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Resistência secundária aos antirretrovirais utilizados para tratamento em pacientes com HIV/AIDSperfil da genotipagem em pacientes atendidos no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP)- Teresina (PI)Carvalho, Luciano Mourão Nascimento de January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Aids é uma doença que ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos (linfócitos T CD4+). Ela é considerada um dos maiores problemas da atualidade pelo seu caráter pandêmico (ataca ao mesmo tempo muitas pessoas numa mesma região) e sua gravidade. A terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) vem permitindo, desde 1996, que maiores taxas de supressão viral máxima sejam atingidas. A resistência viral que surge no contexto de terapia antirretroviral (TARV) e supressão viral inadequada é denominada resistência secundária. Não existem estudos sobre perfil de resistência aos antirretrovirais em pacientes com falha terapêutica dos estados do Piauí e Maranhão. Com o objetivo de avaliar o perfil de resistência do HIV aos antirretrovirais (ARVs), através de genotipagem, em pacientes com falha terapêutica, atendidos no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP), Teresina-PI, no período de 2003 a 2013, foi realizado um estudo descritivo, retrospectivo, do tipo série de casos que compreendeu 246 pacientes. Características epidemiológicas e laboratoriais dos pacientes, bem como informações sobre drogas em uso ou previamente utilizadas pelos pacientes foram obtidas a partir de formulário de solicitação de genotipagem padronizado pela RENAGENO. A lista de mutações presentes e o padrão de sensibilidade do HIV aos ARV foram obtidos do laudo do exame de genotipagem. Os pacientes em sua maioria eram homens com idade acima de 45 anos e residentes em Teresina- PI. As médias de CD4 e Log da CV foram 275cél/mm³ e 4,27, respectivamente. O subtipo B foi identificado em 92,4% dos pacientes. A classe de drogas mais utilizada pelos pacientes foi a dos ITRN, com destaque para o AZT (87%) e lamivudina (86,2%)
Em relação aos ITRNN, a frequência de uso de efavirenz (52%) foi bastante superior a da nevirapina (12,2%). Entre os IPs, o lopinavir/r (37,7%), o nelfinavir (20,7%) e o atazanavir/r (14,6%) foram as drogas mais usadas. Os esquemas antirretrovirais mais utilizados foram AZT associado a lamivudina e efavirenz (32,11%) e AZT associado a lamivudina e lopinavir/r (26,02%). Dentre as mutações da transcriptase reversa, as mais frequentes associadas aos ITRN foram a M184V e as TAMs e associada aos ITRNN foi a K103N. As mutações mais frequentes da protease foram M36I, I62V e D30N. No grupo dos ITRN, o tenofovir representou a droga com melhor perfil de sensibilidade (62%), provavelmente associado a seu uso em menor frequência quando comparado aos outros representantes do grupo. A etravirina, ITRNN de segunda geração e não utilizada pelos pacientes, foi a droga desse grupo que mostrou permanecer com maior atividade antiviral (43%); a frequência de resistência viral para nevirapina (33%) e efavirenz (34%) foi semelhante, apesar da primeira ser muito menos utilizada, o que evidencia a existência de resistência cruzada para drogas da mesma classe. No grupo dos IPs, a melhor sensibilidade foi observada para os IPs de mais nova geração, tipranavir (79%) e darunavir (92%). Entre os IPs mais amplamente utilizados, o melhor perfil observado foi para lopinavir/r (69%). Os dados, encontrados em nosso trabalho, serão de suma importância para nortear estudos futuros sobre o tema e estabelecer comparações com trabalhos desenvolvidos na mesma área no Brasil e no mundo / AIDS is a disease that attacks the immune system due to the destruction of white blood cells (CD4 + T lymphocytes). AIDS is considered one of the biggest problems of our time for its pandemic character (attacks while many people in the same region) and its severity. Highly active antiretroviral therapy (HAART) has allowed, since 1996, that higher rates of maximum viral suppression are achieved. Viral resistance that arises in the context of antiretroviral therapy (ARVs) and inadequate viral suppression is called secondary resistance. There are no studies on resistance profile to antiretroviral in patients with treatment failure in the states of Piauí and Maranhão. In order to evaluate the resistance profile of HIV to antirretrovirals through genotyping in patients with treatment failure treated at Instituto de Tropicais Natan Portela (IDTNP), Teresina-PI, in the period from 2003 to 2013, a retrospective and descritive series of cases study was developed. Epidemiological and laboratory characteristics of 246 patients as well as information about drug use or previously used by the patients were obtained from standardized genotyping application form by RENAGENO. The list of mutations present and the pattern of sensitivity of HIV to ARV were obtained from the survey genotyping report. The patients were mostly men aged over 45 and living in Teresina-PI. The average CD4 and log CV were 275cél / mm³ and 4.27, respectively. B subtype was identified in 92.4 % of patients. The class of drugs most commonly used by patients was that of NRTIs, particularly AZT (87%) and lamivudine (86.2 %). Regarding the NNRTI, the frequency of the use of efavirenz (52%) was much higher than that of nevirapine (12.2%)
Among the PIs, lopinavir/r (37.7%), nelfinavir (20.7%) and atazanavir/r (14.6%) were the most used drugs. The most commonly used antiretroviral AZT regimens were associated with lamivudine and efavirenz (32.11%) and AZT associated with lamivudine and lopinavir/r (26.02%). Among the mutations of reverse transcriptase, the most frequently associated with NRTIs were M184V and TAMs, and associated with NNRTI was the K103N. The most common protease mutations were M36I, I62V and D30N. In the group of NRTI, tenofovir represented the drug with better sensitivity profile (62%), probably associated with its use in lower frequency when compared to other representatives of the group. Etravirine, second generation NNRTI and not used by patients was the drug of this group showed that remain with higher antiviral activity (43% ); viral resistance to nevirapine frequency ( 33%) and efavirenz (34% ) was similar, although the former is much less used, which demonstrates the existence of cross-resistance to drugs of the same class. In the group of IPs, the best sensitivity was observed for the younger generation of IPs, tipranavir (79 %) and darunavir (92%). Among the most widely used PI, the better profile was observed for lopinavir/r (69%). The data found in our work is of paramount importance to guide future studies and comparisons with work carried out in the same area in Brazil and in the world
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Mutações de resistência transmitida do vírus da imunodeficiência humana aos antirretrovirais : prevalência e impacto no desfecho virológicoRamos, Carina Guedes January 2016 (has links)
Antecedentes: As mutações de resistência transmitida do vírus da imunodeficiência humana aos antirretrovirais (TDRM) podem afetar a efetividade da primeira linha dos esquemas empíricos da terapia antirretroviral (TARV). Acredita-se que sua prevalência esteja aumentando no mundo, porém não há resumo claro e conciso da prevalência das TDRM no Brasil e também não se conhece o impacto financeiro que a implantação do teste de genotipagem para detecção de TDRM causaria no sistema de saúde brasileiro. Métodos: Foram realizadas buscas eletrônicas nas bases de dados Medline, Embase, Lilacs e Cochrane CENTRAL (até dezembro de 2015) para identificar estudos observacionais que relatam a prevalência de TDRM do HIV no Brasil e para identificar ensaios clínicos randomizados ou estudos observacionais para avaliar o risco de falha virológica (FV) entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento com e sem TDRM. Foi realizada metanálise de efeitos aleatórios das razões de risco (RR). A heterogeneidade foi avaliada pelo teste de inconsistência (I2) e suas fontes foram investigadas em análise de sensibilidade de subgrupos na meta-análise quando adequado. Para a realização do impacto orçamentário foi desenvolvida uma coorte simulada aberta através de um modelo de Markov. O modelo consistiu de 3 estados: (1) casos incidentes de HIV ( "gerador de paciente" estado); (2) Teste de genotipagem e (estado onde ocorrem os custos) e (3) Saída do modelo (estado absortivo). A duração do ciclo foi de um mês e o horizonte de tempo foi de 5 anos. Não foram aplicados descontos. O número de indivíduos que entram no modelo por ciclo foi projetado a partir de um modelo de regressão derivado de uma série temporal de 10 anos de casos incidentes de HIV. Resultados: Na revisão sistemática da prevalência, 58 estudos atenderam aos critérios de inclusão da revisão sistemática. Cinquenta e sete relataram TDRM para todas as principais classes de drogas e um foi limitado a inibidores da protease (IP). Apenas as mutações atualmente sob vigilância (Stanford, 2015) foram contabilizadas. A meta-análise revelou uma prevalência de TDRM de 8,9% (IC 95% 7,6 a 10,4) (I2 = 10,6%), considerando mutação a qualquer classe de drogas. Os valores para TDRM específicas para NRTI, NNRTI e PI foram de 4,7% (IC 95% 3,7 a 5,9; I2 = 0%); 3,7% (IC 95% 2,9 a 4,6; I2 = 0%) e 2,8% (IC 95% 2,4 a 3,3; I2 = 0%), respectivamente. Entre os subgrupos, a prevalência de TDRM foi menor nos doadores de sangue (5,8%; 95% CI 3,8 a 12,2; I2 = 13%) e maior em homens que fazem sexo com homens (16,9%; IC95% 10,9 a 25,3; I2 = 0% ) e em usuários de drogas injetáveis (13,7%; IC95% 10,3 a 18,1; I2 = 0%). A região com a maior prevalência de TDRM foi a região Sudeste (11,2%; IC95% 9,2-18,6; I2 = 8,6%). No estudo do impacto das mutações de resistência transmitida do HIV aos antirretrovirais na resposta ao primeiro tratamento antirretroviral foram encontrados 28 estudos observacionais (23 de coorte e 5 estudos caso-controle) e nenhum ensaio clínico randomizado relatando taxas de FV entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento com e sem TDRM. O RR de FV para ter qualquer TDRM foi de 1,93 (IC 95% 1,44 a 2,59) em uma meta-análise de 21 estudos de coorte que forneceram informações suficientes (I2 = 82%). Para NRTI, NNRTI e IP, as estimativas de RR em meta-análise foram de 2,58 (IC 95% 1,30 a 5,16); 4,20 (2,21 a 7,96) e 2,92 (1,20 a 7,10), respectivamente. A heterogeneidade diminuiu substancialmente para os subgrupos de classes de drogas (I2 = 65%, 56% e 58%, respectivamente). A avaliação da qualidade metodológica indicou ausência de ajuste abrangente para fatores de confusão em quatro dos 28 estudos e a análise do gráfico de funil indicou uma baixa probabilidade de viés de publicação. As projeções do modelo de regressão linear para incidência anual esperada de HIV entre os anos de 2016 e 2020 variaram de 41022 a 42788 casos, respectivamente. Com 100% incorporação do teste de genótipagem para casos incidentes de HIV desde o início do modelo, o impacto orçamentário acumulado em 5 anos para este cenário foi estimado em R$ 108.244.403,3 (U$ 29.255.244,14). Conclusão: A estimativa pontual para a prevalência geral de TDRM no Brasil é de 8,9%. Isto é comparável às taxas de prevalência observadas em outros países com elevada cobertura da TARV. As evidências disponíveis indicam que as TDRM aumentam o risco de falha virológica entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento. A aplicação universal do teste de genotipagem para casos incidentes de HIV resultaria em um aumento anual aproximado de 22 milhões de reais (5,9 milhões de dólares) para o sistema de saúde público brasileira. / Background: HIV transmitted drug resistance mutations (TDRM) could impact the effectiveness of empirical first-line regimens of high active antiretroviral therapy (HAART). Its prevalence is thought to be increasing worldwide, however there is no clear and concise summary of TDRM prevalence in Brazil. Economic evaluations on HIV genotype test for detection of transmitted drug resistance mutations (TDRM) are scarce and the budget impact for the Brazilian public healthcare system has not been estimated. Methods: We did electronic searches on Medline, Embase, Lilacs and Cochrane CENTRAL (up to December 2015) to identify observational studies reporting the prevalence of HIV TDRM in Brazil and to identify randomized clinical trials or observational studies reporting the risk of virologic failure (VF) among treatment naïve HIV patients with and without TDRM. To provide an updated summary prevalence measurement of TDRM among Brazilian treatment naïve adult HIV patients. We performed single-arm random effects meta-analyses of prevalence rates. Ninety-five percent confidence intervals (95% CI) were calculated. Heterogeneity was assessed by the inconsistency test (I2) and its sources were investigated by subgroup and meta-analysis level sensitivity analyses whenever appropriate. To estimate the budget impact of universal HIV genotype test for incident HIV cases in 5 years in Brazil, we developed a Markov model open cohort. The model consisted of three states: (1) HIV incident cases ("patient generator" state); (2) Genotype test and (cost incurring state) and (3) Exit model (absorbing state). Cycle length was one month and time horizon was 5 years. No discounts were applied. The number of individuals entering the model per cycle was projected from a regression model derived from a 10 years period time-series of HIV incident cases. Results: Fifty-eight studies matched criteria to be included in the prevalence systematic review. Fifty-seven reported TDRM for all major drug classes and one was limited to protease inhibitor (PI) TDRM. Only major mutations currently under surveillance (Stanford, 2015) were accounted. Meta-analysis revealed a pooled TDRM prevalence of 8.9% (95% CI 7.6 to 10.4) (I2= 10.6%), considering mutation to any drug class. For NRTI, NNRTI and PI specific TDRM figures were 4.7% (95% CI 3.7 to 5.9) (I2= 0%), 3.7% (95% CI 2.9 to 4.6) (I2= 0%) and 2.8% (95% CI 2.4 to 3.3; I2= 0%), respectively. Among subgroups, TDRM prevalence was lower in blood donors (5.8%; 95% CI 3.8 to 8.8; I2= 3.1%) and higher in men who had sex with men (16.9%; 95% CI 10.9 to 25.3; I2= 0%) and injecting drug users (13.7%; 95% CI 10.3 to 18.1; I2= 0%). The Brazilian territory with the highest TDRM prevalence was the Southeast region (10.9%; 95% CI 8.9 to 13.3; I2= 9.8%). In the study of the impact of HIV TDRM in response to the first antiretroviral treatment we found 28 observational studies (23 cohort, three case-cohort and two case-control studies) and no randomized clinical trial reporting VF rates among treatment naïve HIV patients with and without TDRM. RR of VF for having any TDRM was 1.93 (95% CI 1.44 to 2.59) in a meta-analysis of 21 cohort studies that provided sufficient information (I2=82%). For NRTI, NNRTI and PI, metaanalysis RR estimates were 2.58 (95% CI 1.30 to 5.16), 4.2 (2.21 to 7.96) and 2.92 (1.2 to 7.10), respectively. Heterogeneity decreased substantially for drug class subgroup meta-analyses (I2=65%, 56% and 58%, respectively). Quality assessment indicated absence of extensive adjustment to confounding in four out of 28 studies and funnel plot analysis indicated a low probability of publication bias. Linear model projections for expected annual incidence of HIV between years 2016 and 2020 varied from 41022 to 42788 cases, respectively. With 100% uptake of universal genotype test for incident cases of HIV from model start, annual budget impact estimates were: BRL 21,197,526.48 (USD 5,729,061.21) for 2016; BRL 21,420,723.6 (USD 5,789,384.75) for 2017; BRL 21,650,120.64 (USD 5,851,383.95) for 2018; BRL 21,873,317.76 (USD 5,911,707.50) for 2019 and BRL 22,102,714.8 (USD 5,973,706.70) for 2020. The accumulated 5-years budget impact for this scenario was estimated in BRL 108,244,403.3 (USD 29,255,244.14). Both deterministic and probabilistic sensitivity analyses were performed. Conclusion: The point estimate for the overall prevalence of TDRM in Brazil is 8.9%. This is comparable to prevalence rates observed in other countries with high coverage of HAART. Available evidence indicates that TDRM increases the risk of VF among treatment naïve HIV patients. Universal HIV genotype test for incident HIV cases would result in an approximate annual increase of 22 million BRL (5.9 million USD) for the Brazilian public healthcare system.
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Mutações de resistência transmitida do vírus da imunodeficiência humana aos antirretrovirais : prevalência e impacto no desfecho virológicoRamos, Carina Guedes January 2016 (has links)
Antecedentes: As mutações de resistência transmitida do vírus da imunodeficiência humana aos antirretrovirais (TDRM) podem afetar a efetividade da primeira linha dos esquemas empíricos da terapia antirretroviral (TARV). Acredita-se que sua prevalência esteja aumentando no mundo, porém não há resumo claro e conciso da prevalência das TDRM no Brasil e também não se conhece o impacto financeiro que a implantação do teste de genotipagem para detecção de TDRM causaria no sistema de saúde brasileiro. Métodos: Foram realizadas buscas eletrônicas nas bases de dados Medline, Embase, Lilacs e Cochrane CENTRAL (até dezembro de 2015) para identificar estudos observacionais que relatam a prevalência de TDRM do HIV no Brasil e para identificar ensaios clínicos randomizados ou estudos observacionais para avaliar o risco de falha virológica (FV) entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento com e sem TDRM. Foi realizada metanálise de efeitos aleatórios das razões de risco (RR). A heterogeneidade foi avaliada pelo teste de inconsistência (I2) e suas fontes foram investigadas em análise de sensibilidade de subgrupos na meta-análise quando adequado. Para a realização do impacto orçamentário foi desenvolvida uma coorte simulada aberta através de um modelo de Markov. O modelo consistiu de 3 estados: (1) casos incidentes de HIV ( "gerador de paciente" estado); (2) Teste de genotipagem e (estado onde ocorrem os custos) e (3) Saída do modelo (estado absortivo). A duração do ciclo foi de um mês e o horizonte de tempo foi de 5 anos. Não foram aplicados descontos. O número de indivíduos que entram no modelo por ciclo foi projetado a partir de um modelo de regressão derivado de uma série temporal de 10 anos de casos incidentes de HIV. Resultados: Na revisão sistemática da prevalência, 58 estudos atenderam aos critérios de inclusão da revisão sistemática. Cinquenta e sete relataram TDRM para todas as principais classes de drogas e um foi limitado a inibidores da protease (IP). Apenas as mutações atualmente sob vigilância (Stanford, 2015) foram contabilizadas. A meta-análise revelou uma prevalência de TDRM de 8,9% (IC 95% 7,6 a 10,4) (I2 = 10,6%), considerando mutação a qualquer classe de drogas. Os valores para TDRM específicas para NRTI, NNRTI e PI foram de 4,7% (IC 95% 3,7 a 5,9; I2 = 0%); 3,7% (IC 95% 2,9 a 4,6; I2 = 0%) e 2,8% (IC 95% 2,4 a 3,3; I2 = 0%), respectivamente. Entre os subgrupos, a prevalência de TDRM foi menor nos doadores de sangue (5,8%; 95% CI 3,8 a 12,2; I2 = 13%) e maior em homens que fazem sexo com homens (16,9%; IC95% 10,9 a 25,3; I2 = 0% ) e em usuários de drogas injetáveis (13,7%; IC95% 10,3 a 18,1; I2 = 0%). A região com a maior prevalência de TDRM foi a região Sudeste (11,2%; IC95% 9,2-18,6; I2 = 8,6%). No estudo do impacto das mutações de resistência transmitida do HIV aos antirretrovirais na resposta ao primeiro tratamento antirretroviral foram encontrados 28 estudos observacionais (23 de coorte e 5 estudos caso-controle) e nenhum ensaio clínico randomizado relatando taxas de FV entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento com e sem TDRM. O RR de FV para ter qualquer TDRM foi de 1,93 (IC 95% 1,44 a 2,59) em uma meta-análise de 21 estudos de coorte que forneceram informações suficientes (I2 = 82%). Para NRTI, NNRTI e IP, as estimativas de RR em meta-análise foram de 2,58 (IC 95% 1,30 a 5,16); 4,20 (2,21 a 7,96) e 2,92 (1,20 a 7,10), respectivamente. A heterogeneidade diminuiu substancialmente para os subgrupos de classes de drogas (I2 = 65%, 56% e 58%, respectivamente). A avaliação da qualidade metodológica indicou ausência de ajuste abrangente para fatores de confusão em quatro dos 28 estudos e a análise do gráfico de funil indicou uma baixa probabilidade de viés de publicação. As projeções do modelo de regressão linear para incidência anual esperada de HIV entre os anos de 2016 e 2020 variaram de 41022 a 42788 casos, respectivamente. Com 100% incorporação do teste de genótipagem para casos incidentes de HIV desde o início do modelo, o impacto orçamentário acumulado em 5 anos para este cenário foi estimado em R$ 108.244.403,3 (U$ 29.255.244,14). Conclusão: A estimativa pontual para a prevalência geral de TDRM no Brasil é de 8,9%. Isto é comparável às taxas de prevalência observadas em outros países com elevada cobertura da TARV. As evidências disponíveis indicam que as TDRM aumentam o risco de falha virológica entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento. A aplicação universal do teste de genotipagem para casos incidentes de HIV resultaria em um aumento anual aproximado de 22 milhões de reais (5,9 milhões de dólares) para o sistema de saúde público brasileira. / Background: HIV transmitted drug resistance mutations (TDRM) could impact the effectiveness of empirical first-line regimens of high active antiretroviral therapy (HAART). Its prevalence is thought to be increasing worldwide, however there is no clear and concise summary of TDRM prevalence in Brazil. Economic evaluations on HIV genotype test for detection of transmitted drug resistance mutations (TDRM) are scarce and the budget impact for the Brazilian public healthcare system has not been estimated. Methods: We did electronic searches on Medline, Embase, Lilacs and Cochrane CENTRAL (up to December 2015) to identify observational studies reporting the prevalence of HIV TDRM in Brazil and to identify randomized clinical trials or observational studies reporting the risk of virologic failure (VF) among treatment naïve HIV patients with and without TDRM. To provide an updated summary prevalence measurement of TDRM among Brazilian treatment naïve adult HIV patients. We performed single-arm random effects meta-analyses of prevalence rates. Ninety-five percent confidence intervals (95% CI) were calculated. Heterogeneity was assessed by the inconsistency test (I2) and its sources were investigated by subgroup and meta-analysis level sensitivity analyses whenever appropriate. To estimate the budget impact of universal HIV genotype test for incident HIV cases in 5 years in Brazil, we developed a Markov model open cohort. The model consisted of three states: (1) HIV incident cases ("patient generator" state); (2) Genotype test and (cost incurring state) and (3) Exit model (absorbing state). Cycle length was one month and time horizon was 5 years. No discounts were applied. The number of individuals entering the model per cycle was projected from a regression model derived from a 10 years period time-series of HIV incident cases. Results: Fifty-eight studies matched criteria to be included in the prevalence systematic review. Fifty-seven reported TDRM for all major drug classes and one was limited to protease inhibitor (PI) TDRM. Only major mutations currently under surveillance (Stanford, 2015) were accounted. Meta-analysis revealed a pooled TDRM prevalence of 8.9% (95% CI 7.6 to 10.4) (I2= 10.6%), considering mutation to any drug class. For NRTI, NNRTI and PI specific TDRM figures were 4.7% (95% CI 3.7 to 5.9) (I2= 0%), 3.7% (95% CI 2.9 to 4.6) (I2= 0%) and 2.8% (95% CI 2.4 to 3.3; I2= 0%), respectively. Among subgroups, TDRM prevalence was lower in blood donors (5.8%; 95% CI 3.8 to 8.8; I2= 3.1%) and higher in men who had sex with men (16.9%; 95% CI 10.9 to 25.3; I2= 0%) and injecting drug users (13.7%; 95% CI 10.3 to 18.1; I2= 0%). The Brazilian territory with the highest TDRM prevalence was the Southeast region (10.9%; 95% CI 8.9 to 13.3; I2= 9.8%). In the study of the impact of HIV TDRM in response to the first antiretroviral treatment we found 28 observational studies (23 cohort, three case-cohort and two case-control studies) and no randomized clinical trial reporting VF rates among treatment naïve HIV patients with and without TDRM. RR of VF for having any TDRM was 1.93 (95% CI 1.44 to 2.59) in a meta-analysis of 21 cohort studies that provided sufficient information (I2=82%). For NRTI, NNRTI and PI, metaanalysis RR estimates were 2.58 (95% CI 1.30 to 5.16), 4.2 (2.21 to 7.96) and 2.92 (1.2 to 7.10), respectively. Heterogeneity decreased substantially for drug class subgroup meta-analyses (I2=65%, 56% and 58%, respectively). Quality assessment indicated absence of extensive adjustment to confounding in four out of 28 studies and funnel plot analysis indicated a low probability of publication bias. Linear model projections for expected annual incidence of HIV between years 2016 and 2020 varied from 41022 to 42788 cases, respectively. With 100% uptake of universal genotype test for incident cases of HIV from model start, annual budget impact estimates were: BRL 21,197,526.48 (USD 5,729,061.21) for 2016; BRL 21,420,723.6 (USD 5,789,384.75) for 2017; BRL 21,650,120.64 (USD 5,851,383.95) for 2018; BRL 21,873,317.76 (USD 5,911,707.50) for 2019 and BRL 22,102,714.8 (USD 5,973,706.70) for 2020. The accumulated 5-years budget impact for this scenario was estimated in BRL 108,244,403.3 (USD 29,255,244.14). Both deterministic and probabilistic sensitivity analyses were performed. Conclusion: The point estimate for the overall prevalence of TDRM in Brazil is 8.9%. This is comparable to prevalence rates observed in other countries with high coverage of HAART. Available evidence indicates that TDRM increases the risk of VF among treatment naïve HIV patients. Universal HIV genotype test for incident HIV cases would result in an approximate annual increase of 22 million BRL (5.9 million USD) for the Brazilian public healthcare system.
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Mutações de resistência transmitida do vírus da imunodeficiência humana aos antirretrovirais : prevalência e impacto no desfecho virológicoRamos, Carina Guedes January 2016 (has links)
Antecedentes: As mutações de resistência transmitida do vírus da imunodeficiência humana aos antirretrovirais (TDRM) podem afetar a efetividade da primeira linha dos esquemas empíricos da terapia antirretroviral (TARV). Acredita-se que sua prevalência esteja aumentando no mundo, porém não há resumo claro e conciso da prevalência das TDRM no Brasil e também não se conhece o impacto financeiro que a implantação do teste de genotipagem para detecção de TDRM causaria no sistema de saúde brasileiro. Métodos: Foram realizadas buscas eletrônicas nas bases de dados Medline, Embase, Lilacs e Cochrane CENTRAL (até dezembro de 2015) para identificar estudos observacionais que relatam a prevalência de TDRM do HIV no Brasil e para identificar ensaios clínicos randomizados ou estudos observacionais para avaliar o risco de falha virológica (FV) entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento com e sem TDRM. Foi realizada metanálise de efeitos aleatórios das razões de risco (RR). A heterogeneidade foi avaliada pelo teste de inconsistência (I2) e suas fontes foram investigadas em análise de sensibilidade de subgrupos na meta-análise quando adequado. Para a realização do impacto orçamentário foi desenvolvida uma coorte simulada aberta através de um modelo de Markov. O modelo consistiu de 3 estados: (1) casos incidentes de HIV ( "gerador de paciente" estado); (2) Teste de genotipagem e (estado onde ocorrem os custos) e (3) Saída do modelo (estado absortivo). A duração do ciclo foi de um mês e o horizonte de tempo foi de 5 anos. Não foram aplicados descontos. O número de indivíduos que entram no modelo por ciclo foi projetado a partir de um modelo de regressão derivado de uma série temporal de 10 anos de casos incidentes de HIV. Resultados: Na revisão sistemática da prevalência, 58 estudos atenderam aos critérios de inclusão da revisão sistemática. Cinquenta e sete relataram TDRM para todas as principais classes de drogas e um foi limitado a inibidores da protease (IP). Apenas as mutações atualmente sob vigilância (Stanford, 2015) foram contabilizadas. A meta-análise revelou uma prevalência de TDRM de 8,9% (IC 95% 7,6 a 10,4) (I2 = 10,6%), considerando mutação a qualquer classe de drogas. Os valores para TDRM específicas para NRTI, NNRTI e PI foram de 4,7% (IC 95% 3,7 a 5,9; I2 = 0%); 3,7% (IC 95% 2,9 a 4,6; I2 = 0%) e 2,8% (IC 95% 2,4 a 3,3; I2 = 0%), respectivamente. Entre os subgrupos, a prevalência de TDRM foi menor nos doadores de sangue (5,8%; 95% CI 3,8 a 12,2; I2 = 13%) e maior em homens que fazem sexo com homens (16,9%; IC95% 10,9 a 25,3; I2 = 0% ) e em usuários de drogas injetáveis (13,7%; IC95% 10,3 a 18,1; I2 = 0%). A região com a maior prevalência de TDRM foi a região Sudeste (11,2%; IC95% 9,2-18,6; I2 = 8,6%). No estudo do impacto das mutações de resistência transmitida do HIV aos antirretrovirais na resposta ao primeiro tratamento antirretroviral foram encontrados 28 estudos observacionais (23 de coorte e 5 estudos caso-controle) e nenhum ensaio clínico randomizado relatando taxas de FV entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento com e sem TDRM. O RR de FV para ter qualquer TDRM foi de 1,93 (IC 95% 1,44 a 2,59) em uma meta-análise de 21 estudos de coorte que forneceram informações suficientes (I2 = 82%). Para NRTI, NNRTI e IP, as estimativas de RR em meta-análise foram de 2,58 (IC 95% 1,30 a 5,16); 4,20 (2,21 a 7,96) e 2,92 (1,20 a 7,10), respectivamente. A heterogeneidade diminuiu substancialmente para os subgrupos de classes de drogas (I2 = 65%, 56% e 58%, respectivamente). A avaliação da qualidade metodológica indicou ausência de ajuste abrangente para fatores de confusão em quatro dos 28 estudos e a análise do gráfico de funil indicou uma baixa probabilidade de viés de publicação. As projeções do modelo de regressão linear para incidência anual esperada de HIV entre os anos de 2016 e 2020 variaram de 41022 a 42788 casos, respectivamente. Com 100% incorporação do teste de genótipagem para casos incidentes de HIV desde o início do modelo, o impacto orçamentário acumulado em 5 anos para este cenário foi estimado em R$ 108.244.403,3 (U$ 29.255.244,14). Conclusão: A estimativa pontual para a prevalência geral de TDRM no Brasil é de 8,9%. Isto é comparável às taxas de prevalência observadas em outros países com elevada cobertura da TARV. As evidências disponíveis indicam que as TDRM aumentam o risco de falha virológica entre pacientes portadores de HIV virgens de tratamento. A aplicação universal do teste de genotipagem para casos incidentes de HIV resultaria em um aumento anual aproximado de 22 milhões de reais (5,9 milhões de dólares) para o sistema de saúde público brasileira. / Background: HIV transmitted drug resistance mutations (TDRM) could impact the effectiveness of empirical first-line regimens of high active antiretroviral therapy (HAART). Its prevalence is thought to be increasing worldwide, however there is no clear and concise summary of TDRM prevalence in Brazil. Economic evaluations on HIV genotype test for detection of transmitted drug resistance mutations (TDRM) are scarce and the budget impact for the Brazilian public healthcare system has not been estimated. Methods: We did electronic searches on Medline, Embase, Lilacs and Cochrane CENTRAL (up to December 2015) to identify observational studies reporting the prevalence of HIV TDRM in Brazil and to identify randomized clinical trials or observational studies reporting the risk of virologic failure (VF) among treatment naïve HIV patients with and without TDRM. To provide an updated summary prevalence measurement of TDRM among Brazilian treatment naïve adult HIV patients. We performed single-arm random effects meta-analyses of prevalence rates. Ninety-five percent confidence intervals (95% CI) were calculated. Heterogeneity was assessed by the inconsistency test (I2) and its sources were investigated by subgroup and meta-analysis level sensitivity analyses whenever appropriate. To estimate the budget impact of universal HIV genotype test for incident HIV cases in 5 years in Brazil, we developed a Markov model open cohort. The model consisted of three states: (1) HIV incident cases ("patient generator" state); (2) Genotype test and (cost incurring state) and (3) Exit model (absorbing state). Cycle length was one month and time horizon was 5 years. No discounts were applied. The number of individuals entering the model per cycle was projected from a regression model derived from a 10 years period time-series of HIV incident cases. Results: Fifty-eight studies matched criteria to be included in the prevalence systematic review. Fifty-seven reported TDRM for all major drug classes and one was limited to protease inhibitor (PI) TDRM. Only major mutations currently under surveillance (Stanford, 2015) were accounted. Meta-analysis revealed a pooled TDRM prevalence of 8.9% (95% CI 7.6 to 10.4) (I2= 10.6%), considering mutation to any drug class. For NRTI, NNRTI and PI specific TDRM figures were 4.7% (95% CI 3.7 to 5.9) (I2= 0%), 3.7% (95% CI 2.9 to 4.6) (I2= 0%) and 2.8% (95% CI 2.4 to 3.3; I2= 0%), respectively. Among subgroups, TDRM prevalence was lower in blood donors (5.8%; 95% CI 3.8 to 8.8; I2= 3.1%) and higher in men who had sex with men (16.9%; 95% CI 10.9 to 25.3; I2= 0%) and injecting drug users (13.7%; 95% CI 10.3 to 18.1; I2= 0%). The Brazilian territory with the highest TDRM prevalence was the Southeast region (10.9%; 95% CI 8.9 to 13.3; I2= 9.8%). In the study of the impact of HIV TDRM in response to the first antiretroviral treatment we found 28 observational studies (23 cohort, three case-cohort and two case-control studies) and no randomized clinical trial reporting VF rates among treatment naïve HIV patients with and without TDRM. RR of VF for having any TDRM was 1.93 (95% CI 1.44 to 2.59) in a meta-analysis of 21 cohort studies that provided sufficient information (I2=82%). For NRTI, NNRTI and PI, metaanalysis RR estimates were 2.58 (95% CI 1.30 to 5.16), 4.2 (2.21 to 7.96) and 2.92 (1.2 to 7.10), respectively. Heterogeneity decreased substantially for drug class subgroup meta-analyses (I2=65%, 56% and 58%, respectively). Quality assessment indicated absence of extensive adjustment to confounding in four out of 28 studies and funnel plot analysis indicated a low probability of publication bias. Linear model projections for expected annual incidence of HIV between years 2016 and 2020 varied from 41022 to 42788 cases, respectively. With 100% uptake of universal genotype test for incident cases of HIV from model start, annual budget impact estimates were: BRL 21,197,526.48 (USD 5,729,061.21) for 2016; BRL 21,420,723.6 (USD 5,789,384.75) for 2017; BRL 21,650,120.64 (USD 5,851,383.95) for 2018; BRL 21,873,317.76 (USD 5,911,707.50) for 2019 and BRL 22,102,714.8 (USD 5,973,706.70) for 2020. The accumulated 5-years budget impact for this scenario was estimated in BRL 108,244,403.3 (USD 29,255,244.14). Both deterministic and probabilistic sensitivity analyses were performed. Conclusion: The point estimate for the overall prevalence of TDRM in Brazil is 8.9%. This is comparable to prevalence rates observed in other countries with high coverage of HAART. Available evidence indicates that TDRM increases the risk of VF among treatment naïve HIV patients. Universal HIV genotype test for incident HIV cases would result in an approximate annual increase of 22 million BRL (5.9 million USD) for the Brazilian public healthcare system.
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Perfil Genotípico de Resistência do HIV em pacientes com falha virológica ao esquema antirretroviral de primeira linha na coorte de pacientes com HIV/AIDS do Instituto de Pesquisa Clinica Evandro Chagas-FiocruzTavares, Isabel Cristina Ferreira January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-23 / Introdução: Ao longo dos trinta anos de identificação do HIV como agente etiológico, muitas mudanças ocorreram, principalmente em relação ao tratamento dos pacientes. O adequado monitoramento e a detecção precoce das falhas virológicas desde o primeiro esquema antirretroviral possibilita escolhas mais adequadas do esquema de segunda linha através da obtenção do perfil das mutações relacionadas à classe de antirretroviral que foi utilizada como primeiro esquema. Objetivos: Descrever o perfil genotípico por ocasião da primeira falha virológica em uso de um esquema inicial de cART; Avaliar o impacto do perfil mutacional no momento da primeira falha no uso potencial da etravirina em esquemas antirretrovirais subsequentes; Descrever o perfil da população baseando-se no escore de mutações da etravirina e analisar os fatores relacionados à redução na sensibilidade a esta droga; Avaliar a prevalência de genotipagens com de vírus selvagem e analisar os fatores associados à sua ocorrência; Descrever os fatores relacionados à mutação K65R na primeira falha à cART. Métodos: Estudo com coleta de dados a partir de prontuários médicos e exames de genotipagem de pacientes com HIV acompanhados no IPEC que tiveram a falha virológica ao esquema antirretroviral inicial no período de 2000 a 2012. Este estudo foi revisto e aprovado pelo Comitê de Ética do IPEC
Resultados: Foram incluídos 166 pacientes nesse estudo. O subtipo viral predominante foi o B (65,3%). Nos 113 pacientes que usaram esquemas baseados em ITRNN (66,5%), a mutação mais frequente para esta classe foi a 103N. Entre os 17 pacientes que fizeram uso de IP sem booster, as mutações mais frequentes na protease foram a 30N, 32I e 46ILV e entre os 36 pacientes que fizeram uso de IP com booster as mutações mais frequentes na protease foram a 82ATF, 90M e 46ILV. A mutação para ITRN mais frequente nos três grupos foi a 184VI. Os pacientes que usaram ITRNN foram os que tiveram maior percentual de mutações para ITRN e os que usaram IP com booster foram os que tiveram menor pecentual de mutação para duas classes. Trinta e dois pacientes (17,6%) apresentaram genotipagem com vírus selvagem, sendo esta associada à presença de carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e ao uso de IP com booster e sem booster.. Em relação à etravirina, observou-se uma menor proporção de indivíduos com perfil de sensibilidade plena e uma maior proporção de indivíduos com perfil de resistência (principalmente de nível intermediário) entre os pacientes que utilizaram tenofovir, sendo essa diferença significativa em relação ao total de pacientes avaliados (p=0,004). Quarenta e sete pacientes usaram Tenofovir sendo que 31,9% apresentaram a K65R
Conclusões: O perfil genotípico da primeira falha entre os pacientes da coorte do IPEC no período avaliado mostrou uma alta prevalência de 184V/I e 103N. Contrariamente, a prevalência de mutações para a protease foi baixa. A carga viral no momento da genotipagem > 50.000 cópias/ml e o uso de IP com booster e sem booster foram considerados fatores associados à maior presença de genotipagens com vírus selvagem. Foi evidenciado um perfil mutacional relativamente favorável à utilização da Etravirina em esquemas de futuro resgate na coorte de pacientes do IPEC, pela moderada frequência das mutações que comprometem a atividade deste antirretroviral / ntro
duction
: Over thirty years of HIV
epidemic
, many changes have occurred, especially in
term ́s of patients
treatment. Proper monitoring and early detection of virological failures
from
the first antiretroviral regimen allows
better
choices for second
-
line re
gimen by
obtaining the profile of mutations related to antiretroviral class that
are being
used as the first
line
.
Objectives
: To describe the genotypic profile at the first virologic failure
while using
the first
line cART
; evaluate the impact of the mut
ational profile at the time of first failure in the
potential
subsequent
use of etravirine
for salvage
regimens; describe the profile of the
population relying
etravirine ́s mutations
and analyze the factors related to reduced sensitivity
to this drug; eval
uate the prevalence
as well as the associated risk factors
of genotyping with
the presence of wild
-
type virus;
d
escribe the factors related to
the presence of
K65R mutati
on
at the first failure to cART
.
Methods
: The study included data collection from medi
cal records and genotyping of HIV
patients followed at IPEC who had
presented
virologic failure for initial antiretroviral regimen
in the period
of
2000
to
2012
.
The present study was approved by IPEC`s Ethics Committee
.
Results
: 166 patients were included
in this stud
y
.The predominant
virus
subtype
was
B (65.3
%).
Among
the
113 patients using NNRTI
-
based regimens, the most frequent mutation to
NNRTI was 103N. Among
the 17 patients who used
an unboosted PI
, the most prevalent
mutations in protease were 30N
, 32I and 46ILV. Among
the 36 patients who used boosted
PI
the most frequent mutations in protease were 82AT
F, 90M and 46ILV
. The most frequent
NRTI mutation
into the three groups was 184VI
.
Among p
atients who used NNRTI
we found
a
higher percentage of mut
ations to NRTIs and
among those
who used
boosted
PI
fewer
mutations to NRTIs
were found
.
Thirty
-
two patients (17.6% ) had wild type
vírus,
which is
associated with the presence of viral load > 50.000 copies/ml at the time of genotyping and
with the use of
unboosted and boosted PI.
Regarding etravirine
, there was a lower proportion
of individuals with full sensitivity profile
and a higher proportion of indivi
duals with
resistance profile (
primarily intermediate level)
a
m
ong patients who used tenofovir
,
with
a
significant difference
in relation to total
evaluated patients (
p = 0.004). Forty
-
seven patients
used Tenofovir of which 31.9 % had
presented
K65R
.
Conclusions
: The genotypic profile of the first failure among patients in the
IPEC
cohort
showed a higher
prevalence of 184V/I and 103N. A small number of mutations to protease
was evidenced. The overall prevalence of genotyping
with wild type virus
was 17.6 %
. A
viral load > 50,000 copies/ml
at the time of genotyping as well as PI use (both, boosted and
non
-
boosted) were found to be
associated with
an
increased presence of
with wild type virus
factors. A relatively favorable
mutational profile
to the
future
use of etravirine in salvage
regime
ns in
the
IPEC
cohort
was evidenced
by
the moderate frequency
of mut
ations that
compromise this
antiretroviral act
ivity.
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Caracterização molecular do genoma completo e parcial do Vírus da Hepatite B em pacientes com infecção crônicaSilva, Luiz Claudio Santana da [UNIFESP] January 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:45:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2013 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Introdução: São Paulo e uma das cidades com maior diversidade populacional do mundo. Por causa disso, ela pode apresentar um perfil molecular do HBV diferente do restante do Brasil. Objetivos: Avaliar os genotipos e possiveis recombinantes; mutacoes relacionadas a resistencia aos antivirais, progressao da doenca hepatica e de escape vacinal em pacientes infectados na cidade de São Paulo. Pacientes e Metodos: Foram selecionadas amostras de plasma de 60 pacientes tratados e nao tratados infectados pelo HBV. Foi realizada a amplificacao e sequenciamento do genoma completo, mapeamento de mutacoes, analises filogeneticas para determinacao dos genotipos e deteccao de recombinantes. Resultados: Foram analisados 28 genomas completos e tambem 11 genomas parciais (HBsAg e o dominio de RT). A distribuicao de genotipos foi: A (51,3%), D (25,6%), F (15,4%) e C (7,7%). Mutacoes de resistencia primaria nao foram encontradas, no entanto, mutacoes compensatorias foram encontradas em 43% dos pacientes tratados e 12,5% nos pacientes nao tratados. Foram encontradas mutacoes relacionadas ao escape vacinal e alteracoes na antigenicidade do HBsAg (82%); mutacoes no gene C relacionadas com a progressao da doenca hepatica (85,7%) e delecoes na regiao Pre-S (14%). Conclusoes: A distribuicao de genotipos reflete o contexto historico e social da populacao da cidade de São Paulo, que e composta por imigrantes da Africa, Europa e Asia, e da migracao brasileira, em sua maioria procedente da Regiao Nordeste e Norte do Brasil. A maioria das mutacoes no gene S, que levam a alteracoes da antigenicidade do HBsAg, sao caracteristicas que distinguem os diferentes genotipos, o que poderia explicar a diferencia de antigenicidade entre eles. As Mutacoes A1762T/G1764A e G1896A em pacientes HBeAg positivos e delecoes nos codons de iniciacao na regiao Pre-S podem estar relacionados com populacoes virais nao majoritarias e necessita de mais estudos com as novas tecnologias de sequenciamento / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Avaliação dos desfechos virológicos e de adesão ao tratamento antiviral em pacientes portadores de hepatite B crônica / Evaluation of virological and adherence outcomes regarding antiviral treatment in chronic hepatitis B patientsAbreu, Rodrigo Martins 20 July 2017 (has links)
Introdução: A adesão ao tratamento da hepatite B crônica na vida real tem sido pouco estudada em todo o mundo. Neste estudo, foram avaliados os desfechos virológicos e de adesão ao tratamento antiviral de longo prazo em pacientes monoinfectados com hepatite B crônica. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo de coorte com pacientes portadores de hepatite B crônica (n = 183), tratados com adefovir, entecavir, lamivudina e / ou tenofovir, realizado em um centro de referência terciário brasileiro. A adesão ao tratamento foi avaliada por um questionário validado, denominado CEAT-HBV, em três momentos (2010/2011, 2013/2014 e 2014/2015). As variantes de resistência às drogas para hepatite B e a farmacocinética de um único ponto foram determinadas por sequenciamento e cromatografia líquida com espectrômetro de massa em tandem, respectivamente. Resultados: CEAT-HBV identificou 79/183 (43%) pacientes em não-adesão ao tratamento antiviral e entre esses, 53/79 (67%) tinham maior frequência de HBV DNA positiva. Porém, 38% (70/183) tiveram carga viral positiva sugerindo não resposta ao tratamento. As mais frequentes variantes de resistência aos antivirais foram M204I/V (78%), L180M (59%), L80I (15%), V173L (7%) e Q215H (6%). As principais causas associadas com a ausência de resposta ao tratamento antiviral foram variantes de resistência às drogas (39%), variantes de resistência às drogas e não adesão (23%), não adesão (13%), duração de tratamento insuficiente (10%), e indeterminada (16%). A farmacocinética de dose única indicou 48% (31/65) de não adesão ao antiviral. Dois anos depois da primeira avaliação, o CEAT-HBV indicou que 101/143 (71%) pacientes estavam em adesão ao tratamento, baseado na análise da população per-protocol. Entretanto, 21% (40/183) dos pacientes não puderam ser avaliados e foram excluídos. As principais razões para exclusão foram óbito (20/183), 11 dos 20 óbitos causados pelo carcinoma hepatocelular, perda de seguimento (16/183) e outras (4/183). Todos os participantes receberam nesse momento uma cartilha para orientação do tratamento. A terceira avaliação do CEAT-HBV (2014/2015) mostrou que 112/135 (83%) pacientes estavam em adesão ao tratamento (população per-protocol) e 8/143 (6%) foram excluídos. Desfechos de longo prazo mostraram que a taxa de adesão baseado no CEAT-HBV continua a aumentar após 4 anos (p < 0,001). Conclusões: Nossos dados realçam a importância do monitoramento da avaliação de adesão à terapia para hepatite B crônica. Desfechos de adesão de longo prazo podem ser dinâmicos e é possível aumentar a taxa de migração para o grupo com adesão/HBV DNA negativa / Background: Chronic hepatitis B (CHB) real-life treatment adherence has been poorly studied worldwide. In this study, it was evaluated long term virological and adherence outcomes regarding antiviral treatment in monoinfected CHB patients. Methods: A prospective cohort study with CHB patients (n=183) treated with adefovir, entecavir, lamivudine and / or tenofovir was performed in a Brazilian reference tertiary center. Treatment adherence was evaluated by a validate questionnaire named CEAT-HBV within three year-periods (2010/2011, 2013/2014 and 2014/2015). HBV drug resistance variants and single-dose pharmacokinetics were determined by sequencing and LC-MS/MS, respectively. Results: CEAT-HBV identified 79/183 (43%) patients with non-adherence to antiviral treatment and among them, 53/79 (67%) were more frequently viral load positive. However, 38% (70/183) had positive viral loads suggesting treatment non-response. Most frequent antiviral resistance variants were M204I/V (78%), L180M (59%), L80I (15%), V173L (7%) and Q215H (6%). The main causes associated with nonresponse to antiviral treatment were drug resistance variants (39%), drug resistance variants and nonadherence together (23%), non-adherence (13%), insufficient treatment duration (10%), and undetermined (16%). Single-dose pharmacokinetics indicated 48% (31/65) antiviral non-adherence. Two years after the first assessment, the CEATHBV indicated that 101/143 (71%) patients were adhered treatment, on basis of an analysis of the per-protocol population. However, 21% (40/183) of the patients could not be evaluated and were excluded. The main reasons for exclusion were death (20/183), 11 out 20 deaths due to hepatocellular carcinoma, loss to follow up (16/183) and others (4/183). HBV booklet was used for medical education. The third CEAT-HBV assessment (2014/2015) showed that 112/135 (83%) patients were on treatment adherence (per-protocol population) and 8/143 (6%) were excluded. Longterm evaluation showed that adherence rate based on CEAT-HBV continue to increase after 4-years (p < 0.001). Conclusions: Our data highlights the importance of CHB therapy adherence assessment monitoring. Long-term adherence outcomes may be dynamic and it is possible to increase the migration rate to adherence/HBV DNA negative group
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Avaliação dos desfechos virológicos e de adesão ao tratamento antiviral em pacientes portadores de hepatite B crônica / Evaluation of virological and adherence outcomes regarding antiviral treatment in chronic hepatitis B patientsRodrigo Martins Abreu 20 July 2017 (has links)
Introdução: A adesão ao tratamento da hepatite B crônica na vida real tem sido pouco estudada em todo o mundo. Neste estudo, foram avaliados os desfechos virológicos e de adesão ao tratamento antiviral de longo prazo em pacientes monoinfectados com hepatite B crônica. Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo de coorte com pacientes portadores de hepatite B crônica (n = 183), tratados com adefovir, entecavir, lamivudina e / ou tenofovir, realizado em um centro de referência terciário brasileiro. A adesão ao tratamento foi avaliada por um questionário validado, denominado CEAT-HBV, em três momentos (2010/2011, 2013/2014 e 2014/2015). As variantes de resistência às drogas para hepatite B e a farmacocinética de um único ponto foram determinadas por sequenciamento e cromatografia líquida com espectrômetro de massa em tandem, respectivamente. Resultados: CEAT-HBV identificou 79/183 (43%) pacientes em não-adesão ao tratamento antiviral e entre esses, 53/79 (67%) tinham maior frequência de HBV DNA positiva. Porém, 38% (70/183) tiveram carga viral positiva sugerindo não resposta ao tratamento. As mais frequentes variantes de resistência aos antivirais foram M204I/V (78%), L180M (59%), L80I (15%), V173L (7%) e Q215H (6%). As principais causas associadas com a ausência de resposta ao tratamento antiviral foram variantes de resistência às drogas (39%), variantes de resistência às drogas e não adesão (23%), não adesão (13%), duração de tratamento insuficiente (10%), e indeterminada (16%). A farmacocinética de dose única indicou 48% (31/65) de não adesão ao antiviral. Dois anos depois da primeira avaliação, o CEAT-HBV indicou que 101/143 (71%) pacientes estavam em adesão ao tratamento, baseado na análise da população per-protocol. Entretanto, 21% (40/183) dos pacientes não puderam ser avaliados e foram excluídos. As principais razões para exclusão foram óbito (20/183), 11 dos 20 óbitos causados pelo carcinoma hepatocelular, perda de seguimento (16/183) e outras (4/183). Todos os participantes receberam nesse momento uma cartilha para orientação do tratamento. A terceira avaliação do CEAT-HBV (2014/2015) mostrou que 112/135 (83%) pacientes estavam em adesão ao tratamento (população per-protocol) e 8/143 (6%) foram excluídos. Desfechos de longo prazo mostraram que a taxa de adesão baseado no CEAT-HBV continua a aumentar após 4 anos (p < 0,001). Conclusões: Nossos dados realçam a importância do monitoramento da avaliação de adesão à terapia para hepatite B crônica. Desfechos de adesão de longo prazo podem ser dinâmicos e é possível aumentar a taxa de migração para o grupo com adesão/HBV DNA negativa / Background: Chronic hepatitis B (CHB) real-life treatment adherence has been poorly studied worldwide. In this study, it was evaluated long term virological and adherence outcomes regarding antiviral treatment in monoinfected CHB patients. Methods: A prospective cohort study with CHB patients (n=183) treated with adefovir, entecavir, lamivudine and / or tenofovir was performed in a Brazilian reference tertiary center. Treatment adherence was evaluated by a validate questionnaire named CEAT-HBV within three year-periods (2010/2011, 2013/2014 and 2014/2015). HBV drug resistance variants and single-dose pharmacokinetics were determined by sequencing and LC-MS/MS, respectively. Results: CEAT-HBV identified 79/183 (43%) patients with non-adherence to antiviral treatment and among them, 53/79 (67%) were more frequently viral load positive. However, 38% (70/183) had positive viral loads suggesting treatment non-response. Most frequent antiviral resistance variants were M204I/V (78%), L180M (59%), L80I (15%), V173L (7%) and Q215H (6%). The main causes associated with nonresponse to antiviral treatment were drug resistance variants (39%), drug resistance variants and nonadherence together (23%), non-adherence (13%), insufficient treatment duration (10%), and undetermined (16%). Single-dose pharmacokinetics indicated 48% (31/65) antiviral non-adherence. Two years after the first assessment, the CEATHBV indicated that 101/143 (71%) patients were adhered treatment, on basis of an analysis of the per-protocol population. However, 21% (40/183) of the patients could not be evaluated and were excluded. The main reasons for exclusion were death (20/183), 11 out 20 deaths due to hepatocellular carcinoma, loss to follow up (16/183) and others (4/183). HBV booklet was used for medical education. The third CEAT-HBV assessment (2014/2015) showed that 112/135 (83%) patients were on treatment adherence (per-protocol population) and 8/143 (6%) were excluded. Longterm evaluation showed that adherence rate based on CEAT-HBV continue to increase after 4-years (p < 0.001). Conclusions: Our data highlights the importance of CHB therapy adherence assessment monitoring. Long-term adherence outcomes may be dynamic and it is possible to increase the migration rate to adherence/HBV DNA negative group
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Identificação de polimorfismos e mutações primárias de resistência aos inibidores de protease (NS3/NS4A) no vírus da hepatite C em pacientes com hepatite C crônica monoinfectados e coinfectados pelo vírus da imunodeficiência humana / Characterization of NS3/NS4A polymorphisms and hepatitis C protease inhibitors resistance-associated mutations in hepatitis C virus monoinfected and human immunodeficiency virus coinfected patientsLisbôa Neto, Gaspar 12 April 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A hepatite C crônica é uma das principais causas de hepatopatia em todo mundo. A coinfecção pelo vírus C (VHC) e o HIV não é incomum, pois ambos compartilham vias similares de transmissão. Recentemente, a terapêutica da hepatite C crônica foi radicalmente modificada com o advento das drogas antivirais de ação direta (DAAs), elevando as taxas de RVS mesmo na população coinfectada. O VHC é caracterizado pela sua alta taxa replicativa e por grande diversidade populacional. Substituições de ocorrência natural na protease viral associadas a resistência podem comprometer a terapêutica em alguns regimes baseados no uso de inibidores de protease (IPs). OBJETIVOS: Estimar a prevalência de polimorfismos e mutações de ocorrência natural associadas a resistência aos IPs em pacientes monoinfectados e coinfectados pelo VHC e HIV e identificar fatores clínicos e virológicos associados a presença de tais substituições. MATERIAIS E MÉTODOS: Dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos de 247 pacientes (135 monoinfectados e 112 coinfectados pelo VHC e HIV). VHC RNA foi extraído do plasma dos indivíduos participantes e um fragmento de 765 pares de base da região NS3 foi amplificado e sequenciado por metodologia populacional (técnica de Sanger). O estadiamento da fibrose hepática foi realizado pelo escore não invasivo FIB- 4. RESULTADOS: 54 indivíduos (21,9%) apresentaram pelo menos uma substituição na região NS3/NS4A do VHC. Somente 14 pacientes (5,7%) apresentaram pelo menos uma mutação de resistência aos IPs (T54S, V55A ou Q80R). A Q80K não foi identificada em nenhuma das amostras. Não houve diferença entre monoinfectados e coinfectados quanto à ocorrência de polimorfismos ou mutações associadas a resistência. As variáveis independentemente associadas com substituições na região da protease foram infecção pelo VHC genótipo 1b, bilirrubinas totais > 1,5 vezes o LSN e níveis de albumina < 3,5 g/dL. Fibrose hepática avançada (FIB-4 > 3.25) não esteve associada a presença de substituições. A análise de diversidade nucleotídica na protease viral revelou maior heterogeneidade do VHC genótipo 1b em relação ao 1a. Contudo, a análise de pressão seletiva não demonstrou maior variabilidade de quasiespécies no grupo de hepatopatia avançada, achado este compatível com uma sequência genômica relativamente conservada. CONCLUSÕES: As substituições na região NS3/NS4 do VHC consistiram majoritariamente por polimorfismos naturais sem impacto clínico num eventual tratamento que envolva o uso de IPs. A prevalência de substituições associadas a resistência foi baixa e compatível com os valores informados pela maioria dos estudos nacionais e internacionais. A coinfecção pelo HIV não parece elevar a frequência de substituições na protease do VHC. A região NS3 do genótipo 1b foi altamente variável em relação ao genótipo 1a, reforçando o conceito de possíveis diferenças geográficas em relação ao perfil genético deste vírus / INTRODUCTION: Chronic hepatitis C is a major cause of liver disease worldwide. Hepatitis C vírus (HCV) and HIV coinfection is not uncommon due to similar transmission routes. Recently developed direct-acting antivirals drugs (DAAs) have increased the rate of SVR even in coinfected patients. HCV has a high replication rate and a lack of proofreading activity, leading to a greatly diverse viral population. Baseline spontaneously occurring resistance substitutions in the protease region may impair the rate of success in some protease inhibitors (PI) based regimens. OBJECTIVE: to determine the prevalence of naturally occurring polymorphisms and resistance associated variants to HCV PIs in mono and coinfected HCV HIV patients and to evaluate potential associations between amino acid substitutions in protease domain and clinical / virological features of those patients. METHODS: Clinical and epidemiological data were retrieved from medical records of 247 subjects in Brazil (135 HCV monoinfected and 112 HIV HCV coinfected patients). HCV-RNA was extracted from plasma and a fragment of 765 base pairs from the NS3 region was amplified and sequenced with Sanger-based technology. Fibrosis staging was assessed by non invasive score (FIB-4). RESULTS: Overall, 54 patients (21.9%) had at least one amino acid substitution in the NS3 region; only 14 patients (5.7%) harboured at least one resistance mutation (T54S, V55A, Q80R). Q80K mutation was not found in any sample. There was no difference between monoinfected and coinfected patients regarding the frequency of natural polymorphisms and resistance mutations. Variables independently associated with amino acid substitution were HCV subtype 1b, total bilirubin level > 1.5 ULN and albumin level < 3.5 g/dL. Advanced liver fibrosis (FIB-4 > 3.25) was not related to NS3 polymorphisms nor resistance associated variants. Examination of HCV protease nucleotide diversity revealed greater heterogeneity in subtype 1b than subtype 1a. Analysis of selective pressure did not reveal a greater quasispecies variability in advanced liver fibrosis group, being such finding consistent with a relatively conserved gene in this setting. CONCLUSION: Baseline HCV NS3 amino acid substitutions depicted herein were considered mostly natural polymorphisms with no clinical impact in a PI based therapy. The prevalence of resistance-associated substitutions was low and compatible with values reported by most national and international studies. HIV coinfection was not associated with a greater frequency of such substitutions in the studied sample. The NS3 region of genotype 1b was highly variable in relation to genotype 1a, highlighting geographic differences concerning HCV genetic profile
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Identificação de polimorfismos e mutações primárias de resistência aos inibidores de protease (NS3/NS4A) no vírus da hepatite C em pacientes com hepatite C crônica monoinfectados e coinfectados pelo vírus da imunodeficiência humana / Characterization of NS3/NS4A polymorphisms and hepatitis C protease inhibitors resistance-associated mutations in hepatitis C virus monoinfected and human immunodeficiency virus coinfected patientsGaspar Lisbôa Neto 12 April 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A hepatite C crônica é uma das principais causas de hepatopatia em todo mundo. A coinfecção pelo vírus C (VHC) e o HIV não é incomum, pois ambos compartilham vias similares de transmissão. Recentemente, a terapêutica da hepatite C crônica foi radicalmente modificada com o advento das drogas antivirais de ação direta (DAAs), elevando as taxas de RVS mesmo na população coinfectada. O VHC é caracterizado pela sua alta taxa replicativa e por grande diversidade populacional. Substituições de ocorrência natural na protease viral associadas a resistência podem comprometer a terapêutica em alguns regimes baseados no uso de inibidores de protease (IPs). OBJETIVOS: Estimar a prevalência de polimorfismos e mutações de ocorrência natural associadas a resistência aos IPs em pacientes monoinfectados e coinfectados pelo VHC e HIV e identificar fatores clínicos e virológicos associados a presença de tais substituições. MATERIAIS E MÉTODOS: Dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos de 247 pacientes (135 monoinfectados e 112 coinfectados pelo VHC e HIV). VHC RNA foi extraído do plasma dos indivíduos participantes e um fragmento de 765 pares de base da região NS3 foi amplificado e sequenciado por metodologia populacional (técnica de Sanger). O estadiamento da fibrose hepática foi realizado pelo escore não invasivo FIB- 4. RESULTADOS: 54 indivíduos (21,9%) apresentaram pelo menos uma substituição na região NS3/NS4A do VHC. Somente 14 pacientes (5,7%) apresentaram pelo menos uma mutação de resistência aos IPs (T54S, V55A ou Q80R). A Q80K não foi identificada em nenhuma das amostras. Não houve diferença entre monoinfectados e coinfectados quanto à ocorrência de polimorfismos ou mutações associadas a resistência. As variáveis independentemente associadas com substituições na região da protease foram infecção pelo VHC genótipo 1b, bilirrubinas totais > 1,5 vezes o LSN e níveis de albumina < 3,5 g/dL. Fibrose hepática avançada (FIB-4 > 3.25) não esteve associada a presença de substituições. A análise de diversidade nucleotídica na protease viral revelou maior heterogeneidade do VHC genótipo 1b em relação ao 1a. Contudo, a análise de pressão seletiva não demonstrou maior variabilidade de quasiespécies no grupo de hepatopatia avançada, achado este compatível com uma sequência genômica relativamente conservada. CONCLUSÕES: As substituições na região NS3/NS4 do VHC consistiram majoritariamente por polimorfismos naturais sem impacto clínico num eventual tratamento que envolva o uso de IPs. A prevalência de substituições associadas a resistência foi baixa e compatível com os valores informados pela maioria dos estudos nacionais e internacionais. A coinfecção pelo HIV não parece elevar a frequência de substituições na protease do VHC. A região NS3 do genótipo 1b foi altamente variável em relação ao genótipo 1a, reforçando o conceito de possíveis diferenças geográficas em relação ao perfil genético deste vírus / INTRODUCTION: Chronic hepatitis C is a major cause of liver disease worldwide. Hepatitis C vírus (HCV) and HIV coinfection is not uncommon due to similar transmission routes. Recently developed direct-acting antivirals drugs (DAAs) have increased the rate of SVR even in coinfected patients. HCV has a high replication rate and a lack of proofreading activity, leading to a greatly diverse viral population. Baseline spontaneously occurring resistance substitutions in the protease region may impair the rate of success in some protease inhibitors (PI) based regimens. OBJECTIVE: to determine the prevalence of naturally occurring polymorphisms and resistance associated variants to HCV PIs in mono and coinfected HCV HIV patients and to evaluate potential associations between amino acid substitutions in protease domain and clinical / virological features of those patients. METHODS: Clinical and epidemiological data were retrieved from medical records of 247 subjects in Brazil (135 HCV monoinfected and 112 HIV HCV coinfected patients). HCV-RNA was extracted from plasma and a fragment of 765 base pairs from the NS3 region was amplified and sequenced with Sanger-based technology. Fibrosis staging was assessed by non invasive score (FIB-4). RESULTS: Overall, 54 patients (21.9%) had at least one amino acid substitution in the NS3 region; only 14 patients (5.7%) harboured at least one resistance mutation (T54S, V55A, Q80R). Q80K mutation was not found in any sample. There was no difference between monoinfected and coinfected patients regarding the frequency of natural polymorphisms and resistance mutations. Variables independently associated with amino acid substitution were HCV subtype 1b, total bilirubin level > 1.5 ULN and albumin level < 3.5 g/dL. Advanced liver fibrosis (FIB-4 > 3.25) was not related to NS3 polymorphisms nor resistance associated variants. Examination of HCV protease nucleotide diversity revealed greater heterogeneity in subtype 1b than subtype 1a. Analysis of selective pressure did not reveal a greater quasispecies variability in advanced liver fibrosis group, being such finding consistent with a relatively conserved gene in this setting. CONCLUSION: Baseline HCV NS3 amino acid substitutions depicted herein were considered mostly natural polymorphisms with no clinical impact in a PI based therapy. The prevalence of resistance-associated substitutions was low and compatible with values reported by most national and international studies. HIV coinfection was not associated with a greater frequency of such substitutions in the studied sample. The NS3 region of genotype 1b was highly variable in relation to genotype 1a, highlighting geographic differences concerning HCV genetic profile
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