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Efeitos de verdade, ethos e relações de poder no discurso jurídicoMagri, Marília Valencise 18 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-18 / Tout au long de l Histoire l émergence des formes juridiques révèle que le Droit en tant qu espace de conflit discoursif institutionalisé n est ni supra-social ni naturel. Il est plutôt
le résultat de relations de lutte et de pouvoir. L exercice du discours juridique recèle ainsi une forme politique de maîtrise du langage et du pouvoir créant des effets de vérité à travers
l opération argumentative. Devant ce cadre et à partir de la matérialité du discours, la présente recherche vise à étudier la constituition de l ethos tant que procédé institutionel ayant pour but la construction d effets de vérité dans le procès juridique. Pour que ces procédés soient analysés on considère que les acteurs se constituent par leur langage, celui qui sera altéré à la fois par des stratégies discoursives. En prenant comme référence le concept d ethos et en utilisant comme corpus d analyse les procès-verbaux d un cas d homicide dont l agent est la mère de l aggresseur sexuel de son fils, cette étude vise de comprendre la construction des images de personnages concernés par les procès lors des divers témoignages au jury. Pour cela la méthodologie y employée s appuie sur les concepts d acteur et de pouvoir établi par
Michel Foucault autant que celui d ethos, proposé par Dominique Maingueneau. Ayant l expectative d aboutir à démarquer les procédés de la constituition d effets de vérité et les relations de pouvoir dans une situation de dispute entre les paroles où on cherche à légitimer ses objectifs communicatifs, le travail a pour but de réfléchir à propos de la constituition du savoir juridique en tant que pratique discoursive capable d établir les différences parmi les individus grâce aux relations de pouvoir historiquement construites. / A emergência das formas jurídicas ao longo da história mostra que o Direito, enquanto espaço de conflito discursivo institucionalizado, não é supra-social ou natural, mas um
produto de relações de luta e de poder. O exercício do discurso jurídico é assim uma forma política de gestão da linguagem e de poder que, por meio da operação de argumentos, cria efeitos de verdade. Diante desse quadro, nossa questão de pesquisa é estudar, a partir da materialidade do discurso, a constituição do ethos enquanto procedimento agenciado para a construção de efeitos de verdade no processo jurídico. Considera-se, para avaliar esses
procedimentos, que os sujeitos são constituídos pela linguagem e que esta é afetada por estratégias discursivas. Tomando como corpus de análise os autos de um processo de
homicídio em que uma mãe mata o agressor sexual de seu filho pequeno, este trabalho busca compreender, a partir da noção de ethos, as imagens que são construídas dos personagens processuais em seus diversos depoimentos à Justiça. Para isso metodologicamente a pesquisa ampara-se nos conceitos de sujeito e poder, como propostos por Michel Foucault, e no conceito de ethos proposto por Dominique Maingueneau. Espera-se delinear os procedimentos para a constituição de efeitos de verdade e relações de poder em uma situação de disputa de falas que buscam legitimar seus objetos discursivos, tendo como objetivo refletir em que medida o saber jurídico se constitui numa prática discursiva que diferencia os indivíduos a partir de relações de poder historicamente constituídas.
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