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Estudo longitudinal da leptospirose urbana: investigação de fatores de risco para infecção e para o desenvolvimento de formas graves após a infecção / Estudo longitudinal da leptospirose urbana: investigação de fatores de risco para infecção e para o desenvolvimento de formas graves após a infecção

Ribeiro, Guilherme de Sousa January 2008 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2012-07-19T21:05:33Z No. of bitstreams: 1 Guilherme de Sousa Ribeiro. Estudo Longitudinal da Leptospirose urbana - CPqGM - Tese de Doutorado - 2008.pdf: 1383349 bytes, checksum: 6c9b0cb0aca3522ea46376187974675a (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-19T21:05:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Guilherme de Sousa Ribeiro. Estudo Longitudinal da Leptospirose urbana - CPqGM - Tese de Doutorado - 2008.pdf: 1383349 bytes, checksum: 6c9b0cb0aca3522ea46376187974675a (MD5) Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / A leptospirose grave emergiu como um importante problema de saúde pública urbana devido à expansão das favelas em todo o mundo. Medidas de prevenção são necessárias para reduzir a morbidade e mortalidade associadas à doença. Entretanto, a ausência de informações populacionais sobre determinantes para infecção e para o desenvolvimento de doença grave após a infecção tem limitado a implementação de intervenções. Nossos objetivos são identificar fatores de risco para infecção pela Leptospira em uma comunidade urbana e determinar a influência da idade e do sexo sobre o risco de infecção e progressão da doença após a infecção. Em um estudo de corte transversal realizado na comunidade de Pau da Lima, Salvador, nós identificamos que 15% dos 3.171 residentes inclusos no estudo apresentavam evidência sorológica para infecção prévia pela Leptospira. Uso de Sistema de Informação Geográfica e de abordagens de modelagem estatística identificaram deficiências de saneamento – esgotos abertos, áreas de risco para alagamento e acúmulo de lixo – como fatores de risco independentes para infecção pela Leptospira. Baixo nível sócio-econômico também foi associado com risco de infecção. Em um segundo estudo, nós comparamos a incidência de infecção pela Leptospira, determinada para uma coorte seguida por três anos no Pau da Lima, com as incidências de desfechos graves da leptospirose, determinadas para população de Salvador através de vigilância hospitalar no mesmo período. Nós identificamos que grupos etários mais velhos e sexo masculino estavam associados a maiores incidências de infecção pela Leptospira, leptospirose grave, hemorragia pulmonar maciça e mortalidade. Entretanto, o risco associado à idade adulta e ao sexo masculino foi maior para leptospirose grave (RR: 7,2 e 6,6, respectivamente) do que para infecção pela Leptospira (RR: 2,5 e 1,6, respectivamente), sugerindo que idade e sexo apresentam influência no risco de progressão para doença grave após a infecção. Entre os casos de leptospirose grave, idade acima de 45 anos foi fator de risco para óbito e sexo feminino foi fator de risco para hemorragia pulmonar maciça. Nossos achados sugerem que intervenções para controle da leptospirose em comunidades carentes devem ser direcionadas para criação de infra-estrutura de saneamento e redução da desigualdade social. Além disso, estudos para determinar os mecanismos patogênicos da influência da idade e do sexo na progressão para leptospirose grave após a infecção serão importantes para o desenvolvimento de vacinas ou tratamentos capazes de modular a progressão da infecção e prevenir formas graves de doença. / Severe leptospirosis has emerged as a significant urban health problem due to the worldwide expansion of slum settlements. Prevention measures are critical to reduce the morbidity and mortality associated with the disease. However, the lack of population-based information on determinants for Leptospira infection and on determinants for development of severe disease after infection has hampered the implementation of interventions. Our aims are to identify risk factors for Leptospira infection in an urban slum and to determine the influence of age and sex on the risk for infection and disease progression after infection. In a cross-sectional study conducted at Pau da Lima community in Salvador, we found that 15% of the 3,171 residents included in the study had serological evidence for prior Leptospira infection. Application of Geographical Information System and statistical modeling approaches identified sanitation deficiencies - open sewers, flooding-risk areas and refuse collections - as independent risk factors for Leptospira infection. Low socio-economic status was also associated with infection risk. In a second study, we compared the incidence of Leptospira infection, determined for a cohort followed for three years in Pau da Lima, with the incidences for severe outcomes of leptospirosis, determined for the Salvador population during hospital-based surveillance in the same period. We found that older age groups and male sex were associated with increased incidences of Leptospira infection, severe leptospirosis, severe pulmonary hemorrhage syndrome and mortality. However, the associated risk for adult age and male sex was greater for severe leptospirosis (relative risk [RR]: 7.2 and 6.6, respectively) than for Leptospira infection (RR: 2.5 and 1.6, respectively), suggesting that age and sex influence the risk for disease progression after infection. Among the cases of severe leptospirosis, age greater than 45 years old was risk factor for death and female sex was risk factor for severe pulmonary hemorrhage. Our findings suggest that interventions to control urban leptospirosis should address the creation sanitation infra-structure and reduction of social inequalities. In addition, studies to determine the pathogenic mechanisms for the age and sex influence on the progression to severe leptospirosis after infection will be significant for the development of vaccines or treatments which can modulate infection progression and prevent severe forms of the disease.
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Neoplasias malignas entre beneficiários da Previdência Social, com ênfase no auxílio-doença, Brasil, 2006 / Malignant neoplasms among recipients of Social Security, focusing on sickness, Brazil, 2006

Marcelino, Miguel Abud January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2012-09-06T01:12:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 1172.pdf: 2393159 bytes, checksum: 35ce985d7d25023d81eb2a2c105995e6 (MD5) Previous issue date: 2008 / Introdução: Com o aumento da expectativa de vida e envelhecimento populacional, é crescente a magnitude das doenças crônico-degenerativas, entre elas as neoplasias malignas, com impactos na Seguridade Social. Um estudo sobre a freqüência dasneoplasias malignas entre beneficiários da Previdência Social em todo o país, com ênfase no auxílio-doença, visa a contribuir com um conhecimento importante, não disponível na atualidade.Objetivos: analisar a distribuição das neoplasias malignas entre beneficiários da Previdência Social brasileira, em 2006; determinar e comparar a freqüência das localizações neoplásicas entre as concessões dos principais benefícios previdenciários e acidentários, em especial o auxílio-doença, e analisar a distribuição das localizações neoplásicas mais incidentes, comparando-as com a literatura. Método: Foi realizado um estudo descritivo com base em dados agregados obtidos no Sistema Único de Informações sobre Benefícios, relativos às concessões previdenciárias e acidentárias motivadas por neoplasias malignas (C00 a D09 da CID-10), em oito espécies de benefícios, com ênfase no auxílio-doença. Foram calculadasproporções, segundo Macrorregiões, para todas as variáveis selecionadas. Incidências ajustadas por idade, segundo Estados da Federação, e incidências específicas por faixaetária, segundo Macrorregiões, foram calculadas a partir de relatório sobre o número médio mensal de contribuintes, emitido pela DATAPREV, com base no Cadastro Nacional de Informações Sociais. Resultados: Verificou-se um predomínio da clientela urbana sobre a rural e diferenças no padrão de distribuição das neoplasias malignas, tanto por tipo de clientela como porcategoria de filiação. / O ramo de atividade não forneceu informações consistentes pela impossibilidade de cruzamento com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas das empresas e com o Código Brasileiro de Ocupações, embora os resultados tenham reforçado a relação de algumas localizações neoplásicas com o ramo de atividade rural. A renda dos beneficiários ficou concentrada até 3 salários mínimos, com proporções decrescentes nas faixas superiores e nenhum benefício concedido para segurados na faixa acima de 9 salários mínimos. O número reduzido de concessões acidentárias deauxílio-doença e aposentadoria por invalidez, decorrentes de neoplasias malignas, não permitiu identificar um padrão de nexo com o trabalho. A avaliação de incidências ajustadas por idade destacou as localizações neoplásicas mais freqüentes: mamafeminina, próstata, colo de útero, cólon, estômago, brônquios e pulmões, ovário, corpo do útero, reto, tireóide, outras neoplasias malignas de pele, laringe, esôfago, encéfalo e leucemia mielóide. Conclusão: Os objetivos desta pesquisa, inédita e abrangente, foram atingidos aoestudar todos os agrupamentos de neoplasias malignas da CID-10 (C00 a D09) nas Gerências Executivas do Instituto Nacional do Seguro Social do país, agregando os resultados por Estado da Federação e Macrorregião. Ao contrário do que se esperava, pelo fato das neoplasias malignas serem isentas de carência, as taxas de incidência nãosuperaram as observadas na população geral, com raras exceções. No entanto, oestudo detectou algumas distorções que requerem avaliação mais detalhada. Apontou para a necessidade de definição de indicadores, com extração automatizada, que permitam conhecer a freqüência das doenças e agravos geradores de benefícios, com vistas a um melhor gerenciamento do sistema e eselecimento do perfilepidemiológico da clientela segurada pela Previdência Social.
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Percurso da Aquisição dos Encontros Consonantais, Fonemas e Estruturas Silábicas em Crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade / Course of Acquisition of Consonantal Clusters, Phonemes and Syllabic Structures in Children from 2:1 to 3:0 years old

Galea, Daniela Evaristo dos Santos 03 April 2008 (has links)
O objetivo geral do estudo foi descrever o percurso da aquisição dos encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas em crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade. Foram sujeitos da pesquisa 88 crianças divididas de acordo com a idade e o sexo: GI composto de dois grupos de crianças de 2:1 a 2:6 anos de idade, GI F 23 meninas e GI M 18 meninos e, GII composto de dois grupos de 2:7 a 3:0 anos de idade, GII F 24 meninas e GII M - 24 meninos. Todas as crianças freqüentavam creches conveniadas à Prefeitura do Município de São Paulo e não apresentavam queixa de problema de linguagem, mais de três ocorrências de otite média e não eram bilíngües. A coleta de dados foi realizada por meio de três provas de fonologia: nomeação, imitação e fala espontânea. Todas as provas foram registradas em vídeo e audio. Os resultados mostraram que não havia diferença entre as posições de sílabas para encontros consonantais, mas em relação aos fonemas e estruturas silábicas foi encontrada diferença estatística em algumas situações. A comparação entre meninos e meninas da mesma faixa etária não mostrou diferença; assim, foram criados dois grupos: GI (2:1 a 2:6 anos) e GII (2:7 a 3:0 anos). Os resultados mostraram que com o aumento da idade, houve melhora no desempenho de acertos totais em encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas em algumas posições de sílabas. Tal fato também foi observado ao analisar cada um dos encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas. As diferenças foram encontradas para: /f/, /k/, /d/, /b/, /m/, /z/, /s/, /f/, //, //, /n/, /l/, //, /X/, arquifonema /S/ e /R/, estrutura CV em trissílabos, CCV em dissílabos e CVC em dissílabos e trissílabos em determinadas posições de sílabas e provas. Alguns alvos foram mais omitidos, como o fonema /X/ e arquifonemas /S/ e /R/. Os demais tiveram mais substituições. Já as fricativas /s/ e /z/, as plosivas linguodentais e as líquidas também apresentaram distorções acústicas e articulatórias. A estrutura silábica CCV apresentou com maior freqüência a omissão da segunda líquida, a CV omissão de fonema e de sílaba e a CVC, omissão do arquifonema. Não houve diferença entre o /s/ em onset e coda de sílaba, com exceção do GII na sílaba final da imitação. Porém, as crianças apresentaram melhor desempenho do // em onset que em coda. Quanto ao critério de aquisição, os encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas foram classificados como: não adquirido, em aquisição, produção habitual e adquirido. Até os 3:0 anos os fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /f/, /m/, /n/, //, /l/, /g/, /X/ e arquifonema /S/ estão adquiridos em pelo menos uma posição de sílaba. A estrutura CV também está adquirida nesta faixa etária. A comparação entre as provas indicou que as crianças não mostraram desempenho diferente nas provas quanto aos encontros consonantais e estruturas CCV. Nas demais análises, os fonemas e estruturas silábicas apresentaram, em muitos momentos, diferenças entre as provas ao se verificar as posições das sílabas. / The general purpose of this study was to describe the course of acquisition of consonantal clusters, phonemes and syllabic structure in children from 2:1 to 3:0 years old. The subjects of the research were 88 children divided according to age and gender: GI was composed of two groups of children from 2:1 to 2:6 years old, GIF: 23 girls and GI-M: 18 boys and, GII composed of 2 groups from 2:7 to 3:0 years old, GII-F: 24 girls and GII-M: 24 boys. All children attended public day care centers linked to the São Paulo town hall and they did not have any language problems, more than three otitis media episodes, nor they were bilingual. Data collection was done through three phonology tests: picture naming, imitation and spontaneous speech. All the tests were recorded with a camera and a tape recorder. Results showed no differences between syllables in relation to consonantal clusters, although some differences were found regarding phonemes and syllabic structures. The comparison between girls and boys of the same age range did not show differences, thus, two groups were formed: GI (2:1 to 2:6 years) e GII (2:7 to 3:0 years). The results indicated that with the age growth, there was a better performance related to the correct production of consonantal clusters, phonemes and syllabic structures, in some syllables. This was also detected when analyzing each consonantal cluster, phoneme and syllabic structure separately. Differences were found for: /f/, /k/, /d/, /b/, /m/, /z/, /s/, /f/, //, //, /n/, /l/, //, /X/, archiphonemes /S/ and /R/, CV structure in trisyllabic words, CCV structure in dissylabic words and CVC structure in trisyllabic and dissylabic words, in some syllables and tests. Some targets were more omitted like the /X/ phoneme and the archiphonemes /S/ and /R/; the others were more substituted. The fricatives /s/ and /z/, the dental plosives and the liquids also showed acoustical and articulatory distortions. The CCV syllable presented more omission of the liquid, the CV syllable more phoneme omission and the CVC syllable more omission of the archiphoneme. There was no difference between the /s/ in the onset and coda position of the syllable, with the exception of the final syllable of the imitation test in the GII. However, children presented a better performance of the /R/ in the onset than in the coda of the syllable. The consonantal clusters, phonemes and syllabic structures were classified as the following criteria of acquisition: not acquired, in acquisition, customary production and acquired. Until the age of 3:0, the phonemes /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /f/, /m/, /n/, //, /l/, /g/, /X/ and the archiphoneme /S/ were acquired in at least one syllable within the word. Also, the CV syllable was already acquired at that time. Comparison between tests indicated that children did not show different performance related to consonantal clusters and CCV syllable between them. On the other hand, phonemes and other syllabic structures showed differences within the tests according to some syllables of the word.
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Percurso da Aquisição dos Encontros Consonantais, Fonemas e Estruturas Silábicas em Crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade / Course of Acquisition of Consonantal Clusters, Phonemes and Syllabic Structures in Children from 2:1 to 3:0 years old

Daniela Evaristo dos Santos Galea 03 April 2008 (has links)
O objetivo geral do estudo foi descrever o percurso da aquisição dos encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas em crianças de 2:1 a 3:0 anos de idade. Foram sujeitos da pesquisa 88 crianças divididas de acordo com a idade e o sexo: GI composto de dois grupos de crianças de 2:1 a 2:6 anos de idade, GI F 23 meninas e GI M 18 meninos e, GII composto de dois grupos de 2:7 a 3:0 anos de idade, GII F 24 meninas e GII M - 24 meninos. Todas as crianças freqüentavam creches conveniadas à Prefeitura do Município de São Paulo e não apresentavam queixa de problema de linguagem, mais de três ocorrências de otite média e não eram bilíngües. A coleta de dados foi realizada por meio de três provas de fonologia: nomeação, imitação e fala espontânea. Todas as provas foram registradas em vídeo e audio. Os resultados mostraram que não havia diferença entre as posições de sílabas para encontros consonantais, mas em relação aos fonemas e estruturas silábicas foi encontrada diferença estatística em algumas situações. A comparação entre meninos e meninas da mesma faixa etária não mostrou diferença; assim, foram criados dois grupos: GI (2:1 a 2:6 anos) e GII (2:7 a 3:0 anos). Os resultados mostraram que com o aumento da idade, houve melhora no desempenho de acertos totais em encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas em algumas posições de sílabas. Tal fato também foi observado ao analisar cada um dos encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas. As diferenças foram encontradas para: /f/, /k/, /d/, /b/, /m/, /z/, /s/, /f/, //, //, /n/, /l/, //, /X/, arquifonema /S/ e /R/, estrutura CV em trissílabos, CCV em dissílabos e CVC em dissílabos e trissílabos em determinadas posições de sílabas e provas. Alguns alvos foram mais omitidos, como o fonema /X/ e arquifonemas /S/ e /R/. Os demais tiveram mais substituições. Já as fricativas /s/ e /z/, as plosivas linguodentais e as líquidas também apresentaram distorções acústicas e articulatórias. A estrutura silábica CCV apresentou com maior freqüência a omissão da segunda líquida, a CV omissão de fonema e de sílaba e a CVC, omissão do arquifonema. Não houve diferença entre o /s/ em onset e coda de sílaba, com exceção do GII na sílaba final da imitação. Porém, as crianças apresentaram melhor desempenho do // em onset que em coda. Quanto ao critério de aquisição, os encontros consonantais, fonemas e estruturas silábicas foram classificados como: não adquirido, em aquisição, produção habitual e adquirido. Até os 3:0 anos os fonemas /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /f/, /m/, /n/, //, /l/, /g/, /X/ e arquifonema /S/ estão adquiridos em pelo menos uma posição de sílaba. A estrutura CV também está adquirida nesta faixa etária. A comparação entre as provas indicou que as crianças não mostraram desempenho diferente nas provas quanto aos encontros consonantais e estruturas CCV. Nas demais análises, os fonemas e estruturas silábicas apresentaram, em muitos momentos, diferenças entre as provas ao se verificar as posições das sílabas. / The general purpose of this study was to describe the course of acquisition of consonantal clusters, phonemes and syllabic structure in children from 2:1 to 3:0 years old. The subjects of the research were 88 children divided according to age and gender: GI was composed of two groups of children from 2:1 to 2:6 years old, GIF: 23 girls and GI-M: 18 boys and, GII composed of 2 groups from 2:7 to 3:0 years old, GII-F: 24 girls and GII-M: 24 boys. All children attended public day care centers linked to the São Paulo town hall and they did not have any language problems, more than three otitis media episodes, nor they were bilingual. Data collection was done through three phonology tests: picture naming, imitation and spontaneous speech. All the tests were recorded with a camera and a tape recorder. Results showed no differences between syllables in relation to consonantal clusters, although some differences were found regarding phonemes and syllabic structures. The comparison between girls and boys of the same age range did not show differences, thus, two groups were formed: GI (2:1 to 2:6 years) e GII (2:7 to 3:0 years). The results indicated that with the age growth, there was a better performance related to the correct production of consonantal clusters, phonemes and syllabic structures, in some syllables. This was also detected when analyzing each consonantal cluster, phoneme and syllabic structure separately. Differences were found for: /f/, /k/, /d/, /b/, /m/, /z/, /s/, /f/, //, //, /n/, /l/, //, /X/, archiphonemes /S/ and /R/, CV structure in trisyllabic words, CCV structure in dissylabic words and CVC structure in trisyllabic and dissylabic words, in some syllables and tests. Some targets were more omitted like the /X/ phoneme and the archiphonemes /S/ and /R/; the others were more substituted. The fricatives /s/ and /z/, the dental plosives and the liquids also showed acoustical and articulatory distortions. The CCV syllable presented more omission of the liquid, the CV syllable more phoneme omission and the CVC syllable more omission of the archiphoneme. There was no difference between the /s/ in the onset and coda position of the syllable, with the exception of the final syllable of the imitation test in the GII. However, children presented a better performance of the /R/ in the onset than in the coda of the syllable. The consonantal clusters, phonemes and syllabic structures were classified as the following criteria of acquisition: not acquired, in acquisition, customary production and acquired. Until the age of 3:0, the phonemes /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /f/, /m/, /n/, //, /l/, /g/, /X/ and the archiphoneme /S/ were acquired in at least one syllable within the word. Also, the CV syllable was already acquired at that time. Comparison between tests indicated that children did not show different performance related to consonantal clusters and CCV syllable between them. On the other hand, phonemes and other syllabic structures showed differences within the tests according to some syllables of the word.
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Fatores demográficos e socioculturais implicados na relação entre o ritmo de sono-vigília e saúde mental

Souza, Camila Morelatto de January 2014 (has links)
Introdução: o ciclo de sono-vigília é o comportamento rítmico circadiano mais onipresente nos humanos. Ele é estabelecido por um sistema temporizador circadiano endógeno que é regulado pela presença ou ausência de luz no ambiente. O comportamento em relação a dormir e acordar varia entre os indivíduos e essa característica nomeia-se cronotipo. Efeitos negativos à saúde têm sido associados ao cronotipo que apresenta horários para iniciar e terminar o sono mais tarde. A hipótese considerada para explicar esses achados é de que demandas sociais, que não levam em conta essa variabilidade individual, sejam mediadoras dessa relação. Objetivos: avaliar a associação entre cronotipo e saúde mental (bem-estar psicológico e sintomas depressivos) levando-se em conta fatores demográficos (sexo e idade) e as rotinas de escola ou trabalho. Materiais e métodos: estudos transversais aninhados a um estudo epidemiológico em uma amostra de indivíduos do Vale do Taquari, no sul do Brasil. Na primeira avaliação, 6.506 participantes foram avaliados quanto a variáveis demográficas, dados de saúde, sintomas depressivos (Inventário de Depressão de Beck – BDI) e cronotipo (Questionário de Cronotipo de Munique – MCTQ). Na segunda etapa, 1.127 indivíduos entre 18 e 65 anos, selecionados a partir de seu cronotipo foram avaliados através do Índice de bem-estar de 5-itens da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ponto médio do sono nos dias de rotinas de trabalho ou escolares foi utilizado como indicador do cronotipo, sendo “atrasado” aquele que tem o ponto médio mais tarde em relação ao início da noite e “avançado”, mais cedo. Resultados: no primeiro artigo, estudou-se a relação entre cronotipo e depressão em uma amostra de estudantes adolescentes. O modelo de regressão que melhor explicou a diferença entre os grupos com diferentes níveis de sintomas de depressão (BDI<10 X BDI!10) incluiu o sexo feminino e o cronotipo atrasado. O segundo artigo demonstrou que a escala de Bem-estar de 5-itens da OMS tem uma estrutura unidimensional, boa validade interna e externa e utilidade como instrumento de triagem para depressão quando comparada ao BDI. Assim, no terceiro artigo, foi avaliada a relação entre cronotipo e bem-estar, em indivíduos entre 18 e 65 anos. O modelo de regressão que incluiu o cronotipo atrasado, maior carga de trabalho, rotinas de trabalho mais cedo no dia e menor exposição à luz do sol, como variáveis preditoras, e piores escores na Escala de Bem-estar, como desfecho, foi significativo para o sexo feminino. Discussão: a presente tese explicitou a importância de considerar os fatores idade e sexo na expressão do cronotipo e na relação deste com saúde mental. Corroborou com a hipótese de que as demandas sociais mediam a relação entre cronotipo e os desfechos estudados. A expressão do cronotipo nos dias de rotinas escolares ou de trabalho foi identificada como a variável que estabeleceu a mais forte relação com piores escores de bemestar e com mais sintomas de depressão. Por fim, reforçou a necessidade de revermos as rotinas de trabalho e escolares que, ao não considerarem as diferenças fisiológicas individuais, têm-se associado, de forma consistente, a conseqüências negativas à saúde. / Introduction: the sleep-wake cycle is the most ubiquitous human circadian rhythmic behavior. It is established by an endogenous circadian timing system that is regulated by the presence or absence of light in the environment. Sleep and wake behavior varies among individuals and this feature has been termed chronotype. Negative health effects have been associated with the chronotype that presents later start and end sleep times. A hypothesis to explain these findings is that social demands, which do not take into account individual variability, are mediators of this relationship. Objectives: to evaluate the association between chronotype and mental health (psychological well-being and depressive symptoms) taking into account demographic factors (age and sex) and the routines of school or work. Materials and methods: the studies included here are cross-sectional nested to an epidemiological study in a sample of individuals from “Vale do Taquari”, in southern Brazil. In the first evaluation, 6,506 participants were assessed for demographic variables, health data, depressive symptoms (Beck Depression Inventory - BDI) and chronotype (Munich Chronotype Questionnaire - MCTQ). In the second stage, 1,127 individuals between 18 and 65 years, selected based on their chronotype, were evaluated through the Well-being 5 items Index from the World Health Organization (WHO). The midpoint of sleep on working or school days was used as an indicator of chronotype, and considered "delayed" or “late” those who have later midpoints in relation to environmental night and "advanced" or “early”, earlier. Results: in the first article, we studied the relationship between chronotype and depression in a sample of adolescent students. The regression model that best explained the difference between groups with different levels of depression symptoms (BDI<10 X BDI!10) included female sex and late chronotype. The second article demonstrated that the Well-being index has a unidimensional structure, good internal and external validities and might be usefulness as a screening tool for depression when compared to the BDI. Thus, in the third article, we evaluated the relationship between chronotype and well-being in individuals between 18 and 65 years. The regression model that included late chronotype, increased workload, earlier working routines in the day and less exposure to sunlight, as predictor variables, and worse scores on the well-being index, as the outcome was significant for females. Discussion: the present thesis content highlighted the importance of considering age and sex as factors influencing the expression of chronotype and the relationship with mental health outcomes. It corroborated the hypothesis that social demands mediate the relationship between chronotype and the studied outcomes. The expression of chronotype during the days of work or school routines was identified as the variable that established the strongest relationship with worse well-being scores and more depression symptoms. Finally, it reinforced the need to reconsider work and school routines that, by not taking into acount individual physiological differences, have been associated consistently with negative health consequences.
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Mortalidade por tumores do sistema nervoso central no Município do Rio de Janeiro, 1980-2007 / Mortality from tumors of the central nervous system in Rio de Janeiro, 1980-2007

Gasparini, Brenda January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:36:16Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010 / Os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) são raros, porém vêm ganhando importância no cenário epidemiológico devido ao aparente aumento de sua incidência e de sua mortalidadeem vários países ao longo das últimas décadas, especialmente entre idosos. Este incremento parece ser explicado apenas parcialmente pela maior disponibilidade de acesso aos cuidados com a saúde, principalmente aos meios de diagnóstico por imagem. Apesar dos avanços na pesquisa epidemiológica e de genética molecular, a etiologia destes tumores ainda permanece pouco conhecida. Este estudo descritivo tem por objetivo determinar o padrão da mortalidade por tumores do SNC no município do Rio de Janeiro no período de 1980 a 2007. O desenvolvimento deste trabalho deu origem a dois artigos que compõem a estrutura desta dissertação. O primeiro artigo aborda questões mais relevantes que emergem nos estudos da epidemiologia destes tumores em crianças e adolescentes e aponta para a diminuição da mortalidade por estes tumores em menores de 20 anos de idade em ambos os sexos. Já o segundo artigo, aborda as questões que envolvem os adultos acometidos por esta neoplasia e aponta para o aumento da mortalidade de 1,1 por cento ao ano no período. O incremento foi maior nas mulheres: 2 por cento ao ano. Em resumo, os resultados observados acompanham as tendências mundiais. A análise da mortalidade é um passo importante para o conhecimento do perfil epidemiológico das neoplasias do SNC na população estudada, mas idealmente deve ser complementada por estudos de incidência e de sobrevida. / Tumors of the central nervous system (CNS) are rare but have been gaining importance in the epidemiological scenario due to the apparent increase in its incidence and mortality in several countries over the past decades, especially among the elderly. This increase seems to be only partially explained by the greater availability of access to health care, primarily to diagnostic imaging. Despite advances in epidemiological research and molecular genetics, the etiology of these tumors remains unclear. This descriptive study aims to determine the pattern of mortality from CNS tumors in Rio de Janeiro in the period 1980-2007. The development of this work resulted in two articles that make up the structure of this dissertation. The first article discusses the most relevant issues that emerge in studies of the epidemiology of these tumors in children and adolescents and points to the reduction in the mortality from these tumors in individuals less than 20 years of age in both sexes. The second article discusses the issues involving adults affected by this cancer and points to the increased mortality of 1.1% per annum in the period. The increase was higher in women: 2% per year. In summary, the results observed follow worldwide trends. The analysis of mortality is an important step towards the knowledge of the epidemiology of CNS tumors in the studied population, but ideally should be complemented by studies of incidence and survival.
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Fatores demográficos e socioculturais implicados na relação entre o ritmo de sono-vigília e saúde mental

Souza, Camila Morelatto de January 2014 (has links)
Introdução: o ciclo de sono-vigília é o comportamento rítmico circadiano mais onipresente nos humanos. Ele é estabelecido por um sistema temporizador circadiano endógeno que é regulado pela presença ou ausência de luz no ambiente. O comportamento em relação a dormir e acordar varia entre os indivíduos e essa característica nomeia-se cronotipo. Efeitos negativos à saúde têm sido associados ao cronotipo que apresenta horários para iniciar e terminar o sono mais tarde. A hipótese considerada para explicar esses achados é de que demandas sociais, que não levam em conta essa variabilidade individual, sejam mediadoras dessa relação. Objetivos: avaliar a associação entre cronotipo e saúde mental (bem-estar psicológico e sintomas depressivos) levando-se em conta fatores demográficos (sexo e idade) e as rotinas de escola ou trabalho. Materiais e métodos: estudos transversais aninhados a um estudo epidemiológico em uma amostra de indivíduos do Vale do Taquari, no sul do Brasil. Na primeira avaliação, 6.506 participantes foram avaliados quanto a variáveis demográficas, dados de saúde, sintomas depressivos (Inventário de Depressão de Beck – BDI) e cronotipo (Questionário de Cronotipo de Munique – MCTQ). Na segunda etapa, 1.127 indivíduos entre 18 e 65 anos, selecionados a partir de seu cronotipo foram avaliados através do Índice de bem-estar de 5-itens da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ponto médio do sono nos dias de rotinas de trabalho ou escolares foi utilizado como indicador do cronotipo, sendo “atrasado” aquele que tem o ponto médio mais tarde em relação ao início da noite e “avançado”, mais cedo. Resultados: no primeiro artigo, estudou-se a relação entre cronotipo e depressão em uma amostra de estudantes adolescentes. O modelo de regressão que melhor explicou a diferença entre os grupos com diferentes níveis de sintomas de depressão (BDI<10 X BDI!10) incluiu o sexo feminino e o cronotipo atrasado. O segundo artigo demonstrou que a escala de Bem-estar de 5-itens da OMS tem uma estrutura unidimensional, boa validade interna e externa e utilidade como instrumento de triagem para depressão quando comparada ao BDI. Assim, no terceiro artigo, foi avaliada a relação entre cronotipo e bem-estar, em indivíduos entre 18 e 65 anos. O modelo de regressão que incluiu o cronotipo atrasado, maior carga de trabalho, rotinas de trabalho mais cedo no dia e menor exposição à luz do sol, como variáveis preditoras, e piores escores na Escala de Bem-estar, como desfecho, foi significativo para o sexo feminino. Discussão: a presente tese explicitou a importância de considerar os fatores idade e sexo na expressão do cronotipo e na relação deste com saúde mental. Corroborou com a hipótese de que as demandas sociais mediam a relação entre cronotipo e os desfechos estudados. A expressão do cronotipo nos dias de rotinas escolares ou de trabalho foi identificada como a variável que estabeleceu a mais forte relação com piores escores de bemestar e com mais sintomas de depressão. Por fim, reforçou a necessidade de revermos as rotinas de trabalho e escolares que, ao não considerarem as diferenças fisiológicas individuais, têm-se associado, de forma consistente, a conseqüências negativas à saúde. / Introduction: the sleep-wake cycle is the most ubiquitous human circadian rhythmic behavior. It is established by an endogenous circadian timing system that is regulated by the presence or absence of light in the environment. Sleep and wake behavior varies among individuals and this feature has been termed chronotype. Negative health effects have been associated with the chronotype that presents later start and end sleep times. A hypothesis to explain these findings is that social demands, which do not take into account individual variability, are mediators of this relationship. Objectives: to evaluate the association between chronotype and mental health (psychological well-being and depressive symptoms) taking into account demographic factors (age and sex) and the routines of school or work. Materials and methods: the studies included here are cross-sectional nested to an epidemiological study in a sample of individuals from “Vale do Taquari”, in southern Brazil. In the first evaluation, 6,506 participants were assessed for demographic variables, health data, depressive symptoms (Beck Depression Inventory - BDI) and chronotype (Munich Chronotype Questionnaire - MCTQ). In the second stage, 1,127 individuals between 18 and 65 years, selected based on their chronotype, were evaluated through the Well-being 5 items Index from the World Health Organization (WHO). The midpoint of sleep on working or school days was used as an indicator of chronotype, and considered "delayed" or “late” those who have later midpoints in relation to environmental night and "advanced" or “early”, earlier. Results: in the first article, we studied the relationship between chronotype and depression in a sample of adolescent students. The regression model that best explained the difference between groups with different levels of depression symptoms (BDI<10 X BDI!10) included female sex and late chronotype. The second article demonstrated that the Well-being index has a unidimensional structure, good internal and external validities and might be usefulness as a screening tool for depression when compared to the BDI. Thus, in the third article, we evaluated the relationship between chronotype and well-being in individuals between 18 and 65 years. The regression model that included late chronotype, increased workload, earlier working routines in the day and less exposure to sunlight, as predictor variables, and worse scores on the well-being index, as the outcome was significant for females. Discussion: the present thesis content highlighted the importance of considering age and sex as factors influencing the expression of chronotype and the relationship with mental health outcomes. It corroborated the hypothesis that social demands mediate the relationship between chronotype and the studied outcomes. The expression of chronotype during the days of work or school routines was identified as the variable that established the strongest relationship with worse well-being scores and more depression symptoms. Finally, it reinforced the need to reconsider work and school routines that, by not taking into acount individual physiological differences, have been associated consistently with negative health consequences.
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Fatores demográficos e socioculturais implicados na relação entre o ritmo de sono-vigília e saúde mental

Souza, Camila Morelatto de January 2014 (has links)
Introdução: o ciclo de sono-vigília é o comportamento rítmico circadiano mais onipresente nos humanos. Ele é estabelecido por um sistema temporizador circadiano endógeno que é regulado pela presença ou ausência de luz no ambiente. O comportamento em relação a dormir e acordar varia entre os indivíduos e essa característica nomeia-se cronotipo. Efeitos negativos à saúde têm sido associados ao cronotipo que apresenta horários para iniciar e terminar o sono mais tarde. A hipótese considerada para explicar esses achados é de que demandas sociais, que não levam em conta essa variabilidade individual, sejam mediadoras dessa relação. Objetivos: avaliar a associação entre cronotipo e saúde mental (bem-estar psicológico e sintomas depressivos) levando-se em conta fatores demográficos (sexo e idade) e as rotinas de escola ou trabalho. Materiais e métodos: estudos transversais aninhados a um estudo epidemiológico em uma amostra de indivíduos do Vale do Taquari, no sul do Brasil. Na primeira avaliação, 6.506 participantes foram avaliados quanto a variáveis demográficas, dados de saúde, sintomas depressivos (Inventário de Depressão de Beck – BDI) e cronotipo (Questionário de Cronotipo de Munique – MCTQ). Na segunda etapa, 1.127 indivíduos entre 18 e 65 anos, selecionados a partir de seu cronotipo foram avaliados através do Índice de bem-estar de 5-itens da Organização Mundial da Saúde (OMS). O ponto médio do sono nos dias de rotinas de trabalho ou escolares foi utilizado como indicador do cronotipo, sendo “atrasado” aquele que tem o ponto médio mais tarde em relação ao início da noite e “avançado”, mais cedo. Resultados: no primeiro artigo, estudou-se a relação entre cronotipo e depressão em uma amostra de estudantes adolescentes. O modelo de regressão que melhor explicou a diferença entre os grupos com diferentes níveis de sintomas de depressão (BDI<10 X BDI!10) incluiu o sexo feminino e o cronotipo atrasado. O segundo artigo demonstrou que a escala de Bem-estar de 5-itens da OMS tem uma estrutura unidimensional, boa validade interna e externa e utilidade como instrumento de triagem para depressão quando comparada ao BDI. Assim, no terceiro artigo, foi avaliada a relação entre cronotipo e bem-estar, em indivíduos entre 18 e 65 anos. O modelo de regressão que incluiu o cronotipo atrasado, maior carga de trabalho, rotinas de trabalho mais cedo no dia e menor exposição à luz do sol, como variáveis preditoras, e piores escores na Escala de Bem-estar, como desfecho, foi significativo para o sexo feminino. Discussão: a presente tese explicitou a importância de considerar os fatores idade e sexo na expressão do cronotipo e na relação deste com saúde mental. Corroborou com a hipótese de que as demandas sociais mediam a relação entre cronotipo e os desfechos estudados. A expressão do cronotipo nos dias de rotinas escolares ou de trabalho foi identificada como a variável que estabeleceu a mais forte relação com piores escores de bemestar e com mais sintomas de depressão. Por fim, reforçou a necessidade de revermos as rotinas de trabalho e escolares que, ao não considerarem as diferenças fisiológicas individuais, têm-se associado, de forma consistente, a conseqüências negativas à saúde. / Introduction: the sleep-wake cycle is the most ubiquitous human circadian rhythmic behavior. It is established by an endogenous circadian timing system that is regulated by the presence or absence of light in the environment. Sleep and wake behavior varies among individuals and this feature has been termed chronotype. Negative health effects have been associated with the chronotype that presents later start and end sleep times. A hypothesis to explain these findings is that social demands, which do not take into account individual variability, are mediators of this relationship. Objectives: to evaluate the association between chronotype and mental health (psychological well-being and depressive symptoms) taking into account demographic factors (age and sex) and the routines of school or work. Materials and methods: the studies included here are cross-sectional nested to an epidemiological study in a sample of individuals from “Vale do Taquari”, in southern Brazil. In the first evaluation, 6,506 participants were assessed for demographic variables, health data, depressive symptoms (Beck Depression Inventory - BDI) and chronotype (Munich Chronotype Questionnaire - MCTQ). In the second stage, 1,127 individuals between 18 and 65 years, selected based on their chronotype, were evaluated through the Well-being 5 items Index from the World Health Organization (WHO). The midpoint of sleep on working or school days was used as an indicator of chronotype, and considered "delayed" or “late” those who have later midpoints in relation to environmental night and "advanced" or “early”, earlier. Results: in the first article, we studied the relationship between chronotype and depression in a sample of adolescent students. The regression model that best explained the difference between groups with different levels of depression symptoms (BDI<10 X BDI!10) included female sex and late chronotype. The second article demonstrated that the Well-being index has a unidimensional structure, good internal and external validities and might be usefulness as a screening tool for depression when compared to the BDI. Thus, in the third article, we evaluated the relationship between chronotype and well-being in individuals between 18 and 65 years. The regression model that included late chronotype, increased workload, earlier working routines in the day and less exposure to sunlight, as predictor variables, and worse scores on the well-being index, as the outcome was significant for females. Discussion: the present thesis content highlighted the importance of considering age and sex as factors influencing the expression of chronotype and the relationship with mental health outcomes. It corroborated the hypothesis that social demands mediate the relationship between chronotype and the studied outcomes. The expression of chronotype during the days of work or school routines was identified as the variable that established the strongest relationship with worse well-being scores and more depression symptoms. Finally, it reinforced the need to reconsider work and school routines that, by not taking into acount individual physiological differences, have been associated consistently with negative health consequences.

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