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O Grupo Rio Pardo (Proterozoico médio a superior) : uma cobertura paraplataformal da margem sudeste do Cráton do São Francisco

Karmann, Ivo 03 September 1987 (has links)
A bacia do Grupo Rio Pardo localiza-se na margem sudeste do Cráton do São Francisco, marcando a transição do domínio cratônico para o de faixa dobrada nesta área. O Grupo Rio Pardo inicia-se na base com metapsefitos e psamitos imaturos da Formação Panelinha, depositados em leques aluviais com correntes detríticas subaquáticas, associados a um relêvo acidentado conseqüente do abatimento de blocos e formação de bacias do tipo \"graben\" ou \"hemi-graben\". Sugere-se que a subsidência destes blocos crustais ocorreu devido a um regime tracional da crosta siálica, relacionado provavelmente com a intrusão de diques básicos freqüentes no embasamento da bacia, datados por volta de 1.100 m.a.. Seguiu-se uma fase de calmaria tectônica, com transgressão dos metapelitos, metapsamitos finos e rochas metacarbonatadas com intercalações psamíticas dos Membros Camacã, Água Preta, Serra do Paraíso e Santa Maria, que constituem variações faciológicas laterais da Formação Itaimbé. Os dois primeiros representam um sistema deposicional deltaico, com um fácies proximal de planície deltáica que passa para o frontal mais interno da bacia. Os Membros Serra do Paraíso e Santa Maria correspondem a um depósito de plataforma marinha carbonática com fácies de planície de maré e zonas mais profundas, adjacentes ao sistema deltaico. A Formação Salobro, topo da seqüência do Rio Pardo, com metapsamitos, metapsefitos imaturos, é produto de uma fase epirogenética do embasamento, com reativação de falhamentos normais, que produziram um relevo emerso, que condicionou a erosão parcial das unidades subjacentes, alimentando fluxos detríticos subaquáticos com caráter turbidítico. A estratigrafia aqui apresentada, com somente três formações, difere das várias colunas recentemente propostas, com no mínimo cinco formações, devido às evidências de importantes variações faciológicas e repetições tectônicas. Compartimentou-se a bacia do Grupo Rio Pardo em duas ) unidades litoestruturais. A unidade litoestrutural 1 abrange o setor nordeste da bacia, sendo limitada a sudoeste pela falha inversa Rio Pardo - Água Preta de direção NW-SE e vergência para NE. Caracteriza um bloco antóctone com dobramentos abertos e clivagem ardosiana a norte, que se intensificam no sentido SW, através da presença de megadobras inversas e xistosidade, associadas a primeira fase de deformação. Esta causou um encurtamento de no máximo 15% na cobertura metassedimentar. A unidade lito-estrutural 2 inicia-se a sudoeste da falha inversa Rio Pardo - Água Preta, caracterizando um bloco sub-autóctone com dobramentos fechados relacionados principalmente à segunda fase de deformação e com transporte tectônico para NE. O encurtamento devido à segunda fase foi avaliado em 35% a 40%, o que condicionou um descolamento generalizado da cobertura metassedimentar deste bloco. Registrou-se, localmente nesta unidade, um terceiro evento deformacional com vergência ENE e dobras locais de terceira fase, sendo consequüente da tectônica compressiva de blocos do embasamento ao longo de falhamentos inversos NS na borda oeste da bacia e localmente no inerior da mesma. O metamorfismo da bacia está associado à primeira fase de deformação, sendo crescente de NE para SW, desde o grau incipiente, atingindo o grau fraco na unidade litoestrutural 2, caracterizando um metamorfismo regional intermediário do tipo Barroviano na zona da clorita e biotita. A idade máxima do Grupo Rio Pardo foi restringida a cerca de 1.100 m.a. (final do Proterozóico Médio), sendo a idade de 550 m.a. mínima, correspondendo ao metamorfismo do ciclo Brasiliano. Em função da ausência de magmatismo, das características litológicas e estruturais da bacia, conclui-se que o Grupo Rio Pardo constitui uma cobertura cratônica gerada no final do proterozóico Médio e início do Superior, num regime paraplataformal do cráton do São Francisco). Posteriormente sofreu parcialmente a tecnogênese brasiliana, associada à instalação da faixa de dobramentos Araçuaí, adjacente à borda sudeste do cráton. Nesta fase, a bacia do Grupo Rio Pardo insere-se num contexto de antepaís em relação à faixa Aracuaí. O limite geológico do cráton do São Francisco nesta área foi traçado ao longo da falha inversa Rio Pardo - Água Preta que limita o domínio de faixa dobada da região considerada pericratônica a cratônica a unidade lito-estrutural 2 pertence portanto à Faixa Araçuaí. No contexto do cráton do São Francisco, correlacionou-se as Formações Salobro e Bebedouro, em função de suas semelhantes litológicas e devido à presença de ambas de uma importante discordância erosiva, conseqüente de uma fase epirogenética generalizada do cráton no final do Proterozóico Médio. Esta discordância marca o topo do Grupo Chapada Diamantina e a base da Formação Bebedouro na cobertura do cráton (distante do Rio Pardo de 240 Km), como também das unidades correlatas no domínio da faixa Araçuaí. Desta forma, as Formações Panelinha e Itambé são correspondentes, estratigraficamente, às unidades superiores do Grupo Chapada Diamantina e Supergrupo Espinhaço. Em relação à unidade da Faixa do Congo Ocidental, que constituiu juntamente com a Faixa Araçuaí um orógeno brasiliano/pan-africano intracontinental com vergência centrífuga, o Grupo Rio Pardo é correlacionado aos Grupos Sansikwa e Haut Shiloango, ou a parte superior do Supergrupo Mayombiano e parte inferior ao Supergrupo Oeste Congoliano. / The proterozoic Rio Pardo Group, located in the southeastern part of Bahia State, begins with the immature coarse clastics of the Panelinha Formation, formed by alluvial fans and subaqueous debris flows. The subsidence of its granulitic basement resulted probably from tractional stress in the crust, with associated normal faulting and intrusion of basic dikes. These are at least 1.100 My old, from the radiometric evidence. The overlying Itaimbé Formation is related to a transgression during a period of low tectonic activity. It is made up of the Camacã (metapelites with local carbonates), Água Preta (fine metapsamites and local carbonates), Serra do Paraíso and Santa Maria (metapsamites interstratified with metacarbonates) Members. The general environent seems to have been a deltaic system adjacent to a marine carbonate platform, with tidal flats and shallow marine siliclastic facies. The Salobro Formation consists of immature coarse and local fine clastic rocks, disconformably overlying the Itaimbé Formation. The rocks were mainly deposited as subaqueous debris flows with local turbidites, within a submarine fan system. The three fold stratigraphy here proposed for the Rio Pardo Group, differs from the already existent stratigraphic columns, all them with at least five formations. This is due to the recognition of important lateral facies variations, as well as tectonic repetitions of the sequences, as described in the present work. Two litho-structural units can be described for the Rio Pardo Group, the first one occupying the northeastern part of the basin, and the second in the southwestern part of the basin, the limit between them being clearly marked by the Rio Pardo-Água Preta inverse fault, trending NW-SE and dipping southwesterly. The first unit is autochthonous, displaying open folds and slaty cleavage, but grading southwesterly into large overturned folds with axial plane schistosity. This unit is monophasic and exhibits tectonic shortening of 15%. The second unit is polyphasic and exhibits large folds with a northeastern vergence. Tectonic shortening of about 40% is produced mainly during the second and most important deformational phase. A third folding phase is locally conspicuous, displays a E-NE vergence, and increases in intensity towards the western border of the basin. Regional metamorphism of the Rio Pardo Group is associated with the first phase of folding, and can be described as an intermediate Barrowian type in the chlorite and biotite zone. A lower limit to the depositional age of the Rio Pardo Group is given by some radiometric determinations on basic dikes intruding the basement, which yielded apparent K-Ar ages of about 1.100 My. The upper limit is set by Rb-Sr ages of about 550 My, which correspond to the late tectonic phases of the Brasiliano orogeny. On the basis of structural pattern and absence of magmatism, the Rio Pardo Group can be classified as a cratonic cover, whose sedimentation occured during a paraplataformal stage of the São Francisco craton. It was affected by intense tectonism due to the development of the Araçuaí fold belt, at the southeastern border of the craton. Moreover, the Rio Pardo-Água Preta fault is here assumed as the tectonic boundary between the São Francisco craton and the Araçuaí folded belt, which means that, in the author\'s opinion, the south-western part of the Rio Pardo Group, tectonized and regionally metamorphosed, really belongs to the Araçuaí belt of the Brasiliano orogeny. In the context of the São Francisco craton, the Salobro Formation can be correlated, on the basis of lithologic similarities, with the Bebebdouro Formation. The both began upon an important disconformity, probably due to a regional epeirogenes of the craton in the late Proterozoic. The Panelinha and Itaimbé Formations of the Rio Pardo Group are here considered as stratigraphically equivalent to the upper Chapada Diamantina Group and upper Espinhaço Supergroup. The Rio Pardo Group can also be correlated either with the Sanksikwa and Haut Shiloango Groups of the West Congo Belt (Africa), or with the upper part of the Mayombe Supergroup and the lower unit of the West Congolian Supergroup.
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Zona de cisalhamento Ribeira: deformação, metamorfismo e termobarometria de veios sin-tectônicos / Not available.

Faleiros, Frederico Meira 12 June 2003 (has links)
A Zona de Cisalhamento Ribeira, de natureza transcorrente destral e direção ENE, apresenta grande importância no zonamento metamórfico e estrutural do Supergrupo Açungui, no Vale do Ribeira (SP e PR). Dados petrográficos e microestruturais indicam uma longa história deformacional da zona de cisalhamento que é caracterizada por milonitos formados em condições desde fácies anfibolito (550-600ºC) até xisto verde (300-400ºC), seguido pela geração de brechas cataclásticas, veios de quartzo tardios e pela instalação de fraturas na qual inclusões fluidas tardias foram aprisionadas em condições de 85-150ºC. Estimativas de pressão e temperatura em grupos de inclusões presentes em veios de quartzo de diferentes gerações indicam que as movimentações finais ocorreram em uma trajetória de resfriamento quase isobárico. As relações geométricas entre quatro famílias principais de zonas de cisalhamento regionais com orientações NE, ENE, NNE e NE-ENE, aliadas aos padrões de foliações e lineações de estiramento e à distribuição espacial dos elipsóides de deformação não favorecem a aplicação dos modelos transpressivos numa hipótese de geração concomitante destas estruturas. A integração dos dados existentes sobre a história deformacional suportam a hipótese de uma evolução tectônica progressiva vinculada com convergência oblíqua entre placas, caracterizada por três estágios principais. Inicia-se um estágio compressivo no qual foram geradas falhas de empurrão e macrodobras de orientação NE. Segue-se a instalação de transcorrências com orientação ENE, reativações direcionais das falhas NE e geração de transcorrências NNE. O estágio final foi caracterizado pelos movimentos tardios controlados pelo cisalhamento paralelo à borda da placa representados pela Zona de Cisalhamento Lancinha. As texturas e estruturas dos principais tipos de sistemas de veios de quartzo associados à Zona de Cisalhamento Ribeira, que são extensionais e paralelos à foliação milonítica, indicam que estes foram gerados em estágios cíclicos repetitivos com alternâncias entre processos de crescimento e deformação. Ambos os tipos de veios foram gerados em condições subsolvus sob flutuação da pressão, na presença de fluidos aquocarbonicos e, posteriormente, deformados na presença de fluidos aquossalinos de menores temperaturas. O fluxo de fluidos geral pela Zona de Cisalhamento Ribeira é caracterizado por pulsos de fluidos aquocarbônicos primitivamente ricos em metano que evoluem no sentido de perda deste componente e de um leve enriquecimento em nitrogênio. Esses pulsos se alternaram no tempo com pulsos aquossalinos. A integração dos dados mostra-se favorável à aplicação do modelo de bombeamento sísmico como mecanismo responsável pelo transporte e redistribuição de fluidos durante a ativação de falhas. / The Ribeira Shear Zone, in the homonymous valley, Southeast Braz¡l is a dextral transcurrent, ENE trending structure. lt was a fundamental role in tihe metamorphic and structural zoning of the Açungui Supergroup. Petrographic and microstructural dala indicate a Iong deformational history of the shear zone which ¡s characterized by mylonites formed under amphibolite (550-600°C) to green-schist (300-400°C) facies conditions, followed by cataclastic breccias and late quartz-veins formation and fracture installings in which late secondary fluid inclusion trails were formed at 85-15º°C. Pressure and temperature estimatives from fluid inclusion groups of the different quartz-veins generations indicate that late shear zone movements occurred during nearly isobaric cooling. Geometric relationships between the four main regional shear zone sets with NE, ENE, NNE and NE-ENE trends together with foliations and stretching lineations patterns and spatial distribution of deformation ellipsolds do not favour the applications of transpressive models in a hypothesis of contemporaneours generation of these structures. Data support the hypothesis of progressive tectonic evolution associated with oblique convergence between plates characterized by three main stages. The first was compressive durlng which northeast trending thrust faults and regional folds were developed. ln the second stage, dextral ENE and sinistral NNE trends strike-slip shear zones were formed and NE thrust faults were and regional foldas were developed. In the second stage, dextral ENE and sinistral NNE trends strike-slip shear zones were formed and NE-thrust faults were reactived with a sinistral transcurrent character. The late stage was characterized by displacements controlled by shearing parallel to the plate boundary, represented by the Lancinha Shear Zone. Textures and structures of the two main quartz-vein systems associated with the Ribeira Shear Zone, which are extensional and parallel to mylonitic foliations, indicate that they were formed in cyclic stages alternating growth and deformation. Both types of veins were formed rn subsolvus conditions under pressure fluctuations, in the presence of aqueouscarbonic fluids, and were deformed in the presence of lower temperature aqueous-saline fluids. The general fluid flow is characterized by aqueous-carbonic fluid pulses initially methane-rich that underwent progressive lose of methane and a small galn of nitrogen. These pulses alternatedl in time with aqueous-saline fluid pulses. Data are favorable to applicalion of the seismic pumping model as a mechanism of transport and redistribution of fluids during faults activation.
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Gênese das ocorrências de arenito asfáltico da borda leste da Bacia do Paraná, SP / Not available.

Araujo, Carlos César de 03 December 2003 (has links)
Esta tese desenvolve um estudo estratigráfico, sedimentológico e estrutural sobre a transição entre as províncias brasilianas/panafricanas do Cráton do São Francisco e da Faixa de Dobramentos Araçuaí, na região centro-norte do Estado de Minas Gerais. Três domínios estruturais foram caracterizados pela intensidade da deformação e do metamorfismo brasiliano (~600 m.a.): domínio externo, representado pela borda oriental do Cráton do São Francisco; domínio transicional, correspondendo às unidades mais externas da Faixa Araçuaí; e domínio interno, com unidades mais transformadas e apresentando metamorfismo da fácies anfibolito. As principais unidades litoestratigráficas estão representadas pelo Embasamento, de idade arquena ou transamazônica (2000 m.a.), os metassedimentos do Sg. Espinhaço, de idade proterozóica média, do Sg. São Francisco e do Grupo Macaúbas, de idade proterozóica superior, o Complexo Salinas (um provável equivalente do Gr. Macaúbas) e os granitoides leucocráticos brasilianos. O Embasamento aflora nos três domínios descritos. O Sg. São Francisco constitui uma cobertura do Cráton do São Francisco. O Sg. Espinhaço ocorre no domínio cratônico e também no domínio transicional. O Gr. Macaúbas aflora no domínio transicional e o Complexo Salinas, assim como os granitoides, ocorreram no domínio interno. O Sg. Espinhaço foi depositado num rift continental sub-meridiano. A individualização do rift iniciou-se com um vulcanismo ácido a intermediário subalcalino e prosseguiu com a sedimentação da Sequência Inferior (Fm. São João da Chapada e Sopa-Brumadinho), na forma de um sistema de leques aluviais que passa, lateralmente, para fácies marinho raso. Para o topo, a sedimentação mostra relativa estabilidade tectônica que caracteriza a Sequência Média (sistema desértico costeiro) e Sequência Superior (sistema marinho raso com ciclos transgressivos e regressivos). Um tectonismo epirogenético, com intrusão de rochas básicas toleíticas continentais e uma glaciação, marcam a passagem entre o Proterozóico Médio a Superior. Na margem oeste, associado ao relevo deste tectonismo, depositou-se a Fm. Jequitaí (fáceis glácio-continental) que passa lateralmente, para sedimentação glácio-marinha, em parte retrabalhada como fluxos gravitacionais e correntes de turbidez que caracterizam o Gr. Macaúbas e o Complexo Salinas. Os turbiditos finos e mais distais constituem o Complexo Salinas. Esta evolução faciológica de oeste para este indica a passagem de um domínio continental sob influência glacial para uma plataforma continental e uma bacia marinha profunda, as duas últimas separadas por um paleo-talude, com fáceis de leque submarino. Esta bacia assimétrica constitui o prisma de uma margem continental passiva. Para oeste, a fáceis glácio-continental desaparece e o Grupo Bambuí (parte superior do Sg. São Francisco) repousa diretamente sobre o embasamento do Cráton do São Francisco, não tendo sido identificado na Faixa Araçuaí, devido a não deposição ou erosão. Os metassedimentos do Gr. Bambuí foram depositados em ambiente marinho raso e, para o topo, mostram fáceis deltaica e fluvial braided, sugerindo sedimentação molássica (Fm. Três Marias). A estrutura da Faixa Araçuaí (domínios transicional e interno) é progressiva (fases \'D IND. P-1\' e \'D IND. P\') e polifásica (\'D IND. P+1\'). A deformação principal (\'D IND. P\') é caracterizada por uma sucessão de zonas com dobras assimétricas com vergência para oeste, separadas por corredores de cisalhamentos dúcteis. Esta deformação (\'D IND. P\') se manifesta por uma xistosidade (\'S IND. P\') e uma lineação de estiramento (\'L IND. X\') proeminente, que indica um transporte de material de este para oeste, em direção do Cráton do São Francisco. Muito localmente, identificou-se ainda, uma xistosidade (\'S IND. P-1\') que representa, provavelmente, uma manifestação precoce da \'D IND. P\' (deformação progressiva). A fase \'D IND. P+1\' está relacionada a dobras abertas e uma clivagem de crenulação (\'S IND. P+1\') pouco penetrativa. O metamorfismo regional está associado a deformação principal. Ele aumenta do anquimetamorfismo à fáceis xisto verde, junto a borda cratônica, evolui até a fáceis xisto verde alto (cianita) no domínio transicional e à fácies anfibolito alto no domínio interno. Os granitoides são na maior parte sintectônicos, do tipo S, lecocráticos, geralmente a duas micas, com granada, cordierita e silimanita. A Faixa Araçuaí representa a parte setentrional do flanco ocidental de um mega-orógeno, separado, posteriormente, pela abertura do Oceano Atlântico, no início do Mesozóico. A cadeia é caracterizada por uma deformação do tipo cisalhamento simples, com vergência para oeste. O substrato é, dentro da zona estudada, siálico. A tectogênse brasiliana está relacionada ao intervalo 600-500 m.a. / It is a stratigraphical, sedimentological and structural study of the transitional zone between two Brasiliana (=Pan-African) Provnices: the São Francisco craton and the Araçuaí Fold Belt, both located in Central-North Minas Gerais. Three main structural domains can be distinguished using the intensity of Brasiliano (~600 Ma) deformation and metamorphism. The external domain is represented by the eastern border of the São Francisco craton. In the transitional domain outcrop the external structural units of the Araçuaí Fold Belt and in the internal domain the highly deformed and metamorphosed internal units. The main lithostratigraphic units involved are Archean and/or Transamazonian (2000 Ma) basement, Middle Proterozoic metasediments of the Espinhaço Supergroup, Upper Proterozoic metasediments of the São Francisco Supergroup, the Macaubas Group and the Salinas Complex and finally Brasilianos granitoids. The basement outcrops on the craton and in the external domain where it is polycyclic. The cover of the São Francisco craton is made of São Francisco Supergroup. The Espinhaço Supergroup is found in both external and transitional domains. The Macaúbas Group is confined to the transitional domain and the Salinas Complex and the Brasilianos granitoids to the internal domain. The Espinhaço Supergroup has been deposited in a roughly submeridian continental rift located in the transitional domain. Its lower part is made of acid to intermediate sub-alkaline metavolcanics and fluviatil metasediments gradding lateraly to low depth marine sediments. Its middle part is made of eolians quartzites deposited in a beach environment. Its upper part is composed of low depth marine deposits showing alternate regressive and transgressive cycles. After its deposition the Espinhaço Supergroup has suffered a general upflift and intrusions of continental tholeiites. On the highest up lifted parts continental glaciogenic facies of the Jequitaí Formation (lower part of São Francisco Supergroup) are deposited. Eastwards, in the Araçuaí geosyncline, they grade into glacio-marin deposits associated to gravitational debris flows, mud flows and turbidites. Fine distal turbidites are characteristics of the Salinas Complex. This facies change from West to East mark out the evolution from a continental englacial environment to a platform glacio-marine environment and finaly to a deep oceanic basin. Gravity reworked deposits are concentrated along the slope separating the marine platform from the oceanic basin. The whole sequence of facies build a typical prism of passive margin. Westward, on the craton, continental glacial facies disappear and the Bambuí (middle part of the São Francisco Supergroup) lies directly on the basement. The upper (molassic Três Marias Formation) parts of the São Francisco Supergroup is only known on the craton. No equivalents have been identified in the Araçuaí Fold Belt because non deposited or eroded. The structure of the Araçuaí Fold Belt - transitional and internal domains - its progressive (phase \'D IND. P-1\' and \'D IND. P\') and polyphased (\'D IND. P+1\'). The first or main (\'D IND. P\') deformation generate a serie of wide undulated zones with asymetric folds showing westwards vergence separated by thin belts of ductile shearing. (\'S IND. P\') slaty cleavage bears a proheminent stretching or/and mineral lineation indicating a westward transport of materials towards the São Francisco craton. Localy and \'S IND. P-1\'cleavage has been identified. It probably represents and early phase of the main progressive deformation (\'D IND. P\'). \'D IND. P+1\' generates open folds with a non-penetrative crenulation cleavage. Covers of the cratonic domain are subautochtonous: they are folded and thrusted by \'D IND. P\' on a width of about 100 kilometers. The regional barrowian metamorphism is associated to \'D IND. P\'. It increases from anchizone (cratonic domain) to greenschist facies (intermediate domain) and deep amphibolite facies (internal domain). Granitoids are mainly syntectonic, of S-type, leucocratic, generaly with two micas, garnets, cordierite and sillimanite. The Araçuaí Fold Belt represents the northern part of the western flank of a mega orogen divided in two during the opening of the South Atlantic Ocean in Early Mesozoic time. It is characterized by a main ductile shearing with a westwards vergence. Metasediments are cross-cut by low angle shearing zones, the most important of which are used to separate the 3 main structural domains. The substrate is sialic in the whole studied area. The Brasiliana tectonogenesis is roughly dated at 600 Ma.
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Análise de vorticidade e microestruturas da zona de cisalhamento Caucaia (SP) / Not available.

Sartori, José Eduardo 11 September 2012 (has links)
O Sistema de Zonas de Cisalhamento da Região Sudeste do Brasil corresponde a um importante cinturão de cisalhamento transcorrente responsável pela estruturação do embasamento pré-cambriano do sudeste brasileiro. A Zona de Cisalhamento Caucaia (ZCC) é uma das estruturas componentes deste sistema e, a despeito da sua proximidade da capital paulista e de sua expressão, foi pouco estudada desde a sua definição, a quase 40 anos atrás. Neste sentido, o presente trabalho buscou analisar seus aspectos geométricos, cinemáticos e metamórficos, à luz de técnicas tradicionais (análise microestrutural e trama de eixos-c de quartzo) e atuais (análise de vorticidade, geotermômetro de quartzo). Deste modo, verificou-se que a Zona de Cisalhamento Caucaia apresenta orientação geral NE-SW, infletindo para E-W logo a sul do município de Tapiraí, sendo marcada por foliação milonítica vertical e lineação de estiramento de baixo ângulo caindo para NE, mostrando tratar-se de uma zona de cisalhamento transcorrente destral. O metamorfismo associado corresponde a transição entre os fácies xisto verde alto e anfibolito, com intervalo de temperatura estimado entre 400 e 600°C. Os dados obtidos de trama cristalográfica e de análise de vorticidade indicam importante componente de cisalhamento puro no fluxo de deformação associado à ZCC. Além disso, verificou-se que a componente de cisalhamento simples variou ao longo do tempo geológico, aumentando nos últimos incrementos de deformação dúctil da Zona de Cisalhamento Caucaia, sugerindo trajetória acelerada de fluxo (accelerating flow path). Estes resultados concordam com o modelo de transpressão atualmente aceito para a formação do Sistema de Zonas de Cisalhamento da Região Sudeste do Brasil. / The Shear Zone System of Southeastern Brazil corresponds to an important transcurrent shear belt that produced the Precambrian basement of this region. The Caucaia Shear Zone (CSZ) is one of the component structures of this system and in spite of its nearness to the São Paulo capital and prominence, has been little studied since its definition 40 years ago. In this wise, the present study seeks to analyze its geometric, kinematic and metamorphic aspects using traditional (microstructures and quartz c-axis fabric) and modern (vorticity analysis and geothermometry of quartz) techniques. In this way, it could be seen that the Caucaia Shear Zone is NE-SW trending, with an E-W inflection at the Tapiraí city, marked by a vertical milonitic foliation and a low angle stretching lineation plunging NE, depicting a dextral transcurrent shear zone. The associated metamorphism corresponds to a transition between greenschist and amphibolite facies, with a temperature interval between 400-600°C. The crystallographic fabric and vorticity analyses data obtained indicate important purê shear component in the flow deformation of the CSZ. Also, it could be seen that the simple shear component varied during geological time, increasing in the last ductile deformation increments of the Caucaia Shear Zone, suggesting an accelerated flow path. These results agree with the transpression model accepted today for the formation of the Shear Zone System of Southeastern Brazil.
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Evolução lito-estrutural das rochas pré-cambrianas da região de São João da Boa Vista / Not available.

Morales, Norberto 02 May 1988 (has links)
Este estudo enfoca a área situada entre as cidades de São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul e São Roque da Fartura, no Estado de São Paulo. Está compreendida entre os paralelos \'21 GRAUS\'45\'S e \'22 GRAUS\'00\'S, e é limitada a leste pelo maciço alcalino de Poços de Caldas, e a oeste pelos sedimentos da Bacia do Paraná. As investigações tiveram por objetivo o reconhecimento dos tipos litológicos e das estruturas, e a reconstituição da evolução lito-estrutural dos terrenos pré-cambrianos lá expostos. Predominam migmatitos de estrutura bandada, oftálmica e nebulítica, ocorrendo ainda gnaisses granulíticos, gnaisses anfibolíticos, gnaisses charnockíticos, leucognaisses, granitóides porfiróides, gnaisses ocelares, rochas granitóides intrusivas, gnaisses kinzigíticos e rochas cálcio-silicáticas. Tais rochas representam um complexo original de rochas ígneas plutônicas, com limitadas supracrustais associadas. O exame das paragêneses permite estabelecer três etapas de metamorfismo, a primeira de fácies granulito, seguida da segunda em condições de fácies anfibolito. A terceira etapa, de caráter retrogressivo, foi de baixo grau, em fácies xistos verdes médio a baixo. A estrutura de destaque é uma foliação tectônica, onipresente, acompanhada de lineação de estiramento, desenvolvidas em uma zona de cisalhamento dúctil de baixo ângulo, contemporânea ao metamorfismo de fácies anfibolito. A deformação e o metamorfismo desta etapa destróem as feições indicativas das condições mais energéticas, de fácies granulito. Deformações tardias afetaram a foliação e a lineação, ao longo de zonas de cisalhamento dúctil de alto ângulo e de ondulações suaves associadas. A migmatização das rochas ocorre em três etapas distintas, a primeira anterior ao evento da deformação principal, de caráter anatético. A segunda fase é mais marcante, desenvolvendo sintectonicamente a migmatização regional. Eventos tardios e pós-tectônicos são ) representados por pequenas lentes, bolsões, veios e diques. As feições rúpteis são dadas por fraturas direcionais de pequeno rejeito, ao longo das quais o metamorfismo de baixo grau foi mais intenso. / This work presents petrographic and structural features of the Precambrian rocks exposed at the region of the countries of São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul and São Roque da Fartura (São Paulo State, Brazil). Recognization of lithologic types and structures, and the reconstitution of the evolution of those terrains were the purposes of the investigations. Migmatites, high grade gneisses and granitoids represent the most important rocks. The migmatites show several structures, prevailing stromatic, ophtalmitic and nebulitic types. The composition of the migmatites changes from dioritic to tonalitic in the mesocratic portions, reaching a granitic composition in the leucocratic portions. High grade gneisses are represented by: dioritic to monzodioritic biotite-hornblende gneisses bearing hypersthene and/or diopside and showing banded structure; kinzigitic gneisses, bearing granate, sillimanite, biotite and cordierite; charnockitic gneisses, whose acid composition changes from alcaligranitic to alcali-sienitic terms. The principal bodies of granitoids show porphiroid features, with megacrystals of k-feldspar in a slightly foliated matrix, resembling an igneous texture, grading laterally and progressively to \"augen\" gneisses. The paregenetic studies indicate a high grade metamorphism of granulite facies, locally preserved within a dominant mineral assemblage of amphibolite facies. All the lithologies show a retrogressive event, in conditions of middle to low greenschist facies of metamorphism. The major structure is a prominent and pervasive low angle foliation, striking SE (and SW), dipping SW (and SE). A stretching and mineral subhorizontal lineation is present, oriented mostly ESE¬- WNW. Scarce intrafolial folds present axial planeparallel to subparallel to foliation and axis mostly oriented parallel to lineation. These structures were interpreted as having been origineted in a low angle ductil shear zone, developed at conditions of amphibolite facies, replacing the granulite facies assemblage. High angle shear zones and associated deflections modify the foliation and lineation orientations. Small open folds show axial planes parallel to those shear zones. At macroscopic scale, the foliation presents gentle ondulations associated to folds or ductil shear zones, both mostly oriented NNE. Based on overprinting patterns of foliation upon felsic mobilizates, three phases of migmatization can be recognized. The first one is a pretectonic anatectic migmatization. The second one is a sintectonic phase, and represents the main regional phase. Late postectonic events occur as lenses, veins, dykes and irregular small bodies. Joints and faults represent the brittle features, the faults with cataclastic rocks and intense retrometamorphism along the main zones.
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Aplicação do sensoreamento remoto e aerogamaespectrometria ao estudo do controle estrutural dos granitos estaníferos de Rondônia / not available

Okida, Rosana 08 October 2001 (has links)
A compreensão do controle tectônico-estrutural do alojamento dos maciços graníticos, bem como das mineralizações associadas, constitui uma aquisição de conhecimento importantíssima, que somada a outros dados, como geocronológicos, petrográficos, geofísicos, geoquímicos, etc., possibilitam uma avaliação adequada dos depósitos minerais primários e secundários existentes. Este trabalho teve como propósito, caracterizar os controles, regionais, dos plutons graníticos e das mineralizações estaníferas associadas, da porção central da Província Estanífera de Rondônia, que é uma das mais importantes províncias estaníferas à escala global. Para tal, foram utilizados dados de sensoriamento remoto, aerogamaespectrométricos, geocronológicos, petrográficos, geoquímicos e tectono-estruturais, além de informações de campo. As técnicas empregadas foram, basicamente, as de sensoriamento remoto, com interpretação das imagens TM-Landsat-5 e produtos integrados derivados de dados TM-5, RADARSAT-1 e aerogamaespectrométricos. Os resultados revelaram uma boa correlação dos mapeamentos geológicos pré-existentes com os dados aerogamaespectrométricos e de campo. As anomalias radiométricas foram relacionadas aos corpos graníticos mineralizados e não deformados de forma dúctil-rúptil, bem como aos litotipos alterados hidrotermalmente. A imagem RADARSAT-1 não foi eficiente, especificamente na região estudada, devido à área apresentar um relevo arrasado, topografia plana, uso extensivo do solo (agropecuária) e umidade na data de aquisição (05/07/97), que acarretaram um comportamento especular. As imagens TM, por outro lado, foram muito úteis na definição das principais zonas de cisalhamento, porque são mais antigas (anos de 84, 85 e 86) que a RADARSAT e, portanto, não apresentam um uso do solo tão extensivo. As interpretações dessas imagens junto com os dados de campo, possibilitaram estabelecer a hierarquia dos movimentos transpressivos-transtensivos que atuaram na região em três fases de movimentação progressiva, relacionadas aos intervalos de tempo: anterior à 1,69, 1,69 a 1,41 e 1,40 Ga ao Paleozóico. A fase 2 exerceu indubitável controle no alojamento do Maciço União, enquanto a Fase 3 nos maciços pertencentes à Suíte Intrusiva Santa Clara e aos Younger Granites de Rondônia. Tais alojamentos ocorreram em estruturas do tipo releasing bends e rhombo-chasms, formadas a partir das principais linhas de fraquezas crustais. Na segunda fase, linhas com orientações em torno de NNW-SSE e NW-SE, proporcionaram o adelgaçamento crustal, onde ocorreu o alojamento do Maciço União. Na terceira fase, o controle foi exercido pelas direções WNW-ESE e NE-SW. A mineralização secundária encontra-se em baixos estruturais, apresentando como áreas-fontes os maciços graníticos alterados hidrotermalmente, situados em altos estruturais; enquanto a mineralização primária encontra-se relacionada as mesmas direções de fraquezas crustais, que condicionaram o alojamento dos plutons graníticos. A sistemática adotada mostrou-se bastante eficiente, devido à minimização dos custos com os trabalhos de campo e, principalmente, por proporcionar uma visão regional integrada, que facilitou a identificação dos controles tectônicos e permitiu a escolha de pontos-chaves para serem verificados nos trabalhos de campo. / The understanding of structural-tectonic control of the granitic massif emplacement as well as of the associated mineralizations proved to be one of the most important knowledge acquisions which, with other data, such as, geochronologic, petrographic, geophysic, geochemistric data, etc., make easy the appropriate evaluation of the existent mineral deposits, primary and secundary. This work had as a purpose, to characterize the regional controls of granitic massifs and the associated mineralizations in the central part of the Rondônia Tin Province, one of the most important tin provinces in a global scale. Remote sensing, airbone gamma-ray spectrometrics, geochronologics, petrographics, geochemistrics and tectonic-structural data, as well as field data, were used here. The techniques employed were, basically, remote sensing, with interpretation of TM-Landsta-5 images and integrated products of TM-5, RADARSTA-1 and airborne gamma-ray spectrometrics. The results showed a good correlation between pre-existent geologic mapping with the airborne gamma-ray spectrometric and field data. The radiometric anomalies are the granitic bodies mineralized and non-deformed of ductilebrittle mode, and litotypes with hydrothermal alteration. The RADARSAT-1 image was not efficient, specifically in the study area, because the area shows a raze relief, plane tophography, extensive use of soil (farming and cattle raising) and humidity in the date of this acquisition (05/july/97), producing specular behavior. The TM images, on the other hand, were very useful for the definition of the main shear zones, because they are older than RADARSAT (years 84, 85 and 86) and, consequently, do not show such a large use of the soil. The interpretation of those images together with field data, made possible to establish the hierarchy of transpressive-transtensive movements which actuated in the region, in three stages of progressive movimentation, related to periods of time: before 1.600 Ma, 1.600 to 1.500 Ma and 1.400 to 970 Ma. The Stage 2 controlled the emplacement of the Union Massif, while 3 controlled massifs belonging to Santa Clara Intrusive Suite and Younger Granites of Rondônia. This emplacement occurred in releasing bends and rhombo-chasms structures, formed by main lines of crustal weakness. In the second stage, lines with orientation towards +/- NNW-SSE and +/- NW-SE, caused the crustal thinning. Afterwards it was followed by the emplacement of younger suites. The third stage was controlled by the directions WNW-ESE and NE-SW. The secondary mineralization is in low structural. The primary mineralization is found in the same directions of altered, found in high structural. The primary mineralization is found in the same directions of crustal weakness that conditioned the emplacement of granitic massifs. The systematic used here is very efficient, due to the low price of the field work and mainly because it offers a regional integrated vision, that makes easy the identification of tectonic controls and allows the choosing of key-points that will be examined in the field work.
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Tectônica cenozóica do Maciço Alcalino de Passa Quatro (SP-MG-RJ)

Chiessi, Cristiano Mazur 07 June 2004 (has links)
O Maciço Alcalino de Passa Quatro (MAPQ) é um batólito de idade mesozóico-cenozóica localizado na Serra da Mantiqueira, ao redor da divisa tríplice dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Apesar da sua localização entre as duas maiores cidades do país, é ainda hoje um local praticamente desconhecido devido principalmente à extrema dificuldade de acesso às suas porções mais elevadas. A caracterização dos registros tectônicos cenozóicos do MAPQ (geometria e cinemática) e a sua correlação com a evolução tectônica do sudeste do país são os principais objetivos deste trabalho. Resultados de análises de modelos numéricos de terreno, mapas morfométricos, lineamentos, litotipos, estruturas rúpteis e paleotensões associadas e correlação com os modelos de evolução tectônica disponíveis, permitiram caracterizar quatro fases tectônicas principais entre o Cretáceo Superior e o Pleiostoceno, a saber: (1) transcorrência sinistral com binário E-W, vigente entre o Cretáceo Superior e o Paleoceno, que controlou a colocação das rochas alcalinas bem como a gênese do sistema de fraturas mais antigo; (2) extensão NW-SE, vigente entre o Eoceno e o Oligoceno, responsável pela fase inicial de formação do Rift Continental do Sudeste do Brasil, com profundas conseqüências para a porção sul do MAPQ; (3) transcorrência sinistral com binário E-W, vigente durante o Mioceno, registrada por intenso fraturamento distribuído por todo o maciço; e (4) transcorrência dextral com binário E-W, vigente durante o Pleistoceno, responsável pela geração de falhas com marcante destaque geomórfico. O intenso padrão de fraturamento apresentado pelo maciço é constituído por expressivo número de famílias de juntas de extensão, conjugadas híbridas, conjugadas de cisalhamento e espectros de juntas e subordinadamente por falhas e diques de rochas alcalinas. Observou-se uma marcante correlação entre as principais estruturas tectônicas e as macro-formas de relevo do maciço, o que indica significativo controle das descontinuidades estruturais na gênese do modelado. Adicionalmente, foi possível caracterizar e delimitar a distribuição dos litotipos que compõem o maciço, principalmente rochas félsicas fortemente insaturadas como nefelina sienitos diversos e subordinadamente plugs de nefelina microssienito e traquito, ocorrências de brecha magmática alcalina e diques de fonolitos, nefelina microssienitos e lamprófiros. / The Passa Quatro Alkaline Massif (MAPQ) is a Meso-Cenozoic batholith located in the Serra da Mantiqueira, at the triple-state - São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro - boundary. Despite its location between the two major Brazilian cities, the area is practically unknown due to the extremely difficult access to its highest portions. The major objectives of this research are the definition of the Cenozoic tectonic features of the MAPQ (geometry and kinematics), and its correlation with the tectonic evolution of Southeastern Brazil. Results from analysis done on digital elevation models, morphometric maps, lineaments, lithotypes, brittle tectonic structures and associated paleostresses, and their correlation with the available tectonic evolution models, allowed the definition of four main tectonic regimes, encompassed between Upper Cretaceous and Pleistocene, as follows: (1) Upper Cretaceous - Paleocene left-lateral E-W trascurrence, that determined both the emplacement of the alkaline rocks and the generation of the oldest fracture system; (2) Eocene - Oligocene NW-SE extension, responsible for the initial formation of the Continental Rift of Southeastern Brazil, with strong consequences to the MAPQ southern part; (3) Miocene left-lateral E-W trascurrence, that generated a significant fracture pattern widespread throughout the massif; and (4) Pleistocene right-lateral E-W trascurrence, responsible for the development of faults with noticeable geomorphic response. The strong fracture pattern observed in the massif is made of an expressive number of extension, hybrid, shear, and spectrum joints, and minor faults, and alkaline dikes. A significant correlation between the main tectonic features and the macro-morphology was observed, showing an important structural control on the massif relief development. Additionally, it was possible to characterize and delimitate the spatial distribution of the massif lithotypes, chiefly composed by significantly undersaturated felsic rocks, like nepheline syenites, and minor nepheline microsyenitic and trachytic plugs, and occurrences of alkaline magmatic breccia, and phonolitic, nepheline microsyenitic and lamprophyric dikes.
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Associações metamórficas de alta pressão: nappes neoproterozóicas a sul do Cráton São Francisco

Garcia, Maria da Gloria Motta 05 April 2001 (has links)
A área estudada é caracterizada por um conjunto de unidades estruturalmente relacionadas transportadas grosseiramente para E-NE em direção à borda sul do Cráton São Francisco. A Nappe Socorro-Guaxupé (NSG), a oeste, representa a unidade mais superior, sendo composta por assembléias minerais nas facies anfibolito e granulito que mostram uma trajetória P-T compatível com uma evolução metamórfica inicial envolvendo magmatismo na base da crosta antes e durante seu soterramento. Este gradiente térmico anômalo foi responsável pela geração de metamorfismo granulítico anidro, sugestão corroborada pela heterogeneidade das composições isotópicas de oxigênio. As unidades subjacentes ocorrem como uma grande pilha metassedimentar organizada como uma nappe superior formada por Ky/Sill granulitos (Nappe Três Pontas-Varginha - NTPV), na qual um padrão metamórfico invertido foi reconhecido, e uma nappe inferior constiruída por Ky xistos e gnaisses (Nappe Carmo Cachoeira - NCC), separados por uma descontinuidade tectônica. Na NTPV, trajetórias P-T tipo IBC horárias, típicas de ambientes colisionais, foram definidas para os Ky e Sill granulitos. Os Ky granulitos basais mostram uma trajetória no campo de estabilidade da Ky, enquanto os dados para os Sill granulitos superiores sugerem uma evolução próxima ao limite Sill/Ky, fato que ilustra as diferenças entre a evolução metamórfica dos dois tipos de granulitos e demonstra as condições de temperatura decrescentes em direção à base da unidade. Na NCC a trajetória tipo ITD exibe uma tendência para a depressão das paleogeotermas em direção às temperaturas mais baixas, o que está relacionado ao underthrusting de litosfera fria em zonas de subducção. As diferenças verificadas entre as trajetórias P-T da NTPV e NCC podem ser o resultado do espessamento crustal que normalmente acompanha um episódio de subducção. Os contrastes entre os valores de \'delta POT. 18\'O da NTPV e NCC, além das diferenças internas entre as amostras e as fases minerais, são consistentes com a preservação da composição isotópica anterior ao metamorfismo, e sugerem uma fonte altamente heterogênea para estas rochas. Dados litoquímicos nestes metassedimentos confirmam esta afirmação. As baixas razões A/R (0,6-0,9) nas rochas cálciossilicáticas da NTPV indicam que a milonitização ocorreu sob condições quase anidras, e processos aquosos tiveram um papel apenas secundário. As relativamente pequenas diferenças observadas nos valores \'delta POT. 18\'O do espécime cálciossilicático indeformado para o deformado (\'DA ORDEM DE\' 1,6%o) sugere que a composição isotópica do fluido associado aos processos de milonitização era muito semelhante àquele em equilíbrio com a assembléia metamórfica. Estimativas da composição isotópica de oxigênio nos equivalentes indeformados e inalterados da NTPV e NCC apontam para valores de \'delta POT. 18\'O de até 18%o. A comparação entre estes valores e aqueles obtidos nas rochas granitóides do embasamento (8,267-8,490%o) exclui a possibilidade destes últimos serem possíveis fontes para os metapelitos. A NCC superpõe-se, a nordeste, a uma seqüência quartzítica e a metassedimentos de baixo grau, e a oeste a rochas do embasamento, parte do Cráton São Francisco. As temperaturas isotópicas de oxigênio mostram uma redução em direção à base do pacote como um todo, o que é consistente com o padrão metamórfico invertido previamente reconhecido. O contato tectônico da unidade mais basal e o embasamento é caracterizado por um alto gradiente de temperatura, sugerindo que cavalgamento sob baixa temperatura tenha atuado como processo tectônico dominante. / The area studied is characterised by a set of structurally related units roughly transported to E-NE towards the southern edge of the São Francisco Craton. The Socorro-Guaxupé Nappe (SGN) represents the western and uppermost terrain made up of both amphibolite and granulite facies mineral assemblages, showing a P-T trajectory compatible with an initial metamorphic evolution involving magmatic heating of the lower crust before and during its burial. This anomalous thermal gradient generated water-absent granulitic metamorphism, a suggestion also indicated by the heterogeneous oxygen isotopic compositions. The underlying units occur as a large metasedimentary pile structurally organised as an upper Ky/Sill-bearing granulitic Três Pontas-Varginha Nappe (TPVN), in which an inverted metamorphic pattern was recognised, and a lower Ky-bearing schistose and gneissic Carmo da Cachoeira Nappe (CCN), separated by a tectonic discontinuity. In the TPVN, crockwise, IBC-type P-T paths typical in many collisional settings were defined for both Ky- and Sill-type granulites. The entire basal Ky granulites trajectory lies in the Ky stability field, whilst data from the upper Sill granulites suggest an evolution towards the Sill/Ky boundary. These distinct paths testify the differences between the metamorphic evolution of the two types of granulites, and demonstrate the decreasing temperature conditions towards the base of the unit. In the CCN the ITD-type P-T path exhibits a tendency for the depression of the paleogeotherm pattern toward lower temperatures related to underthrusting of cold lithosphere in subduction zones. The differences verified between the TPVN and CCN P-T paths may result from the normal thickening event that follows a subduction episode. The contrasts between the \'delta POT. 18\'O values from TPVN and CCN, as well as the internal differences among both samples and mineral phases, are consistent with a general preservation of isotopic composition prior to metamorphism, and argue for a highly heterogeneous source for these rocks. Lithochemical data on these metasediments corroborate this suggestion The low TPVN calc-silicate W/R ratios (0.6-0.9) indicate that mylonitisation occurred under prevalent rock-dominated conditions, and fluid-related processes played only a minor role. The relatively small differences observed in the \'delta POT. 180\'O values from the undeformed to the deformed calc-silicate specimen (\'DA ORDEM DE\' 1.6%o) suggest that the \'delta POT. 18\'O composition of the fluid associated with the mylonitisation processes was close to that in equilibrium with the metamorphic assemblage. Estimation of the oxygen isotopic composition of both TPVN undeformed and CCN unaltered equivalents points to \'delta POT. 18\'O values of up to 18%o. Comparison between these values and those achieved from the basement granitoid rocks (8.267 -8.490%o) argues against the latter as possible sources for the metapelites. To the north, the CCN lays over a quartzitic sequence superposed, in its eastern portion, on low-grade metasediments, and in the west on rocks from the basement, part of the São Francisco Craton. Oxygen isotope thermometry shows a temperature decrease towards the base of the whole system, which is consistent with the previously recognised inverted metamorphic pattern. The tectonic contact of the most basal unit and the basement is characterised by a steep temperature gradient suggesting low-temperature thrusting acting as a dominant tectonic process.
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Análise estrutural do Grupo São Roque na faixa entre o Pico do Jaraguá e a Serra dos Cristais, SP / not available

Carneiro, Celso Dal Re 21 March 1984 (has links)
Trabalhos de análise estrutural foram desenvolvidos numa faixa de cerca de 376 km2 situada entre o Pico do Jaraguá (Município de São Paulo) e a Serra dos Cristais (Município de Jundiaí), possibilitando reconstruir as fases de dobramento do Grupo São Roque no tocante às suas características de estilo, natureza das plano-axiais e vinculação com fenômenos de metamorfismo e magmatismo. Os padrões de deformação e metamorfismo foram estabelecidos com base em estudos mocroestruturais. Na área estudada a reconstrução estratigráfica do Grupo São Roque é limitada pela pobreza de dados de polaridade das camadas e falta de clareza sobre a natureza das dobras da primeira fase de dobramento. No entanto, é possível reconhecer quatro sequências litoestratigráficas gerais, ainda denominadas de modo informal, que compreendem, da base para o topo: 1) metapsamitos impuros, com intercalações de metaconglomerados polimíticos, metavulcânicas (algumas delas descobertas no presente estudo), filitos e quartzitos; 2)metapelitos, representados por filitos e xistos de diversos tipos, muitas vezes com intercalações de metarenitos. Este pacote tem passagem gradual para os outros dois: 3)metamargas e prováveis metatufos, representados por rochas cálcio-silicáticas e anfibolitos bandados, com níveis subordinados de calcários e dolomitos; 4)metapsamitos títmicos, composto por metarenitos, metarcóseos e filitos intercalados, com níveis estreitos de matarenitos microconglomeráticos. As rochas metamórficas da área foram generalizadamente afetadas por três fases de dobramento, que geram padrões de interferência observáveis nos afloramentos e em macroescala. A fase \'F IND.1\' gerou clivagem ardosiana ou xistosidade em posição plano-axial a dobras fechadas e cerradas, sucedendo-se então o pico do metamorfismo regional, já em condições pós-cinemáticas. O metamorfismo nesta etapa permitiu a blastese de opacos, granadas, estaurolita e silimanita, ) cujas isógradas foram posteriormente deformadas durante \'F IND.2\'. Determinou-se a continuidade desse evento metmórfico principal, pelo menos, para a estaurolita, até as etapas iniciais do segundo episódio de dobramento, que formou um persistente clivagem de crenulação, frequentemente do tipo zonal e microcópica, em posição plano-axial a dobras fechadas a cerradas. O metamorfismo que acompanhou esta fase é representado por bandamento diferenciado e alguma recristalização de biotita ao redor de opacos. A terceira fase de dobramento, denominada \'F IND.3\', criou clivagem de crenulação mais espaçada e não mais do tipo zonal, tão comum na fase anterior. Esta fase gerou amplas dobras e ondulações nas estruturas regionais e teve maior intensidade na parte sul da faixa estudada. As manifestações granitóides foram reunidas em três grupos. As de caráter pré-tectônico a \'F IND.2\' são representadas pelos granitos de Francisco Morato e Tico-Tico, ao redor dos quais são frequentes os bolsões de pegmatitos gnaissificados e os veios pegmatíticos dobrados por \'F IND.2\'. Os batólitos da Cantareira e Itaqui, e os stocks de Itaim e Taipas são considerados do intervalo tarditectônico em relação a \'F IND.2\' e sintectônico a \'F IND.3\'. Os granitos turmaliníferos de Perus e pegmatitos associados representam manifestações pós-tectônicas, bem como as restritas zonas de falhamento. / Structural analysis of the São Roque Group in an area of 376km² between the Pico do Jaraguá (Municipality of São Paulo) and the Serra dos Cristais (Municipality of Jundiaí) has permitted the reconstruction of three phases of folding as determined from characteristics of folds styles and the nature of axial-plane foliations. These phases of folding are linked to metamorphic and magmatic phenomena. Microstructural studies have shown the relationship between deformation and metamorphism. In the studies area, stratigraphic reconstruction of the São Roque Group is limited by the paucity of data on stratigraphic younging and a lack of clarity as to the data on the first phase of folding. Nevertheless, it is possible to recognize four main lithostratigraphic units, informally designated (from apparent base upwards) as follows: 1) impure metapsamites, with intercalations of polymictic metaconglomerates, metavolcanics (some of with were discovered during this study), phyllites and quartzites; 2) metapelites, represented by phyllites and schists of several types, with many intercalations of metarenites. Unit 2 grades laterally and vertically into the following two units; 3) metamarls and probable metatuffs, represented by calc-silicate rocks, with subordinate limestones and dolomites; 4) rhythmic metapsamites, made up by alternating metarenites, metarkoses and phyllites, with narrow zones of microconglomeratic metarenites. The metamorphic rocks of the area were affected by three phases of folding that generated interference patterns observable in both outcrops and maps. The \'F IND.1\' phase was accompanied by the formation of axial-plane slaty cleavage or schistosity related to tight folds and followed by the regional metamorphic peak under post-kinematic conditions. During this peak porphyroblasts of opaque minerals, garnet, staurolite and sillimanite developed. This main metamorphic event continued, at least for the staurolite, into the beginning of the second folding episode. The \'F IND.2\' phase generated a persistent crenulation cleavage, frequently both microscopic and of the zonal type, in axial-plane position of tight folds. Differentiated banding and some recrystallization of biotite around opaque minerals occurred during this phase. The third folding phase \'F IND.3\', created more spaced crenulation cleavage not of the zonal type so common in the \'F IND.2\' previous phase. The \'F IND.3\' phase which was more intense in the southern part of the area, generated large folds and undulations in regional structures. Granitoid intrusions are subdivided into three groups. The bodies formed prior to \'F IND.2\' tectonism are represented by the granites of Francisco Morato and Tico-Tico. Gnaissified pegmatites and folded pegmatitic veins are common in the regions surrounding these bodies. The Cantareira and Itaqui batholiths and the Itaim and Taipas stocks are considered as sinchronous to the tarditectonic events of \'F IND.2\' and the syntectonic events to \'F IND.3\'. The tourmaline-bearing granites of Perus and associated pegmatites correspond to post-tectonic intrusions and were followed by faulting in narrow zones.
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Geologia da região de Pouso Alegre - Machado: análise estrutural de dobramentos superpostos / not available

Fiori, Alberto Pio 30 November 1979 (has links)
Este trabalho resultou do mapeamento de uma área de cerca de 3.000 Km², compreendendo as folhas topográficas de Pouso Alegre, Poço Fundo, Machado e Campestre, situadas no sul do Estado de Minas Gerais. Geomorfologicamente a área foi subdividida em 5 domínios morfológicos, cada um deles caracterizado pelas mesmas propriedades de relevo e de drenagem, identificadas através de fotografias aéreas. O domínio morfológicoI caracteriza a área de ocorrência dos migmatitos do Grupo Pinhal, representado por parte do Planalto de Poços de Caldas, o domínio II representa a área de ocorrência dos metassedimentos do Grupo Amparo, caracterizado por colinas convexas e baixas, com espessa cobertura de solo; o domínio III representa a principal área de ocorrência dos migmatitos gnaisses do Complexo de Silvianópolis, caracterizado por colinas baixas, convexas e, às vezes, côncavas; o domínio IV é representado pelas serras de gnaisse granítico e de charnockitos, enquanto que o domínio V representa extensas faixas aluvionares, bastante planas. Geologicamente a área é representada pelo Grupo Pinhal, de idade Brasiliana; o Grupo Amparo, de idade Transamazônica e pelo Complexo de Silvianópolis, de idade Arqueana. Além desses, ocorre uma pequena mancha de metassedimentos, de idade Cambriana, representando a Formação Pouso Alegre e extensas faixas aluvionares recentes. O Grupo Pinhal é constituído por migmatitos róseos de injeção; o Grupo Amparo por sete associações diferentes de metassedimentos e o Complexo de Silvianópolis, por três associações de migmatitos, gnaisses e granulitos. A Formação Pouso Alegre é representada por metasiltitos, meta-arenitos e meta-conglomerados. A análise estrutural revelou a existência de dobramentos superpostos na área. Ao todo, quatro fases de deformação foram caracterizadas; a mais antiga denominada de Fn, seguida das fases Fn+1, Fn+2 e Fn+3. a fase Fn representa o resultado final de um evento de ) migmatização pré-Transamazônica, e reconhecida no Complexo de Silvianópolis; a fase Fn+1 é caracterizada por dobras isoclinais no Grupo Amparo, de idade provavelmente Transamazônica. Ainda nesta fase, originou-se intensa foliação de transposição plano-axial, disposta paralelamente à estratificação reliquiar. Na fase seguinte, Fn+2, as dobras isoclinais Fn+1 foram redobradas isoclinalmente por dobras com eixos e planos axiais de direção noroeste, e com vergência para norte-nordeste. Esta fase pode ser facilmente reconhecida ao se verificar dobras isoclinais desenhadas pela estratificação reliquiar e a foliação ST paralela. Aparentemente, nova foliação plano-axial foi desenvolvida durante o dobramento Fn+2, porém, não ocorre de forma bem evidente por toda a área. O redobramento da fase Fn+1 pela fase Fn+2 deu origem a figuras de inferência em forma de crescente. Esta fase foi tentativamente relacionada ao Ciclo Uruaçuano. A fase Fn+3 afeta as dobras Fn+2, sendo caracterizada por dobras flexurais ou abertas, com eixos e superfície axiais de direção nordeste, sem vergência definida. A superposição de dobras Fn+3 sobre dobras Fn+1, dá origem a figuras de interferência do tipo 3, caracterizando-se por um redobramento aproximadamente coaxial. Foi tentativamente relacionada ao Ciclo Brasiliano. Não originou foliação plano-axial, na área estudada. / not available

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