies between N70°-90°E. Sills consist of gabbros and diabases, are greenish-gray to black in colour, and fine- to medium-grained. Optically, these are holocrystalline with sub-ophitic to ophitic texture, and rare intergranular texture. Cumulate rocks of restricted occurrence were identified with paragenesis and textures similar to each other whose difference is the presence of olivine and high content of mafic minerals. These rocks are essentially composed of plagioclase, pyroxene, amphibole, opaques, and in a few of them, alkali-feldspar and quartz displaying graphic intergrowth are also observed. Dykes are dark-gray to greenish-gray with grain size decreasing from the rock wall towards the center of the body from very fine-grained or glassy to medium-grained, respectively. They are classified as diabases and basalts, respectively, holo to hypocrystalline, and have an essential composition of plagioclase, pyroxene and olivine. Under the microscope, diabases show inequigranular, sub-ophitic, and subordinate ophitic textures, and are fine- to medium-grained, while basalts display porphyritic, glomeroporphyritic, and textures vitrophyric, and rarely intersertal to hyalophitic textures. Chemically, dykes and sills are classified into sub-alkaline andesitic basalts (tholeiitic) formed in intraplate settings. REE patterns show that sills are richer in total REE relative to the dykes, as well as show significant vertical variation with respect to the REE pattern envelope, yet parallel to it. Ar-Ar plateau ages were obtained for the sills both from plagioclase (948 ± 5 Ma), and amphibole (1113 ± 11 Ma). A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1111.5 ± 1.9 Ma was also obtained for sills. The dyke swarms that form part of the Rio Perdido Intrusive Suite occur emplaced into Paleoproterozoic rocks sited in the Rio Apa Terrane (SW of Mato Grosso do Sul), and Paraguay. Dykes are tabular to lenticular, 1 to 30 m thick, generally striking N70°-90°E and N70º-90ºW. They exhibit abrupt and discordant contact with respect to the general NS trend. Dykes consist of very fine- to fine-grained diabases, and fine- to medium-grained microgabbros, both with no evidence of ductile deformation and metamorphism. Under the microscope, they are holocrystalline with ophitic to sub-ophitic, intergranular, and, in places, porphyritic textures, as well as quench textures in which they display swallow-tail shape. They contain essential plagioclase, pyroxenes and olivine, and show a tholeiitic trend with FeOt enrichment relative to MgO for relatively constant alkali contents. They are classified as basalts and andesitic basalts that are similar to Phanerozoic intraplate basalts. REE patterns show strong fractionation of light REE relative to the heavy, with La/Yb ratios varying between 2.8 and 6.2 and Eu anomalies subtly negative or absent. Recent U-Pb (ID-TIMS) data on baddeleyite provided an age of 1110 Ma. The Rincón del Tigre Igneous Complex is a thick layered intrusion that intrudes into the Sunsás Group (below), and into the Vibosi Group (above). Its name is due to the region of Rincón del Tigre in Bolivia, and is characterized as an igneous event related to the Sunsás Orogeny. It is divided into three units: Ultramafic (basal), Mafic (intermediate), and Felsic (superior). The Ultramafic Unit is composed of serpentinized dunite, harzburgite, olivine bronzite, bronzite picrite, and melanorite, while the Mafic Unit is composed of norite and gabbro. The Felsic Unit is represented by granophyres. A U-Pb (ID-TIMS) baddeleyite age of 1110.4 ± 1.8 Ma was obtained from the Felsic Unit, and show chronological similarity to the syn- and postorogenic granitic suites that occur in the Sunsás-Aguapeí province sited in Bolivia, and Brazil. Based on K-Ar ages varying between 1006 and 875 Ma, the units above were attributed to a single magmatic event and interpreted as a LIP that formed during an attempted breakup of Rodinia. Now, based on new precise geochronologic data (U-Pb TIMS on baddeleyite, and Ar-Ar on amphibole and plagioclase), and field and petrological data, this hypothesis is not supported anymore. There were two fissural magmatic events prior to the agglutination of this supercontinent: the older one with ages of 1439 and 1387 Ma, and the younger one around 1110 Ma old. By taking into account the evolution of the Amazon Craton, the older episode is marked by dyke swarms of the Rancho de Prata suite as well as lava flows and sills of the Salto do Céu suite, likely associated with post-orogenic stages of the Santa Helena Magmatic Arc in the Jauru Terrane; the younger event, which have occurrence restricted to the Paraguá and Rio Apa Terranes, is represented by the Huanchaca, and Rio Perdido suites and Rincón del Tigre Complex, and form part of a Stenian LIP sited in the south-southwestern Amazon Craton. This LIP evolved from an attempted break-up of continental crust that resulted in the formation of the Aguapeí Aulacogen. The Sunsás and Aguapeí Belts mark the period of agglutination of Rodinia, and are responsible for the metamorphism and deformation observed in part of this Stenian LIP.
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Distribuição do tamanho de cristais (DTC) e trama de plagioclásio em diques máficos Mesozóicos das Praias das Conchas e de Lagoinha (Municípios de Cabo Frio e Arraial de Búzios, RJ) / Crystal size distribution (CSD) and plagioclase fabrics in Mesozoic mafic dykes of the Beaches of Conchas and Lagoinha, (Municipalities of Cabo Frio and Armação dos Búzios, RJ)Emmanuel Donald Ngonge 28 April 2011 (has links)
A técnica da Distribuição do Tamanho de Cristais - DTC (Crystal Size Distribution - CSD), que relaciona a densidade de cristais com a distribuição do tamanho, foi aplicada à população de plagioclásio de diques máficos do Enxame de Cabo Frio - Búzios (RJ). Os diques possuem larguras variáveis, de alguns centímetros a 20 metros, e orientação em torno de N45E. A textura dos diques é geralmente fina, localmente microporfirítica e intergranular no centro dos diques mais largos. Bordas resfriadas de alguns centímetros de largura são frequentes nos contatos com as rochas metamórficas encaixantes. Foram estudados dois diques na Praia das Conchas com espessura de 0,8m e 8,2m e, um outro na Praia da Lagoinha, com 2m de largura. As amostras foram coletadas junto às margens (~10 cm do contato) e no centro dos diques. O tamanho médio dos cristais de plagioclásio varia de 0,07 a 0,13 mm na borda dos diques mais finos (<= 2 m de largura) e de 0,09 a 0,20 mm na borda do dique mais largo. No centro do dique de Lagoinha e no dique largo de Praia das Conchas o tamanho de plagioclásio é da ordem de 0,19 ± 0,02 mm e 0,60 ± 0,07 mm, respectivamente. As DTCs nas bordas dos diques, independentemente de sua largura, mostraram um padrão tipicamente encurvado, e que tem sido atribuído na literatura como evidência para misturas de magmas com populações de cristais de tamanhos distintos. No entanto, no centro do dique largo (8,2m) de Praia das Conchas, a DTC é log-linear consistente com uma cristalização magmática simples. A química mineral mostrou que os cristais maiores (precoces) de plagioclásio apresentam um teor mais elevado em An (bytownita-labradorita) que os cristais menores (tardios) da matriz (labradorita-andesina). Além disso, a olivina é mais rica em Fo na borda que no centro do dique e, respectivamente, o piroxênio mais enriquecido em Ca. Esses resultados indicam que as margens resfriadas são mais máficas que o centro sugerindo uma evolução química normal com o resfriamento do magma. Portanto, as DTCs encurvadas provavelmente refletem taxas de cristalização heterogêneas possivelmente induzidas pela despressurização durante a ascensão do magma basáltico seguida de rápido resfriamento. O padrão da DTC log-linear no centro do dique de 8,2m de largura é atribuído ao maior tempo de residência do magma que favoreceria os processos de difusão química e re-equilíbrio textural. Os cálculos da taxa de resfriamento utilizando a inclinação da DTC permitiram estimar que o centro do dique largo da Praia das Conchas estaria completamente cristalizado (~ 900 °C) em torno de 73 dias. O estudo da Orientação Preferencial de Forma (OPF) de plagioclásio mostrou que a petrotrama tende a isotrópica nas margens dos diques com largura menor que 2 metros, o que poderia refletir uma rápida cristalização de plagioclásio por despressurização. Quando a trama é localmente definida, como no dique largo da Praia das Conchas, a lineação de plagioclásio é subhorizontal sugerindo que o fluxo magmático moveu-se predominantemente na lateral do dique. / The method of Crystal Size Distribution (CSD), which relates crystal density with size distribution, has been applied on the plagioclase population of the Mafic Dyke Swarm of Cabo Frio-Búzios (RJ). The dykes are NE-trending with widths from a few centimetres to 20m. The texture is generally fine grained and locally microporphyritic and intergranular at the center of the larger dykes. Chilled margins of a few centimetres in width are common at contacts with the metamorphic basement. Two dykes of 0.8m and 8.2m in width of the Conchas Beach and another of 2m in width at the Lagoinha Beach have been studied. Samples were collected at the margins (~10cm from the contact) and at the center of the dykes. The average characteristic size of the plagioclase crystals varies from 0.07 to 0.13mm at the margins of the narrow dykes (<=2m of width) and from 0.09 to 0.20mm at the margins of the large dyke. At the center of the Lagoinha and Conchas dykes the plagioclase size varies from 0.19 ±0.02mm and 0.60±0.07mm respectively. The CSDs at the dyke margins, irrespective of the dyke width, are typically concave-up, and in literature such patterns have been attributed as evidence of magma mixing with distinct crystal populations. However, at the center of the largest dyke (8.2m) of Conchas Beach, the CSD is log-linear, consistent with simple steady-state crystallization pattern. The mineral chemistry shows that the plagioclase phenocrysts have a high An content (bytownite-labradorite) than the groundmass grains (labradorite-andesine). At the margins olivine is richer in Fo than at the center, and respectively, pyroxene is richer in Ca. These results indicate that the chilled margin is more mafic than the center suggesting a normal chemical evolution in a cooling magma. Nevertheless, the concave-up CSDs probably depict heterogeneous crystallization rates possibly induced by depressurization during the ascent of the basaltic magma followed by rapid cooling. The log-linear CSD pattern at the center of the Conchas dyke (8.2m width) is attributed to a higher residence time of the magma which favors the processes of chemical diffusion and textural re-equilibration. The calculated cooling rates using the CSD slope enables us to estimate that the larger dyke of Conchas would be completely crystallized (at ~900oC) in 73 days. The study of the Shape Preferred Orientation (SPO) in plagioclase shows an isotropic petrofabric at the margins of the dykes <=2m, which could reflect a rapid crystallization of plagioclase by depressurization. When the fabric is defined, as in the larger Conchas Beach dyke, the plagioclase lineation is subhorizontal, suggesting that the magma flow was predominantly lateral to the dyke plane.
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Diques mesozoicos subalcalinos de baixo titânio da Região dos Lagos (RJ): geoquímica e geocronologia 40Ar/39Ar / Subalkaline low-Ti Mesozoic dykes from Região dos Lagos (RJ): geochemistry and 40Ar/39Ar geochronologyCarvas, Karine Zuccolan 14 December 2016 (has links)
Os diques da Região dos Lagos, localizados entre os municípios de Arraial do Cabo, Cabo Frio e Armação dos Búzios (RJ), integram o Enxame de Diques da Serra do Mar (ESM) e apresentam particularidades geoquímicas e geocronológicas que fazem com que seu papel na abertura do Atlântico Sul ainda seja pouco compreendido. Este estudo apresenta os resultados da investigação detalhada sobre a gênese e a idade dessas intrusões, através novas análises de elementos maiores, menores, traços, razões isotópicas (Sr, Nd e Pb) e datações 40Ar/39Ar. Os diques são quimicamente representados por basaltos toleíticos, andesibasaltos toleíticos e basaltos transicionais, com teores de TiO2, em sua maioria, inferiores a 2% (BTi). Os dados de geoquímica elemental permitem identificar dois grupos, um mais primitivo e empobrecido em elementos incompatíveis (grupo A), e outro mais evoluído e enriquecido nesses elementos (grupo B). Os dados sugerem pouca ou nenhuma influência de contaminação crustal durante a evolução e apontam semelhanças do grupo A com os basaltos BTi (Esmeralda) da Província Magmática do Paraná (PMP). O grupo B, por sua vez, apresenta características distintas dos derrames BTi da PMP. O grupo A possui composições isotópicas pouco radiogênicas em Sr e mais radiogênicas em Pb que o grupo B, assemelhando-se àquelas dos diques Horingbaai da Namíbia. As razões isotópicas de Pb sugerem que os dois grupos foram originados por fontes mantélicas distintas, as quais são também menos radiogênicas que os derrames BTi da PMP. Os dados não se adequam à diferenciação por cristalização fracionada com assimilação concomitante ou por mistura envolvendo os reservatórios mantélicos clássicos. Este comportamento pode estar relacionado a heterogeneidades do manto litosférico, causadas por longos processos de subducção durante a amalgamação do Gondwana ocidental. As análises 40Ar/39Ar mostram que a presença de sericitização e albitização nos plagioclásios pode imprimir as idades desses processos nos espectros. Plagioclásios sericitizados do grupo A forneceram idades de 106-108 Ma, e também um provável evento de albitização em 96 Ma. Tais idades discordam tanto das de plagioclásios frescos (idades máximas de 125-140 Ma), afetados por excesso de Ar em decorrência de inclusões de piroxênio e apatita, como daquelas de 132 Ma obtidas em anfibólio-biotita. Estas últimas devem marcar a intrusão dos diques do grupo A, confirmando sua associação com a PMP. A análise em rocha total de um dique do grupo B apresentou idade máxima de cerca de 108 Ma, sugerindo que a intrusão dos grupos A e B podem não ser contemporâneas. A similaridade entre a idade do grupo B e aquela de soerguimento da costa sudeste sugere que estes diques possam ter sido originados durante esse evento, que também teria causado a alteração (sericitização) dos plagioclásios do grupo A. / The Região dos Lagos tholeiitic dykes, located in Rio de Janeiro State, encompass the Arraial do Cabo, Cabo Frio and Armação de Búzios towns and integrate the Serra do Mar Dyke Swarm. Their role in the South Atlantic opening processes is still poorly defined because of their peculiar geochemical and geochronological features. In this work, the petrogenesis and the geochronology of these intrusions were investigated in detail based on new data of elemental (major, minor and trace elements) and isotope (Sr, Nd and Pb) geochemistry along with a careful 40Ar/39Ar dating. The dykes are chemically represented by tholeiitic basalts, andesi tholeiitic basalts and transitional basalts, usually presenting TiO2 contents lower than 2% (LTi). The elemental geochemistry allows the recognition of two magmatic groups; one of them is more primitive and depleted in incompatible elements (group A), whereas the other one is more evolved and enriched in these elements (group B). The data also indicate that crustal assimilation, if existed, had a small role in the magmatic evolution of both groups, and point out similarities between group A and the LTi flows (Esmeralda) from the Paraná Magmatic Province (PMP). Group B, in turn, displays geochemical features very different from those of the LTi basalts from PMP. The Sr isotope compositions of group A are less radiogenic than those of the B one, but the opposite occurs with Pb, which makes the first group similar to the Horingbaai dykes from Namibia. The Pb isotope ratios indicate that A and B were originated from distinct mantle sources, which also differ from those related to PMP LTi flows. The isotope data are not compatible with assimilation-fractional crystallization processes or simple mixtures involving the classic mantle reservoirs. This behavior suggests origin in heterogeneous lithospheric subcontinental mantle, probably affected by long subduction periods during Western Gondwana amalgamation. The 40Ar/39Ar geochronological data point out that the presence of plagioclase sericitization and albitization in their rims may imprint the age of these events in the age spectra. Sericitized plagioclase grains of group A displayed ages of 106-108 Ma, while the albitized fractions provided ages of 96 Ma. Such results disagree with both the fresh plagioclase grains (maximum ages of 125-140 Ma), very affected by excess Ar due to pyroxene and apatite inclusions, and the 132 Ma age of the amphibole-biotite aliquots. This last result very probably corresponds to the dyke emplacement event, confirming the genetic relationship between group A and the PMP. Whole rock dating in a sericite-free group B dyke provided maximum age of 108 Ma, which would imply that A and B groups are not coeval. The similarity between the last age and the uplifting event of Southwestern Brazilian coast suggests that the dykes of group B could have been generated during such process, which also altered (sericitized) the plagioclases of the group A dykes.
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