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Escola e emancipação: um papel para as ciências? / School and emancipation: a role for science ?Souza Filho, José Osvaldo Xavier de 29 October 2014 (has links)
Este trabalho discute a relação entre escola e emancipação, mais especificamente, o papel da dúvida e do questionamento no ensino de ciências e a emancipação de sujeitos. Para tanto, analisa e explicita o currículo e o trabalho de experiências escolares de resistência (SINGER, 2010) na área de ciências da natureza. Estas escolas trabalham com abordagens democráticas em suas rotinas. Analisou-se, principalmente: EMEF Desembargador Amorim Lima e Escola Politeia, no Brasil e Escola da Ponte, em Portugal. Utilizar-se-á a abordagem de pesquisa-ação, mais coerente com a proposta deste trabalho e das escolas, inserido em relação dialética nos espaços educacionais nos quais se atuará, flexibilizando a neutralidade analítica, planejando e avaliando constantemente, sem cisões claras entre investigação e atuação. Investigar questões curriculares em escolas deste tipo pode revelar importantes referências para o ensino em geral, particularmente, o de ciências, como a forma pela qual o conhecimento é construído pelos(as) estudantes em um currículo de arquitetura aberta, onde o conteúdo, muitas vezes, parte do próprio interesse deles(as). Realizou-se observações sistemáticas das rotinas escolares, além de conversas formais e informais com estudantes, professores(as) e coordenadoras, participando das atividades escolares como forma de intervenção. Analisar-se-á os currículos oficiais aos quais essas escolas estão submetidas e os documentos escolares, para perceber as relações entre os conceitos e procedimentos propostos pelos documentos e as formas de trabalho de cada escola. O termo resistência tratado aqui aparece em sentido amplo, como movimento que enfrenta os modelos tradicionais de educação. Segundo Foucault (1979), o poder e a resistência se dão nas relações sociais. Onde existe uma relação de poder, existe também uma resistência. Assim, esta ideia de resistência relaciona-se ao poder criado na relação escola-sociedade. A partir desta resistência, estas escolas apresentam mecanismos usados para promover: (i) autonomia dos(a) estudantes frente ao conhecimento e sua construção; (ii) postura cidadã, política e crítica dos(as) estudantes frente à sociedade; (iii) liberdade com responsabilidade e (iv) tempos individuais de aprendizado. O eixo orientador deste trabalho é o questionamento em ciências naturais, ou seja, o exercício da dúvida. Como estas escolas trabalham a dúvida? Como o questionamento pode ser produtor de conhecimento? Este ato de questionamento pode ser emancipatório? / This work discusses the relationship between school and emancipation, more specifically, the role of doubt and questioning in science education and the emancipation of individuals. It analyzes and exposes the curriculum and the work of experiences in schools of resistance (SINGER, 2010) in the area of natural sciences. These schools work with democratic approaches in their routines. Three schools were analyzed: EMEF Desembargador Amorim Lima and Escola Politeia, in Brazil and Escola da Ponte, in Portugal. This work will use an approach of action research, more consistent with the purpose of the work and of the schools, set in a dialectical relationship in educational spaces where the work will take place, through flexible analytical neutrality, planning and evaluating constantly, without clear divisions between research and action. Investigating curricular issues in schools of this type can reveal important references to education in general and particularly for the teaching of science, such as the manner in which knowledge is constructed by the students in an open architecture curriculum, where content often comes from the interest of the students. Systematic observations of school routines will be performed, as well as formal and informal conversations with students, teachers and coordinators, participating in school activities as an intervention. The official curricula, to which these schools are submitted to, as well as school documents will be analyzed to understand the relationships between concepts and procedures proposed by the documents and forms of work of each school. The term resistance used here appears in a broad sense as a movement facing the traditional models of education. According to Foucault (1979), power and resistance are given in social relations. Therefore this idea of resistance is related to the power created in the school-society relationship. From this resistance, these schools have mechanisms used to promote: (i) autonomy of the students with knowledge and its construction; (ii) citizen posture, political and critical, of the students before society; (iii) freedom with responsibility and (iv) individual learning times. The guiding principle of this work is the questioning in the natural sciences, ie, the exercise of the doubt. How do these schools work with questionings? How can the act of questioning be a producer of knowledge? Can the act of questioning be emancipatory?
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Escola e emancipação: um papel para as ciências? / School and emancipation: a role for science ?José Osvaldo Xavier de Souza Filho 29 October 2014 (has links)
Este trabalho discute a relação entre escola e emancipação, mais especificamente, o papel da dúvida e do questionamento no ensino de ciências e a emancipação de sujeitos. Para tanto, analisa e explicita o currículo e o trabalho de experiências escolares de resistência (SINGER, 2010) na área de ciências da natureza. Estas escolas trabalham com abordagens democráticas em suas rotinas. Analisou-se, principalmente: EMEF Desembargador Amorim Lima e Escola Politeia, no Brasil e Escola da Ponte, em Portugal. Utilizar-se-á a abordagem de pesquisa-ação, mais coerente com a proposta deste trabalho e das escolas, inserido em relação dialética nos espaços educacionais nos quais se atuará, flexibilizando a neutralidade analítica, planejando e avaliando constantemente, sem cisões claras entre investigação e atuação. Investigar questões curriculares em escolas deste tipo pode revelar importantes referências para o ensino em geral, particularmente, o de ciências, como a forma pela qual o conhecimento é construído pelos(as) estudantes em um currículo de arquitetura aberta, onde o conteúdo, muitas vezes, parte do próprio interesse deles(as). Realizou-se observações sistemáticas das rotinas escolares, além de conversas formais e informais com estudantes, professores(as) e coordenadoras, participando das atividades escolares como forma de intervenção. Analisar-se-á os currículos oficiais aos quais essas escolas estão submetidas e os documentos escolares, para perceber as relações entre os conceitos e procedimentos propostos pelos documentos e as formas de trabalho de cada escola. O termo resistência tratado aqui aparece em sentido amplo, como movimento que enfrenta os modelos tradicionais de educação. Segundo Foucault (1979), o poder e a resistência se dão nas relações sociais. Onde existe uma relação de poder, existe também uma resistência. Assim, esta ideia de resistência relaciona-se ao poder criado na relação escola-sociedade. A partir desta resistência, estas escolas apresentam mecanismos usados para promover: (i) autonomia dos(a) estudantes frente ao conhecimento e sua construção; (ii) postura cidadã, política e crítica dos(as) estudantes frente à sociedade; (iii) liberdade com responsabilidade e (iv) tempos individuais de aprendizado. O eixo orientador deste trabalho é o questionamento em ciências naturais, ou seja, o exercício da dúvida. Como estas escolas trabalham a dúvida? Como o questionamento pode ser produtor de conhecimento? Este ato de questionamento pode ser emancipatório? / This work discusses the relationship between school and emancipation, more specifically, the role of doubt and questioning in science education and the emancipation of individuals. It analyzes and exposes the curriculum and the work of experiences in schools of resistance (SINGER, 2010) in the area of natural sciences. These schools work with democratic approaches in their routines. Three schools were analyzed: EMEF Desembargador Amorim Lima and Escola Politeia, in Brazil and Escola da Ponte, in Portugal. This work will use an approach of action research, more consistent with the purpose of the work and of the schools, set in a dialectical relationship in educational spaces where the work will take place, through flexible analytical neutrality, planning and evaluating constantly, without clear divisions between research and action. Investigating curricular issues in schools of this type can reveal important references to education in general and particularly for the teaching of science, such as the manner in which knowledge is constructed by the students in an open architecture curriculum, where content often comes from the interest of the students. Systematic observations of school routines will be performed, as well as formal and informal conversations with students, teachers and coordinators, participating in school activities as an intervention. The official curricula, to which these schools are submitted to, as well as school documents will be analyzed to understand the relationships between concepts and procedures proposed by the documents and forms of work of each school. The term resistance used here appears in a broad sense as a movement facing the traditional models of education. According to Foucault (1979), power and resistance are given in social relations. Therefore this idea of resistance is related to the power created in the school-society relationship. From this resistance, these schools have mechanisms used to promote: (i) autonomy of the students with knowledge and its construction; (ii) citizen posture, political and critical, of the students before society; (iii) freedom with responsibility and (iv) individual learning times. The guiding principle of this work is the questioning in the natural sciences, ie, the exercise of the doubt. How do these schools work with questionings? How can the act of questioning be a producer of knowledge? Can the act of questioning be emancipatory?
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O educador e a educação de resistência sob o prisma da Dialética Negativa de AdornoCAPISTRANO FILHO, João January 2011 (has links)
CAPISTRANO FILHO, João. O educador e a educação de resistência sob o prisma da dialética negativa de Adorno. 2011. 101f.Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-09T12:48:03Z
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Previous issue date: 2011 / O objetivo do presente trabalho é fazer uma reflexão sobre a função do educador como protagonista de uma educação de resistência. A reflexão sobre a educação de resistência se pauta no modelo adorniano de pensar a realidade social sob o prisma da dialética negativa. A realidade refletida pelo educador é a educação social do sujeito que determina o seu modo de ser a partir dos primeiros contatos com a sua cultura por meio dos familiares ou por quem o cerca. A educação de resistência reflexiona a educação social à medida que desconstrói a identidade do princípio da dominação que subsiste na sociedade moderna através do modelo de produção capitalista. A dominação se expressa no capitalismo tardio por meio da indústria cultural cujo corolário é fabricar no sujeito necessidades que o leve, compulsivamente, a consumir mercadorias como um meio de inserção social. A indústria cultural transforma o coletivo social em instrumento de pressão sobre os indivíduos. Para Adorno, ao tentar abranger todo o corpo social a indústria cultural age como falsa totalidade. A educação de resistência faz um mergulho dialético sob a pretensão da indústria cultural em se tornar totalidade fabricando comportamentos agregados aos anúncios de venda de mercadorias. A dialética negativa atuando como suporte da educação de resistência reflexiona a ação controladora da indústria cultural que inibe a autonomia do sujeito e ao mesmo tempo a vende como comportamento fabricado. A educação de resistência é um modelo de educação em que o educador insta o sujeito a ter o pensar como práxis à medida que se relaciona com a multiplicidade que compõe o mundo social. Adorno entende que pensar é agir. Para a educação de resistência pensar a educação social é criar a possibilidade de agir contra o princípio da dominação que se manifesta na sociedade administrada pelo capital.
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