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Me ensina a (sobre) viver com câncer? uma análise de livros de autoajudaPinheiro, Monalisa da Silva January 2017 (has links)
Os discursos da literatura de autoajuda são sucesso de público e vendas e encontram um terreno fértil de atuação na área da saúde, principalmente na área oncológica. Câncer é um termo genérico utilizado para designar doenças que avançam de modo diferente, mas que têm em comum certas características, tais como o crescimento de células anormais que se proliferam localmente, com potencial de invadir e atravessar barreiras, podendo levar a morte do sujeito se não forem erradicadas. Cada vez mais, o tratamento tem prolongado as vidas destas pessoas chamadas (sobre)viventes. Desta maneira, a tese tem as seguintes questões de pesquisa: como os discursos dos livros de autoajuda constroem sujeitos doentes de câncer, determinando e difundindo determinados modos de viver e desestimulando outros? Quais as condições de possibilidade desses discursos? Como tais discursos interpelam aqueles que os leem? As vertentes teóricas que norteiam este estudo utilizam a análise documental, voltada à análise de discurso com teorizações foucaultianas, para operar os enunciados de 13 livros de autoajuda escritos por (sobre)viventes de câncer. Aapropriei-me, principalmente, de conceitos encontrados nas obras A arqueologia do saber, As palavras e as coisas e A ordem do discurso. Esse estudo não teve como objetivo compreender qual seria a influência dos livros de autoajuda sobre os sujeitos ou desvelar segredos ocultos nos livros. Os discursos dos livros de autoajuda seguem uma narrativa que assemelha as encontradas no monomito, e desta maneita, governam e reforçam modos de viver que são pautados pela religiosidade cristã, felicidade e manutenção da produtividade econômica dos sujeitos. Tais discursos investem na subjetivação e docilização dos corpos, constituindo um currículo que ensina meios de viver com câncer na direção de construir uma nova vida. Além disso, buscam mudar os sentidos negativos atribuídos à doença, transformando-a em um evento que parece conferir características positivas aos (sobre)viventes. / The discourses of the self-help literature are public success and sales and find a fertile field of action in the health area, especially in the oncology area. Cancer is a generic term used to denote diseases that progress differently, but which have certain characteristics in common, such as the growth of abnormal cells that proliferate locally, with the potential to invade and cross barriers, which can lead to the death of the subject if are not eradicated. Increasingly, the treatment has prolonged the lives of these people called (over) living. In this way, the thesis has the following research questions: how do self-help book discourses construct cancer patients, determining and diffusing certain ways of living and discouraging others? What are the conditions of possibility of these speeches? How do such discourses challenge those who read them? The theoretical aspects that guide this study use the documentary analysis, focused on discourse analysis with Foucaultian theorizations, to operate the statements of 13 self-help books written by (about) living with cancer. I especially like concepts found in the works The Archeology of Knowledge, Words and Things, and The Order of Speech. This study was not intended to understand the influence of self help books on subjects or to uncover secrets hidden in books. The discourses of the self-help books follow a narrative that resembles those found in the monomito, and from this maneita, govern and reinforce ways of living that are based on Christian religiosity, happiness and maintenance of the economic productivity of the subjects. Such discourses invest in subjectivation and docilization of bodies, constituting a curriculum that teaches ways of living with cancer in the direction of building a new life. In addition, they seek to change the negative meanings attributed to the disease, transforming it into an event that seems to confer positive (over) living characteristics.
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Quando vai ser? o bebê ou a coleta das células-tronco? as pedagogias do risco e a colonização molecular do futuroSomavilla, Vera da Costa January 2014 (has links)
Esta tese abrange questões relacionadas aos discursos de risco presentes nas publicações dos depoimentos de pais e mães em sites de biobancos autólogos que coletam e armazenam células-tronco do cordão umbilical para criopreservação. Para essa tarefa, tenho as seguintes questões: como a racionalidade de risco e sua promessa de garantia biológica no futuro se constituem nos depoimentos dos pais publicados nos sites que comercializam/vendem a coleta e o armazenamento de células-tronco do cordão umbilical? Como tal racionalidade e suas práticas se constituem como uma dimensão educativa, relativa à saúde, nesses sites? Nesse empreendimento, analisei as publicações da Internet de cinco sites de biobancos, que se constituíram como material principal da análise; vou toma-los enquanto um artefato cultural. A partir das discussões de risco e hiperprevenção, noções desenvolvidas nos trabalhos de Luis David Castiel, e de biotecnologias, nos trabalhos de Nikolas Rose, estabeleci as estratégias e categorias de análise da tese, que estão apresentadas em três eixos analíticos. O primeiro aborda a exortação do discurso de risco, em que apresento de que modo a prevenção dos riscos se constitui como elemento mobilizador para aquisição desta biotecnologia, educando pais e mães para a adoção de determinadas práticas de saúde vinculadas à segurança biológica para o futuro. O segundo discute o consumo de biotecnologias, que se apresentam discursivamente nos sites como um futuro de oportunidades para prevenção de riscos e influenciam a constituição de sujeitos de consumo. No terceiro eixo, problematizo as promessas de segurança biológica para o futuro, divulgadas de forma reiterada pelos biobancos, refletindo sobre os discursos que tratam do desejo de, a partir desta biotecnologia, adquirir um tipo de seguro biológico para a saúde no futuro. Será possível observar que os depoimentos extraídos dos sites constituem discursivamente a criopreservação das células-tronco do cordão umbilical como um tipo de “segurança biológica para o futuro”. A discussão dos dados possibilita perceber que os discursos presentes nos depoimentos dos pais e mães são singulares, amplamente marcados pelas pedagogias do risco, e ajudam a compreender como os processos de medicalização e molecularização da vida vão conformando as práticas e reposicionando as famílias em relação aos cuidados de saúde dos filhos, com vistas a evitar riscos de adoecimento no futuro. / This thesis addresses issues related to risk discourses found in testimonies given by parents on websites of autologous biobanks that collect and store stem cells from umbilical cord blood for cryopreservation. Two questions have been posed: How have the risk rationality and its promise of biological guarantee constituted and functioned on websites that trade/sell the collection and storage of umbilical cord blood stem cells? How have such rationality and its practices been constituted as an educative health-related dimension on those websites? The contents of five websites of biobanks have been selected as the main research material; hence, they have been here regarded as cultural artifacts. From the discussions about the notions of risk and hyper-prevention, which have been developed by Luis David Castiel, and also about biotechnologies, as seen by Nikolas Rose, I have established the strategies and categories of analysis, which have been divided into three analytical axes. The first one approaches the exhortation of the risk discourse, in which I have evidenced how risk prevention is a mobilizing element for the acquisition of that biotechnology and teaches parents to adopt certain health care practices linked to future biological security. The second one discusses the consumption of biotechnologies which are both discursively presented in the websites as a future of opportunities for risk prevention and influence the constitution of consumption subjects. In the third axis, I have problematized the promises of future biological security that have been recurrently publicized by the biobanks. I have reflected on discourses that, by considering this biotechnology, address the desire to obtain a certain kind of biological health insurance. It is possible to notice that the testimonies extracted from the websites discursively produce the cryopreservation of umbilical cord blood stem cells as a type of “biological insurance”. Data discussion has enabled me to understand that the discourses found in parents’ testimonies are unique and highly marked by the risk pedagogy, and also help us understand how the processes of medicalization and molecularization of life have shaped some practices and repositioned the families in relation to their children health care aiming at preventing diseases from appearing in the future. / Esta tesis abarca cuestiones relacionadas a los discursos de riesgo presentes en testimonios de padres y madres publicados en sitios web pertenecientes a biobancos autólogos que colectan y almacenan células madre del cordón umbilical para criopreservación. Para esta tarea, tengo las siguientes cuestiones: ¿Cómo la racionalidad de riesgo y su promesa de garantía biológica en el futuro se constituyen y operan en los sitios web que comercializan la colecta y el almacenamiento de éstas células? ¿Cómo tal racionalidad y sus prácticas se constituyen como una dimensión educativa relativa a la salud en estos sitios? En ese emprendimiento, analicé las publicaciones web de cinco páginas de biobancos, que se constituirían en el material principal de análisis; por eso los considero como un artefacto cultural. A partir de las discusiones de riesgo e hiperprevención (nociones desarrolladas en los trabajos de Luis David Castiel), y de biotecnologías (presente en los trabajos de Nikolas Rose), establecí las estrategias y categorías de análisis de la tesis, presentadas en tres ejes analíticos. El primero aborda la exhortación del discurso de riesgo, en el que presento de qué modo la prevención de riesgos se constituye como elemento movilizador para la adquisición de esta biotecnología, educando a padres y madres para la adopción de determinadas prácticas de salud vinculadas a la seguridad biológica para el futuro. El segundo discute el consumo de biotecnologías, que se presentan discursivamente en los sitios web como un futuro de oportunidades para la prevención de riesgos e influencian a la constitución de sujetos de consumo. En el tercer eje, problematizo las promesas de seguridad biológica para el futuro divulgadas de forma reiterada por los biobancos, reflexionando sobre los discursos que tratan el deseo de, a partir de esta biotecnología, adquirir un tipo de seguro biológico para la salud en el futuro. Será posible observar que los testimonios extraídos de los sitios web constituyen discursivamente la criopreservación de células madre como un tipo de “seguridad biológica para el futuro”. La discusión de los datos posibilita percibir que los discursos presentes en las declaraciones de padres y madres son singulares, ampliamente marcados por la pedagogía de riesgo, y ayudan a comprender como los procesos de medicalización y moleculización de la vida van conformando las prácticas y reposicionando a las familias en relación a los cuidados en la salud de los hijos, con vista a evitar riesgos de enfermedades en el futuro.
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Me ensina a (sobre) viver com câncer? uma análise de livros de autoajudaPinheiro, Monalisa da Silva January 2017 (has links)
Os discursos da literatura de autoajuda são sucesso de público e vendas e encontram um terreno fértil de atuação na área da saúde, principalmente na área oncológica. Câncer é um termo genérico utilizado para designar doenças que avançam de modo diferente, mas que têm em comum certas características, tais como o crescimento de células anormais que se proliferam localmente, com potencial de invadir e atravessar barreiras, podendo levar a morte do sujeito se não forem erradicadas. Cada vez mais, o tratamento tem prolongado as vidas destas pessoas chamadas (sobre)viventes. Desta maneira, a tese tem as seguintes questões de pesquisa: como os discursos dos livros de autoajuda constroem sujeitos doentes de câncer, determinando e difundindo determinados modos de viver e desestimulando outros? Quais as condições de possibilidade desses discursos? Como tais discursos interpelam aqueles que os leem? As vertentes teóricas que norteiam este estudo utilizam a análise documental, voltada à análise de discurso com teorizações foucaultianas, para operar os enunciados de 13 livros de autoajuda escritos por (sobre)viventes de câncer. Aapropriei-me, principalmente, de conceitos encontrados nas obras A arqueologia do saber, As palavras e as coisas e A ordem do discurso. Esse estudo não teve como objetivo compreender qual seria a influência dos livros de autoajuda sobre os sujeitos ou desvelar segredos ocultos nos livros. Os discursos dos livros de autoajuda seguem uma narrativa que assemelha as encontradas no monomito, e desta maneita, governam e reforçam modos de viver que são pautados pela religiosidade cristã, felicidade e manutenção da produtividade econômica dos sujeitos. Tais discursos investem na subjetivação e docilização dos corpos, constituindo um currículo que ensina meios de viver com câncer na direção de construir uma nova vida. Além disso, buscam mudar os sentidos negativos atribuídos à doença, transformando-a em um evento que parece conferir características positivas aos (sobre)viventes. / The discourses of the self-help literature are public success and sales and find a fertile field of action in the health area, especially in the oncology area. Cancer is a generic term used to denote diseases that progress differently, but which have certain characteristics in common, such as the growth of abnormal cells that proliferate locally, with the potential to invade and cross barriers, which can lead to the death of the subject if are not eradicated. Increasingly, the treatment has prolonged the lives of these people called (over) living. In this way, the thesis has the following research questions: how do self-help book discourses construct cancer patients, determining and diffusing certain ways of living and discouraging others? What are the conditions of possibility of these speeches? How do such discourses challenge those who read them? The theoretical aspects that guide this study use the documentary analysis, focused on discourse analysis with Foucaultian theorizations, to operate the statements of 13 self-help books written by (about) living with cancer. I especially like concepts found in the works The Archeology of Knowledge, Words and Things, and The Order of Speech. This study was not intended to understand the influence of self help books on subjects or to uncover secrets hidden in books. The discourses of the self-help books follow a narrative that resembles those found in the monomito, and from this maneita, govern and reinforce ways of living that are based on Christian religiosity, happiness and maintenance of the economic productivity of the subjects. Such discourses invest in subjectivation and docilization of bodies, constituting a curriculum that teaches ways of living with cancer in the direction of building a new life. In addition, they seek to change the negative meanings attributed to the disease, transforming it into an event that seems to confer positive (over) living characteristics.
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Me ensina a (sobre) viver com câncer? uma análise de livros de autoajudaPinheiro, Monalisa da Silva January 2017 (has links)
Os discursos da literatura de autoajuda são sucesso de público e vendas e encontram um terreno fértil de atuação na área da saúde, principalmente na área oncológica. Câncer é um termo genérico utilizado para designar doenças que avançam de modo diferente, mas que têm em comum certas características, tais como o crescimento de células anormais que se proliferam localmente, com potencial de invadir e atravessar barreiras, podendo levar a morte do sujeito se não forem erradicadas. Cada vez mais, o tratamento tem prolongado as vidas destas pessoas chamadas (sobre)viventes. Desta maneira, a tese tem as seguintes questões de pesquisa: como os discursos dos livros de autoajuda constroem sujeitos doentes de câncer, determinando e difundindo determinados modos de viver e desestimulando outros? Quais as condições de possibilidade desses discursos? Como tais discursos interpelam aqueles que os leem? As vertentes teóricas que norteiam este estudo utilizam a análise documental, voltada à análise de discurso com teorizações foucaultianas, para operar os enunciados de 13 livros de autoajuda escritos por (sobre)viventes de câncer. Aapropriei-me, principalmente, de conceitos encontrados nas obras A arqueologia do saber, As palavras e as coisas e A ordem do discurso. Esse estudo não teve como objetivo compreender qual seria a influência dos livros de autoajuda sobre os sujeitos ou desvelar segredos ocultos nos livros. Os discursos dos livros de autoajuda seguem uma narrativa que assemelha as encontradas no monomito, e desta maneita, governam e reforçam modos de viver que são pautados pela religiosidade cristã, felicidade e manutenção da produtividade econômica dos sujeitos. Tais discursos investem na subjetivação e docilização dos corpos, constituindo um currículo que ensina meios de viver com câncer na direção de construir uma nova vida. Além disso, buscam mudar os sentidos negativos atribuídos à doença, transformando-a em um evento que parece conferir características positivas aos (sobre)viventes. / The discourses of the self-help literature are public success and sales and find a fertile field of action in the health area, especially in the oncology area. Cancer is a generic term used to denote diseases that progress differently, but which have certain characteristics in common, such as the growth of abnormal cells that proliferate locally, with the potential to invade and cross barriers, which can lead to the death of the subject if are not eradicated. Increasingly, the treatment has prolonged the lives of these people called (over) living. In this way, the thesis has the following research questions: how do self-help book discourses construct cancer patients, determining and diffusing certain ways of living and discouraging others? What are the conditions of possibility of these speeches? How do such discourses challenge those who read them? The theoretical aspects that guide this study use the documentary analysis, focused on discourse analysis with Foucaultian theorizations, to operate the statements of 13 self-help books written by (about) living with cancer. I especially like concepts found in the works The Archeology of Knowledge, Words and Things, and The Order of Speech. This study was not intended to understand the influence of self help books on subjects or to uncover secrets hidden in books. The discourses of the self-help books follow a narrative that resembles those found in the monomito, and from this maneita, govern and reinforce ways of living that are based on Christian religiosity, happiness and maintenance of the economic productivity of the subjects. Such discourses invest in subjectivation and docilization of bodies, constituting a curriculum that teaches ways of living with cancer in the direction of building a new life. In addition, they seek to change the negative meanings attributed to the disease, transforming it into an event that seems to confer positive (over) living characteristics.
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Quando vai ser? o bebê ou a coleta das células-tronco? as pedagogias do risco e a colonização molecular do futuroSomavilla, Vera da Costa January 2014 (has links)
Esta tese abrange questões relacionadas aos discursos de risco presentes nas publicações dos depoimentos de pais e mães em sites de biobancos autólogos que coletam e armazenam células-tronco do cordão umbilical para criopreservação. Para essa tarefa, tenho as seguintes questões: como a racionalidade de risco e sua promessa de garantia biológica no futuro se constituem nos depoimentos dos pais publicados nos sites que comercializam/vendem a coleta e o armazenamento de células-tronco do cordão umbilical? Como tal racionalidade e suas práticas se constituem como uma dimensão educativa, relativa à saúde, nesses sites? Nesse empreendimento, analisei as publicações da Internet de cinco sites de biobancos, que se constituíram como material principal da análise; vou toma-los enquanto um artefato cultural. A partir das discussões de risco e hiperprevenção, noções desenvolvidas nos trabalhos de Luis David Castiel, e de biotecnologias, nos trabalhos de Nikolas Rose, estabeleci as estratégias e categorias de análise da tese, que estão apresentadas em três eixos analíticos. O primeiro aborda a exortação do discurso de risco, em que apresento de que modo a prevenção dos riscos se constitui como elemento mobilizador para aquisição desta biotecnologia, educando pais e mães para a adoção de determinadas práticas de saúde vinculadas à segurança biológica para o futuro. O segundo discute o consumo de biotecnologias, que se apresentam discursivamente nos sites como um futuro de oportunidades para prevenção de riscos e influenciam a constituição de sujeitos de consumo. No terceiro eixo, problematizo as promessas de segurança biológica para o futuro, divulgadas de forma reiterada pelos biobancos, refletindo sobre os discursos que tratam do desejo de, a partir desta biotecnologia, adquirir um tipo de seguro biológico para a saúde no futuro. Será possível observar que os depoimentos extraídos dos sites constituem discursivamente a criopreservação das células-tronco do cordão umbilical como um tipo de “segurança biológica para o futuro”. A discussão dos dados possibilita perceber que os discursos presentes nos depoimentos dos pais e mães são singulares, amplamente marcados pelas pedagogias do risco, e ajudam a compreender como os processos de medicalização e molecularização da vida vão conformando as práticas e reposicionando as famílias em relação aos cuidados de saúde dos filhos, com vistas a evitar riscos de adoecimento no futuro. / This thesis addresses issues related to risk discourses found in testimonies given by parents on websites of autologous biobanks that collect and store stem cells from umbilical cord blood for cryopreservation. Two questions have been posed: How have the risk rationality and its promise of biological guarantee constituted and functioned on websites that trade/sell the collection and storage of umbilical cord blood stem cells? How have such rationality and its practices been constituted as an educative health-related dimension on those websites? The contents of five websites of biobanks have been selected as the main research material; hence, they have been here regarded as cultural artifacts. From the discussions about the notions of risk and hyper-prevention, which have been developed by Luis David Castiel, and also about biotechnologies, as seen by Nikolas Rose, I have established the strategies and categories of analysis, which have been divided into three analytical axes. The first one approaches the exhortation of the risk discourse, in which I have evidenced how risk prevention is a mobilizing element for the acquisition of that biotechnology and teaches parents to adopt certain health care practices linked to future biological security. The second one discusses the consumption of biotechnologies which are both discursively presented in the websites as a future of opportunities for risk prevention and influence the constitution of consumption subjects. In the third axis, I have problematized the promises of future biological security that have been recurrently publicized by the biobanks. I have reflected on discourses that, by considering this biotechnology, address the desire to obtain a certain kind of biological health insurance. It is possible to notice that the testimonies extracted from the websites discursively produce the cryopreservation of umbilical cord blood stem cells as a type of “biological insurance”. Data discussion has enabled me to understand that the discourses found in parents’ testimonies are unique and highly marked by the risk pedagogy, and also help us understand how the processes of medicalization and molecularization of life have shaped some practices and repositioned the families in relation to their children health care aiming at preventing diseases from appearing in the future. / Esta tesis abarca cuestiones relacionadas a los discursos de riesgo presentes en testimonios de padres y madres publicados en sitios web pertenecientes a biobancos autólogos que colectan y almacenan células madre del cordón umbilical para criopreservación. Para esta tarea, tengo las siguientes cuestiones: ¿Cómo la racionalidad de riesgo y su promesa de garantía biológica en el futuro se constituyen y operan en los sitios web que comercializan la colecta y el almacenamiento de éstas células? ¿Cómo tal racionalidad y sus prácticas se constituyen como una dimensión educativa relativa a la salud en estos sitios? En ese emprendimiento, analicé las publicaciones web de cinco páginas de biobancos, que se constituirían en el material principal de análisis; por eso los considero como un artefacto cultural. A partir de las discusiones de riesgo e hiperprevención (nociones desarrolladas en los trabajos de Luis David Castiel), y de biotecnologías (presente en los trabajos de Nikolas Rose), establecí las estrategias y categorías de análisis de la tesis, presentadas en tres ejes analíticos. El primero aborda la exhortación del discurso de riesgo, en el que presento de qué modo la prevención de riesgos se constituye como elemento movilizador para la adquisición de esta biotecnología, educando a padres y madres para la adopción de determinadas prácticas de salud vinculadas a la seguridad biológica para el futuro. El segundo discute el consumo de biotecnologías, que se presentan discursivamente en los sitios web como un futuro de oportunidades para la prevención de riesgos e influencian a la constitución de sujetos de consumo. En el tercer eje, problematizo las promesas de seguridad biológica para el futuro divulgadas de forma reiterada por los biobancos, reflexionando sobre los discursos que tratan el deseo de, a partir de esta biotecnología, adquirir un tipo de seguro biológico para la salud en el futuro. Será posible observar que los testimonios extraídos de los sitios web constituyen discursivamente la criopreservación de células madre como un tipo de “seguridad biológica para el futuro”. La discusión de los datos posibilita percibir que los discursos presentes en las declaraciones de padres y madres son singulares, ampliamente marcados por la pedagogía de riesgo, y ayudan a comprender como los procesos de medicalización y moleculización de la vida van conformando las prácticas y reposicionando a las familias en relación a los cuidados en la salud de los hijos, con vista a evitar riesgos de enfermedades en el futuro.
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Quando vai ser? o bebê ou a coleta das células-tronco? as pedagogias do risco e a colonização molecular do futuroSomavilla, Vera da Costa January 2014 (has links)
Esta tese abrange questões relacionadas aos discursos de risco presentes nas publicações dos depoimentos de pais e mães em sites de biobancos autólogos que coletam e armazenam células-tronco do cordão umbilical para criopreservação. Para essa tarefa, tenho as seguintes questões: como a racionalidade de risco e sua promessa de garantia biológica no futuro se constituem nos depoimentos dos pais publicados nos sites que comercializam/vendem a coleta e o armazenamento de células-tronco do cordão umbilical? Como tal racionalidade e suas práticas se constituem como uma dimensão educativa, relativa à saúde, nesses sites? Nesse empreendimento, analisei as publicações da Internet de cinco sites de biobancos, que se constituíram como material principal da análise; vou toma-los enquanto um artefato cultural. A partir das discussões de risco e hiperprevenção, noções desenvolvidas nos trabalhos de Luis David Castiel, e de biotecnologias, nos trabalhos de Nikolas Rose, estabeleci as estratégias e categorias de análise da tese, que estão apresentadas em três eixos analíticos. O primeiro aborda a exortação do discurso de risco, em que apresento de que modo a prevenção dos riscos se constitui como elemento mobilizador para aquisição desta biotecnologia, educando pais e mães para a adoção de determinadas práticas de saúde vinculadas à segurança biológica para o futuro. O segundo discute o consumo de biotecnologias, que se apresentam discursivamente nos sites como um futuro de oportunidades para prevenção de riscos e influenciam a constituição de sujeitos de consumo. No terceiro eixo, problematizo as promessas de segurança biológica para o futuro, divulgadas de forma reiterada pelos biobancos, refletindo sobre os discursos que tratam do desejo de, a partir desta biotecnologia, adquirir um tipo de seguro biológico para a saúde no futuro. Será possível observar que os depoimentos extraídos dos sites constituem discursivamente a criopreservação das células-tronco do cordão umbilical como um tipo de “segurança biológica para o futuro”. A discussão dos dados possibilita perceber que os discursos presentes nos depoimentos dos pais e mães são singulares, amplamente marcados pelas pedagogias do risco, e ajudam a compreender como os processos de medicalização e molecularização da vida vão conformando as práticas e reposicionando as famílias em relação aos cuidados de saúde dos filhos, com vistas a evitar riscos de adoecimento no futuro. / This thesis addresses issues related to risk discourses found in testimonies given by parents on websites of autologous biobanks that collect and store stem cells from umbilical cord blood for cryopreservation. Two questions have been posed: How have the risk rationality and its promise of biological guarantee constituted and functioned on websites that trade/sell the collection and storage of umbilical cord blood stem cells? How have such rationality and its practices been constituted as an educative health-related dimension on those websites? The contents of five websites of biobanks have been selected as the main research material; hence, they have been here regarded as cultural artifacts. From the discussions about the notions of risk and hyper-prevention, which have been developed by Luis David Castiel, and also about biotechnologies, as seen by Nikolas Rose, I have established the strategies and categories of analysis, which have been divided into three analytical axes. The first one approaches the exhortation of the risk discourse, in which I have evidenced how risk prevention is a mobilizing element for the acquisition of that biotechnology and teaches parents to adopt certain health care practices linked to future biological security. The second one discusses the consumption of biotechnologies which are both discursively presented in the websites as a future of opportunities for risk prevention and influence the constitution of consumption subjects. In the third axis, I have problematized the promises of future biological security that have been recurrently publicized by the biobanks. I have reflected on discourses that, by considering this biotechnology, address the desire to obtain a certain kind of biological health insurance. It is possible to notice that the testimonies extracted from the websites discursively produce the cryopreservation of umbilical cord blood stem cells as a type of “biological insurance”. Data discussion has enabled me to understand that the discourses found in parents’ testimonies are unique and highly marked by the risk pedagogy, and also help us understand how the processes of medicalization and molecularization of life have shaped some practices and repositioned the families in relation to their children health care aiming at preventing diseases from appearing in the future. / Esta tesis abarca cuestiones relacionadas a los discursos de riesgo presentes en testimonios de padres y madres publicados en sitios web pertenecientes a biobancos autólogos que colectan y almacenan células madre del cordón umbilical para criopreservación. Para esta tarea, tengo las siguientes cuestiones: ¿Cómo la racionalidad de riesgo y su promesa de garantía biológica en el futuro se constituyen y operan en los sitios web que comercializan la colecta y el almacenamiento de éstas células? ¿Cómo tal racionalidad y sus prácticas se constituyen como una dimensión educativa relativa a la salud en estos sitios? En ese emprendimiento, analicé las publicaciones web de cinco páginas de biobancos, que se constituirían en el material principal de análisis; por eso los considero como un artefacto cultural. A partir de las discusiones de riesgo e hiperprevención (nociones desarrolladas en los trabajos de Luis David Castiel), y de biotecnologías (presente en los trabajos de Nikolas Rose), establecí las estrategias y categorías de análisis de la tesis, presentadas en tres ejes analíticos. El primero aborda la exhortación del discurso de riesgo, en el que presento de qué modo la prevención de riesgos se constituye como elemento movilizador para la adquisición de esta biotecnología, educando a padres y madres para la adopción de determinadas prácticas de salud vinculadas a la seguridad biológica para el futuro. El segundo discute el consumo de biotecnologías, que se presentan discursivamente en los sitios web como un futuro de oportunidades para la prevención de riesgos e influencian a la constitución de sujetos de consumo. En el tercer eje, problematizo las promesas de seguridad biológica para el futuro divulgadas de forma reiterada por los biobancos, reflexionando sobre los discursos que tratan el deseo de, a partir de esta biotecnología, adquirir un tipo de seguro biológico para la salud en el futuro. Será posible observar que los testimonios extraídos de los sitios web constituyen discursivamente la criopreservación de células madre como un tipo de “seguridad biológica para el futuro”. La discusión de los datos posibilita percibir que los discursos presentes en las declaraciones de padres y madres son singulares, ampliamente marcados por la pedagogía de riesgo, y ayudan a comprender como los procesos de medicalización y moleculización de la vida van conformando las prácticas y reposicionando a las familias en relación a los cuidados en la salud de los hijos, con vista a evitar riesgos de enfermedades en el futuro.
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A mímesis, os estudos culturais e a Balada da infância perdida: a literatura em questãoFerreira da Costa, Fabiana 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Buscamos compreender no romance Balada da infância perdida a relação entre
mundo ficcional/mundo extratextual, utilizando-nos da mímesis na perspectiva teórica de Luiz
Costa Lima, e desse modo, problematizarmos o uso que os estudos culturais realizam dos
textos literários. Para tanto, apontamos os dois principais aspectos da mímesis: a mímesis da
representação, por ela os sistemas de representação social funcionam como balizas para
entendermos o mundo ficcional, por conseguinte, não são elementos a serem identificados
realisticamente no texto literário; e, mímesis da produção, que explicita a possibilidade na
obra de criação de versões de mundos e de vivência de novas experiências. Ao pensamento de
Costa Lima sobre a mímesis cotejamos a teoria de Wolfgang Iser sobre o caráter ficcional do
texto literário com o intuito de ampliarmos nossa compreensão da mímesis. Apresentamos,
depois, os principais aspectos sob os quais a literatura é considerada pelos estudos culturais:
primeiro, a obra literária é vista como um produto cultural entre outros que envolve relações
sociais e culturais conflitantes e desiguais; segundo, a relação entre realidade e ficção não é
problematizada adequadamente; e, terceiro, os estudos culturais centram seu olhar nas
relações extrínsecas da literatura desprezando o caráter estético-literário da obra. Aos três
pontos ressaltados cotejamos nosso olhar incorporado pela mímesis e o acrescentamos à
análise dos trechos do romance no qual verificamos que a relação entre mundo ficcional e
mundo empírico é explicada pela mímesis, ela é, na verdade, o próprio caráter constitutivo da
literatura, por consequência, o caráter estético-literário do romance é igualmente
compreendido por ela dado que o aspecto estético-literário de uma obra envolve a relação, o
diálogo entre nossos sistemas de representação social e a realidade ficcional configurada na
obra. Como resultado, toda análise que se centra nas relações extrínsecas da literatura
inevitavelmente perpassa pelas relações intrínsecas da obra. Assim, os estudos culturais
precisam considerar a relação entre realidade e ficção com base na mímesis e o caráter
estético-literário da obra como elemento constituinte das relações extrínsecas da literatura a
fim de evitar conceber a literatura como mero documento"
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Telejornalismo e convergência: uma análise culturalMota, Lilian 24 May 2012 (has links)
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LilianMota.pdf: 1830237 bytes, checksum: 4c607d2805eddc116e53b46cff06986c (MD5) / Esta dissertação propõe-se a compreender a relação entre telejornalismo, convergência midiática e interatividade. O estudo está ancorado nos estudos culturais, considerando a televisão como uma tecnologia e uma forma cultural e o telejornalismo uma instituição social. Para investigar como a convergência altera o cenário dos produtos, usamos o conceito de modo de endereçamento, que diz respeito ao tom e estilo dos programas. Para melhor compreender a dimensão processual do fenômeno da convergência, que provoca mudanças nas relações entre os produtores e receptores, apresentamos o conceito de interatividade, que ajuda a ver como os programas dialogam com os telespectadores através da tecnologia. Para as análises foram selecionados dois programas: dez edições do Urbano (Multishow) e quinze edições do Fantástico (TV Globo). O Urbano foi gravado durante o período de 2007 a 2010, com amostras de quatro temporadas. O Fantástico foi gravado em 2009 e 2010, após a entrada no ar da versão online do programa, o Canal F. Analisamos também o conteúdo online dos programas referente a cada edição. Por meio das análises, foi possível constatar que apenas no Urbano a participação do público interfere de fato na construção do programa; no Fantástico, embora o telespectador tenha canais tecnologicamente avançados para a participação, na maioria das vezes o conteúdo enviado por ele é reduzido a questões de importância secundária, e apenas quando o telespectador contribui com matérias factuais, na qualidade de testemunha ocular, sua participação é valorizada. Ampliando o cenário, observamos uma tendência à flexibilização das fronteiras entre a produção e a recepção nos programas e, por fim, apontamos a interatividade como uma prática que, se aliada à educação e à inclusão digital, tem o potencial de servir à cidadania. / Salvador
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A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivosMauricio, Fernanda 11 January 2012 (has links)
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SILVA-Fernanda.-Parte-I.pdf: 494903 bytes, checksum: 7b34f2954c34cb5b124312d0bf10540f (MD5) / Cada vez mais, as emissoras de televisão apostam na transmissão de informações por meio dos diálogos entre jornalistas e convidados: programas de entrevistas, de debates e telejornais, que modificaram a tradicional função dos apresentadores de ler as notícias, para transmiti-las através de uma conversa. A presente tese propõe-se a compreender os lugares, papéis e configurações da conversação nos programas jornalísticos televisivos que a utilizam como principal estratégia na relação com a audiência. Este estudo ancora-se nas formulações dos Estudos Culturais ingleses e latino-americanos como instrumento teórico-metodológico para pensar: primeiro, na conversação como estratégia de construção dos programas individualmente, o que foi feito por meio do conceito de modo de endereçamento, que diz respeito ao tom e estilo dos programas. Em segundo lugar, na relação entre o uso da conversação e estruturas mais amplas que norteiam os modos de leitura e escritura. Para isso, foi utilizado o conceito de gênero televisivo (e suas variantes, os subgêneros), concebido como uma estratégia de comunicabilidade histórica e socialmente formada. Por fim, foi necessário considerar que os recentes papéis da conversação no telejornalismo devem ser compreendidos a partir de uma dimensão processual, o que foi feito através do conceito de estrutura de sentimento, conceito dá conta dos movimentos de construção de um modelo dominante de telejornalismo e das possíveis alternativas que o tencionam. Para as análises foram selecionadas dez edições de seis programas da televisão brasileira: Observatório da Imprensa (TV Brasil), Roda Viva (TV Cultura), Jornal das Dez (Globo News), Bom Dia Brasil (Rede Globo), Sem Censura (TV Brasil) e Marília Gabriela Entrevista (GNT), gravados durante um período variado de 2006 a 2009. Por meio das análises, foi possível constatar pelo menos duas dimensões mais evidentes sobre a conversação no telejornalismo. Primeiro, o emprego da conversação como estratégia para que o jornalismo efetue seu papel na democracia promovendo uma arena de discussão de temas de interesse público. Associadas a esta dimensão, é recorrente o uso de expressões como “discussão” e “debate”, que ratificam um lugar discursivo de aprofundamento das informações, participação e busca pela verdade. Em segundo lugar, a conversação é apresentada à audiência como a forma verbal por meio da qual o jornalismo televisivo se aproxima do campo do entretenimento, possibilitando novas formas de recepção de seus produtos, baseadas na informação aliada à diversão e ao prazer. Nesse caso, a conversação provoca um efeito de espontaneidade, uma vez que a conversação em cena busca assemelhar-se às conversas casuais da vida cotidiana. A conclusão aponta três modelos em que a conversação se mostra mais evidente no telejornalismo - a conversa informativa, argumentativa e testemunhal – e o modo como essas práticas conversacionais empregadas pelos mediadores provocam transformações no telejornalismo: a retomada da matriz opinativa; a valorização dos testemunhos pessoais como prova de veracidade das informações; e uma inclinação do telejornalismo a uma temática voltada para o cotidiano.
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Jogos de gênero em Pequim 2008 : representações de feminilidades e masculinidades (re)produzidas pelo site TerraCoelho, Johanna Ermacovitch January 2009 (has links)
Ancorada na perspectiva pós-estruturalista, mais especificamente nos Estudos de Gênero e nos Estudos Culturais, é que realizo essa dissertação que tem como temas: esporte, gênero e mídia. Entendendo a mídia como uma pedagogia cultural, escolho o Site Terra como artefato midiático privilegiado para essa pesquisa que tem como objetivo: analisar as representações de gênero para homens e mulheres atletas, nos textos e imagens midiáticos disponibilizados pelo Site, durante a realização dos Jogos Olímpicos de Pequim/2008. Baseada nos/as autores/as que operam com a terminologia gênero enquanto categoria de análise relacional, temos que as masculinidades e as feminilidades são produzidas e reproduzidas em diferentes espaços, culturas e tempos. O esporte como um campo generificado também apresenta homens e mulheres atletas de diferentes maneiras e com isso, produz e reproduz masculinidades e feminilidades possíveis de serem representadas. Analisei as fotos e reportagens do Site Terra utilizando a análise de discurso como ferramenta metodológica, pois a mesma dialoga com o aporte teórico proposto para esse trabalho. Ao longo dos dezessete dias do Jogos Olímpicos o Site Terra disponibilizou textos e imagens que exaltam as qualidades ditas próprias dos atletas de elite contemporâneos: superação, força, conquista e outros. Mas algumas representações escapavam a essa e nos davam indícios de como o Site Terra fazia diferenciações entre atletas homens e mulheres baseado em masculinidades e feminilidades hegemônicas. Maternidade/paternidade, os corpos visibilizados de maneiras diferentes, o choro dos/as atletas, a beleza dos musos e musas dos Jogos são pontos que serão analisados. Por fim, encerro o "jogo de gênero", proposto pelas representações divulgadas pelo Site Terra, apontando que dar visibilidade as inúmeras formas de se representar os/as atletas, sem atrelar suas características atléticas enquanto mais próprias a homens ou mulheres é ampliar as possibilidades de ser atleta na sociedade contemporânea. / Based on a "post-structuralism" perspective, more specific on Gender Studies and Cultural Studies, I fulfill this research that has as its subjects: sport, gender and media. Understanding media as a cultural pedagogy, I chose Terra's website as a privileged "mediatic" resource to this research. It has as purpose: analyze the gender representation to men athletes and women athletes, in texts and "mediatic" images available on the website, during the Beijing 2008 Olympic Games. Grounded on authors that use the term gender as a category of relational analysis, we notice that masculine and feminine characteristics are produced and reproduced on different spaces, cultures and times. Sport as a gendered area, represent men athletes and women athletes on different ways as well, therefore produce and reproduce masculine and feminine characteristics possible to be represented (symbolized). I analyzed pictures and articles from Terra's website using speech analysis as a methodical tool, since it self dialogue with theoretical basis suggested to this study. During the seventeen days of Olympic Games, Terra's website let web users to access texts and images praising abilities common related to modern elite athletes: overcoming, strength, conquest and others. But some representations use to escape from this and give us signs about how Terra's website make difference between men athletes and women athletes based on masteries masculine and feminine characteristics: maternity/paternity, bodies view from different ways, athletes crying and their beauty are points to be analyzed. At last, I finish the "gender game", proposed by the spread representations on Terra's website, pointing that giving more attention to countless ways to represent the athletes, non relating to their physical characteristics while more specific to men or women is extend the possibilities to be an athlete in present-day society.
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