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Papel da resposta imune celular da obesidade na progressão do carcinoma mamário experimentalEvangelista, Gabriela Coeli Menezes 01 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-15 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Atualmente a obesidade é um problema de saúde pública, que afetar todas as idades, classes sociais e regiões do planeta. Segundo dados da OMS de 2016, 13% da população adulta é considerada obesa. No Brasil 12,4% dos homens e 16,9% das mulheres acima de 18 anos foram considerados obesos, em 2011, pelo Ministério da Saúde. O câncer de mama é o único câncer diagnosticado em todas as regiões do planeta e, segundo a Sociedade Americana de Câncer, em 2012, o câncer de mama foi responsável por 25% dos novos casos e matou mais de meio milhão de mulheres. As brasileiras também sofrem com o tumor de mama que é o mais diagnosticado no Brasil, segundo dados de 2016 do INCA.
A obesidade duplica a chance de desenvolver câncer de mama e isso está relacionado à inflamação crônica de baixo grau instaurada pelo acúmulo de gordura que recruta células inflamatórias secretoras de citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento, aumentando a inflamação. Nesse contexto as células mamárias malignas se apropriam dessa inflamação e seus mediadores para promover sua sobrevivência, proliferação, disseminação e metástase.
Para identificarmos o papel da obesidade no tumor mamário, utilizamos o modelo experimental de câncer de mama murino 4T1 em animais Balb/c fêmeas alimentadas por 16 semanas com dieta padrão ou dieta hiperlipídica (60% das quilocalorias são lipídeos). Cada animal foi pesado semanalmente e o consumo médio diario de ração foi calculado. Ao final das 16 semanas mais os 21 dias de injeção do tumor, os animais foram eutanasiados para a quantificação do peso das gorduras perigonadais e retroperitoniais e remoção dos linfonodos inguinais drenantes do tumor para realização da citometria de fluxo.
Os resultados indicaram que os animais alimentados com HFD, ganharam mais peso mesmo consumindo menos ração em relação, aos animais alimentados com dieta padrão. Esse ganho de peso refletiu em uma maior adiposidade nos obesos, devido ao maior peso das gorduras perigonadais e retroperitoniais. Além disso, os animais obesos apresentaram um maior Índide de Lee em relação aos controles.
Nosso trabalho indicou uma queda generalizada da resposta imune contra tumor, pois observamos uma diminuição no número de células totais dos linfonodos drenantes do tumor, refletindo num menor número de células dendríticas e macrófagos, que apresentaram menor ativação com baixas expressões dos co-estimuladores CD80 e CD86; e numa redução da resposta adaptativa, tanto no número de células efetoras como linfócitos auxiliares e citotóxicos quanto no número de células reguladoras como os linfócitos Breg e Treg. Além disso, também observamos um desbalanço entre a citocina inflamatória IFN-γ e a citocina anti-inflamatória IL-10, produzidas por linfócitos CD4+ e CD8+.
Em conjunto, nossos dados nos permitem concluir que a obesidade afeta diretamente o sistema imune através da diminuição da resposta celular contra o tumor como um todo, essa regulação pode ser devido a modulação da hematopoiese e indução de células MDSC. / Nowadays the obesity is a public health issue capable to affect all ages, social classes, and regions of the globe. According to data from Word Health Organization in 2014, 13% of the adult population is considered obese. In Brazil the number are also startling: in the adult population 12.4% of the men and 16.9% of women already was considered obese in 2011 by Ministry of Healthy. Breast cancer is the only one diagnosed in all regions of the planet and, according to American Society of Cancer, in 2012 this type of cancer was responsible for 25% of the new cases and killed more than half millions of women. The Brazilian women undergo by breast cancer, which is the most commonly diagnosed among Brazilian women, according data from Nacional Institute of Cancer in 2015.
Is certain that the obesity duplicates the chances to develop breast cancer and it is correlated to the low grade chronic inflammation established by the fat accumulation which recruit inflammatory cells that secrete cytokine, chemokines, and growth factors, increasing the inflammation. In this context the malignant mammalian cells get hold of this inflammation and its mediators to promote its own survival, proliferation, dissemination, and metastasis.
To identify the role of the obesity in malignant breast tumor, we utilized in this project the experimental murine model of breast cancer 4T1 in animals Balb/c females feed for 16 weeks with the pattern diet or high-fat diet which 60% of kilocalories coming from lipids. Each animal was weekly weighed and the individual average intake was calculated. At the end of the 16 weeks more 21 tumor days after injection, the animals were euthanized for removal of the perigonadal and retroperitoneal fat-pad and also for the removal of the draining inguinal lymph nodes of the tumor to flow cytometry analysis.
The results indicate that the animals feed with HFD, had weight gain even eating less than the animals feed by control diet. This gain reflected in a major adiposity in obese animals due to higher weight of the perigonadal and retroperitoneal fat-pad. Moreover, the obese animals had a higher Lee Index on comparison of the controls animals.
Our work indicated a general decrease in the immune response against the tumor because was observed a decay of the number of the total cells of the tumor lymph nodes drainage, which reflected a low number of macrophages and dendritic cells, which also presents a lower activation with low expression of co-stimulators CD80 and CD86; and a decrease in the number of cells from adaptive response effector and in regulator cells like lymphocytes Breg and Treg. In addition, was also observed an unbalancing between the inflammatory cytokine IFNv and the anti-inflammatory cytokine IL-10, produced by lymphocytes CD4+ and CD8+.
Together, this data allowed us to conclude that the obesity directly affect the immune system through the reduction of the cellular response against the tumor, this setting can be due to modulation of hematopoiesis and induction of MDSC.
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