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POLÍTICAS DE EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NOS ANOS 2000: O QUE PENSAM OS PROFESSORES?Silva, Shirley Carmem da Silva e 19 September 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-09-19 / Esta dissertação está vinculada ao Programa de Pós Graduação da PUC-Goiás e tem como
objetivo central analisar os significados atribuídos pelos professores ao atual processo de
expansão da Educação Profissional no Brasil, desencadeado no governo de Luis Inácio Lula
da Silva e continuado na gestão da presidenta Dilma Rouseff. Buscou-se compreender o
processo e identificar os pressupostos teóricos que tem orientado tal expansão, analisando, de
forma consistente, a vinculação desse movimento com os interesses do capital ou com os
interesses da classe trabalhadora. Assumiu-se como questão central: Quais os significados
atribuídos pelos professores à política de expansão profissional atualmente em curso?
Justifica-se a pesquisa pela relevância de problematizar a Educação Profissional, num país
capitalista, cuja lógica de funcionamento exige que o indivíduo seja disciplinado e preparado
para vender sua força de trabalho e produzir riqueza e pela necessidade de possibilitar que os
sujeitos que vivenciam cotidianamente os efeitos das políticas educacionais, se posicionem a
respeito. Apresenta-se os resultados de uma pesquisa que, não prescindindo de dados
quantitativos, se desenvolveu numa perspectiva qualitativa, assentada no método histórico
materialista dialético. Assim, os dados coletados por meio de pesquisa documental e das
entrevistas semi-estruturadas foram analisados a partir da análise de conteúdo, tendo como
referencial teórico autores como Marx, Gramsci, Manacorda, Ramos, Frigotto, Antunes.
Foram realizadas 12 entrevistas, nos Câmpus Jataí e Inhumas, com professores, que
representam os diferentes períodos da história mais recente da instituição, e atuam nas
diversas modalidades e níveis de ensino ofertados pela instituição. Os critérios de escolha dos
sujeitos foram definidos com o objetivo de criar condições para que o tema seja analisado na
perspectiva de sua totalidade e de suas contradições. A pesquisa teórico-bibliográfica
realizada apontou para a necessidade de reafirmar a centralidade da categoria trabalho e
manter em pauta sua relação com a educação, tendo em vista a tendência de as práticas
educativas se alinharem predominantemente aos interesses do mercado e com a busca da
produtividade, em detrimento dos interesses de formação integral da classe trabalhadora
(ANTUNES, 2000; FRIGOTTO, 2006). Apontou ainda a possibilidade de a escola apresentarse
como espaço de contradição, de formação para a contestação e para a luta pela
transformação da sociedade, por meio de uma educação pautada nos princípios da
omnilateralidade e da politecnia (MANACORDA, 2000; GRAMSCI, 1982). Os dados
coletados pelas entrevistas, por sua vez, demonstram que os docentes reconhecem a expansão
como um meio de ampliação de vagas públicas em instituições que tradicionalmente ofertam
ensino de qualidade, o que a torna um movimento importante e necessário. Porém, a expansão
também é vista criticamente, no sentido de apresentar problemas que estão incidindo
diretamente sobre a qualidade da formação de seus alunos. Os principais problemas
levantados foram a infraestrutura deficitária, falta de professores, centralização das tomadas
de decisão e falta de sintonia entre a oferta de cursos e as reais necessidades da comunidade
onde a instituição está instalada. A oferta de licenciatura pelos Institutos Federais também foi
questionada, assim como foi apontada a dificuldade criada pela falta de formação pedagógica
de parte dos docentes que atuam na instituição. A concepção predominante entre os sujeitos
aponta para a formação profissional como forma de atingir emprego, conquistar renda e
contribuir para o desenvolvimento do país. A educação integral, quando defendida pelos
docentes, é significada como uma formação que alia sólida formação técnica e geral, de forma
que o egresso possa continuar os estudos ou exercer a profissão.
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