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Projeto expográfico interativo: da adoção do dispositivo à construção do campo da interatividade / Expográfico interactive project: the adoption of the device to the construction of the interactivity of the field

Machado, Tatiana Gentil 03 November 2015 (has links)
Este trabalho procura refletir sobre como o projeto expográfico pode ser desenvolvido de modo a construir o campo da interatividade. Dada à exacerbação em torno da ideia de interatividade e da quase incondicional exigência da mesma nos novos projetos de exposições, o que se pode observar muitas vezes é conseqüente banalização de seu conceito em função da superficialidade com que acaba sendo tratado - seja pelo desconhecimento do conceito em sua completude, seja em virtude da redução ou da simplificação do mesmo. Uma das tendências atualmente é a associação direta e automática da interatividade com meios e dispositivos digitais - como se estes necessariamente promovessem a interatividade. O que resulta na adoção cada vez mais freqüente de dispositivos deste tipo pelos museus, com o argumento de que os mesmos têm o potencial de quebrar a relação mediativa e a comunicação \"unidirecional\". Entretanto, uma das hipóteses assumidas aqui é a de que esta associação é equivocada e que a simples adoção de dispositivos digitais não garante a promoção da interatividade no ambiente expográfico. Desta primeira hipótese, deriva a segunda, segundo a qual seria necessário desvincular a ideia da interatividade da relação direta e automática com os meios digitais, para, então, considerá-la em sua essência: como relação dialógica. O museu não pode deixar de ter em mente que o seu potencial está não apenas em fornecer informações, mas em estruturar oportunidades para que os visitantes possam compreendê-las e (re-)significá-las, possibilitando e estimulando, assim, que construam suas próprias identidades, e encontrem seu lugar no mundo. O projeto expográfico seria, então, um dos maiores recursos de que dispõe o museu para construir o campo desta interatividade. / This research aims to reflect on how the exhibition design can be developed in order to build the field of interactivity. Given the exacerbation around the idea of interactivity and its unconditional requirement in many recent exhibition projects, what one can often see is the consequent trivialization of his concept due to the superficiality with which it ends up being treated. One of the trends is currently the direct and automatic association of interactivity with media and digital devices - as if they necessarily promoted interactivity. This results in an increasing adoption of such devices by museums, on the grounds that they have the potential to break the meditative relationship and the \"one-way\" communication. However, one of the assumptions here is that this association is mistaken and that simply adopting digital devices does not guarantee the promotion of interactivity in the exhibition environment. This first hypothesis leads to a second assumption, according to which it is necessary to detach the idea of interactivity of the direct and automatic relationship with digital media, and consider it in its essence: as a dialogical relationship. The museum can not fail to keep in mind that its potential is not only to provide information, but in structuring opportunities for visitors to understand and (re-) signify them, enabling and encouraging the construction of their own identities and the definition of their place in the world. The exhibition project is one of the major resources available to the museum to build the field of this interactivity.
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Projeto expográfico interativo: da adoção do dispositivo à construção do campo da interatividade / Expográfico interactive project: the adoption of the device to the construction of the interactivity of the field

Tatiana Gentil Machado 03 November 2015 (has links)
Este trabalho procura refletir sobre como o projeto expográfico pode ser desenvolvido de modo a construir o campo da interatividade. Dada à exacerbação em torno da ideia de interatividade e da quase incondicional exigência da mesma nos novos projetos de exposições, o que se pode observar muitas vezes é conseqüente banalização de seu conceito em função da superficialidade com que acaba sendo tratado - seja pelo desconhecimento do conceito em sua completude, seja em virtude da redução ou da simplificação do mesmo. Uma das tendências atualmente é a associação direta e automática da interatividade com meios e dispositivos digitais - como se estes necessariamente promovessem a interatividade. O que resulta na adoção cada vez mais freqüente de dispositivos deste tipo pelos museus, com o argumento de que os mesmos têm o potencial de quebrar a relação mediativa e a comunicação \"unidirecional\". Entretanto, uma das hipóteses assumidas aqui é a de que esta associação é equivocada e que a simples adoção de dispositivos digitais não garante a promoção da interatividade no ambiente expográfico. Desta primeira hipótese, deriva a segunda, segundo a qual seria necessário desvincular a ideia da interatividade da relação direta e automática com os meios digitais, para, então, considerá-la em sua essência: como relação dialógica. O museu não pode deixar de ter em mente que o seu potencial está não apenas em fornecer informações, mas em estruturar oportunidades para que os visitantes possam compreendê-las e (re-)significá-las, possibilitando e estimulando, assim, que construam suas próprias identidades, e encontrem seu lugar no mundo. O projeto expográfico seria, então, um dos maiores recursos de que dispõe o museu para construir o campo desta interatividade. / This research aims to reflect on how the exhibition design can be developed in order to build the field of interactivity. Given the exacerbation around the idea of interactivity and its unconditional requirement in many recent exhibition projects, what one can often see is the consequent trivialization of his concept due to the superficiality with which it ends up being treated. One of the trends is currently the direct and automatic association of interactivity with media and digital devices - as if they necessarily promoted interactivity. This results in an increasing adoption of such devices by museums, on the grounds that they have the potential to break the meditative relationship and the \"one-way\" communication. However, one of the assumptions here is that this association is mistaken and that simply adopting digital devices does not guarantee the promotion of interactivity in the exhibition environment. This first hypothesis leads to a second assumption, according to which it is necessary to detach the idea of interactivity of the direct and automatic relationship with digital media, and consider it in its essence: as a dialogical relationship. The museum can not fail to keep in mind that its potential is not only to provide information, but in structuring opportunities for visitors to understand and (re-) signify them, enabling and encouraging the construction of their own identities and the definition of their place in the world. The exhibition project is one of the major resources available to the museum to build the field of this interactivity.

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