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Reforma dos costumes: elite médica, progresso e o combate às más condições de saúde no Brasil do século XIX / Change of habits: medical elite, progress and fight against poor health conditions in Brazil in the XIXth centuryEugênio, Alisson 10 September 2008 (has links)
Até a Ilustração, em decorrência da grande influência da religião no imaginário popular, das enormes limitações do saber médico e da ausência de serviço público de saúde, o êxito do processo de cura dos enfermos era predominantemente concebido antes de tudo como uma graça de Deus, concedida aos que fossem dignos de merecê-la. Por essa razão, a maior parte da população ficava entregue à sua própria sorte quando se via ameaçada pelas doenças. A partir de então, com o impulso dado à ciência, que já vinha sendo estimulada desde a Renascença, a elite médica começou a reformular as bases da medicina. Em meio a isso, foi mostrando a possibilidade de os problemas de saúde serem combatidos, inclusive preventivamente, por meio da combinação entre as técnicas de tal campo de conhecimento e ações governamentais. Assim, ela mobilizou-se para, por um lado, aprimorar os seus recursos contra as enfermidades com novas descobertas, por outro, elaborar propostas destinadas à melhora das condições da saúde pública, uma vez que essa melhora estava sendo cada vez mais compreendida como um pré-requisito do avanço da civilização e como uma necessidade humanitária. No Brasil, a elite médica que aqui atuou no século XIX, em sintonia com a reformulação do seu saber que estava ocorrendo na Europa e com alguns ideais da Ilustração, sobretudo o de progresso, empenhou-se para apresentar meios que pudessem superar a péssima situação sanitária do país. Dessa forma, seguindo a tendência de seus pares europeus, ela buscou promover a institucionalização da medicina, criando instituições de pesquisa e divulgação de conhecimento, para defender seus interesses corporativos e combater as causas que muito comprometiam a saúde dos indivíduos em geral, inclusive dos escravos. Entre elas, dedicou especial atenção àquelas que poderiam ser superadas com a mudança de costumes, tanto em relação ao corpo das cidades, quanto aos corpos dos seus habitantes. Com esse objetivo, os médicos que integravam a elite do seu campo de conhecimento no Brasil defenderam a intervenção governamental na vida social para impor novos hábitos condizentes com os preceitos da higiene à população, bem como a necessidade de a saúde ser transformada em objeto de interesse público, de acordo com o que estava ocorrendo na Europa desde a Ilustração, o que, com efeito, aos poucos foi aproximando o seu saber ao poder do Estado. Desse modo, eles acabaram, por meio dessa aproximação e do seu esforço destinado a promover uma reforma dos costumes prejudiciais à saúde, sendo convertidos na sociedade brasileira em um dos seus principais agentes reformadores a partir do século XIX. / Until the Enlightenment, due to the large influence of religion in peoples lives, the great limitations of medical knowledge and the absence of a decent public health service, the success of the healing processes was mainly conceived as Holy Grace, presented to those who were found worthy of it. Thus people were forced to rely on their own luck when threatened by diseases. From then on, with the throttle in science, which had already been encouraged ever since the Renaissance, the medical elite began to reformulate the basis of medicine. Meanwhile, it began to show a possibility of effective treatment for health problems, including preventive medicine through by combining its techniques along with governmental action. Hence it was mobilized so that on one hand it could develop its resources against diseases with new discoveries while on the other hand elaborating propositions to improve public health conditions, since it became clear that this was a requirement for the advancements in society and a human necessity. In Brazil, the medical elite had its major influence during the XIX century, in synchrony with the reformulating of its knowledge, the same went on in Europe enforced by Enlightenment ideals, particularly that of progress, working its way to change the decadent sanitary system of the country. Hence, following a European tendency, it struggled to promote the institutionalizing of medicine, creating research institutions and means to spread knowledge, to defend its corporative interests and fight the cause of health problems among the general public, including the slaves. Among which special focus was dedicated to those that could be overcome by the change of habits, in terms of city prospects, as well as its inhabitants. With this in mind, physicians who were part of the elite in their field of work in Brazil defended government intervention within social aspects to impose habits condescend with the hygienic precepts of the population, as well as the need of making health an object of public interest, accordingly to what had been happening in Europe since the Enlightenment, which, as a result, little by little approximated its knowledge to State power. Thus it was accomplished through this approximation and struggle destined to promote change in the habits which were prejudicial to health, having thus been converted in Brazilian society in one of its main reforming agents since the 19th century.
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Reforma dos costumes: elite médica, progresso e o combate às más condições de saúde no Brasil do século XIX / Change of habits: medical elite, progress and fight against poor health conditions in Brazil in the XIXth centuryAlisson Eugênio 10 September 2008 (has links)
Até a Ilustração, em decorrência da grande influência da religião no imaginário popular, das enormes limitações do saber médico e da ausência de serviço público de saúde, o êxito do processo de cura dos enfermos era predominantemente concebido antes de tudo como uma graça de Deus, concedida aos que fossem dignos de merecê-la. Por essa razão, a maior parte da população ficava entregue à sua própria sorte quando se via ameaçada pelas doenças. A partir de então, com o impulso dado à ciência, que já vinha sendo estimulada desde a Renascença, a elite médica começou a reformular as bases da medicina. Em meio a isso, foi mostrando a possibilidade de os problemas de saúde serem combatidos, inclusive preventivamente, por meio da combinação entre as técnicas de tal campo de conhecimento e ações governamentais. Assim, ela mobilizou-se para, por um lado, aprimorar os seus recursos contra as enfermidades com novas descobertas, por outro, elaborar propostas destinadas à melhora das condições da saúde pública, uma vez que essa melhora estava sendo cada vez mais compreendida como um pré-requisito do avanço da civilização e como uma necessidade humanitária. No Brasil, a elite médica que aqui atuou no século XIX, em sintonia com a reformulação do seu saber que estava ocorrendo na Europa e com alguns ideais da Ilustração, sobretudo o de progresso, empenhou-se para apresentar meios que pudessem superar a péssima situação sanitária do país. Dessa forma, seguindo a tendência de seus pares europeus, ela buscou promover a institucionalização da medicina, criando instituições de pesquisa e divulgação de conhecimento, para defender seus interesses corporativos e combater as causas que muito comprometiam a saúde dos indivíduos em geral, inclusive dos escravos. Entre elas, dedicou especial atenção àquelas que poderiam ser superadas com a mudança de costumes, tanto em relação ao corpo das cidades, quanto aos corpos dos seus habitantes. Com esse objetivo, os médicos que integravam a elite do seu campo de conhecimento no Brasil defenderam a intervenção governamental na vida social para impor novos hábitos condizentes com os preceitos da higiene à população, bem como a necessidade de a saúde ser transformada em objeto de interesse público, de acordo com o que estava ocorrendo na Europa desde a Ilustração, o que, com efeito, aos poucos foi aproximando o seu saber ao poder do Estado. Desse modo, eles acabaram, por meio dessa aproximação e do seu esforço destinado a promover uma reforma dos costumes prejudiciais à saúde, sendo convertidos na sociedade brasileira em um dos seus principais agentes reformadores a partir do século XIX. / Until the Enlightenment, due to the large influence of religion in peoples lives, the great limitations of medical knowledge and the absence of a decent public health service, the success of the healing processes was mainly conceived as Holy Grace, presented to those who were found worthy of it. Thus people were forced to rely on their own luck when threatened by diseases. From then on, with the throttle in science, which had already been encouraged ever since the Renaissance, the medical elite began to reformulate the basis of medicine. Meanwhile, it began to show a possibility of effective treatment for health problems, including preventive medicine through by combining its techniques along with governmental action. Hence it was mobilized so that on one hand it could develop its resources against diseases with new discoveries while on the other hand elaborating propositions to improve public health conditions, since it became clear that this was a requirement for the advancements in society and a human necessity. In Brazil, the medical elite had its major influence during the XIX century, in synchrony with the reformulating of its knowledge, the same went on in Europe enforced by Enlightenment ideals, particularly that of progress, working its way to change the decadent sanitary system of the country. Hence, following a European tendency, it struggled to promote the institutionalizing of medicine, creating research institutions and means to spread knowledge, to defend its corporative interests and fight the cause of health problems among the general public, including the slaves. Among which special focus was dedicated to those that could be overcome by the change of habits, in terms of city prospects, as well as its inhabitants. With this in mind, physicians who were part of the elite in their field of work in Brazil defended government intervention within social aspects to impose habits condescend with the hygienic precepts of the population, as well as the need of making health an object of public interest, accordingly to what had been happening in Europe since the Enlightenment, which, as a result, little by little approximated its knowledge to State power. Thus it was accomplished through this approximation and struggle destined to promote change in the habits which were prejudicial to health, having thus been converted in Brazilian society in one of its main reforming agents since the 19th century.
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Bases teóricas dos processos de medicalização: um olhar sobre as forças motrizes / Theoretical bases of the process of medicalization: a view on the driving forcesMinakawa, Marcia Michie 30 May 2016 (has links)
Introdução: O tema medicalização emerge como objeto de estudo no campo da sociologia da saúde, a partir da década de 70, nas vozes de Irving Zola, Ivan Illich, Peter Conrad e Michel Foucalt; as quais indicaram a crescente influência da medicina em campos que até então não lhe pertenciam. E, no decorrer dos anos, o termo vem sendo apropriado por vários campos: na saúde, na educação, na psicologia, entre outros. Esta configuração levou alguns estudiosos da primeira década do século XXI, a se preocupar com o uso impreciso e vago do conceito de medicalização na produção científica. Neste sentido, este estudo busca olhar para os processos de medicalização, tomando-o em sua pluralidade a fim de discernir as principais forças motrizes e coteja-las com as mudanças na contemporaneidade. Objetivo: Recuperar as forças motrizes contidas nas principais contribuições dos autores primários sobre os processos de medicalização. Método: Realizou-se um exercício hermenêutico composto pelos seguintes passos: leitura profunda do texto, fichamento dos aspectos centrais que caracterizam as diversas concepções sobre medicalização. Interpretação do conteúdo por meio da abstração dos núcleos de sentido e dos referenciais teóricos que lhe dão suporte. Resultados: A partir deste movimento reflexivo e crítico conseguiu-se desvelar quatro conceitos nucleares que representam as principais forças motrizes: a indústria, as instituições, o Estado e a sociedade. Zola oferece indícios que o Estado e a indústria teriam levado a sociedade à dependência da medicina. Para Illich, a medicina, por si só, detém o poder comparada as outras instituições. Para Michel Foucault, a medicina deixou de ser uma ciência pura e transformou-se numa instituição subordinada a um sistema econômico e de poder, enfim a uma lógica subjacente aos princípios e regras de governo. Em contrapartida, para Conrad a medicalização não constitui um empreendimento exclusivo da medicina, prevalecendo os interesses de outras instituições e organizações sociais. O sentido com que cada um desses conceitos é usado difere entre os autores e a distinção desses aspectos é chave para compreender a contribuição efetiva de cada um. Da mesma forma, ocorre quando os autores discutem as consequências e os efeitos causados pelos processos de medicalização. Alguns autores direcionam seus efeitos para os indivíduos, num processo de exacerbação da individualização; enquanto que outros focam os efeitos da medicalização nas políticas de saúde e na questão econômica associada ao oneroso custo financeiro para a sociedade e o país. Considerações finais: A recuperação e a compreensão dos significados subjacentes às principais forças motrizes presentes nas contribuições de cada autor apresentadas nesta investigação constituem-se em passo importante para subsidiar a reflexão sobre processos concretos de medicalização no início do século XXI, um período marcado por aceleradas transformações, no qual, entre outros aspectos, a medicina e várias instituições têm sido crescentemente, capturadas para satisfazer, de um lado o consumismo, e de outro, a avidez pelo lucro do mercado capitalista; ao mesmo tempo em que forças desagregadoras atravessam os sujeitos impactando sua autonomia e identidade política, social e econômica. / Introduction: The theme medicalization rises as an object of study in the sociology of health field, starting in the 70s from Irving Zola, Ivan Illich, Peter Conrad and Michel Foucault; which indicated the growing influence of medicine on groups not yet belonged by it. And, as years went by, the term has been appropriated by several fields: health, education, psychology, and so forth. This configuration took some scholars from the first decade of the 21st century to worry about the inaccurate and vague use of the concept of medicalization in the scientific production. Hence, this study focus on looking at the process of medicalization, taking it in its pluralities in order to discern the main driving forces and collate them with the changes in contemporaneity. Goal: Recover the driving forces contained in the main contributions from the primary authors about the process of medicalization. Methodology: It was performed an hermeneutic assignment made by the following steps: deep reading of the text, indexing of main aspects that characterize the various conceptions about medicalization, and interpretation of the content by the abstraction of the core of senses and theoretical references that support it. Result: From that reflexive and critic movement it was able to unveil four core concepts that represent the main driving forces: the industry, the institutions, the state and society. Zola offers clues showing that the state and the industry had taken society to a dependence of medicine. As for Illich, medicine by itself holds the power compared to the other institutions. For Michel Foucault, medicine stopped being plain science and became an institution subordinate to an economic and power system, therefore to an underlying logic to the government\'s rules and principles. In contrast, for Peter Conrad medicalization doesn\'t consist in a medicine exclusive enterprise, prevailing the interests of other social institutions and organizations. The meaning of which each of these concepts is used differs among the authors and the distinction of these aspects is the key to understanding an effective contribution of each one. Accordingly, it happens when the authors discuss the consequences and effects caused by the medicalization process. Some authors aim its effects to individuals, in a process of aggravation of individualization; whereas others focus the effects of medicalization on health policies and the economic aspect associated with the onerous financial cost to society and to the country. Final considerations: The recovery and understanding of the underlying meanings to the main driving forces contained within each authors contribution shown in this investigation consist in an important step to support the reflection about the factual process of medicalization at the beginning of the 21st century, a period marked by fast transformations which, among other aspects, medicine and several institutions have been increasingly taken to satisfy on the one hand consumerism, and on the other hand the greed for profit of the capitalist market, at the same time that disintegrating forces cross the subjects, impacting its political, social and economic autonomy and identity.
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Bases teóricas dos processos de medicalização: um olhar sobre as forças motrizes / Theoretical bases of the process of medicalization: a view on the driving forcesMarcia Michie Minakawa 30 May 2016 (has links)
Introdução: O tema medicalização emerge como objeto de estudo no campo da sociologia da saúde, a partir da década de 70, nas vozes de Irving Zola, Ivan Illich, Peter Conrad e Michel Foucalt; as quais indicaram a crescente influência da medicina em campos que até então não lhe pertenciam. E, no decorrer dos anos, o termo vem sendo apropriado por vários campos: na saúde, na educação, na psicologia, entre outros. Esta configuração levou alguns estudiosos da primeira década do século XXI, a se preocupar com o uso impreciso e vago do conceito de medicalização na produção científica. Neste sentido, este estudo busca olhar para os processos de medicalização, tomando-o em sua pluralidade a fim de discernir as principais forças motrizes e coteja-las com as mudanças na contemporaneidade. Objetivo: Recuperar as forças motrizes contidas nas principais contribuições dos autores primários sobre os processos de medicalização. Método: Realizou-se um exercício hermenêutico composto pelos seguintes passos: leitura profunda do texto, fichamento dos aspectos centrais que caracterizam as diversas concepções sobre medicalização. Interpretação do conteúdo por meio da abstração dos núcleos de sentido e dos referenciais teóricos que lhe dão suporte. Resultados: A partir deste movimento reflexivo e crítico conseguiu-se desvelar quatro conceitos nucleares que representam as principais forças motrizes: a indústria, as instituições, o Estado e a sociedade. Zola oferece indícios que o Estado e a indústria teriam levado a sociedade à dependência da medicina. Para Illich, a medicina, por si só, detém o poder comparada as outras instituições. Para Michel Foucault, a medicina deixou de ser uma ciência pura e transformou-se numa instituição subordinada a um sistema econômico e de poder, enfim a uma lógica subjacente aos princípios e regras de governo. Em contrapartida, para Conrad a medicalização não constitui um empreendimento exclusivo da medicina, prevalecendo os interesses de outras instituições e organizações sociais. O sentido com que cada um desses conceitos é usado difere entre os autores e a distinção desses aspectos é chave para compreender a contribuição efetiva de cada um. Da mesma forma, ocorre quando os autores discutem as consequências e os efeitos causados pelos processos de medicalização. Alguns autores direcionam seus efeitos para os indivíduos, num processo de exacerbação da individualização; enquanto que outros focam os efeitos da medicalização nas políticas de saúde e na questão econômica associada ao oneroso custo financeiro para a sociedade e o país. Considerações finais: A recuperação e a compreensão dos significados subjacentes às principais forças motrizes presentes nas contribuições de cada autor apresentadas nesta investigação constituem-se em passo importante para subsidiar a reflexão sobre processos concretos de medicalização no início do século XXI, um período marcado por aceleradas transformações, no qual, entre outros aspectos, a medicina e várias instituições têm sido crescentemente, capturadas para satisfazer, de um lado o consumismo, e de outro, a avidez pelo lucro do mercado capitalista; ao mesmo tempo em que forças desagregadoras atravessam os sujeitos impactando sua autonomia e identidade política, social e econômica. / Introduction: The theme medicalization rises as an object of study in the sociology of health field, starting in the 70s from Irving Zola, Ivan Illich, Peter Conrad and Michel Foucault; which indicated the growing influence of medicine on groups not yet belonged by it. And, as years went by, the term has been appropriated by several fields: health, education, psychology, and so forth. This configuration took some scholars from the first decade of the 21st century to worry about the inaccurate and vague use of the concept of medicalization in the scientific production. Hence, this study focus on looking at the process of medicalization, taking it in its pluralities in order to discern the main driving forces and collate them with the changes in contemporaneity. Goal: Recover the driving forces contained in the main contributions from the primary authors about the process of medicalization. Methodology: It was performed an hermeneutic assignment made by the following steps: deep reading of the text, indexing of main aspects that characterize the various conceptions about medicalization, and interpretation of the content by the abstraction of the core of senses and theoretical references that support it. Result: From that reflexive and critic movement it was able to unveil four core concepts that represent the main driving forces: the industry, the institutions, the state and society. Zola offers clues showing that the state and the industry had taken society to a dependence of medicine. As for Illich, medicine by itself holds the power compared to the other institutions. For Michel Foucault, medicine stopped being plain science and became an institution subordinate to an economic and power system, therefore to an underlying logic to the government\'s rules and principles. In contrast, for Peter Conrad medicalization doesn\'t consist in a medicine exclusive enterprise, prevailing the interests of other social institutions and organizations. The meaning of which each of these concepts is used differs among the authors and the distinction of these aspects is the key to understanding an effective contribution of each one. Accordingly, it happens when the authors discuss the consequences and effects caused by the medicalization process. Some authors aim its effects to individuals, in a process of aggravation of individualization; whereas others focus the effects of medicalization on health policies and the economic aspect associated with the onerous financial cost to society and to the country. Final considerations: The recovery and understanding of the underlying meanings to the main driving forces contained within each authors contribution shown in this investigation consist in an important step to support the reflection about the factual process of medicalization at the beginning of the 21st century, a period marked by fast transformations which, among other aspects, medicine and several institutions have been increasingly taken to satisfy on the one hand consumerism, and on the other hand the greed for profit of the capitalist market, at the same time that disintegrating forces cross the subjects, impacting its political, social and economic autonomy and identity.
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